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Material de Estudo AV2- Direito do Trabalho I - Estácio 2018.2

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1- CONTRATO TEMPORÁRIO
Trabalhador temporário: é um trabalhador contratado por uma empresa de trabalho temporário que o coloca à disposição de uma empresa fornecedora de serviço temporário para atender:
- à necessidade de substituição transitória de pessoal;
- ou à demanda complementar de serviços. [Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. - Art. 2º § 2º incluído pela Lei 13.429/2017]
	Lei 6.019/74
	Modificação Lei 13.429/2017
Lei da Terceirização
	Art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços.
	Art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.
Para quais atividades pode-se usar o trabalho temporário?
O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços. (Art. 9º §3º da Lei 6.019/1974 – incluído pela Lei 13.429/2017)
	- Proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve ( Art. 2º §1º da Lei 6.019/1974 – incluído pela Lei 13.429/2017).
Empresa de trabalho temporário: É a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente. 
	Lei 6.019/74
	Modificação Lei 13.429/2017
Lei da Terceirização
	Art. 4º - Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos.
	Art. 4º - Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente
Empresa tomadora de serviço temporário: É a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal.
	Lei 13.429/2017
Lei da Terceirização
	Modificação Lei 13.467/2017
Lei da Reforma Trabalhista
	Art. 5º-A – Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços determinados e específicos.
	Art. 5º-A – Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal.
Art. 5º-A :
§ 1º É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
§ 2º Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
§ 3º É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em contrato.(Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
§ 4º A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado.(Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
§ 5º A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
Contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços (Art. 9º_ Redação dada pela Lei nº 13.429 de 2017)
- OBRIGATORIAMENTE por escrito;
- Ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços;
-Deverá conter:
I - qualificação das partes;
II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário;
III - prazo da prestação de serviços;
IV - valor da prestação de serviços;
V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do trabalho. 
Vínculo, prazo e prorrogação (Art. 10_ Redação dada pela Lei nº 13.429 de 2017)
- não existe vínculo de emprego entre a empresa tomadora de serviços e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário;
- O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não.(§ 1º)
- O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1º deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. (§ 2º)
- Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. (§ 4º)
- O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1 º e 2º deste artigo somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do término do contrato anterior (§ 5º), o que caracterizará vínculo empregatício com a tomadora (§ 6º). 
Direitos do Trabalhador Temporário (Art. 12)
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, a percepção do salário mínimo regional;
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20%;
c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966;
d) repouso semanal remunerado;
e) adicional por trabalho noturno;
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido;
g) seguro contra acidente do trabalho;
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social.
2- TERCEIRIZAÇÃO
Posição do Tribunal Superior do Trabalho
- A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional:
(Art. 37, II, Constituição Federal - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração);
- Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
Súmula nº 331 do TST
- O descumprimento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também de título executivo judicial.[Súmula nº 331, IV, TST]
- Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições noitem IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei nº 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. .[Súmula nº 331, V, TST]
- A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. [Súmula nº 331, VI, TST]
3- ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Três princípios norteiam o instituto da alteração do contrato de trabalho:
1º- PACTO SUNT SERVANDA
Todas as regras postas no contrato deverão ser rigorosamente cumpridas.
2º- AUTONOMIA DA VONTADE
Empregado e empregador podem regular suas próprias relações jurídicas DESDE QUE:
I- Tais relações estejam em conformidade com as regras impostas pelas normas legais e convencionais mínimas de proteção do trabalho;
II- Os fins por elas pretendidos coincidam com o interesse geral ou interesse público.
[Art. 8º da CLT- As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.]
3º- INALTERIDADE CONTRATUAL
Art. 468 da CLT: Nos contratos individuais de trabalho só é permitida a alteração nas respectivas condições:
- Mútuo consentimento;
- Desde que não resultem prejuízos ao empregado.
Flexibilização
Apenas se permite a flexibilização (expressão voltada para intitular um contexto de mudanças da legislação trabalhista, arraigado na decisão dos atores sociais sob a aplicação dos dispositivos legais, autorizando que conteúdo normativo possa sofrer uma diminuição de significado, reduzindo o seu teor de proteção da massa proletária) nos casos de:
- Redução salarial
- Alteração de jornada
...desde que:
- Por meio de convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho (Art. 7º VI, XIII e XIV);
- Obrigação de respeitar o princípio da dignidade da pessoa humana;
- Haja outras causas compensatórias nos acordos ou convenções coletivas em benefício dos trabalhadores.
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
Jus Variandi
Direito do empregador de em situações excepcionais, alterar unilateralmente algumas cláusulas do contrato de trabalho, desde que o exercício de tal direito não implique, para o empregado, prejuízos diretos ou indiretos, materiais ou morais.
Algumas hipóteses:
- Transferência do empregado quando ocorrer à extinção do estabelecimento;
- Determinação para que o empregado ocupe interinamente cargo em comissão ou eventualmente exerça cargo diverso;
- Alteração funcional do empregado readaptado.
- Empregado promovido
- Reversão do empregado exercente de função de confiança ao cargo efetivo;
- Rebaixamento de função NÃO é permitido
Jus Resistentiae
Direito de resistência às alterações contratuais ilegais promovidas pelo empregador que seja no campo contratual, interesse social, como a que diz respeito ao rigor excessivo e à urbanidade de tratamento dispensados ao empregado.
Transferência do Empregado
Observância do Princípio da Inalterabilidade.
Art. 469, caput, §§ 1º, 2º e 3º da CLT - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato. Exceto em casos de:
1- Quando não acarretar mudança de domicílio do empregado;
2- Empregados que exerçam cargo de confiança;
3- Empregados cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência;
4- Extinção do estabelecimento no qual o empregado trabalhar;
5- Em caso de real necessidade de serviço o empregador poderá transferir fincando obrigado a um pagamento suplementar a 25% do salário que o empregado recebia naquela localidade.
- ÔNUS DA PROVA de mostrar a real necessidade da transferência é do Empregador.
4- SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Princípio da continuidade da relação do emprego.
Suspensão
Empregado e empregador ficam DISPENSADOS TRANSITORIAMENTE do cumprimento das obrigações contratuais.
Algumas hipóteses:
- Suspensão Disciplinar
- Licença não remunerada
- Aposentadoria por invalidez
- Exercício de cargo público não obrigatório (aqui conta o tempo de serviço)
- Greve
- Empregado eleito para ocupar cargo de diretor – Súmula 269 TST
*OBSERVAÇÃO DA HIPÓTESE DE SUSPENSÃO DO CONTRATO DO ART. 476-A – CLT:
Requisitos para suspensão do contrato:
- Previsão em Acordo ou Convenção Coletiva;
- Concordância formal do empregado, em documento escrito e pelo menos assinado Inexistência de SUSPENSÃO anterior (dentro do período de 16 meses) do contrato a idêntico título.
- A ausência de um dos requisitos torna INVÁLIDA a suspensão contratual.
Prazo de suspensão
-Dois a cinco meses – possibilidade de prorrogação, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho com a concordância do empregado;
Final do prazo de suspensão do contrato
- O empregado poderá retornar ao emprego, ou
- Poderá ocorrer a extinção contratual com pagamento de todas as verbas resilitórias.
INTERRUPÇÃO
O empregado fica desobrigado de prestar o serviço, mas continua a receber salários, sendo que o tempo de serviço é sempre computado para todos os feitos legais.
Exemplos: (Art. 473 CLT)
- Licença Maternidade
- Afastamento do empregado que funciona como conciliador nas CCP’S
I - Em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica.
II - Em virtude de casamento.
IV - Em caso de doação voluntária de sangue.
V - Para o fim de se alistar eleitor.
VI - Em Serviço Militar.
VII - Realização de provas de exame vestibular.
VIII - Empregado que comparece em juízo como testemunha ou que atua como parte em processo trabalhista.
IX - quando estiver como Representante de entidade sindical e participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
X - Acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira; 
XI - Acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.
5- SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
Princípios:
1º- Irredutibilidade Salarial
2º- Inalteridade Salarial
3º- Integralidade Salarial
4º - Impenhorabilidade Salarial
Remuneração (Art. 457 da CLT):
Além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
-Salário: Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.
Súmula nº 354 do TST:
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
- ParcelasSalariais: percebidas com habitualidade, exemplo: salário base, comissões, percentagens, adicionais.
- Parcelas NÃO Salariais: natureza indenizatória. Ressarcimento, instrumental. Relacionada a transporte, educação, assistência médica, seguro.
- Parcelas pagas por TERCEIROS: gorjetas, gueltas, honorários de sucumbência.
Comissões e Percentagens:
- Comissória puro: 100% comissão – garantia do salário mínimo.
- Comissionista misto: comissões acrescidas de parcela fixa.
Adicionais:
Cláusula DEL CREDERE ou STAR DEL CREDERE [corresponde ao instituto da parte contratante descontar os valores de comissões ou vendas do representante comercial na hipótese da venda ou da transação ser cancelada ou desfeita.]
- Adicional de hora extra: Art. 59 §1º/ Previsão de banco de horas no Art. 59 §§ 5º e 6º/ Supressão do intervalo intrajornada Art. 71 § 4º.
Art. 71 §2º Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
- Adicional periculosidade: 
Art. 193: São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança;
§ 1º - Assegurado ao empregado um adicional de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa;
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido;
§ 3º - Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo;
§ 4º - São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.
Súmula 191 do TST –O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais; O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, contratado sob a égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. Não é válida norma coletiva mediante a qual se determina a incidência do referido adicional sobre o salário básico; A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade do eletricitário promovida pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente contrato de trabalho firmado a partir de sua vigência, de modo que, nesse caso, o cálculo será realizado exclusivamente sobre o salário básico, conforme determina o § 1º do art. 193 da CLT.
- Adicional insalubridade: 
Art. 189 – Expõem os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Súmula 228 do TST – O adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo.
- Adicional noturno:
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 %, pelo menos, sobre a hora diurna.
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos.
§ 2º Considera-se noturno o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte.
§ 3º O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito, tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. 
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo
Prêmio [Art. 457 § 4º]:
Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
Gratificações
Gratificações de função:
- Participação nos lucros ou resultados
Caráter facultativo – necessidade de negociação entre empregado e empregador – pode ser criada por meio de contrato individual plúrimo, acordo coletivo ou convenção coletiva.
- Salário in natura [Art. 458]
 - Compreende-se no salário, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado.
-VETADO o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
- Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, pelo menos 30% do salário deve ser pago em dinheiro.
- NÃO são consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: vestuários tipo farda, educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos à matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno; assistência médica, hospitalar e odontológica; seguros de vida e de acidentes pessoais; previdência privada; vale-cultura.
§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% e 20% do salário-contratual.
§ 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família.
§ 5º - O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição.
-Truck system – Remuneração do empregado com vales aceitos em estabelecimentos da própria empresa.
Gueltas
Retribuições ofertadas POR TERCEIRO estranho à relação empregatícia com objetivo de incentivar as vendas dos seus produtos ou serviços.

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