LICENCIAMENTO AMBIENTAL - ESTRADAS E RODOVIAS

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................03
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................04
2.1 Definir: Avaliação de Impactos Ambientais – AIA na Implantação de Estradas e Rodovias. ...................................................................................................................04
2.1.1 licenciamento ambiental....................................................................................05
2.1.1.1 Os Processos que são envolvidos durante a avaliação e aprovação de empreendimentos.......................................................................................................06
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................08
REFERÊNCIAS..........................................................................................................09
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1 INTRODUÇÃO 
 Devido às grandes extensões territoriais do País, e pela escoação de grãos e outros produtos, as estradas acabam se cruzando por toda parte, e desta forma fica difícil conter a degradação ambiental que a construção de uma simples estradas a uma rodovia causa ao meio ambiente, desta forma torna-se necessário o uso de mecanismos que possam analisar e demonstrar a influencia que o empreendimento terá no espaço a ser ocupado. 
 Neste trabalho serão analisados alguns dos principais mecanismos onde serão abordados assuntos pertinentes a normas ambientais para tais obras, como: Conceito de licenciamento ambiental e sua aplicação no tema; Discutir todas as particularidades e etapas envolvidas no processo de licenciamento ambiental; Apresentar algumas definições que são importantes ao tema, onde serão citados alguns documentos que podem ser solicitados no processo, abordar o conceito de avaliação de impactos ambientais e sua aplicação na obras de infraestrutura, como estradas e rodovias, etc. 
 O trabalho será embasado em autores e artigos eletrônicos, como Legislações e Resoluções que abordam o tema envolvendo o meio ambiente. Poder ainda definir o que é a Avaliação de Impactos Ambientais e quais suas aplicações no processo de licenciamento ambiental, conceituar licenciamento ambiental e a sua aplicação e por fim poder apresentar uma visão ampla de todos os processos que podem ser envolvidos no período que ocorre a avaliação e aprovação de empreendimento de construção de estradas e rodovias.
 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Definir: Avaliação de Impactos Ambientais – AIA na Implantação de Estradas e Rodovias. 
 A Avaliação de Impacto Ambiental - AIA é Instrumento de política e gestão ambiental de empreendimentos, que é formado por um conjunto envolvendo os procedimentos capazes de assegurar, desde o início do processo para a implantação do empreendimento, onde será feito um exame sistemático dos impactos ambientais relacionados a uma proposta de um projeto, programa, plano ou política e de suas alternativas, onde os resultados deverão ser apresentados de forma adequada ao público interessados e aos responsáveis pela tomada de decisão, e por eles considerados.
A avaliação de impacto ambiental, introduzida como instrumento de política na legislação federal pela Lei nº 6.938 de 31.08.81, regulamentada pelo Decreto nº 88.351 de 01.06.83 e complementada pela Resolução nº 001 de 23.01.86 pelo CONAMA, foi consagrada por preceito constitucional. Reza o inciso IV § 1º do artigo 228 da Constituição Federal de 1988: "Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: (...) IV - exigir na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental a que se dará publicidade". Do mesmo modo, dispõe a Constituição do Estado do Rio de Janeiro de 1989, em seu artigo 258, § 1º, inciso X: "Condicionar, na forma da lei, a implantação de instalações ou atividades efetivas ou potencialmente causadoras de alterações significativas do meio ambiente a prévia elaboração de estudo de impacto ambiental, a que se dará publicidade". No Estado do Rio de Janeiro, a Lei nº 1.356 de 3.10.88 e as deliberações CECA referentes ao assunto regulamentam a aplicação deste dispositivo constitucional. (http://www.redeambiente.org.br/dicionario.asp?letra=A&id_word=85).
 
 Os profissionais da gestão ambiental têm uma grande responsabilidade que é a de incentivar e orientar para o uso de mecanismos eficazes no combate a impactos ambientais. Como é o caso do EIA/RIMA, do Geoprocessamento, da AIA, do licenciamento ambiental e demais ferramentas indispensáveis no controle da infiltração de seres sociais no meio ambiente, desta forma as estradas quando são projetadas para uma região, faz-se necessário fazer o EIA- e RIMA, para que o licenciamento ambiental seja liberado. 
 Para que a obra possa ser executada, o profissional responsável terá que solicitar o licenciamento. O DENIT, que é órgão responsável pelas malhas viárias do País, conforme acordo com o que estabelece o Art. 80, da Lei 10.233/2001, onde determina que seja de competência do DNIT:
Implementar, em sua esfera de atuação, a política formulada para a administração da infra- estrutura do Sistema Federal de Viação, compreendendo sua operação, manutenção, restauração ou reposição, adequação de capacidade, e ampliação mediante construção de novas vias e terminais, dentro dos critérios legais e técnicos existentes, atividades essas passiveis de licenciamento ambiental. (Art. 80, da Lei 10.233/2001)
Alguns dos principais impactos ambientais, tanto positivos, como negativos, decorrentes da implantação de uma rodovia são;
No meio Sócio-Econômico: conflito de uso e ocupação do solo; alterações nas atividades econômicas das regiões por onde a rodovia passa; mudanças nas condições de emprego e qualidade de vida para as populações; segurança do tráfego, ruído, vibrações, emissões atmosféricas  que pode ter efeito sobre a saúde humana; desapropriações; riscos ao patrimônio cultural, histórico e arqueológico; travessias/intrusão urbana, uso indevido da faixa de domínio da rodovia (construções, escavações e descartes, depósito de lixo orgânico).
No meio biótico: impedimento dos processos de intercâmbio ecológicos por corte de áreas; riscos de atropelamento de animais; risco a áreas protegidas e a biótopos ecológicos importantes; redução da cobertura vegetal; aumento da pressão sobre ecossistemas terrestres e aquáticos; incêndios nas faixas de domínio; poluição em ambientes aquáticos e riscos para a vida aquática (o lixiviado da lavagem das pistas que cai em corpos d’água superficiais, pode alterar a sua qualidade, aumentar seus nutrientes e gerar processos de eutrofização em lagos e açudes).
E no meio físico: retirada de solos; indução a processos erosivos/ voçorocas em antigas áreas exploradas e taludes; instabilidade de taludes, rompimento de fundações; terraplenagem, empréstimos e bota-foras; degradação de áreas de canteiro de obras, trilhas e caminhos de serviço; rebaixamento do lençol freático; risco para a qualidade de água superficial (aumento da turbidez) e subterrânea por concentração de poluentes; assoreamento de terrenos naturais, bacias de drenagem e cursos d’água; Alagamentos, decorrentes do represamento por Obras de Arte Correntes e sistema de drenagem (pontes, viadutos) mal posicionados e/ou obstruídos.
(http://www.licenciamentoambiental.eng.br/aspectos-ambientais-das-obras-rodoviarias/#ixzz3Ve5mV5lw).
2.1.1 licenciamento ambiental
Existem algumas rotinasde acompanhamento dos efeitos ambientais: como o monitoramento e fiscalização. Assim o licenciamento ambiental também pode ser aplicado facilmente a empreendimentos que tenham sido implantados irregularmente, para que o responsável pelo mesmo possa regularizar para após ter seu licenciamento liberado. 
Apesar de que se aplique melhor a gestão de novos empreendimentos por questões como custo e facilidade para atender os requisitos do Licenciamento Ambiental. Ele é considerado como um dos importantes mecanismos de controle e fiscalização do poder público por meio do qual são estabelecidas quais as condições e limites para o exercício de determinadas atividades e empreendimentos.
 Na RESOLUÇÃO Nº 237 , DE 19 DE dezembro DE 1997, em seu artigo 1º; 
Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais , consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
Art. 2º- A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
§ 1º- Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividades relacionadas no Anexo 1, parte integrante desta Resolução.
2.1.1.1 Os Processos que são envolvidos durante a avaliação e aprovação de empreendimentos.
 Envolvendo o processo de licenciamento existem alguns procedimentos que devem ser seguidos para o desenvolvimento que vai desde as etapas iniciais do planejamento da atividade que começa na criação do projeto ate à avaliação a aprovação final para a execução, pela emissão, em nível Federal, de três tipos de licenças, que são: 
a) Elaboração de Estudos Ambientais; 
b) Execução de Medidas; 
c) Projetos e Programas Ambientais e 
d) Execução de Gestão Ambiental
 Os procedimentos específicos que deverão ser realizados para a liberação de licenciamento segundo a Portaria MMA 289, de 16 julho de 2013 “para implantação ou pavimentação de rodovias será objeto de elaboração de Estudo Ambiental e Projeto Básico Ambiental. - No licenciamento de pavimentação de rodovias existentes, envolvendo procedimento específico com emissão direta de LI, o Estudo Ambiental e o Projeto Básico Ambiental deverão ser apresentados concomitantemente.
 A licença prévia (LP); A licença de instalação (LI); e A licença de operação (LO).
 A Licença Prévia é emitida pelo órgão ambiental após a análise do estudo ambiental elaborado para o empreendimento– como por exemplo, o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental, EIA/RIMA. Contém condicionantes que devem ser seguidas e estabelece a necessidade de elaboração do Plano Básico Ambiental – PBA, o qual corresponde ao conjunto de programas ambientais a serem implantados na área de influência do empreendimento.
A Licença de Instalação é emitida pelo órgão ambiental após a análise do estudo e do Plano Básico Ambiental. Permite a instalação do empreendimento, mediante a execução dos programas ambientais e o cumprimento de condicionantes. Juntamente com a LI, o órgão ambiental expede a autorização de Supressão da Vegetação (ASV) com base no inventário florestal apresentado. A ASV te por finalidade autorizar as intervenções em Área de Preservação Permanente, conforme o art. 4 do Código Florestal.
A Licença de Operação é emitida pelo órgão ambiental após a implantação do empreendimento com a adequada implementação do Plano Básico Ambiental. Para empreendimentos que já estavam em operação quando do advento da legislação de licenciamento, a CGMAB busca a regularização ambiental através da obtenção da licença de operação, cumprindo as condicionantes que o órgão licenciador indicar. 
(ttp://gestaoambientalrodovias.blogspot.com.br/).
Esses são alguns procedimentos para o estudo EIA, para a AIA e o LC, para que o licenciamento possa ser liberado e o empreendimento ter aprovação para dar ordem de serviço e concluir a obra de infraestrutura. 
O Artigo 20 da Resolução CONAMA no 001/86 veio definir os tipos de atividades que atuam como efeitos modificadores do meio ambiente que devem ser licenciadas, dentre elas:
 “I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
 II - Ferrovias; (“...) Estão enquadrados como atividades modificadoras do meio ambiente, ainda, os portos e hidrovias”. (CONAMA). 
CONCLUSÃO
 A Avaliação de Impactos Ambientais, para a liberação dos licenciamentos, deve ser realizada com responsabilidade, pois quando o licenciamento é liberado sem o devido estudo do ambiente, acaba por acontecer situações conflituosas, como se pode ver nos noticiários sobre as calamidades que vem ocorrendo devido a empreendimentos que foram liberados sem fazer o uso dos mecanismos que foram criados para orientar na tomada de decisão e desta forma poderem minimizar as degradações ambientais. 
 As atividades ou empreendimentos considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou degradadores do meio ambiente não podem funcionar sem o licenciamento; do contrário estarão sujeitos à interdição pelas autoridades governamentais. 
 Ao concluir este trabalho, podemos afirmar que os mecanismos criados para combater os impactos ambientais quando bem empregados ajudam a prevenir os impactos ambientais desnecessários, como catástrofes, erosões, assoreamentos de rios, derrubadas de áreas verdes, queimadas, entre outras situações que as estradas e rodovias proporcionam quando são construídas e passam a receber o fluxo de veículos entre outros. 
 
reFERÊNCIAS
Aspectos ambientais das obras rodoviária. Disponível em:
http://www.licenciamentoambiental.eng.br/aspectos-ambientais-das-obras-rodoviarias/#ixzz3Ve5mV5lw. Acesso em: Mar. 2015
BRASIL, 2004. Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. Brasília. Casa Civil.
BRASIL. Lei n° 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o novo Código Florestal.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4771.htm> Acesso em: mar. de 2015.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L6938.htm>. Acesso em: 28 de mar. 2015.
BRASIL. Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9985.htm>. Acesso em: 19 mar. de 2015.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 237, de 19 de
dezembro de 1997. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html>.Acesso em: 05 Mar. 2015.
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 237, de 19 de
dezembro de 1997. Disponível em; http://www.mma.gov.br/port/conama/. Acesso em: mar. de 2015.
Licenciamento Ambiental. Disponível em: http://gestaoambientalrodovias.blogspot.com.br/p/licenciamento-ambiental.html. Acesso em: Mar. 2015
O que é EIA RIMA - Estudo e Relatório de Impacto Ambiental. Disponível em;
 http://www.matanativa.com.br/br/blog-do-inventario-florestal/entry/o-que-e-eia-rima-estudo-e-relatorio-de-impacto-ambiental. Acesso em: mar. 2015.
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tecnólogo em GESTÃO AMBIENTAL
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licenciamento ambiental e as suas aplicações NA IMPLANTAÇÃO estradas e rodovias
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licenciamento ambiental e as suas aplicações NA IMPLANTAÇÃO estradas e rodovias
Trabalho de Gestão Ambiental apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Planejamento de áreas urbanas e rurais, Avaliação de impactos ambientais e licenciamento, Projetos ambientais, Tópicos especiais em gestão ambiental, Seminário Interdisciplinar V.
Professores: Jeanedy Maria Pazinato, Vinícius Pires Rincão, Tiago H. dos Santos Garbim, Marcelo Augusto Rocha, Flávia da Silva Bortoloti.
4º e 5º Semestre 
Machadinho D’ Oeste
2015