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Doença de Parkinson

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Doença de Parkinson
DEFINIÇÃO DA DOENÇA:
· Tremor é a manifestação cardinal e inicial da doença com presença no repouso unilateral, que afeta o membro superior;
· Duas formas: Tremulante e Rígido-acinética;
· Presença de Micrografia;
· Demência – alguns casos;
EPIDEMIOLOGIA:
· > 50 anos;
· Homens;
· 20 a cada 100 mil hab/ano;
· Prevalência: América do Norte e Europa.
FISIOPATOLOGIA:
· Dopamina – neurotransmissor responsável pela elaboração do movimento no cérebro;
· No Parkinson – produção está diminuída;
· Degeneração dos neurônios dopaminérgicos da substância negra e locus ceruleus;
· Neurônios remanescentes contêm inclusões citoplasmáticas eosinofílicas: Corpos de Lewy.
SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA DE PARKINSON:
· Tremor em repouso – presente em 70%, em um ou mais membros, comum em lábios, queixo e língua, ASSIMÉTRICO E EM REPOUSO (aumenta ao andar), flexão/extensão dos dedos ou punho, amplitude aumenta em períodos de estresse ou em tarefas cognitivas e desaparece durante o sono.
· Rigidez – aumento do tônus muscular em movimentos passivos, IGUAL EM TODAS AS DIREÇÕES, fenômeno da roda denteada, aumenta quando há envolvimento de outro membro em movimento ativo voluntário.
· Bradicinesia – lentidão de movimentos, dificuldade em iniciar movimentos, perda de movimentos automáticos, a face perde a expressão espontânea (fácies em máscara/hipomimia/congelada), diminuição do piscar, diminuição da movimentação espontânea, rigidez cérea (como se fosse de cera) e hipofonia com tom monótono, MICROGRAFIA (escrita lenta e pequena), dificuldade em abotoar roupas, andar lento com passos curtos e arrastar pés, bradicinesia de tronco (levantar da cadeira, virar na cama), dissinergia óculo-cefálica.
· Postura fletida – cabeça em ligeira flexão, tronco inclinado para frente.
· Perda dos reflexos posturais – teste do puxão, paciente desaba sobre uma cadeira ao tentar sentar, marcha parkinsoniana (paciente anda mais e mais rapidamente, tentando mover os pés para frente para ficar sob o centro de gravidade do corpo em flexão e evitar quedas).
· Fenômeno de parada = “freezing” - incapacidade transitória na execução de movimentos ativos, mais comum nas pernas (pés parecer grudados no solo e então, subitamente se desprendem), a parada ocorre subitamente e dura alguns segundos, ocorre tipicamente quando o paciente começa a andar ou tenta virar-se ao caminhar.
DIAGNÓSTICO:
· Anamnese + exame neurológico: ASSIMETRIA NO INÍCIO DOS SINTOMAS, PRESENÇA DE TREMOR DE REPOUSO E BOA RESPOSTA À TERAPIA DOPAMINÉRGICA.
· Exames de sangue de rotina;
· TC de crânio e RNM de encéfalo – para excluir lesões intracranianas;
· Pet Scan;
· SPECT – radioisótopos que ligam-se ao transportador da dopamina nos terminais nigros estriatais;
POSSÍVEL – Se UMA das características estiver presente: tremor, rigidez ou bradicinesia.
PROVÁVEL - Se DUAS das características estiverem presentes: tremor, rigidez, bradicinesia ou instabilidade postural.
DEFINITIVO – Se TRÊS das características estiverem presentes, ou se DUAS estiverem, sendo que uma delas se apresente ASSIMÉTRICA.
TRATAMENTO:
· Visa controle dos sintomas;
· Maioria se dá bem com medicação por 4 a 6 anos;
· LEVODOPA – padrão-ouro: eficaz na redução da bradicinesia e rigidez, ocasiona muitas náuseas e vômitos (quando associada a Carbidopa ou Benzerazida melhora esses sintomas), inicar com ¼ cp 2x ao dia e aumentar a cada semana.
· Agonistas da Dopamina - Pramipexol: Estimulam diretamente os receptores, benefícios sintomáticos como monoterapia, porém se torna ineficaz em menos de 3 anos , quando deve-se associar a levodopa.
· Liberador de Dopamina - Amantadina: Antiviral, aumenta a liberação de dopamina, nas fases iniciais é eficaz em 2/3 pacientes, benefício aparece em dois dias, adia o uso da levodopa, contraindicada em doenças renais.
· Anticolinérgicos - Biperideno: redução dos tremores, uso limitado devido a efeitos colaterais, é contraindicado em glaucoma e hiperplasia prostática.
· Inibidores da C.O.M.T – Entacapone/Tolcapone: inibe o metabolismo periférico da Levodopa, risco de lesão hepática;
· Cirurgia Extereotáxica: Comum nos anos 50, quando não havia Levodopa, candidatos são os pacientes refratários ao tratamento clínico, com incapacidade funcional, demência é contra-indicação formal. Cirurgia lesiva – destruição de um alvo para modificar sua função.

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