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P1 PROCESSO CIVIL

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Faculdade de Direito
Processo Civil I
MF2
Mariana Lunardelli
Prova Bimestral 1
Direito material X Direito Processual 
Direito material é substantivo. Atividades fora de juízo. Relação linear. Cria, rege, extingue relações jurídicas com no mínimo 2 sujeitos. Exemplo: contrato ou relações jurídicas do cotidiano. 
“O corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas referentes a bens e utilidades da vida (direito civil, penal, administrativo, comercial, tributário, trabalhista etc”. 
Leis substantivas. 
Direito processual é adjetivo. Envolve atividade em juízo. Relação triangular: 2 partes + juiz (representados por seus advogados). 
O judiciário disciplina a conduta dos sujeitos da relação jurídica processual
Função instrumental: garante a autoridade do ordenamento jurídico. Não é um fim em si mesmo, é um instrumento. 
Conflito: partes não se entendem. Conflito de interesses intersubjetivos. Decisão imparcial pelo juiz. 
Leis adjetivas. 
Direito privado X Direito Público
Direito privado: relações jurídicas entre particulares, em que o serviço concedido não envolve o Estado. 
Direito publico: relações em que ao menos um dos sujeitos é o Estado (Estado responsável por conceder o serviço).
Normas jurídicas
Surgem com a finalidade de equilibrar as relações das pessoas na sociedade. Conflitos de interesses resolvidos com a maior objetividade possível. 
Segundo a sua obrigatoriedade
Cogentes (impositivas): de ordem pública. Precisa necessariamente ser cumprida, pois há interesse público por trás da norma. As partes não podem afastar, pois além do interesse das partes, há um interesse social por trás. Também não podem ser modificadas por acordo das partes. 
Dispositivas (facultativas): há possibilidade de dispor da norma. Podem ser modificadas contratualmente e / ou afastadas por acordo pessoal das partes. 
Segundo a sua natureza: 
Obrigação (essencialmente do Direito natural. 
Patrimonalidade 
Transitoriedade
Não cumprimento (prejuízo para a outra parte)
Exigibilidade 
Dever
Não patrimonalidade
Permanência 
Ônus (essencialmente do Direito processual)
Transitoriedade (todo processo é transitório, ou seja, inicia e acaba)
Não cumprimento (prejuízo para o omisso)
Não exigibilidade
Interdependência ontológica (se relaciona com os outros ramos do Direito)
Independência epistemológica
Sociedade, Estado e Processo
Sociedade e Direito: funções organizadoras
O Direito é ordenador. Organizar a cooperação das pessoas e administrar os conflitos
Não há sociedade sem Direito, “uni societas ibi ius”. Convivência entre 2 ou mais seres humanos (qualquer relacionamento exige regras de conduta...)
Regras são normas de conduta, evidenciando como as pessoas devem se comportar. Visam harmonizar as relações intersubjetivas. 
Onde há relacionamento entre pessoas de direito, haverá regras. 
As normas vão se alterando de acordo com os valores da sociedade. 
Viver em sociedade = seguir regras. 
As normas devem ser justas e equitativas (de acordo com os valores de determinada sociedade). 
O Direito enquanto ciência é uma ferramenta de controle social. Ele dá segurança aos envolvidos nas relações sociais. 
Os conflitos de interesse e as soluções históricas. 
Os homens entram em conflitos entre si, em qualquer sociedade. 
Conflitos podem decorrer da: resistência ao outro; resistência à regra; proibição que o Estado democrático impõe à satisfação voluntária das regras, gerando insatisfações.
 Formas de solução de conflitos:
Autotutela: a própria pessoa resolve o seu conflito. Forma de autodefesa. Característica violenta. É uma das primeiras formas de resolução de conflitos. Atualmente é vedada pelo ordenamento jurídico e é considerada crime, pois usa de força (física, moral, econômica) por uma parte e submissão da outra. Prevalência da vontade de uma das partes sobre a outra.
A “legitima defesa”, atualmente, é controlada, por isso ainda é possível. Há de haver proporcionalidade nos atos do atacante e atacado. 
Auto composição: ambos os sujeitos. Sacrifício parcial de cada uma das partes para se chegar a um denominador comum. É a forma mais comum, pois as próprias partes chegam a um acordo, sem emprego de força, somente pela manifestação da vontade, seja ela unilateral ou bilateral. Pode acontecer dentro ou fora de um processo e é subdividida em dois institutos (auto composição bilateral facilitada): mediação e conciliação. 
Mediação: há a presença de um terceiro, o mediador, que é neutro e imparcial. Ele auxilia as partes a resolver o conflito, sem sugerir ou impor solução. É indicada para situações em que a negociação fica inibida ou impedida pela natureza do impasse ou por suas características, ou mesmo pelo nível de envolvimento das partes. A mediação pode ser judicial, quando realizada depois de iniciado um processo jurisdicional, podendo ser impulsionada pelo juiz ou pela vontade das partes; ou extrajudicial, que é desenvolvida as margens de um processo. Ainda não existe consenso se o mediador pode ser um juiz ou um terceiro sem formação jurídica, mas o segundo caso é o mais comum. 
visa-se recuperar o dialogo entre as partes. São elas que decidem. 
Não é necessário interferência, ambas partes chegam a um acordo sozinhas, se mantém autoras de suas próprias soluções.
A principal diferença em relação à conciliação, é a de que o mediador deve criar as condições necessárias para que as partes consigam firmar um acordo, mas sem intervir no conflito apresentando propostas de solução. Ou seja, as partes ficam mais “livres” para buscar a solução que acharem mais adequada, com menos interferência, embora a participação do mediador seja necessária para garantir uma comunicação sadia.
Conciliação: a conciliação, que é um dos meios mais utilizados para a resolução de conflitos, seja como forma de evitar a jurisdição ou para acelerar a solução de uma pretensão processual. Nesse método, também há intervenção de um terceiro, alheio ao conflito, auxiliando os envolvidos a encontrarem a melhor forma de acordo. As causas do litigio são levadas ao conciliador que, sendo neutro, direciona as partes, facilita a comunicação e promove as formas de acordo.
O conciliador tem a prerrogativa de sugerir uma solução. 
O objetivo principal é de que, depois de toda a reflexão e estímulos proporcionados às partes, bem como possíveis sugestões para que se ponha fim ao conflito, elas mesmas consigam elaborar soluções próprias.
Hetero composição / Terceiro: caracterizada pela presença de um terceiro, que detenha poder de decisão. É a forma mais conhecida atualmente e dentro dele temos a arbitragem e a jurisdição.
Arbitragem: forma privada de solução de conflitos (antes do legislador e Estado-juiz). As vantagens desse tipo de solução de conflitos é a agilidade, a inexistência de recursos, a grande possibilidade de o árbitro ter uma dimensão real sobre o problema, diferente do juiz, e a possibilidade de uma decisão por equidade. Ela pode ser usada para resolver problemas jurídicos sem a participação do Poder Judiciário, ou seja, sem juízes. É um mecanismo voluntário, ou seja, ninguém poderá ser obrigado a se submeter à arbitragem contra a sua vontade
Técnica mais utilizada de solução de litígios fora do âmbito da esfera judiciária. É uma instituição privada, instalada exclusivamente por vontade das partes, devendo essas serem capazes, pela qual as pessoas utilizam para dirimir conflitos quanto a direitos disponíveis (as partes possam legalmente dispor), a contrata, confiando aos juízes arbitrais (imparciais), que podem ser indicados pelas partes, nomeados por juiz ou consentidos por elas em indicação de terceiro. Esses vêm a julgar esse conflito de interesses conforme seu douto entendimento, lhe dando uma sentença, tendo força de coisa julgada como na justiça comum. 
Jurisdição: A jurisdição é um poder-dever, conferido ao estado, de incidir em determinado conflito efetivando a solução jurídica necessária. Geralmente, a via jurisdicionalsoluciona os conflitos através de sentença, quando um juiz decide a lide entre as partes num processo, aplicando o direito ao caso concreto colocado em exame.
Agente do Estado na relação jurídica. Estado-juiz aplica as normas de ordenamento e declara o Direito, executando a sua decisão. 
Processo: percurso de duas mãos. Através do processo, o conflito chega ao Estado-juiz para ser solucionado. O processo leva o conflito ao Estado-juiz e traz a solução às partes. 
Evolução histórica do processo: antes, baseava-se em costumes. Até que surgiram as leis. Tempos depois o Estado monopolizou o Poder das decisões. 
Fontes, Princípios e Normas. 
Objeto da norma processual: 
Disciplinar ao Poder judiciário e sua atividade, e as atividades dos litigantes (parte).
Disciplina o triangulo do processo (partes e representante do Estado) e o seu funcionamento.
o que e como fazer. 
Classes das normas processuais: 
Organização judiciária: vão dizer como organizar o judiciário no plano estático. 
Sobre processo: (instrumento). “haverá processo? Como se dará? Qual finalidade?”
Procedimentais: “como o processo andará? Será burocrático?”
Natureza da norma processual: 
Direito publico + cogente + técnica. 
Fonte do Direito geral (abstratas): fontes primárias e secundárias.
Fontes da norma processual: 
Constituição Federal: a principal consulta. 
Princípios de garantias
Jurisdição
Organização judiciaria
Criação de remédios processuais 
Constituição Estadual 
Lei complementar: complementa uma norma constitucional
Lei ordinária: simples e comum lei básica. Federal, estadual e municipal
CPC
CC
...
 Convenções e tratados internacionais
Regimentos internos dos tribunais
Garantias constitucionais do processo
Tutela constitucional do processo: acesso à justiça. Direito de ação e Direito de defesa. 
Todos possuem Direito à justiça. Mas há um limite de ações processuais, que evitam o abuso de Direito. 
Origem histórica: carta magna; emenda V da CF dos EUA; artigo 5º inciso XXXV do CF do BR
Direito de acesso à justiça
Tutela coletiva. Artigo 98 CF e artigo 5º incisos XXI / LXX da CF. 
Potencializa o Direito de acesso
Devido processo legal
O princípio do devido processo legal é visto como o princípio maior, fundamental, que norteia o ordenamento jurídico brasileiro, haja vista englobar, de certa maneira, os demais princípios processuais, a exemplo dos princípios do acesso à justiça, da ampla defesa e do contraditório. É o princípio segundo o qual o processo deve observar necessária e impreterivelmente a legalidade, pressuposto de qualquer Estado de Direito. É o “due process of law” dos americanos. É o inafastável princípio do direito processual que preceitua a proteção aos bens jurídicos que, direta ou indiretamente, se referem à vida, à liberdade e à propriedade, amplamente consideradas
Chama-se devido processo legal o princípio que garante a todos o direito a um processo com todas as etapas previstas em lei, dotado de todas as garantias constitucionais. Caso não haja respeito por esse princípio, o processo se torna nulo. Considerado o mais importante dos princípios constitucionais, é deste que derivam todos os demais. Tal princípio encontra-se na Carta Política Brasileira de 1988, Art. 5º, LIV: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
Artigo 5º inciso LIV da CF brasileira
Princípios constitucionais de garantia processual
Estão previstos na CF. 
Os princípios constitucionais do processo são os elementos jurídicos que definem e norteiam o modo como a atividade processual deverá ser compreendida e aplicada. Não são, portanto, meros limites negativos à atuação do Estado-juiz, proibindo-o de assumir comportamentos que violem os mencionados princípios; também o são, sem dúvida, mas há neles algo mais. Tais preceitos vinculam positivamente a prestação jurisdicional, impondo que ela se paute por seus comandos, que tenha por base os seus valores quando chamada a agir; os princípios impõem, portanto, uma determinada maneira de ser, um standard processual que se identifique com o quadro de valores da Constituição.
Juiz natural, imparcial e competente
Natural: juiz antes da causa. Juiz cai aleatoriamente no caso. O princípio do juiz natural estabelece que deve haver regras objetivas de competência jurisdicional, garantindo a independência e a imparcialidade do órgão julgador
Imparcial: juiz não tem interesse na causa e não quer favorecer uma das partes, mas devendo sempre ser justo. tem as partes o direito de exigir um juiz imparcial; e o Estado que reservou para si o exercício da função jurisdicional, tem o correspondente dever de agir com imparcialidade na solução das causas que lhe são submetidas.
Juízo competente: por exemplo, caso criminal distribuído a um juiz criminal. 
Princípio do contraditório + ampla defesa segundo o processo legal: 
Contraditório: Direito de uma das partes se contrapor àquilo que foi alegado pela outra. Parte afetada tem o Direito de expor sua versão dos fatos e suas provas.
Ampla defesa: direito de utilizar-se de todos os meios de prova previstos em lei (e ainda os que, embora não expressamente positivados, não atentem contra a moral ou contra o ordenamento jurídico, como bem esclarece o art. 332 do Código de Processo Civil) para corroborar suas alegações; ou seja, é o suporte material para o exercício do contraditório, aquilo que lhe dá fundamentação e reais chances de direcionar o convencimento do julgador
Igualdade processual: as partes e os procuradores devem receber um tratamento de forma igual, para que assim possua oportunidades, para ambas, fazer valer em juízo suas razões
Publicidade do processo: todos os atos do Estado-juiz devem ser feitos da forma mais transparente possível, de modo que possam ser conhecidos e fiscalizados pela população
Motivação das decisões judiciais: o juiz deverá mostrar às partes e aos demais interessados como se convenceu, para chegar àquela conclusão. Deve de maneira clara e objetiva demonstrar o porquê agiu de tal maneira decidindo em favor de uma das partes e contrário à outra, não bastando mencionar, por exemplo, que o autor tem razão e a ação é procedente porque de acordo com as provas dos autos fica evidente que o réu cometeu ato ilícito
Toda decisão deve ser motivada e fundamentada!
Provas lícitas: é vedado provas ilícitas ou obtidas por meios ilícitos
Princípios processuais:
A doutrina distingue os princípios informativos dos princípios fundamentais do direito processual, os princípios informativos são regras fundamentalmente técnicas, sem conteúdo ideológico e que não precisam de demonstração, enquanto os princípios fundamentais têm forte conteúdo ideológico, que variará conforme a situação política de um dado momento histórico. 
Princípios informativos: são genéricos. Mostram como a norma processual se insere na sociedade e Estado para expor um modelo justo e juridicamente sustentável. 
Princípio lógico: meios para a verdade sem erros (buscar a verdade sem erro). O processo deve seguir uma lógica, garantindo segurança jurídica. O processo só anda para frente no tempo, não há hipótese de o procedimento voltar atrás
Meios mais eficazes para e rápidos para o julgamento.
Petição inicial 
Final – sentença (fim do procedimento na 1ª instancia). 
Princípio jurídico: igualdade processual e justa decisão. 
Todos terão oportunidades iguais e oportunidade de expor sua defesa, oferecidas pelo juiz. 
Princípio politico: máxima garantia social e mínimo sacrifício individual 
Mesmo aquele que não tem razão, ele não pode ser ofendido. Dar razão a quem tem razão, mas quem não tem razão não precisa ser pisado. Deve ser uma politica de tratamento assim.
Alguém sempre será prejudicado no processo, mas se preza pelo mínimo prejuízo / impacto individual, mesmo havendo sacrifício do réu pelo bem social. 
Princípio econômico: mínimo custo e máxima eficiência. 
Princípio instrumental: prevalência do conteúdo sobre a forma. Processo é instrumento. Forma e conteúdo devemandar de mãos dadas. O conteúdo do ato processual é mais importante que a forma, embora se ato atingir o seu fim sem causar prejuízo será valido ainda que praticado de forma errada.
Princípios fundamentais: os que promovem garantias constitucionais da ação jurisdicional e vão existir em todo e qualquer processo. Não necessariamente todos estão previstos na CF (como os princípios constitucionais do processo). 
Bilateralidade da audiência / contraditório / paridade de tratamento: 
Ambas as partes devem ser ouvidas, sem desigualdade e prioridades, para que seja possível um julgamento imparcial. 
Apenas através da possibilidade de acusação ou defesa que se dará as razões e as provas a serem apresentadas. A partir delas será realizado o convencimento ao juiz
Artigo 7º CPC 2015. 
Dispositivo / Inércia: o juiz depende de iniciativa das partes no que se refere às provas e às alegações do processo. O processo começa por iniciativa das partes, e não da autoridade. Por ser iniciativa das partes, a autoridade fica inerte. 
Atribui às partes o impulso do processo (tanto com relação à instauração da relação processual como no seu desenvolvimento). Inclusive, as provas só podem ser produzidas pelas próprias partes, limitando o juiz a mero expectador.
Se o interesse do conflito é das partes, elas podem ou não procurar a prestação jurisdicional.
Oposto de princípio dispositivo: princípio inquisitivo, em que a iniciativa é da autoridade. 
Artigo 2º CPC 
Impulso oficial: cabe às partes provocar o inicio do andamento do processo, mas a partir de então é o juiz que coordena. A iniciativa é da parte. O judiciado (parte) provoca o judiciário (juiz é acionado por um particular) e pede uma resposta. 
O processo só se inicia por iniciativa da parte, mas se desenvolve, depois de iniciado, automaticamente, independentemente de provocação (por impulso oficial).
É o princípio pelo qual compete ao juiz, uma vez instaurada a relação processual, mover o procedimento de fase em fase, até exaurir a função jurisdicional
Artigo 2º CPC
Princípios da Oralidade: identidade do juiz, imediatidade e concentração: 
Oralidade: relaciona ao embasamento na produção de provas nas relações processuais para o convencimento do magistrado em suas decisões. O brasil adota o procedimento misto nas relações: forma oral e escrita. A oralidade dentro da relação processual em audiência de instrução e julgamento tem como fator principal realizar os atos processuais em menor número, para que com isso o processo se torne mais célere. O princípio da oralidade possui elementos que compõem e caracterizam o processo oral:
Identidade física do juiz: o magistrado deve acompanhar o feito do início até deu final, de modo que se preserve o equilíbrio, tendo em vista que o Juiz é a pessoa indicada a decidir, portanto, cabe a ele julgar a ação. Assim, o juiz que ouve todos os depoimentos é o que dará a sentença final. 
Imediatidade: não é necessário intermediário, as provas serão realizadas diretamente ao juiz, onde este terá contato direto com as mesmas
Concentração: caracteriza-se pela celeridade, ou seja, as provas devem ser produzidas em um fator mínimo de audiências. Preza-se pela maior rapidez do processo. 
Artigo 456 CPC
Princípio da publicidade: todo processo é público, salvo hipóteses que a lei expressa sigilo. Todos, e não apenas os litigantes, têm direito de acompanhar tudo o que se passa no processo – pois o interesse público é preponderante sobre o privado. A publicidade, assim, é garantida por preceito constitucional
A publicidade é necessária para que a sociedade possa fiscalizar seus juízes. Preserva-se, com isso, o direito à informação. No entanto, quando houver interesse público envolvido ou quando a divulgação possa trazer danos às partes, justifica-se a imposição de restrições à publicidade — que não se aplicam às partes do processo e a seus procuradores.
Artigo 11º CPC 
Princípio da lealdade / boa-fé: partes devem se tratar com lealdade. o que prevalece é o interesse público, no sentido de que todos devem se empenhar para que o processo seja eficaz, reto, prestigiado, útil ao seu elevado desígnio. Por isso preocupação em assentar os procedimentos com a boa fé e com a lealdade das partes e do juiz.
A lei não tolera má fé. Aqueles que de qualquer forma participam do processo devem comportar-se de acordo com a boa-fé. 
Em ambas os diplomas, a boa-fé processual é trabalhada como norma de conduta de todos os sujeitos processuais, incluído o magistrado (boa-fé objetiva), que devem pautar suas atitudes por parâmetros éticos mínimos. Não se justifica, pois, a alegação maquiavélica de que “os fins justificam os meios”. 
Artigo 5º CPC
Princípio da imparcialidade do juiz: juiz busca solução imparcial, sem interesse nas partes e suas decorrências. 
Pressuposto necessário para que o processo seja considerado válido. 
A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes. Por isso, têm elas o direito de exigir um juiz imparcial: e o Estado, que reservou para si o exercício da função jurisdicional, tem o correspondente dever de agir com imparcialidade na solução das causas que lhe são submetidas
Imparcialidade não significa distanciamento das partes de modo desinteressado em uma decisão justa. 
Busca nas provas a verdade dos fatos, com objetividade e fundamento, mantendo ao longo de todo o processo uma distância equivalente das partes, e evita todo o tipo de comportamento que possa refletir favoritismo, predisposição ou preconceito. 
Artigo 145 / 145e
Princípio da igualdade / isonomia: todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. 
Isonomia: necessidade de dar às partes tratamento igualitário em relação ao exercício de seus direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais.
A igualdade perante a lei é premissa para a afirmação da igualdade perante o juiz: da norma inscrita no art. 5º da Constituição, brota o princípio da igualdade processual. 
As partes e os procuradores devem merecer tratamento igualitário, para que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer em juízo suas razões
Artigo 7º e 139 I
Organização judiciária: 
O Estado que diz o Direito quando as pessoas se submetem aos conflitos de interesse: jurisdição. 
O processo é o instrumento que traz ao Estado a solução para os conflitos. 
O Estado democrático de Direito. 
O Poder judiciário se estrutura através de planos hierárquicos. 
Vertical: hierarquia e competência a cada área que pertence. 	 
Horizontal: no plano horizontal, o Poder judiciário cobre todo o território nacional (atua e possui autoridade em todo o território). Todo o território nacional possui Poder judiciário. 
c
Critérios que balizam a estrutura do judiciário:
Hierarquia 
Critério territorial
Critério material 
Hierarquia: 
STF – Supremo Tribunal de Justiça. Instância superior. (Topo da pirâmide)
Justiça comum e justiça especializada
Justiça Comum:
Federal. Juízo estadual (1ª inst.)
Interesse Direito ou indireto à União. 
Estadual. Juízo Federal (1ª inst.) – juiz de Direito.
Justiça Especializada: é estruturada em3 especialidades: 
Justiça do trabalho. Juízo do trabalho (1ª inst.)
Justiça eleitoral. Juízo eleitoral (1ª inst.)
Justiça militar. Juízo / Auditoria militar. (1ª inst.)
**Cada uma dessas justiças com estrutura judiciária própria. 
Território Nacional (base da pirâmide)
Instâncias:
1ª instância: 
Juízo monocrático decisão monocrática. 
Vara + Cartório
Internamente, cada juízo é composto por Vara e Cartório. São dependentes. Vara é onde o juiz trabalha. Cartório dá suporte. 
2ª Instância da justiça especializada:
Juízos Colegiados. 
A decisão sempre será do colegiado. Raramente haverá decisão monocrática. 
TRT: Tribunal Regional do Trabalho. 
TRE: Tribunal Regional Eleitoral.
TRM: Tribunal Regional Militar 
2ª instância da justiça comum:
TRF3 – Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e Mato Grosso do Sul). (Federal)
TJ: Tribunal deJustiça (Estadual) 
Um TJ para cada Estado. 
Instâncias superiores da justiça especializada (3ª inst.)
Juízos Colegiados
TST: Tribunal superior do trabalho. 
TSE: Tribunal Superior Eleitoral.
Ministra Rosa Weber atualmente. 
TSM
Instâncias Superiores da Justiça comum (3ª inst.):
STJ: Superior Tribunal de Justiça.
Cuida do que não é constitucional. Quando surge no STJ uma matéria constitucional, este recorre ao STF. 
Em casos raros, situações da “3ª instância” seguem ao STF. 
Somente o STF abrange competências constitucionais. 
Peculiaridade da justiça comum: o Supremo possui função dupla para tanto a área Estadual quanto a área federal. 
Os tribunais superiores possuem jurisdição em todo o território nacional – topo da pirâmide. 
Regionais e estaduais só possuem jurisdição sobre o território que lhe pertencem.

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