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FISIOTERAPIA – Prof. Ms. LEANDRO HUBNER DA SILVA 2018 PARKINSON AO FINAL DESTA AULA VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE DISCUTIR SOBRE: •Escolher as melhores estratégias de prescrição e tratamento gerontológicos na Doença de Parkinson. FISIOTERAPIA – Prof. Dr. Geraldo Magella Teixeira. 3 ENSAIO SOBRE A PARALISIA AGITANTE “Descobri uma enfermidade caracterizada pela presença de movimentos tremulantes involuntários, diminuição da força muscular, tendência à inclinação anterior do tronco e alteração da marcha. Os sentidos e o intelecto são preservados.” James Parkinson (Londres, 1817) 4 JEAN MATIN CHARCOT • Neurologista francês, pai da Neurologia; • O tremor é manifestação cardinal e inicial da doença; • Fortemente presente no repouso, afetando principalmente os membros superiores; • Micrografia: Relatou a presença de demência em alguns casos. Jean Martin Charcot (Paris, 1877) 6 EPIDEMIOLOGIA • Geralmente acomete pacientes > 50 anos; • Antes de 20 anos é rara (Parkinson Juvenil), sendo mais comum em homens; • Prevalência = 1 a 3 % da população; • Incidência = 20 por 100.000 habitantes/ano; • Maior prevalência = América do Norte e Europa; • Associações com vida rural, ingestão de água de poço, cultivo de vegetais, exposição a pesticidas (???). ANATOMIA DA DP • A habilidade em produzir movimento depende da integridade do circuito motor que envolve a subst. Negra, gânglios da base, núcleo subtalâmico, tálamo e o córtex cerebelar; • Dopamina é o principal neurotransmissor desse circuito; • Na DP a produção de Dopamina está reduzida; • Há degeneração dos neurônios contendo Melanina (dopaminérgicos) no tronco encefálico, principalmente, na sustância negra e no locus ceruleus; • Sintomas aparecem quando a subst. negra já perdeu 60% dos neurônios dopaminérgicos e o conteúdo de Dopamina é 80% inferior ao normal. 8 ANATOMIA DA DP IMPORTÂNCIA DA DOPAMINA A dopamina é um neurotransmissor no cérebro, produzido por um grupo de células nervosas, chamadas de Neurónios Pré-Sinapticos, que atuam promovendo, entre outros efeitos, a sensação de prazer e a sensação de motivação. 9 ETIOLOGIA • Genética ? • Toxinas exógenas ? • Toxinas endógenas ? • Estresse oxidativo ? I D I O P Á T I C A 10 SINAIS E SINTOMAS • Tremor em repouso; • Rigidez; • Bradicinesia – Hipocinesia; • Postura fletida; • Perda dos reflexos posturais; • Fenômeno de parada = “freezing” 11 TREMOR • Pode estar presente em um ou mais membros; • É comum nos lábios, queixo e língua. • Geralmente de 4 a 5 ciclos/segundo; • Ocorre, tipicamente, quando o membro está em repouso; 12 TREMOR • Tendência a desaparecer durante a ação; • “Contar moedas” ou “enrolar pílulas”; • Amplitude aumenta em períodos de estresse ou quando pede-se ao paciente que realize alguma tarefa cognitiva; • Desaparece durante o sono. 13 RIGIDEZ • Aumento do tônus muscular quando o examinador mobiliza os membros, o pescoço ou o tronco do paciente (movimentos passivos). • Fenômeno da roda denteada (catraca); • A rigidez do membro passivo aumenta quando outro membro é envolvido em um movimento ativo voluntário. BRADICINESIA • Lentidão de movimentos, dificuldade em iniciar movimentos e perda de movimentos automáticos; • A face perde a expressão espontânea = Facies em máscara ou hipomimia ou fácies congelada sem traduzir o estado emocional do paciente; • Diminuição do piscar. = Fácies em pomada; • Diminuição da movimentação espontânea = perda da gesticulação, tendência a ficar sentado, imóvel; • A voz torna-se baixa (hipofonia), com um tom monótono. Muhamed Alli BRADICINESIA • A bradicinesia da mão dominante leva a uma escrita lenta e com letra pequena (micrografia), dificuldade em realizar AVDs; • O andar é lento, com passos mais curtos e tendência a arrastar os pés. O balanço dos braços diminui; • Bradicinesia do tronco = Dificuldade em levantar-se de uma cadeira baixa, sair de automóveis e virar-se na cama; • A bradicinesia é interpretada, erroneamente, pelos pacientes como fraqueza. BRADICINESIA • A saliva escorre pelos cantos da boca devido à incapacidade para deglutir. ( Não há produção excessiva de saliva); • A deglutição pode alterar-se com o avanço da doença . Engasgos e aspirações são preocupações frequentes; • Dissinergia óculo-cefálica = O doente ao dirigir os olhos para um determinado lado não acompanha com a cabeça. PERDA DOS REFLEXOS DE ENDIREITAMENTO POSTURAL • A perda dos reflexos posturais leva a quedas e, finalmente, à incapacidade de ficar de pé, sem auxílio; • Marcha festinante = o paciente anda mais e mais rapidamente, tentando mover os pés para frente para ficar sob o centro de gravidade do corpo em flexão e assim evitar quedas. FENÔMENO DA PARADA • Incapacidade transitória na execução de movimentos ativos; • Mais comum MMII; • Os pés parecem grudados ao solo e então, subitamente se desprendem, possibilitando caminhar novamente; • A parada ocorre subitamente, durando no máximo alguns segundos, de cada vez; • Ocorre, tipicamente, quando o paciente começa a andar (hesitação de partida), tenta virar-se ao caminhar ou aproxima-se de um destino (hesitação de alvo). Freezing DIAGNÓSTICO • Anamnese + exame neurológico. – Assimetria no início dos sintomas. – Presença de tremor de repouso. – Boa resposta à terapia dopaminérgica. • Não há exames de sangue que façam o diagnóstico; • TC de crânio e RNM de encéfalo, nada revelam de anormal. DIAGNÓSTICO • POSSÍVEL = Se uma das características estiver presente: Tremor, rigidez ou bradicinesia; • PROVÁVEL = Se duas das características estiverem presentes (tremor, rigidez, bradicinesia ou instabilidade postural); • DEFINITIVO = Se três das características estiverem presentes, ou se duas das características estiverem presentes, sendo que uma delas apresente-se assimetricamente. ESCALA DE HOEHN E YAHR • 1º Estágio: sintomas em apenas um dos lados leve intensidade; apenas incômodo • 2º Estágio: sintomas bilaterais Postura e equilíbrio afetados • 3º Estágio: lentidão significativa dos movimentos dificuldade em caminhar ou manter-se em pé disfunção generalizada • 4º Estágio: sintomas severos incapacidade de viver sozinho rigidez e bradicinesia • 5º Estágio: invalidez completa incapaz de caminhar ou manter-se em pé necessidade de cuidados constante COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS • Alterações nutricionais; • Alterações respiratórias; • Alterações circulatórias; • Osteoporose; • Úlceras por pressão TRATAMENTO FISIOTERÁPICO • Conforme O’ Sullivan e Schmitz, 1993, as metas a longo prazo de um programa de fisioterapia são as seguintes: • Melhorar as condições respiratórias, a expansibilidade pulmonar e a mobilidade torácica; manter e/ou aumentar a independência funcional nas atividades de vida diária; • Melhorar a auto-estima (Thomson; Skinner; Piercy, 2000). 25 TRATAMENTO FISIOTERÁPICO • Manter ou melhorar a amplitude de movimento em todas as articulações; • Retardar o surgimento de contraturas e deformidades; • Retardar a hipotrofia por desuso e a fraqueza muscular; • Promover e incrementar o funcionamento motor e a mobilidade; • Incrementar o padrão da marcha;
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