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Licenciamento Ambiental

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Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
A compreensão e o entendimento sobre a preservação do meio ambiente por meio do
licenciamento ambiental e das licenças ambientais.
PROPÓSITO
Conhecer sobre o licenciamento ambiental utilizado no Brasil e os seus objetivos de controle e
acompanhamento de atividades que utilizem recursos naturais, assim como as organizações
detentoras de licenças ambientais, as quais possuem reconhecimento público de que suas
atividades são realizadas com a perspectiva de promover a qualidade ambiental e a
sustentabilidade.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo, tenha em mãos papel, caneta e seu smartphone para realização
das tarefas em aula.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever as origens e os objetivos do licenciamento ambiental
MÓDULO 2
Listar a elegibilidade e a aplicabilidade do licenciamento ambiental
MÓDULO 3
Definir o sistema de licenciamento ambiental brasileiro
INTRODUÇÃO
BEM-VINDO AO ESTUDO DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
MÓDULO 1
 Descrever as origens e os objetivos do licenciamento ambiental
ORIGENS E OBJETIVOS DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
IMPORTANTE INSTRUMENTO DA
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, O
LICENCIAMENTO É UMA EXIGÊNCIA LEGAL A
QUE ESTÃO SUJEITOS TODOS OS
EMPREENDIMENTOS OU ATIVIDADES QUE
EMPREGAM RECURSOS NATURAIS OU QUE
POSSAM CAUSAR ALGUM TIPO DE POLUIÇÃO
OU DEGRADAÇÃO AO MEIO AMBIENTE.
 VOCÊ SABIA
As bases legais do licenciamento ambiental estão traçadas, principalmente na Política
Nacional do Meio Ambiente e a responsabilidade pela concessão das licenças fica a cargo
dos órgãos de fiscalização ambiental, conjuntamente com o Ministério Público.
Mitigar danos ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, garantir o desenvolvimento social e
econômico do país são alguns dos objetivos do licenciamento ambiental.
ORIGENS E OBJETIVOS DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Ao longo de muitos anos, o crescente desenvolvimento econômico oriundo da revolução
industrial colocou-se como um grande empecilho para que os problemas ambientais fossem
considerados de forma realmente séria.
A POLUIÇÃO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS
CAUSADOS PELO DESENVOLVIMENTO
DESENFREADO ERAM, NAQUELA OCASIÃO,
TOTALMENTE VISÍVEIS, PORÉM, OS
BENEFÍCIOS QUE ERAM TRAZIDOS PELO
PROGRESSO FAZIAM COM QUE ESSES
PROBLEMAS FOSSEM JUSTIFICADOS COMO
SENDO UM “MAL NECESSÁRIO” PARA O
DESENVOLVIMENTO.
 VOCÊ SABIA
Poluir significa sujar, macular, manchar (derivado do latim polluere e pollutus). Assim, o ato ou
efeito de poluir é designado de poluição. O termo “poluição” refere-se à degradação do
ambiente e está ligada à ideia de contaminação. 
O TERMO POLUIÇÃO É USADO QUANDO O RITMO
VITAL E NATURAL EM UMA ÁREA OU MAIS DA
BIOSFERA É QUEBRADO, AFETANDO A QUALIDADE
AMBIENTAL, PODENDO OFERECER RISCOS AO
HOMEM E AO MEIO, DEPENDENDO DA
CONCENTRAÇÃO E PROPRIEDADES DAS
SUBSTÂNCIAS, COMO A TOXICIDADE, E DA
CARACTERÍSTICA DO AMBIENTE QUANTO À
CAPACIDADE DE DISPERSAR OS POLUENTES,
LEVANDO-SE EM CONTA NÃO SÓ AS
CONSEQUÊNCIAS IMEDIATAS, MAS TAMBÉM AS DE
LONGO PRAZO, TANTO NO AMBIENTE COMO NO
ORGANISMO HUMANO.
SCARLATO E PONTIN, 2006, p. 10-11.
A poluição pode ocorrer de diferentes formas, que estão sendo apresentadas a seguir:
Poluição
hídrica
É caracterizada pela introdução de qualquer agente que altere as
propriedades físico-químicas de determinado corpo de água.
Poluição
do solo
É aquela na qual ocorre poluição ou contaminação generalizada do
solo, prejudicando as atividades econômicas, assim como o ambiente
localizado ao seu redor.
Poluição
atmosférica
Envolve a poluição do ar em geral, sendo causada, principalmente,
pela emissão de poluentes tóxicos. O principal agente causador desse
tipo de poluição é a queima de combustíveis fósseis, tais como o
petróleo e seus derivados, além do carvão mineral.
Poluição
sonora
Comum em ambientes urbanos ou com grande aglomeração de
pessoas. Gera um excessivo barulho, ocorrendo principalmente no
trânsito, equipamentos de construção, entre outros.
Poluição
visual
É causada pelo excesso de publicidades em cartazes, outdoors,
placas e outros espalhados nos ambientes urbanos, caracterizando
uma grande concentração de estímulos visuais.
Poluição
térmica
Ocorre com o aumento ou a diminuição da temperatura do meio de
suporte de algum ecossistema, como um rio, afetando a fauna e a
flora ali presentes.
Poluição
luminosa
Consiste no excesso de luz artificial emitida pelos centros urbanos,
como iluminação pública, anúncios publicitários luminosos,
sinalizações.
Poluição
radioativa
Proveniente da radiação, ou seja, do efeito químico de resíduos da
energia nuclear ou atômica. Na maioria das vezes, a poluição
radioativa resulta do lixo gerado nas usinas nucleares.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 ATENÇÃO
Vale a pena ressaltar que as diferentes formas de poluição podem gerar grandes impactos
negativos aos diferentes ecossistemas do planeta. Sendo assim, é fundamental a utilização de
medidas que possam minimizar e, sempre que possível, evitar a sua ocorrência.
MAS, E O IMPACTO AMBIENTAL, VOCÊ SABE O
QUE SIGNIFICA?
O art. 1º da Resolução CONAMA nº 001 considera como impacto ambiental qualquer
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam:

I - A saúde, a segurança e o bem-estar da população.
II - As atividades sociais e econômicas.


III - A biota.
IV - As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente.


V - A qualidade dos recursos ambientais.
No Brasil, são realizadas diversas atividades causadoras de impactos ambientais. Na verdade,
o problema teve início já na época da colonização, quando os portugueses iniciaram o
desmatamento para extração do pau-brasil. O fato é que as agressões do ser humano ao meio
ambiente ficaram mais intensas depois da Revolução Industrial, período caracterizado pelo
desenvolvimento tecnológico iniciado na Europa e que, posteriormente, espalhou-se pelo
mundo. Com a urbanização e a industrialização, as atividades causadoras dos impactos
ambientais cresceram substancialmente.
As principais consequências dos impactos ambientais são: alterações climáticas; extinção
de espécies e habitats; desaparecimento de rios; poluição atmosférica; dentre outras. Um
bom exemplo de impacto ambiental, no Brasil, está relacionado a má gestão de resíduos
sólidos, muitas vezes, depositados em espaços a céu aberto, chamados de “lixões”, conforme
imagem.
 
Foto: Shutterstock.com
OS RESÍDUOS SÓLIDOS MAL GERIDOS
CAUSAM POLUIÇÃO VISUAL, POLUIÇÃO DO
SOLO, DO AR E DO LENÇOL FREÁTICO. ALÉM
DISSO, PREJUDICAM A SAÚDE DA
POPULAÇÃO.
A Lei nº 12.305/2010 estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que dá
ênfase às responsabilidades das empresas pela correta gestão dos resíduos. Essa lei tem
como principal característica a conhecida “logística reversa”, que consiste, basicamente, na
devolução dos produtos para os seus respectivos fabricantes, para que estes possam fazer a
correta destinação final. Em geral, em aterros sanitários ou até mesmo reintroduzi-los em
novos ciclos de produção.
Outro problema que pode aqui ser mencionado é a questão do saneamento básico. De forma
simplificada, entende-se como saneamento o conjunto de medidas que têm por objetivo
preservar ou modificar as condições ambientais, para que com isso se possa prevenir doenças,
promovendo a saúde e melhorando a qualidade de vida da população, bem como a
produtividade do indivíduo.
 SAIBA MAIS
No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Federal, sendo
definido por meio da Lei nº 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e
instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana,
drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais.
CONTUDO, APESAR DE SER UM DIREITO
CONSTITUCIONAL, É CERTO QUE, EM MUITAS
REGIÕES DO PAÍS, ESSESERVIÇO É
OFERECIDO DE FORMA EXTREMAMENTE
PRECÁRIA E, MUITAS VEZES, NEM É
OFERECIDO.
Inúmeras regiões, mesmo nos grandes centros urbanos, onde seria esperado que todos os
dejetos fossem devidamente enviados para centrais de tratamento de esgoto, continuam
depositando as águas residuais em mananciais que, ao final das contas, acabam se tornando
verdadeiros “rios mortos” por não mais conseguirem sustentar nenhuma forma de vida, tendo
seus ecossistemas totalmente destruídos.
 
Foto: fabiocostafotografia123 / Shutterstock.com
 A falta de saneamento básico ainda é uma realidade no Brasil.
É IMPORTANTE DESTACAR AQUI QUE EXISTE
DIFERENÇA ENTRE ASPECTO AMBIENTAL E
IMPACTO AMBIENTAL.
Segundo a norma ISO 14001, aspecto ambiental é o...
ASPECTO AMBIENTAL É O ELEMENTO DAS
ATIVIDADES OU PRODUTOS OU SERVIÇOS DE UMA
ORGANIZAÇÃO QUE PODE INTERAGIR COM O MEIO
AMBIENTE” E OS IMPACTOS AMBIENTAIS SÃO
“QUALQUER MODIFICAÇÃO DO MEIO AMBIENTE,
ADVERSA OU BENÉFICA, QUE RESULTE, NO TODO
OU EM PARTE, DOS ASPECTOS AMBIENTAIS DA
ORGANIZAÇÃO.
NORMA ISO 14001, 2015.
Dessa forma, considera-se aspectos ambientais todas as atividades, serviços ou produtos da
empresa que possuem algum tipo de interação com o meio ambiente. Já os impactos são as
modificações no meio ambiente. Resumindo, o aspecto ambiental é a causa e o impacto
ambiental é o efeito. Veja o exemplo a seguir:
Processo/Etapa Aspecto Impacto
Envasamento de bebidas Consumo de água
Esgotamento de recursos
hídricos
Fabricação de aditivos de uso
industrial
Emissões
atmosféricas
Alteração da qualidade
do ar
Processo produtivo
transporte
Ruído Poluição sonora
Rotinas administrativas
Resíduo sólido
administrativo
Poluição solo e águas
Ambulatório médico
Resíduo sólido
ambulatorial
Poluição solo e águas
Tabela: Aspectos, impactos e fontes geradoras de uma empresa.
Elaborada por Rosangela Amado de Souza
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Assim, aspecto + meio (físico, biótico, socioeconômico) = impacto (positivo ou negativo). 
 VOCÊ SABIA
Foi somente na década de 1960 que o termo “meio ambiente” foi usado pela primeira vez – em
uma reunião do Clube de Roma, cujo objetivo era a reconstrução dos países que se
encontravam no pós-guerra. Ali começou a ser estabelecida toda polêmica relacionada aos
problemas ambientais. Até então, a avaliação feita para a execução de projetos se limitava a
uma análise econômica.
Não existiam, ainda, meios considerados viáveis para se identificar e tampouco para inserir,
nesses projetos, os efeitos adversos provocados ao meio ambiente, que pudessem vir a
acarretar prejuízos ao bem-estar social e ao ambiente em torno do qual o projeto viesse a ser
executado. De fato, a primeira grande manifestação de forma institucionalizada e de ação
política referente ao tema impacto ambiental ocorreu com a criação do NEPA (National
Environmental Policy Act) em 1969, nos Estados Unidos da América.
NO ANO SEGUINTE, FOI INSTITUCIONALIZADO
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO
AMBIENTAL – AIA, COMO UM INSTRUMENTO DA
SUA POLÍTICA AMBIENTAL.
Por Avaliação de Impacto Ambiental – AIA, entende-se um instrumento de gestão preventivo
que, embasado em procedimentos legais, institucionais e técnico-científicos, tem por objetivo
identificar os impactos potenciais das futuras instalações de um empreendimento, ou seja,
instrumento de gestão ambiental preventivo que visa prever impactos ambientais na fase de
planejamento e concepção do projeto, usualmente associado a alguma forma de processo
decisório, como o licenciamento ambiental. 
Esse instrumento legal dispunha sobre os objetivos e os princípios da política ambiental norte-
americana, exigindo para todos os empreendimentos com potencial de impactar o meio
ambiente, a observação de alguns pontos, como:
Identificação dos impactos ambientais.
Efeitos ambientais negativos.
Alternativas da ação.
Relação dos recursos ambientais negativos no curto prazo.
Manutenção ou mesmo melhoria do seu padrão no longo prazo.
Definição clara quanto a possíveis comprometimentos dos recursos ambientais para o
caso de implantação da proposta.
Posteriormente, esse importante instrumento foi adotado também pela França, Canadá,
Holanda, Grã-Bretanha e Alemanha. Em 1972, foi realizada, em Estocolmo, a I Conferência
Mundial de Meio Ambiente, cujo objetivo era estabelecer uma visão global e princípios
comuns, que iriam servir de inspiração e orientação à humanidade para preservação e
melhoria do ambiente. 
ESSA CONFERÊNCIA TEVE COMO RESULTADO
A DECLARAÇÃO SOBRE O AMBIENTE HUMANO,
A QUAL, ENTRE OUTRAS DELIBERAÇÕES,
DETERMINOU QUE DEVERIA SER CONFIADA ÀS
INSTITUIÇÕES NACIONAIS COMPETENTES A
TAREFA DE PLANIFICAR, ADMINISTRAR E
CONTROLAR A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
NATURAIS DOS ESTADOS, COM O PROPÓSITO
DE MELHORAR A QUALIDADE AMBIENTAL.
No final da década de 1950 e início da década de 1960, a crescente sensibilidade de alguns
estudiosos dos problemas relacionados ao meio ambiente fez com que se começasse a
perceber a necessidade da criação de instrumentos que fossem capazes de complementar e,
até mesmo, ampliar a qualidade e a eficiência dos mecanismos até então utilizados para o
licenciamento ambiental.
Existiam nessa época grandes lacunas que dificultavam de forma muito significativa as ações
relativas à preservação e ao controle da qualidade ambiental. Muitas vezes, empreendedores,
gestores, entre outros profissionais mais preocupados com as questões ambientais e dispostos
a investirem nesse sentido, sentiam-se perdidos diante de tão poucas informações e
orientações de cunho oficial de como proceder para atender e tentar vencer esse desafio.
FOI SOMENTE NA DÉCADA DE 1960 QUE TEVE
INÍCIO A CONSOLIDAÇÃO DA NORMATIZAÇÃO,
QUE ESTÁ ATÉ HOJE CORRENTE,
RELACIONADA A IMPACTOS SOBRE O MEIO
AMBIENTE.
No Brasil, a árdua tarefa do licenciamento ambiental teve início nas leis estaduais criadas na
década de 1970, que tinham como objetivo a tentativa de controle de poluição ambiental, em
face ao grande desenvolvimento econômico nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. As
primeiras tentativas de aplicação de métodos para avaliação de impactos ambientais foram
decorrentes de exigências de órgãos financeiros internacionais, para que fossem aprovados
empréstimos para a realização de projetos governamentais.
 
Foto: Shutterstock.com
COM A CRESCENTE CONSCIENTIZAÇÃO DA
SOCIEDADE, TORNOU-SE CADA VEZ MAIS
NECESSÁRIA A ADOÇÃO DE PRÁTICAS
ADEQUADAS DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL
EM QUAISQUER ATIVIDADES
POTENCIALMENTE MODIFICADORAS DO MEIO
AMBIENTE.
EM 1981, QUASE DUAS DÉCADAS PASSADAS
DE UMA PREOCUPAÇÃO CADA VEZ MAIS
CRESCENTE COM AS QUESTÕES AMBIENTAIS,
O BRASIL PUBLICOU A PRIMEIRA LEI DE
ÂMBITO FEDERAL SOBRE O ASSUNTO, A
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE − LEI
6.938/81.
Por meio dessa lei, a avaliação de impactos ambientais e o licenciamento ambiental foram
criados como instrumentos para que fossem atingidos os objetivos de preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar no país condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade humana.
Pode-se definir o licenciamento ambiental como o procedimento por meio do qual o poder
público, sendo representado pelos respectivos órgãos ambientais, dá autorização e
acompanha a implantação e a operação de atividades e serviços que utilizam os recursos
naturais ou, ainda, que sejam consideradas poluidoras e causadoras de impactos ambientais.
É uma exigência legal e uma ferramenta do poder público para o controle ambiental.
 SAIBA MAIS
Desde 1981, de acordo com a Lei Federal nº 6.938, o licenciamento ambiental tornou-se
obrigatório em todo o território nacional e as atividades efetiva ou potencialmente poluidoras
não podem funcionar sem o devido licenciamento e sua licença. O licenciamento ambiental
opera como um processo de acompanhamento sistemático das consequências ambientais dedeterminada atividade, desde as etapas iniciais de seu planejamento até as regras de
operação.
O licenciamento ambiental constitui-se, portanto, em um dos instrumentos da Política Nacional
do Meio Ambiente e tem como finalidade promover o controle prévio à construção, à instalação,
à ampliação e ao funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos
ambientais, consideradas efetivamente poluidoras e causadoras de impactos ambientais.
Você pode estar se perguntando:
O QUE PODEMOS FAZER PARA DIMINUIR OS
IMPACTOS AMBIENTAIS?
A mitigação dos impactos ambientais depende do esforço coletivo do poder público, sociedade
e empresas. São necessárias desde medidas mais simples até ações mais complexas,
conforme exemplos a seguir:

Uso racional da água.
Utilização racional da energia.


Elaboração de projetos que protejam o meio ambiente.
Reflorestamento de áreas utilizadas.


Despoluição de corpos hídricos.
Desenvolvimento e implementação de ações educativas para conscientizar a população sobre
a importância da preservação do meio ambiente.


Desenvolvimento e implementação de treinamento para colaboradores.
Gestão eficiente de resíduos sólidos.


Reciclagem.
Apesar do fato de que, quando se fala em impacto ambiental, exista uma tendência natural de
se associar a algo negativo, é importante destacar que existem situações nas quais o impacto
pode ser considerado como positivo ou benéfico. Isso acontece quando a ação resulta na
melhoria da qualidade, como, por exemplo, a recuperação das matas ciliares, a limpeza de
rios, o replantio de árvores, assim como a criação de espaços verdes em grandes centros
urbanos.
O impacto somente será considerado adverso ou negativo nos casos em que a ação resultar
em algum dano à qualidade ou parâmetro ambiental. Além disso, é interessante saber que
os impactos ambientais podem ser classificados de diferentes formas, sendo estas:
Impacto
direto
Quando resulta de uma simples relação de causa e efeito.
Impacto
indireto
Quando é uma reação secundária em relação à ação ou quando é
parte de uma cadeia de reações.
Impacto
local
Quando a ação afeta apenas o próprio sítio e suas imediações.
Impacto
regional
Quando o efeito se propaga por uma área e suas imediações.
Impacto
estratégico
Quando um componente ou recurso ambiental de importância coletiva
ou nacional é afetado.
Impacto
imediato
Quando o efeito surge no instante em que se realiza a ação.
Impacto em Quando o efeito se manifesta depois de certo tempo após a ação.
médio e
longo prazo
Impacto
temporário
Quando o efeito permanece por tempo determinado.
Impacto
permanente
Quando os efeitos não param de se manifestar em um horizonte
temporal conhecido.
Impactos
locais
São aqueles cuja ação afeta apenas o próprio sítio e suas
imediações, como a poluição do ar, por exemplo, causada pela
queima de combustíveis fósseis.
Impactos
regionais
São aqueles cujo efeito se propaga por uma área maior que vai além
das imediações do local onde a atividade está sendo desenvolvida,
como a chuva ácida.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A RESPEITO DAS CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO, AVALIE AS
PROPOSIÇÕES A SEGUIR: 
 
A POLUIÇÃO: 
I) PREJUDICA O MEIO AMBIENTE PODENDO CAUSAR PREJUÍZOS À
SAÚDE HUMANA. 
II) ALTERA OS RECURSOS NATURAIS. 
III) PROVOCA DESEQUILÍBRIOS ECOLÓGICOS. 
 
A RESPEITO DESSAS ASSERÇÕES, ASSINALE A ALTERNATIVA
CORRETA. 
ESTÁ CORRETO O QUE ESTÁ SENDO AFIRMADO EM: 
A) I, II, III
B) I e II
C) I e III
D) II e III
E) I, somente
2. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR. 
 
I. IMPACTO AMBIENTAL É QUALQUER ALTERAÇÃO DAS
PROPRIEDADES FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS DO MEIO
AMBIENTE, CAUSADA POR QUALQUER FORMA DE MATÉRIA OU
ENERGIA RESULTANTE DAS ATIVIDADES HUMANAS QUE, DIRETA OU
INDIRETAMENTE, AFETA A BIOTA. 
 
II. A AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL – AIA TEM POR OBJETIVO
IDENTIFICAR OS IMPACTOS POTENCIAIS DAS FUTURAS INSTALAÇÕES
DE UM EMPREENDIMENTO. 
 
III. O LICENCIAMENTO AMBIENTAL NÃO É OBRIGATÓRIO EM TODO O
TERRITÓRIO NACIONAL. AS ATIVIDADES POTENCIALMENTE
POLUIDORAS PODEM FUNCIONAR SEM O DEVIDO LICENCIAMENTO
DEPENDENDO DO ESTADO DO BRASIL. 
 
IV. POR MEIO DA LEI Nº 6.938, A AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
E O LICENCIAMENTO AMBIENTAL FORAM CRIADOS COMO
INSTRUMENTOS QUE VISAM ATINGIR OS OBJETIVOS DE
PRESERVAÇÃO, MELHORIA E RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE
AMBIENTAL PROPÍCIA À VIDA. 
 
V. SEGUNDO A ISO 14001, O ASPECTO AMBIENTAL É O ELEMENTO DAS
ATIVIDADES OU PRODUTOS OU SERVIÇOS DE UMA ORGANIZAÇÃO QUE
PODE INTERAGIR COM O MEIO AMBIENTE. 
 
ESTÁ CORRETO O QUE ESTÁ SENDO AFIRMADO EM: 
 
A) I, II e III, somente
B) II, III e IV, somente
C) I, II, IV e V, somente
D) II, III e V
E) II, somente
GABARITO
1. A respeito das consequências da poluição, avalie as proposições a seguir: 
 
A poluição: 
I) Prejudica o meio ambiente podendo causar prejuízos à saúde humana. 
II) Altera os recursos naturais. 
III) Provoca desequilíbrios ecológicos. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. 
Está correto o que está sendo afirmado em: 
A alternativa "A " está correta.
 
O termo poluição é usado quando o ritmo vital e natural em uma área ou mais da biosfera é
quebrado, afetando a qualidade ambiental, podendo oferecer riscos ao homem e ao meio.
2. Observe as afirmativas a seguir. 
 
I. Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afeta a biota. 
 
II. A Avaliação de Impacto Ambiental – AIA tem por objetivo identificar os impactos
potenciais das futuras instalações de um empreendimento. 
 
III. O licenciamento ambiental não é obrigatório em todo o território nacional. As
atividades potencialmente poluidoras podem funcionar sem o devido licenciamento
dependendo do estado do Brasil. 
 
IV. Por meio da Lei nº 6.938, a avaliação de impactos ambientais e o licenciamento
ambiental foram criados como instrumentos que visam atingir os objetivos de
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida. 
 
V. Segundo a ISO 14001, o aspecto ambiental é o elemento das atividades ou produtos
ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente. 
 
Está correto o que está sendo afirmado em: 
 
A alternativa "C " está correta.
 
Desde 1981, de acordo com a Lei Federal nº 6.938, o licenciamento ambiental tornou-se
obrigatório em todo o território nacional e as atividades efetiva ou potencialmente poluidoras
não podem funcionar sem o devido licenciamento e sua licença.
MÓDULO 2
 Listar a elegibilidade e a aplicabilidade do licenciamento ambiental
A ELEGIBILIDADE E APLICABILIDADE DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
ELEGIBILIDADE E APLICABILIDADE DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Somente após cerca de cinco anos de o licenciamento ambiental ter se tornado obrigatório
para as atividades consideradas modificadoras do meio ambiente, período marcado por um rico
processo de experiências, nas quais se enfrentou grandes dificuldades, pela falta de prática
relacionada aos procedimentos para o licenciamento ambiental, o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), por meio da resolução nº 001/86, definiu de que forma deveria ser
realizada a avaliação de impactos ambientais.
NESSE SENTIDO, CRIOU DUAS EXIGÊNCIAS: O
ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E O
RELATÓRIO DE IMPACTOS AMBIENTAIS,
RESPECTIVAMENTE CHAMADOS DE EIA E
RIMA.
 ATENÇÃO
A Resolução nº 001/86 do CONAMA não só definiu em que consistia cada um deles, mas
também estabeleceu a relação das atividades para as quais a sua exigência tornou-se
obrigatória. A partir de então, passou a depender da autorização prévia à aprovação do
EIA/RIMA pela autoridade ambiental local, mediante procedimentos regulamentados para a
concessão da licença ambiental.
A resolução CONAMA 0001/86 apresentou-secomo um divisor de águas. Principalmente, para
aqueles que, de fato, queriam exercer as suas atividades, mas estavam realmente
preocupados em fazê-lo respeitando as leis já então existentes para a proteção ambiental.
POR QUE UM DIVISOR DE ÁGUAS?
 EXEMPLO
Para responder a esse questionamento, usaremos como exemplo a seguinte situação
hipotética: um grupo empresarial denominado aqui como XX empreendimento deseja construir
uma empresa denominada aqui como YY, que pretende fabricar um produto denominado aqui
como ZZ. Porém, os responsáveis pela execução do projeto da referida empresa não sabem
ao certo se:
1. A empresa a ser construída precisa de licenciamento ambiental?
2. Se o licenciamento for necessário, precisará elaborar EIA/RIMA?
3. Caso a resposta seja afirmativa, como proceder para estar de acordo com a legislação
ambiental, cumprindo, assim, com todas as exigências relacionadas à legislação ambiental?
Porém, se a sua responsabilidade socioambiental se isente, inclusive, das penalidades
decorrentes dos danos causados, como proceder?
Essas e muitas outras perguntas ficavam sem respostas efetivas e, muito provavelmente,
apesar das boas intenções, muitos impactos ao meio ambiente eram ocasionados. Essa falta
de conhecimento servia, inclusive, como justificativa para o erro. Contudo, com a resolução
CONAMA 0001/86, não só esse grupo empresarial hipotético, mas qualquer outro passou a ter
as informações necessárias.
Ou ainda, usando a linguagem popular, passou a conhecer “o caminho das pedras”. Passou-se
a saber, em primeiro lugar, se a atividade constava na lista daquelas consideradas
modificadoras e causadoras de impactos ambientais e, mais ainda, onde e como proceder para
elaboração do EIA/RIMA para a obtenção das licenças ambientais.
Aplicado inicialmente somente às indústrias de transformação, o licenciamento ambiental
passou a abranger uma gama de projetos de infraestrutura promovidos por empresas e
organismos governamentais, estendendo-se, ainda, às indústrias extrativas e aos projetos de
expansão urbana, agropecuária e turismo, cuja implantação pudesse, efetiva ou
potencialmente, causar degradação ambiental.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, DE 23 DE
JANEIRO DE 1986
Por meio dessa resolução, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), no uso das
suas atribuições e considerando a necessidade de se estabelecerem as definições, as
responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da
Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente, resolveu especificar alguns pontos importantes relacionados ao assunto e que serão
brevemente expostos a seguir:
ARTIGO 3º DA RESOLUÇÃO
Fica determinado que dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental (EIA) e
respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA), a serem submetidos à aprovação do IBAMA,
o licenciamento de todas as atividades que, pela lei, sejam de competência federal. Em outras
palavras, a partir da publicação da resolução, qualquer atividade modificadora do meio
ambiente passou a ser obrigada a elaborar o EIA/RIMA para conseguir o licenciamento estar
de acordo com a legislação ambiental.
ARTIGO 4º DA RESOLUÇÃO
Fica estabelecido que os órgãos ambientais competentes e os órgãos setoriais do SISNAMA
deverão compatibilizar os processos de licenciamento com as etapas de planejamento e
implantação das atividades consideradas modificadoras do meio ambiente, respeitados os
critérios e diretrizes estabelecidos por essa Resolução e tendo por base a natureza, o porte e
as peculiaridades de cada atividade. Isso quer dizer, que dependendo do potencial do impacto
a ser causado pela atividade, serão determinados procedimentos específicos pelo órgão
ambiental, que deverá acompanhar o cumprimento dessas exigências em todas as fases do
processo.
ARTIGO 5º DA RESOLUÇÃO
Fica determinado que o EIA, além de atender à legislação, em especial os princípios e
objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá também às
seguintes diretrizes gerais:
I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as
com a hipótese de não execução do projeto.
II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de
implantação e operação da atividade.
III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos,
denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia
hidrográfica na qual se localiza.
lV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área
de influência do projeto, e sua compatibilidade.
Por meio do parágrafo único desse artigo, fica estabelecido que, ao determinar a execução do
estudo de impacto ambiental, o órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o
município, fixará as diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e características
ambientais da área, forem julgadas necessárias, inclusive os prazos para conclusão e análise
dos estudos.
ARTIGO 7º DA RESOLUÇÃO
Determina que o estudo de impacto ambiental será realizado por uma equipe multidisciplinar
devidamente habilitada, não dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto e
que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados. Cabe aqui ressaltar a
importância dessa determinação, pois caso a equipe multidisciplinar estivesse ligada ao
proponente do projeto, poderia existir conflito de interesses e, até mesmo, a elaboração de um
relatório que não fosse fiel à realidade dos impactos possivelmente causados pela atividade ou
empreendimento.
ARTIGO 8º DA RESOLUÇÃO
Fica estabelecido que correrão por conta do proponente do projeto todas as despesas e custos
referentes à realização do estudo de impacto ambiental, tais como: coleta e aquisição dos
dados e informações, trabalhos e inspeções de campo, análises de laboratório, estudos
técnicos e científicos e acompanhamento e monitoramento dos impactos, elaboração do RIMA
e fornecimento de pelo menos 5 (cinco) cópias. Em outras palavras, todas à custa da
elaboração do EIA/RIMA serão da responsabilidade de quem estiver solicitando o
licenciamento, ficando os órgãos ambientais isentos de qualquer despesa.
ARTIGO 9º DA RESOLUÇÃO
Determina que o relatório de impacto ambiental – RIMA, refletirá as conclusões do estudo de
impacto ambiental e conterá, no mínimo:
I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas
setoriais, planos e programas governamentais.
II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para
cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias-primas, e
mão de obra, as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis
efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados.
III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambientais da área de influência do
projeto.
IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade,
considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e
indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e
interpretação.
V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as
diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de
sua não realização.
VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos
impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de
alteração esperado;
VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos.
VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem
geral).
No parágrafo único desse artigo, fica estabelecido que o RIMA deveser apresentado de forma
objetiva e adequada à sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem
acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação
visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como
todas as consequências ambientais de sua implementação. Cabe aqui ressaltar também que
esse parágrafo único é extremamente importante no sentido de possibilitar que a comunidade,
ainda que leiga sobre o assunto, consiga compreender as situações adversas e os possíveis
impactos positivos ou negativos causados pela atividade no local e, consequentemente, nas
suas próprias vidas.
ARTIGO 10° DA RESOLUÇÃO
Determina que o órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o município terá
um prazo para se manifestar de forma conclusiva sobre o RIMA apresentado.
Por meio do parágrafo único, fica estabelecido que o prazo para a manifestação a que se
refere o artigo terá o seu termo inicial na data do recebimento pelo órgão estadual competente
ou pela SEMA do estudo do impacto ambiental e seu respectivo RIMA.
ARTIGO 11° DA RESOLUÇÃO
Fica determinado que respeitado o sigilo industrial, assim solicitando e demonstrando pelo
interessado, o RIMA será acessível ao público. Suas cópias permanecerão à disposição dos
interessados, nos centros de documentação ou bibliotecas da SEMA e do estadual de controle
ambiental correspondente, inclusive o período de análise técnica.
No inciso primeiro desse artigo, fica estabelecido que os órgãos públicos que manifestarem
interesse, ou tiverem relação direta com o projeto, receberão cópia do RIMA, para
conhecimento e manifestação.
No inciso segundo do mesmo artigo, fica estabelecido que, ao determinar a execução do
estudo de impacto ambiental e apresentação do RIMA, o recebimento dos comentários a
serem feitos pelos órgãos públicos e demais interessados e, sempre que julgar necessário,
promoverá a realização de audiência pública para informação sobre o projeto e seus impactos
ambientais e discussão do RIMA. Mais uma vez, é importante aqui destacar a relevância desse
inciso, pois é por meio da audiência pública que a comunidade envolvida poderá apresentar as
suas dúvidas, questionamentos e, até mesmo, sugestões de modificações no projeto.
O QUE É O EIA?
OS EMPREENDIMENTOS E OBRAS PODEM
ACARRETAR DIFERENTES IMPACTOS NA
NATUREZA COM MAIOR OU MENOR
INTENSIDADE PARA CAUSAR DANO OU
MODIFICAR O EQUILÍBRIO ECOLÓGICO.
Em razão disso, a norma prevê distintas espécies de avaliação de impactos ambientais, dentre
eles, cabe mencionar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), plano de manejo, plano de
recuperação de área degradada (PRAD), plano e projeto de controle ambiental, dentre outros.
Como uma espécie de avaliação de impacto ambiental, o EIA materializa o princípio da
prevenção do dano ambiental e constitui um dos principais instrumentos de proteção do
ambiente (FIORILLO, 2013, p. 226-227).
SUA FUNÇÃO É SUBSIDIAR O PROCESSO DE
LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE ATIVIDADES
QUE POSSUEM RELEVANTE POTENCIAL DE
CAUSAR DESEQUILÍBRIOS ECOLÓGICOS.
RELATÓRIO TÉCNICO, ELABORADO POR UMA
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR, INDEPENDENTE DO
EMPREENDEDOR, PROFISSIONAL E
TECNICAMENTE HABILITADA PARA ANALISAR
OS ASPECTOS FÍSICOS, BIOLÓGICOS E
SOCIOECONÔMICOS DO AMBIENTE QUE, ALÉM
DE ATENDER AOS PRINCÍPIOS DA POLÍTICA
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, DEVE
OBEDECER ÀS DIRETRIZES GERAIS.
Essas diretrizes são apresentadas a seguir e estão de acordo com a Resolução
CONAMA 001/86:
I. Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as
com a hipótese de não execução do projeto.
II. Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de
implantação e operação.
III. Definir limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos,
denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia
hidrográfica na qual se localize.
IV. Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação, na área
de influência do projeto e sua compatibilidade.
No artigo 6° dessa resolução, estão definidas as diretrizes que o EIA deverá desenvolver.
Essas diretrizes são fundamentais para que os empreendimentos e atividades cuja
exigibilidade exista possam, de fato, elaborar o estudo seguindo as orientações e não
encontrar empecilhos primários na obtenção da licença ambiental à qual o documento está
vinculado.
São informações gerais do empreendedor, caracterização do empreendimento, a sua área de
influência, diagnóstico ambiental da área de influência, análise dos impactos possivelmente
causados pelo empreendimento e alternativas para mitigação deles, assim como a definição de
programa para o acompanhamento e monitoramento dos impactos.
Na figura a seguir, apresentamos essas diretrizes:
 
Imagem: Artigo 6 da Resolução CONAMA nº 001/86 adaptado por Rosangela Amado
 Diretrizes gerais para a elaboração do EIA/RIMA.
 ATENÇÃO
Vale a pena destacar, mais uma vez, que será de responsabilidade do empreendedor arcar
com os custos para a realização do EIA. Deverá ser contratada uma empresa de consultoria na
qual os membros envolvidos na realização do estudo de impactos ambientais possuam
inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades, que é administrado pelo Ibama. A
empresa contratada é a responsável por todos os resultados obtidos, inclusive as medidas
mitigatórias.
MAS O QUE SÃO MEDIDAS MITIGATÓRIAS?
As medidas mitigadoras são aquelas estabelecidas antes da instalação do
empreendimento, e visam à redução dos efeitos provenientes dos impactos ambientais
negativos gerados por tal ação. Os planos de mitigação buscam reverter danos parciais e
reduzir situações de risco e de impactos ambientais, por meio da intervenção em áreas
vulneráveis e da implementação de programas operacionais que permitam, em curto prazo,
mitigar situações críticas com base na definição de prioridades. 
RIMA, O QUE SIGNIFICA?
Entende-se por Relatório de Impacto Ambiental ou, simplesmente, RIMA, o relatório resumo
dos estudos do EIA, em linguagem objetiva e acessível para não técnicos. Os estudos
realizados pelo EIA terão a sua conclusão prescrita no RIMA (Relatório de Impacto Ambiental)
de forma clara para explicar ao público as vantagens e as desvantagens do projeto. Além
disso, deve demonstrar também de forma clara e objetiva as consequências que ele irá
provocar.
VALE A PENA RESSALTAR QUE A REALIZAÇÃO
DE UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PODERÁ VIR A
SER SOLICITADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO,
POR ENTIDADE CIVIL, OU POR CINQUENTA
CIDADÃOS OU MAIS, A FIM DE QUE QUALQUER
DÚVIDA ACERCA DO PROJETO SEJA
DEVIDAMENTE ESCLARECIDA. A NÃO
OBSERVÂNCIA DESSA REGRA PODERÁ
PROVOCAR A INVALIDADE DA LICENÇA
AMBIENTAL.
O RIMA deve obedecer aos requisitos mínimos previstos no art. 9º da Resolução CONAMA
01/86 e, quando aferida a falsidade das informações previstas, essa conduta configura crime
ambiental de acordo com o art. 69-A, Lei 9.605/98. 
O Relatório de Impacto Ambiental deverá conter, no mínimo:
Objetivos e justificativas do empreendimento.
Descrição do empreendimento e das alternativas locacionais e tecnológicas existentes.
Síntese dos resultados do diagnóstico ambiental.
Descrição dos impactos prováveis.
Caracterização da qualidade ambiental futura.
Efeitos esperados das medidas mitigadoras.
Programa de acompanhamento e monitoramento.
Conclusões e recomendações da alternativa mais favorável.
 ATENÇÃO
Esses documentos somente são exigidos para empreendimentos com grande potencial de
degradação e poluição ambiental. Ou seja, para pequena degradação, não há necessidade.
MAS COMO SABER SE A ATIVIDADE EM
QUESTÃO PRECISA OU NÃO ELABORAR
EIA/RIMA?
Dependendo da elaboração do EIA/RIMA que deverá ser submetido à aprovação do órgão
estadual ambiental competente e da Secretaria do Meio Ambiente, em caráter supletivo, o
licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente. O artigo2º da Resolução
CONAMA nº 001 determina que “Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e
respectivo relatório de impacto ambiental − RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão
estadual competente, e do Ibama em caráter supletivo”, o licenciamento de atividades
modificadoras do meio ambiente, tais como:
I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento.
II – Ferrovias.
III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos.
IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18 de
novembro de 1966.
V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários.
VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV.
VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins
hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para
navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e
embocaduras, transposição de bacias, diques.
VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão).
IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração.
X - Aterros sanitários, processamento e “destino final” de resíduos tóxicos ou perigosos.
Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de
10MW.
XII - Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloro,
químicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos).
XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais – ZEI.
XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou
menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto
de vista ambiental.
XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha ou em áreas consideradas de relevante interesse
ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes.
XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas
por dia.
Conforme os assuntos abordados, podemos concluir que o meio ambiente pode ser
considerado um bem de interesse público, e sendo o bem particular ou público, este deve ser
usufruído por toda a coletividade. Dessa forma, qualquer intervenção deverá ser submetida aos
órgãos ambientais competentes para consentimento.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ACERCA DO ESTUDO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS, ESTÁ CORRETO
O QUE SE AFIRMA EM:
A) O EIA refletirá as conclusões do relatório de impacto ambiental e conterá, no mínimo, a
síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambientais da área de influência do
projeto.
B) O RIMA deverá conter, no mínimo, as conclusões e recomendações da alternativa mais
favorável.
C) O RIMA deverá conter os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade
com as políticas setoriais, planos e programas governamentais.
D) O RIMA deverá conter o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos.
E) O EIA desenvolverá medidas mitigadoras dos impactos negativos.
2. EM FEVEREIRO DE 2021, FOI ANUNCIADA A CONSTRUÇÃO DO NOVO
AEROPORTO DE MARAGOGI (AL). O AEROPORTO CONTARÁ COM UMA
PISTA DE MAIS DE 2,2 METROS PARA POUSOS E DECOLAGENS E TERÁ
CAPACIDADE PARA ATÉ DUAS GRANDES AERONAVES SIMULTÂNEAS E
12 AVIÕES DE PEQUENO PORTE. 
 
I. DEPENDERÁ DA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
E RESPECTIVO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA. 
PORTANTO 
II. DEVEM SER SUBMETIDOS À APROVAÇÃO DO ÓRGÃO ESTADUAL
COMPETENTE PARA INÍCIO DA OBRA. 
 
ANALISE AS AFIRMAÇÕES: 
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da
I.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são proposições falsas.
GABARITO
1. Acerca do Estudo dos Impactos Ambientais, está correto o que se afirma em:
A alternativa "E " está correta.
 
A afirmativa A está incorreta, pois é o RIMA quem refletirá as conclusões do EIA, e não o
contrário. As afirmativas B, C e D estão incorretas porque são referentes ao RIMA − Relatório
de Impacto Ambiental, e não ao EIA. Já a afirmativa E está correta, pois o EIA garante a
amenização de impactos negativos.
2. Em fevereiro de 2021, foi anunciada a construção do novo aeroporto de Maragogi (AL).
O aeroporto contará com uma pista de mais de 2,2 metros para pousos e decolagens e
terá capacidade para até duas grandes aeronaves simultâneas e 12 aviões de pequeno
porte. 
 
I. Dependerá da elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de
impacto ambiental – RIMA. 
PORTANTO 
II. Devem ser submetidos à aprovação do órgão estadual competente para início da obra.
 
Analise as afirmações: 
A alternativa "A " está correta.
 
O artigo 2º da Resolução CONAMA nº 001 determina que “Dependerá de elaboração de
estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental − RIMA, a serem
submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do Ibama em caráter supletivo, o
licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: IV - Aeroportos,
conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18 de novembro de 1966.
MÓDULO 3
 Definir o sistema de licenciamento ambiental brasileiro
SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL
BRASILEIRO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Conforme previamente estudado, o licenciamento ambiental é o procedimento por meio do qual
o poder público, sendo representado pelos respectivos órgãos ambientais, dá autorização e
acompanha a implantação e a operação de atividades e serviços que utilizam os recursos
naturais ou, ainda, que sejam consideradas poluidoras e causadoras de impactos ambientais.
É UMA EXIGÊNCIA LEGAL E UMA FERRAMENTA
DO PODER PÚBLICO PARA O CONTROLE
AMBIENTAL.
Desde 1981, de acordo com a Lei Federal nº 6.938, o licenciamento ambiental tornou-se
obrigatório em todo o território nacional e as atividades consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras não poderiam mais funcionar sem o devido licenciamento. O licenciamento
ambiental opera como um processo de acompanhamento sistemático das consequências
ambientais de uma determinada atividade, desde as etapas iniciais de seu planejamento até a
efetiva operação.
O PROCESSO DE LICENCIAMENTO NO BRASIL
COMPREENDE ALGUMAS FASES QUE
INCORPORAM DIFERENTES TIPOS DE
LICENÇAS, QUE DEVEM RESPEITAR REGRAS
ESPECÍFICAS PARA QUE POSSAM SER
OBTIDAS.
É importante chamar a atenção para o fato de que não se deve confundir licenciamento
com licença ambiental. A resolução CONAMA 237/97 descreve que licença ambiental é
o...
ATO ADMINISTRATIVO PELO QUAL O ÓRGÃO
AMBIENTAL COMPETENTE, ESTABELECE AS
CONDIÇÕES, RESTRIÇÕES E MEDIDAS DE CONTROLE
AMBIENTAL QUE DEVERÃO SER OBEDECIDAS PELO
EMPREENDEDOR, PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA,
PARA LOCALIZAR, INSTALAR, AMPLIAR E OPERAR
EMPREENDIMENTO OU ATIVIDADES UTILIZADORAS
DOS RECURSOS AMBIENTAIS CONSIDERADAS
EFETIVA OU POTENCIALMENTE POLUIDORAS OU
AQUELAS QUE, SOB QUALQUER FORMA, POSSAM
CAUSAR DEGRADAÇÃO AMBIENTAL.
CONAMA 237/97.
Ainda de acordo com resolução CONAMA 237/97, a licença ambiental é um documento, com
prazo de validade definido, em que o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições
e medidas de controle ambiental a serem seguidas pelo empreendedor. Já o licenciamento
ambiental é um procedimento administrativo que licencia uma atividade utilizadora de recursos
naturais, efetiva ou potencialmente perigosa ao meio ambiente. É uma sucessão ordenada de
formalidades para que se consiga obter a licença ambiental.
TIPOS DE LICENÇAS
O sistema de licenciamento brasileiro trabalha com a chamada “tríplice licença”, que
contempla:
Licença Prévia (LP)

Licença de Instalação (LI)

Licença de Operação(LO)
No que se refere à Licença Prévia (LP), a sua concessão ocorre na fase inicial do
empreendimento. Nessa fase, deve ficar atestada a viabilidade ambiental, assim como a
aprovação da localização e da concepção. É na Licença Prévia que ficam estabelecidos os
requisitos básicos e as condições a serem atendidos nas etapas seguintes, isto é, na Licença
de Instalação e Licença de Operação.
 VOCÊ SABIA
De acordo com a Resolução CONAMA 237/1997, art. 8º, inc. I., para a sua concessão é
necessária a apresentação do Projeto Básico pelo empreendedor que deve preencher os
requisitos previstos no art. 6º, IX, Lei 8.666/1993 (Lei Geral de Licitações), devendo indicar os
elementos indispensáveis de forma precisa, com base nas indicações dos estudos técnicos
preliminares, que viabilizem a aferição do impacto ambiental, assim como os custos da obra e
o seu prazo de execução. Cabe aqui destacar que o prazo de validade da licença prévia é de,
no máximo, cinco anos.
A seguir, conheça melhor a Licença de Instalação e a Licença de Operação:
LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO)
LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
Autoriza a instalação do empreendimento, atividade ou obra. Para sua concessão, é essencial
a elaboração do Projeto Executivo que deverá detalhar o projeto inicial, sendo repleto de
detalhes técnicos. Nessa etapa do licenciamento, o realizador da obra é obrigado a
implementar condições que minimizem os impactos ambientais, no processo de instalação do
empreendimento. A observância dessa regra é condição essencial para a concessão da
Licença de Operação, que não poderá ter validade maior que seis anos.
LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO)
Autoriza a operação da atividade, obra ou empreendimento, devendo o órgão ambiental
responsável realizar a fiscalização da obra para verificar o cumprimento das normas
ambientais. O prazo de vigência dessa licença varia entre quatro e dez anos, o que será
determinado pelo órgão ambiental responsável. A renovação deve ser sempre solicitada com
antecedência de, no mínimo, cento e vinte dias, ficando automaticamente prorrogada até a
manifestação definitiva do órgão, de acordo com o art. 14, §4º, Lei Complementar 140/2011. O
exercício da atividade sem a referida licença constitui crime, nos termos da Lei 9.605/1998, art.
60, com pena de detenção de um a seis meses e multa, além de infração administrativa.
Além dessas três licenças, existem outras modalidades de licenças que são
apresentadas a seguir:
Licença de
Instalação e
de Operação
(LIO)
Por meio da LIO o órgão ambiental autoriza, em uma única fase, a
instalação e a operação de atividade ou empreendimento.
Licença
Prévia e de
Instalação
(LPI)
Em uma única fase, o órgão ambiental atesta a viabilidade ambiental
e autoriza a instalação da atividade ou empreendimento,
estabelecendo as condições e medidas de controle ambiental
necessárias.
Licença
Ambiental
Simplificada
(LAS)
Em uma única fase, atesta a viabilidade ambiental, aprova a
localização e autoriza a implantação e a operação de
empreendimento ou atividade, estabelecendo as condições e
medidas de controle ambiental que deverão ser atendidas.
Licença de
Operação e
Recuperação
(LOR)
Autoriza a operação de empreendimento ou atividade concomitante
à recuperação ambiental de áreas contaminadas. A LOR tem o
prazo de, no mínimo, o determinado pelo cronograma de
recuperação ambiental da área e, no máximo, de 6 (seis) anos.
Licença
Ambiental de
Recuperação
(LAR)
De acordo com os critérios técnicos estabelecidos em leis e
regulamentos, a LAR autoriza a recuperação de áreas contaminadas
em atividades ou empreendimento fechados, desativados ou
abandonados ou de áreas degradadas. O prazo de validade é, no
mínimo, o estabelecido pelo cronograma de recuperação ambiental
do local e, no máximo, de 6 (seis) anos.
Licença
Única (LU)
Substitui os procedimentos administrativos ordinários do
licenciamento prévio, de instalação e operação do empreendimento
ou atividade, unificando-os na emissão de uma única licença.
Licença de
Alteração
Geralmente, está condicionada à existência de Licença de Instalação
(LI) ou Licença de Operação (LO), concedida quando porventura
ocorrer modificação no contrato social do empreendimento, atividade
ou obra, ou qualificação de pessoa física.
Licença de
Ampliação
Concedida para a realização de ampliações ou ajustes em
empreendimento ou atividade já implantados e licenciados.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
É importante ressaltar que o conceito, a aplicação e os critérios para a Dispensa do
licenciamento, Licenças de ampliação, alteração, LIO, LPI, LAS e LU, podem variar de
localidade, devendo ser observadas a legislação estadual, ou municipal, que as regulamentam
na esfera de localização do empreendimento ou atividade. Para finalizar, além dessas licenças,
existem outras que são solicitadas com menor frequência por serem mais específicas.
MAS COMO ISSO FUNCIONA, DE FATO, NO
MERCADO?
O artigo 10 da Resolução 237/97 do Conama define os procedimentos para a obtenção
da licença ambiental, estabelecendo algumas etapas básicas para a concessão das
licenças ambientais:
I – Definição dos documentos, projetos e estudos ambientais necessários ao início do processo
de licenciamento correspondente à licença a ser requerida.
II – Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos,
projetos e estudos ambientais.
III – Análise pelo órgão ambiental dos documentos apresentados e a realização de vistorias
técnicas.
IV – Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental; V – Audiência
pública, quando couber.
VI – Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente,
decorrentes de audiências públicas, quando couber.
VII – Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico.
VIII – Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade.
O PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL,
DEPENDENDO DA COMPLEXIDADE DA
ATIVIDADE E DO GRAU DO IMPACTO
AMBIENTAL QUE A ATIVIDADE PODERÁ VIR A
CAUSAR, NEM SEMPRE É SIMPLES E RÁPIDO.
Existem alguns casos de licenciamento ambiental no Brasil que mesmo após décadas
continuam gerando controvérsias e grandes discussões. Como exemplo para evidenciar essa
afirmação pode-se citar, de forma simplificada, o caso da instalação da usina hidrelétrica de
Belo Monte, que é a maior usina hidrelétrica, exclusivamente brasileira.
O Projeto do Complexo Kararaô, esse foi o primeiro nome dado à Usina de Belo Monte, foi
idealizado em 1975. Tinha como objetivo a expansão da oferta energética brasileira em um
momento em que o país se encontrava numa fase de grande crescimento econômico. Devido a
grande complexidade do projeto, muitos debates sobre a instalação aconteceram. Porém,
pouco se falava da importância da preservação dos povos e das comunidades tradicionais
indígenas que habitavam no local ou mesmo dos grandes impactos ambientais provenientes do
alagamento de uma imensa porção de terra.
Em um cenário repleto de grandes conflitos, com o povo ribeirinho e com diferentes aldeias
indígenas, os responsáveis pelo projeto foram alvo de muitas manifestações contrárias,
principalmente por parte dos indígenas, que resistiram bravamente a qualquer alteração
substancial no seu habitat. O represamento da barragem iria alagar diversas etnias, e não foi
levado a cabo pela pressão dos diversos sujeitos envolvidos na construção da Usina de Belo
Monte. 
Somente após mais de duas décadas de recuo dos projetos e devido, principalmente, ao risco
de um apagão no final da gestão do então presidente da República, Fernando Henrique
Cardoso, novos estudos foram levantados em 2001 e apresentados à ANEEL (Agência
Nacional de Energia Elétrica). Todavia, sua finalização foi impedida pela Justiça. Nesse novo
projeto, já havia previsão de um menor impacto nas aldeias indígenas e nos povos ribeirinhose
uma considerável diminuição da área de alagamento.
Mas, foi só em 2006 que a Eletrobras solicitou ao IBAMA a abertura do processo de
licenciamento ambiental prévio. O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto
Ambiental (EIA/RIMA) foram entregues ao IBAMA em 2009 e a licença prévia foi concedida em
2010. Finalmente, em 2011, 36 anos depois das primeiras ideias sobre uma Usina no Xingu, foi
concedida a Licença de Instalação e foi dado início às obras da hidrelétrica de Belo Monte. 
MAS QUAL ÓRGÃO DO SETOR PÚBLICO
POSSUI A COMPETÊNCIA PARA A EMISSÃO
DAS LICENÇAS AMBIENTAIS?
Essa questão, segundo Rodrigues (2016, p. 615), possui diversas controvérsias e, em
decorrência disso, é com frequência levada ao Judiciário e esse fato gera uma considerável
insegurança jurídica para aqueles que desejam empreender no país. Contudo, pode-se afirmar
que a competência para a condução do licenciamento ambiental pode ser da União, estados ou
municípios. Os empreendimentos e atividades, no entanto, são licenciados por um único ente
federativo, conforme estão apresentadas, de forma simplificada, as competências para a
emissão de licenças na figura a seguir:
 
Imagem: Rosangela Amado de Souza
 Órgãos ambientais.
VOCÊ PODE ESTAR SE PERGUNTANDO:
EXISTEM OUTROS ÓRGÃOS PÚBLICOS
ENVOLVIDOS NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
DO IBAMA?
A RESPOSTA É SIM. DEPENDENDO DA
LOCALIZAÇÃO DA ATIVIDADE OU
EMPREENDIMENTO, OUTROS ÓRGÃOS PODEM
ATUAR NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO
AMBIENTAL FEDERAL.
Sendo eles:
FUNAI
Quando a atividade ou o empreendimento submetido ao licenciamento ambiental localizar-se
em terra indígena.
INCRA
Quando a atividade ou o empreendimento submetido ao licenciamento ambiental localizar-se
em terra quilombola.
IPHAN
Quando se localiza em área onde foi constatada a ocorrência dos bens culturais acautelados.
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
(SVS)/MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS)
Quando a atividade ou o empreendimento localizar-se em municípios pertencentes às áreas de
risco ou endêmicas para malária.
ÓRGÃO FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL
Responsável pela gestão ou criação da unidade de conservação quando a atividade ou
empreendimento afetar unidade de conservação da natureza ou sua zona de amortecimento.
ICMBIO
Quando houver impactos da atividade ou empreendimento sobre espécies ameaçadas de
extinção, nos casos em que o Ibama julgar pertinente.
De modo geral, os órgãos mencionados atuam nas etapas de definição de escopo, análise
técnica e acompanhamento do processo de licenciamento ambiental federal. Mas é bom que
fique bem claro que o nosso ordenamento jurídico proíbe que o licenciamento seja realizado
simultaneamente, sendo o Ibama o órgão executor do licenciamento ambiental de competência
da União.
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QUAIS EMPREENDIMENTO OU ATIVIDADES
ESTÃO SUJEITOS AO LICENCIAMENTO
AMBIENTAL NO IBAMA?
As regras de competência encontram-se fixadas na Lei Complementar 140/2011, art. 7º, inciso
XIV, e no Decreto nº 8.437/15. Dessa forma, são de competência do Ibama o licenciamento
ambiental de atividades e de empreendimentos:
Localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe.
Localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona
econômica exclusiva.
Localizados ou desenvolvidos em terras indígenas.
Localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto
em Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
Localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados.
De caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder
Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas.
Destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor
material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de
suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN).
Ferrovia federal: Implantação, ampliação de capacidade e regularização ambiental. Não
se aplica nos casos de implantação e ampliação de pátios ferroviários, melhoramentos de
ferrovias, implantação e ampliação de estruturas de apoio de ferrovias, ramais e
contornos ferroviários.
Rodovia federal: implantação, regularização ambiental de rodovias pavimentadas,
pavimentação e ampliação de capacidade com extensão igual ou superior a duzentos
quilômetros e atividades de manutenção, conservação, recuperação, restauração e
melhoramento em rodovias federais regularizadas. Não se aplica nos casos de contornos
e acessos rodoviários, anéis viários e travessias urbanas.
Hidrovias federais: implantação e ampliação de capacidade cujo somatório dos trechos
de intervenções seja igual ou superior a duzentos quilômetros de extensão.
Portos organizados, exceto as instalações portuárias que movimentem carga em volume
inferior a 450.000 TEU/ano ou a 15.000.000 ton/ano.
Terminais de uso privado e instalações portuárias que movimentem carga em volume
superior a 450.000 TEU/ano ou a 15.000.000 ton/ano.
Petróleo e gás: exploração e avaliação de jazidas, compreendendo as atividades de
aquisição sísmica, coleta de dados de fundo (piston core), perfuração de poços e teste de
longa duração quando realizadas no ambiente marinho e em zona de transição terra-mar
(offshore).
Petróleo e gás: produção, compreendendo as atividades de perfuração de poços,
implantação de sistemas de produção e escoamento, quando realizada no ambiente
marinho e em zona de transição terra-mar (offshore).
Petróleo e gás: produção, quando realizada a partir de recurso não convencional de
petróleo e gás natural, em ambiente marinho e em zona de transição terra-mar (offshore)
ou terrestre (onshore), compreendendo as atividades de perfuração de poços,
fraturamento hidráulico e implantação de sistemas de produção e escoamento.
Usinas hidrelétricas com capacidade instalada igual ou superior a trezentos megawatts.
Usinas termelétricas com capacidade instalada igual ou superior a trezentos megawatts.
Usinas eólicas, no caso de empreendimentos e atividades offshore e zona de transição
terra-mar.
E SE A ATIVIDADE OU EMPREENDIMENTO NÃO
SE ENQUADRAR NOS LISTADOS ACIMA?
Nesses casos, o interessado deverá consultar os artigos 8º e 9º dessa mesma lei
complementar, para que tenha orientações sobre os procedimentos relacionados ao
licenciamento ambiental, assim como as normativas do estado ou município no qual o projeto
está inserido, para verificar se este necessita ou não do licenciamento no âmbito estadual ou
municipal.
 DICA
É dever e obrigação de todo empreendedor buscar o licenciamento ambiental junto ao órgão
competente − Ibama, Inea, SMAC. Igualmente, é obrigação do empreendedor estar atento ao
prazo de validade de cada licença emitida. Importante frisar que a validade da licença varia de
atividade para atividade de acordo com a tipologia, a situação ambiental da área onde está
instalada e outros fatores.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A COMPETÊNCIA PARA CONCEDER O LICENCIAMENTO AMBIENTAL
DE UMA EMPRESA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO É:
A) Da Polícia Florestal e do Ministério Público Federal.
B) Do Ministério Público Federal, do Ibama e do Inea.
C) Do Ibama, do Inea e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
D) Do Ibama, da Feema e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
E) Da Polícia Florestal, do Ibama e do Inea.
2. O PROCESSO DE LICENCIAMENTO NO BRASIL COMPREENDE
ALGUMAS FASES QUE INCORPORAM DIFERENTES TIPOS DE LICENÇAS
QUE DEVEM RESPEITAR REGRAS ESPECÍFICAS PARA QUE POSSAM
SER OBTIDAS. EM RELAÇÃO À LICENÇA DE INSTALAÇÃO, É CORRETO
AFIRMAR QUE:
A) É concedida para a realização de ampliações ou ajustes em empreendimentos ou atividades
já implantados e licenciados.
B) Autoriza a instalação do empreendimento, atividade ou obra e para sua concessão é
essencial a elaboração do Projeto Executivo que deverá detalhar o projeto inicial,sendo repleto
de detalhes técnicos.
C) A sua concessão ocorre na fase inicial do empreendimento, na qual deve ficar atestada a
viabilidade ambiental, assim como a aprovação da localização e da concepção.
D) Substitui os procedimentos administrativos ordinários do licenciamento prévio, de instalação
e operação do empreendimento ou atividade, unificando-os na emissão de uma única licença.
E) Autoriza a operação da atividade, obra ou empreendimento, devendo o órgão ambiental
responsável realizar a fiscalização da obra para verificar o cumprimento das normas
ambientais.
GABARITO
1. A competência para conceder o licenciamento ambiental de uma empresa no Estado
do Rio de Janeiro é:
A alternativa "C " está correta.
 
A Resolução nº 237/97, art. 4º − Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis − Ibama, órgão executor do SISNAMA, o licenciamento
ambiental, a que se refere o artigo 10, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, de
empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou
regional, O art. 5º − determina que compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal
o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades. No caso do Rio de Janeiro,
compete ao Inea e à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAC).
2. O processo de licenciamento no Brasil compreende algumas fases que incorporam
diferentes tipos de licenças que devem respeitar regras específicas para que possam ser
obtidas. Em relação à licença de instalação, é correto afirmar que:
A alternativa "B " está correta.
 
A Letra B é a alternativa correta, pois a licença de instalação autoriza a instalação do
empreendimento, atividade ou obra, sendo exigência para sua concessão a elaboração do
Projeto Executivo de forma detalhada.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É fato que, para que se consiga caminhar no sentido do crescimento econômico de forma
sustentável, é essencial que existam leis, normas e outros mecanismos que possam orientar e
conduzir a realização de atividades e de serviços que tenham potencial para provocar impactos
ambientais.
Porém, deve ficar claro que não é suficiente existir uma legislação rígida quanto à concessão
de licenças ambientais, se os órgãos ambientais não forem igualmente rígidos e cuidadosos na
fiscalização para emissão dessas licenças.
Somente com fiscalização eficiente e instituições fortes é que se consegue combater um
desenvolvimento que venha a se mostrar predatório e destruidor, não respeitando o que mais
se deseja ao fazer uso das leis e normas, que é o desenvolvimento sustentável. 
Vale a pena ressaltar que, quando se menciona proteção ao meio ambiente, não se está, de
forma alguma, restringindo essa ação somente à fauna e à flora, mas também à preservação
do modo de vida de muitas comunidades
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira (NBR) 14001.
Sistema de Gestão Ambiental. 2015.
BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 4. ed.
São Paulo: Saraiva, 2016.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal:
Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Decreto nº 8.437/15, de 22 de Abril de 2015. Brasília, DF, 2015.
BRASIL. Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Brasília, DF: 1981.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Educação Ambiental por um Brasil Sustentável. 
Ministério da Educação – MEC. Brasília: MMA, 2018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Portal Nacional de Licenciamento Ambiental. Etapas do
Licenciamento. Brasília, DF.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, DF. Consultado na internet em: 27 set. 2021.
CONAMA. Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986. D.O.U. Publicado em: 17 fev. 1986.
CONAMA. Resolução nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Brasília, DF: CONAMA, 1997.
FIORILLO, C. A. P. Curso de direito ambiental brasileiro. 14. ed. rev., ampl. e atual. São
Paulo: Saraiva, 2013.
LEGISLAÇÃO DE DIREITO AMBIENTAL − Col. Saraiva de Legislação. 6. ed. Rio de Janeiro:
Saraiva, 2013.
MACHADO, A. de Q. Licenciamento Ambiental: atuação preventiva do Estado à luz da
Constituição da República Federativa do Brasil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.
RODRIGUES, M. A. Direito Ambiental Esquematizado. Pedro Lenza (Coord.). 3. ed. São
Paulo: Saraiva, 2016.
SCARLATO, F. C.; PONTIN, J. A. Do Nicho ao Lixo: ambiente, sociedade e educação. São
Paulo: Atual, 2006.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, pesquise os sites e portais:
Portal Nacional de Licenciamento Ambiental, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis, Instituto Estadual do Ambiente e Secretaria Municipal de
Meio Ambiente – SMAC.
CONTEUDISTA
Rosangela Amado
Vânia Valéria Ferreira

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