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Análise de Investimento Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Edson Nunes Prof. Dr. Marcello de Souza Marin Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Conceitos Econômicos e Análise de Investimentos • Contextualização; • A Escassez de Recursos; • Conceituando Valor e Preço dos Bens e Serviços. · Conhecer os conceitos econômicos básicos e a análise de investi- mentos; · Relacionar o conceito de escassez com definições de valor, preço, produção e distribuição de bens e serviços na Economia. OBJETIVO DE APRENDIZADO Conceitos Econômicos e Análise de Investimentos Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Conceitos Econômicos e Análise de Investimentos Contextualização Quando tratamos da importância da Análise de Investimentos, estamos estu- dando um tema de enorme importância para o profissional ou estudante de Fi- nanças, Economia, Engenharia de Produção ou áreas correlatas nas Sociedades do século XXI. E isso ocorre em razão de esse tema ser essencial para o completo entendimento e domínio dos temas relacionados a investimentos em ações de Empresas, títulos de dívidas, debêntures, contratos futuros, opções e demais tipos de “ativos” que, diariamente, fazem parte das rotinas de trabalho ou dos processos de tomadas de decisões nos ambientes organizacionais. Iniciaremos os estudos desta Unidade I tratando do tema “Escassez”, de forma a oferecermos base teórica essencial que facilite nossas futuras discussões, que serão ainda mais aprofundadas a respeito das diversas definições e análises relativas ao tema “Valor”. Assim, nosso objetivo será o de ter sempre em mente a importância desses conceitos nos processos de tomadas de decisões de investimentos por parte do financista – seja ele um Analista de Investimentos ou outro profissional do Mercado – face aos mais variados tipos de riscos envolvidos na montagem de uma “Carteira de Investimentos”. Assim sendo, é importante sempre pensarmos em Análise de Investimentos como sendo um processo de tomada de decisão dinâmico e racional que busca – a todo instante – “equilibrar” aplicações de recursos e retornos futuros esperados em razão de determinados riscos assumidos pelo investidor num determinado período de tempo. E tudo isso tendo como pano de fundo o conceito de escassez de recursos nas Economias e nos Mercados como um todo. 8 9 A Escassez de Recursos O conceito de escassez é um dos principais tópicos de análise quando iniciamos qualquer Curso Introdutório de Economia ou Finanças Empresariais. Isso porque esse tema é não apenas recorrente, mas, antes de tudo, essencial para compreen- dermos a razão de existência da própria Ciência Econômica. Mas, por que podemos fazer tais afirmações a respeito da escassez? Podemos porque se não houvesse Escassez de recursos como mão de obra, energia e de todos os fatores de produção essenciais para a produção de bens e serviços necessários ao atendimento de nossas necessidades e desejos, provavelmente a Ciência Econômica perderia a sua razão de ser. Em outras palavras, o homem começou a se preocupar com o estudo da Ciência Econômica quando percebeu que todo o progresso da Ciência o levaria – cedo ou tarde – a produzir (e, consequentemente, consumir!) mais e mais produtos e serviços. Percebeu, ainda, que ao agir dessa forma, ele estaria consumindo os recursos naturais do Planeta Terra, exigindo, em contrapartida, uma “Ciência” que estudas- se, portanto, os problemas relacionados à “escassez” dos chamados fatores de produção como matéria-prima, mão de obra, capital, tecnologia e terra. Assim sendo, as questões levantadas acima a respeito do que (e de que manei- ra) produzir bem e para quem vender fazem sentido apenas se levarmos também em consideração a questão da escassez dos fatores de produção necessários à fabricação do bem ou da prestação do serviço. Mesmo nas economias mais ricas, desenvolvidas ou industrializadas, a quase totalidade dos recursos disponíveis para o processo produtivo é escassa por natureza. Quando pensamos na natureza à nossa volta, vemos que talvez apenas o Sol e o ar que respiramos não são escassos. Dessa forma, temos sempre de lembrar que o homem não pode ter disponível todos os recursos que deseja; haverá sempre algum limitador, alguma restrição, o que o forçará sempre a fazer escolhas entre os bens ou serviços oferecidos. Torna-se importante, portanto, compreendermos escassez como sendo uma “restrição” naturalmente presente em nossas vidas e, consequentemente, presente também nos Sistemas Econômicos como um todo. Exige-se, assim, que as Economias se utilizem dos recursos disponíveis com o maior grau possível de eficiência durante o seu processo de desenvolvimento, pen- sando sempre na utilização ótima de cada bem disponível, seja ele representado por Tecnologia, mão de obra ou demais fatores de produção. 9 UNIDADE Conceitos Econômicos e Análise de Investimentos Segundo Mankiw: Os fatores de produção são os insumos usados para produzir bens e ser- viços. Mão de obra, terra e capital são os três fatores de produção mais importantes. Quando uma empresa de informática produz um novo pro- grama para computador, usa o tempo dos programadores (mão de obra), o espaço físico em que estão seus escritórios (terra) e um prédio de escri- tórios e equipamentos de informática (capital) (MANKIW, 2014, p. 392). Importante! Releia o texto acima. Reflita sobre os chamados “Fatores de Produção”. E pense a respeito do caso brasileiro. Como – ou quais – seriam os principais “gargalos” para o empresário que pretende produzir um produto ou vender um serviço em nossa Economia? Sabemos que somos relativamente ricos em termos de matérias-primas. Mas como estamos em termos dos demais “fatores de produção”? E como você acredita que tal “escassez” impacta a “decisão de investir” de um empresário nos dias de hoje? Trocando ideias... Ainda, segundo Mankiw (2014), podemos definir escassez como sendoa nature- za limitada dos recursos da sociedade, e Economia como sendo o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos. Assim sendo, com base nesse conceito de escassez e no que discutimos nesta Unidade, a escassez pode vir a limitar o crescimento de uma Sociedade ou mesmo estagnar uma nação, precisamos sempre buscar alternativas e se não for possível produzir essas alternativas, devemos buscar de outras nações ou Sociedades. Você estaria interessado em estudar mais a fundo o tema escassez? Sugiro a leitura da Introdução do livro Introdução à Economia, de N. G. Mankiw, 2014. p.3-4.Ex pl or A Relação entre Investimento e Escassez Segundo Samanez (2006, p. 3), quando estudamos investimentos, temos sempre de ter em mente que esse princípio está muitíssimo relacionado à preferência das pessoas pela “liquidez”, ou seja, R$ 100,00 disponíveis hoje por uma pessoa (ou investidor) são preferíveis a essa mesma quantia nominal de R$ 100,00 a serem recebidos em data futura, e isso em razão de três fatores: 1. Existe risco de o investidor não receber a quantia no futuro; risco esse, ali- ás, muito difícil de ser mesurado (medido), ou mesmo avaliado, pois pode decorrer de diversas razões ou por motivos dos mais variados; 2. Essa quantia de R$ 100,00, certamente, valerá menos no futuro em razão da inflação; assim sendo, todos nós sabemos (e o investidor mais ainda!) 10 11 que a infl ação corrói o poder de compra de nosso dinheiro ao longo do tempo por, exatamente, refl etir o aumento dos preços nas economias e mercados. Logo, todos preferirão esse valor nominal de R$ 100,00 no presente, do que esse mesmo montante nominal no futuro, quando pode- rá comprar menos das mesmas mercadorias; 3. Este recurso fi nanceiro representa – em última análise – um custo de opor- tunidade. E por meio do investimento pode-se transformar R$ 100,00 em um valor nominal maior, caso o investimento possa ser feito agora num ativo rentável; mais uma vez, o chamado custo de oportunidade gera para o investidor o desejo de ter este montante fi nanceiro hoje em suas mãos por ter certeza de poder fazê-lo render com sua aplicação em algum tipo de investimento (fi nanceiro ou produtivo). Vejamos a seguir uma visão bastante interessante a respeito das relações entre investimento, escassez (e uso) de tempo e dinheiro em nossas atividades do dia a dia, segundo o financista Zvi Bodie, em seu livro Fundamentos de Investimentos: Um investimento é o comprometimento atual de dinheiro ou de outros recursos na expectativa de colher benefícios futuros. Por exemplo, um indivíduo pode comprar ações na esperança de que os futuros resultados monetários destas ações justifiquem tanto o tempo em que o dinheiro dele estará empatado, quanto o risco do investimento. O tempo que você passará estudando este livro (sem mencionar o seu custo) também é um investimento. Você abre mão de lazer, ou da renda que poderia estar ganhando em um emprego, na expectativa de que a sua carreira futura tenha um impulso capaz de justificar este comprometimento de tempo e de esforço (2002, p. 23). Esse valor da preferência pela liquidez, afirma Samanez (2006), é normal- mente representado pela taxa de juros operada no Mercado ou pelo efetivo custo do dinheiro. Assim, vejamos um exemplo que explica matematicamente esse raciocínio. Exemplo: João tem R$ 200,00 para gastar ou investir em um Mercado que oferece taxa de juros de 10% a.a. Assim sendo, caso esse indivíduo decida investir esse montante no Banco, ao invés de consumir produtos ou serviços (ou seja, fazer um sacrifício de deixar de comprar para poupar!), receberá depois de um ano R$ 20,00 de juros como remuneração – ou como compensação por ter deixado de consumir. Por outro lado, caso a taxa de juros caia para 1% a.a., é provável que João prefira consumir (ou seja, gastar os R$ 200,00) ao invés de receber apenas R$ 2 de juros depois de um ano de espera. Perceba, portanto, como a percepção de custo-benefício modifica a decisão tomada por João. Caso ele tenha a percepção de que o “valor” monetário recebido sob a forma de juros recebidos é maior que o “benefício” gerado pelo consumo, 11 UNIDADE Conceitos Econômicos e Análise de Investimentos preferirá poupar. Mas, por outro lado, caso tenha a percepção de que a remuneração obtida é muito baixa e que, portanto, poupar “não vale à pena”, João preferirá não investir, e sim consumir produtos ou serviços com esses R$ 200,00. Vejamos o conceito de taxa de juros segundo C. P. Samanez, em seu livro Gestão de Investimentos e Geração de Valor: O conceito de taxa de juros de mercado é uma noção prática utilizada em matemática financeira para indicar a taxa a que o investidor ou apli- cador pode teoricamente ter acesso no mercado. Na prática, essa taxa de mercado depende de diversos fatores, como o volume de dinheiro con- siderado para aplicação ou empréstimo, o prazo da aplicação e os riscos associados à transação (2006, p. 3-4). Conceituando Valor e Preço dos Bens e Serviços O conceito de valor refere-se a uma interpretação predominantemente material da habilidade essencial de um produto (ou serviço) de oferecer alguma utilidade ao consumidor final. Portanto, o conceito de valor pode ser entendido como sendo a percepção de utilidade que um bem ou serviço têm para esse consumidor. Essa percepção, por sua vez, pode também ocorrer em base de comparação do bem ou serviço em face aos outros bens ou serviços comparáveis e disponíveis para aquisição no Mercado. Imaginemos um veículo que custa R$ 20 mil (vinte mil reais) e uma motocicleta que custa R$ 2 mil (dois mil reais). Assim, matematicamente, esse veículo tem um valor monetário dez vezes superior à motocicleta. Entretanto, caso a pessoa não tenha muitos recursos para gastar com combustível, o “valor” percebido pela compra da motocicleta pode ser muitas vezes superior ao “valor” percebido pelo cliente do carro. E isso em razão da percepção da futura economia financeira que esse consumidor estará fazendo com a compra da motocicleta, que consome menos combustível. Podemos, ainda, imaginar o “valor” percebido por um trabalhador com fome ao receber uma fatia de pão de R$ 1,00 comparativamente ao valor desse mesmo bem para uma pessoa já alimentada. Certamente, o alimento “vale” muito mais para quem está com fome do que para outra pessoa saciada, independente do seu “preço de venda”. 12 13 Produção e Distribuição de Bens e Serviços Toda riqueza produzida por um país em determinado período entre os seus habitantes, normalmente, ocorre sob a forma de recursos financeiros (dinheiro), recursos esses que os cidadãos utilizam para adquirir bens ou serviços necessários para a sua subsistência ou demais itens por eles desejados. É importante destacar que nas sociedades modernas mais sofisticadas pratica- mente não ocorrem trocas de mercadorias entre os produtores sem que haja a intermediação do dinheiro. Assim, o que chamamos de escambo (trocas de bens entre seus produtores sem o uso de moeda) ocorre apenas numa pequena parcela da sociedade – entre, por exemplo, habitantes de sociedades menos industrializadas e moradores de áreas rurais que produzem em regime de subsistência – sendo essa prática, portanto, rara nas Economias mais industrializadas. A divisão do trabalho, uma das características mais marcantes das Sociedades contemporâneas, permite a constante busca pela eficiência das Empresas no ato de produzir bens e serviços. Com o desenvolvimento das sociedades, no decorrer dos séculos, esse homem – antes criador e dono de sua própria produção – foi se especializando e executando atividades a cada dia mais e mais específicas e reduzi- das no escopo geral de produção. Assim, quando adquirimos um bem, devemos ter em mente que ele foi produzido em decorrênciade uma gama de ações conjugadas de indivíduos, empresas industriais e financeiras. Antes, capaz de produzir sozinho um utensílio durante a Idade Média, o novo homem pós-Revolução Industrial vê-se praticamente incapaz de executar arte- sanalmente qualquer bem para seu uso ou venda. Consequentemente, nas so- ciedades contemporâneas, o homem vê sua ação reduzida à simples compra de produtos e serviços, ou seja, torna-se executor de uma pequena parcela de um complexo processo produtivo – simples profissional que troca seu tempo disponí- vel por salário (dinheiro). Essa fragmentação do trabalho entre diversos agentes e trabalhadores decorren- te de uma efetiva divisão e enorme “globalização” da mão de obra e das atividades produtoras entre os diversos países acaba por gerar interdependência das diversas economias mundiais e, não raro, uma quebra de safra de trigo na Argentina pode afetar o Mercado de venda de veículos no Brasil! 13 UNIDADE Conceitos Econômicos e Análise de Investimentos Produção de Bens e Serviços como Decisão de Investimentos Atualmente, todos os países, mesmo os menos desenvolvidos industrialmente, produzem enorme quantidade de bens e serviços, todos os anos. Sabemos que, baseado no significativo número de Empresas instaladas nos pa- íses mais desenvolvidos, ou nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, pode-se esperar a produção de não apenas uma grande variedade de bens, mas, também, de grande quantidade de produtos e serviços que, de uma forma ou de outra, suprem as necessidades dos seus consumidores internos ou externos (estes, no caso das exportações efetuadas). Assim, os países contemplam indústrias das mais variadas características e vol- tadas às mais variadas fabricação de bens. Sabemos que classificados sob a sigla “automóveis”, o Brasil fabrica grande variedade de produtos em diversas e diferentes fábricas de forma a oferecer esses produtos (bens) aos seus consumidores, localizados no Mercado interno ou mes- mo no exterior. Ano a ano, esses produtos variam e se modificam, ganhando ou perdendo com- ponentes e modificando a sua estrutura o que – por sua vez – gera modificações na matriz fabricante desses mesmos veículos. Cabe-nos, como estudantes de Finanças, o entendimento desses aspectos liga- dos à Ciência Econômica que, efetivamente, preocupa-se em medir, mensurar e analisar essas variações na produção desses bens e na forma como esses veículos são anualmente produzidos. Nesse sentido, faz-se necessário medir e analisar, a todo instante, as variações que ocorrem, anualmente, nessa indústria em particular e replicar esse pensamento para todas as demais cadeias de produção no país. Logo, por exemplo, poderíamos afirmar que o que se procura é não apenas responder, mas sim, compreender as razões de o Brasil, por exemplo, produzir mais de 3 milhões de veículos no ano de 2012, chegando a um pico de mais de 3,7 milhões em 2013, e caindo em 2015 para pouco mais de 2,4 milhões, e qual direção e desempenho essa dinâmica indústria tomará nos próximos anos. Certamente, no exemplo citado, um dos pontos que mais nos interessa como financistas é entender os comportamentos dos fabricantes em face de seus custos de produção, valor investido e organização de seus negócios e, por outro lado, compreender, também, como os consumidores agem frente às “ofertas” de veículos por parte dos fabricantes, quais suas preferências e tendências de consumo, seus comportamentos, seu poder de compra face ao preço do bem e seus desejos e necessidades para adquirir o bem ofertado. 14 15 Vamos agora parar para pensar a respeito das tomadas de decisões por parte do consumidor. Sabemos que as tomadas de decisões individuais, quando envolvem a compra de determinado bem ou serviço, exigem escolha desse bem em detrimento de outro. Assim, ao adquirirmos algo, temos de despender recursos (gastar dinheiro!), dinheiro esse que poderia estar sendo poupado ou empregado na compra de outro bem. Assim, refl ita a respeito das razões que o(a) fazem consumir algo em detrimento de poupar seus recursos fi nanceiros. Para aprofundar esse conhecimento, sugiro ler Como as pessoas tomam decisões (MANKIW, 2014, p. 4-8). Ex pl or Concluindo, torna-se importante compreendermos que, ao tomar uma decisão de comprar determinado bem no Mercado, o consumidor estará promovendo o crescimento econômico. Essa ação individual de um consumidor, combinada às ações e investimentos efetuados pelos demais agentes econômicos no período, faz com que participem juntos do processo de geração de riquezas no país. Igualmente, fica claro que todo bem ou serviço produzido num país é – em poucas palavras – uma decisão de investimentos e um gerador de riquezas para os seus habitantes. Assim, todos os agentes envolvidos nesse processo: fabricantes dos bens, trans- portadores logísticos, meios de transporte utilizados para movimentação da pro- dução, atacadistas e distribuidores envolvidos até a chegada do produto nas mãos dos consumidores são, juntos, em última análise, partes de um mesmo processo responsável pela geração de riquezas e de decisão de investimentos. Fatores de produção: são os insumos usados para produzir bens e serviços em uma Eco- nomia. São fatores de produção: capital, matéria-prima, mão de obra, terra e tecnologia, utilizados pelo capitalista no processo de produção do bem ou prestação do serviço. Todo fator de produção tem seu custo inerente e que será incorporado ao custo da mercadoria fabricada ou do serviço prestado. Ex pl or Importante! • O estudo da análise de investimentos e a discussão a respeito do conceito econômico da escassez de recursos na Economia; • As relações entre os conceitos de valor e preço dos bens e serviços nos Mercados; • Valor e preço de bens e serviços e suas relações com o trabalho de análise e elaboração da avaliação de Empresas; • Análise do valor percebido do bem comparativamente aos rendimentos futuros auferidos com a poupança de recursos dado uma taxa de juros; • Produção e distribuição de bens e serviços nas Sociedades capitalistas do século XXI. Em Síntese 15 UNIDADE Conceitos Econômicos e Análise de Investimentos Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Avaliação dos Investimentos SOUZA, Almir de. Avaliação dos investimentos. São Paulo: Saraiva, 2003. As Decisões de Investimentos BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. As decisões de investimentos, 3.ed. São Paulo: Atlas, 2012. v. 2. Vídeos O qué Escassez e Trade-off? https://youtu.be/PFHAsDY2WsA Leitura A Escassez de Mão de Obra Qualificada Prejudicará a Economia Brasileira? https://goo.gl/eJJqin 16 17 Referências BODIE, Zvi; KANE, A.; MARCUS, A. J. Fundamentos de Investimentos. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 10.ed. São Paulo: Pearson, 2007. HOJI, M. Administração Financeira e Orçamentária. São Paulo: Atlas, 2008. MANKIW, N. G. Introdução à Economia: princípios de micro e macro economia. 6.ed. São Paulo: Campus, 2014. SAMANEZ, C. P. Gestão de Investimentos e Geração de Valor. São Paulo: Pearson, 2006. 17
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