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criptosporidiose 2

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IN STITUTO FEDERAL DE RODONIA-CAMPUS CACOAL
BACHARELADO EM ZOOTECNIA
PROFESSOR: HENRIQUE
ALUNAS: ARIANE ALVES DE OLIVEIRA
CAROLAINE DUMMER BORCHAT
DISCIPLINA: PARASITOLOGIA
Criptosporidiose
Introdução
A Criptosporidiose é uma doença causada por coccídeos da família Cryptosporididae; 
O gênero Cryptosporidium compreende 25 espécies e mais de 40 genótipos, sua ocorrência geográfica é mundial e afeta, principalmente, o trato gastrointestinal de mamíferos (incluindo o ser humano), aves, répteis, anfíbios e peixes. 
Histórico 
O primeiro relato de infecção por Cryptosporidium é atribuído a Ernest Edward Tyzzer, no ano de 1907, onde descreve o parasitismo afetando o epitélio gástrico de ratos de laboratório, sendo então denominado C. muris;
Em 1971, o primeiro caso de criptosporidiose em bovinos foi descrito, com relato de diarreia severa. Os primeiros casos de criptosporidiose humana foram diagnosticados através de biópsia intestinal e retal;
A partir de 1982 adquiriu importância como oportunista em pacientes da AIDs.
Taxonomia 
Filo: Apicomplexa;
Classe: Sporozoea;
Família: Cryptosporididae;
Gênero: Cryptosporidium.
 
Nomes populares
Criptosporidiose:
 diarreia de verao;
Diarreia do viajante.
Agente etiológico
Criptosporidiose é uma infecção parasitária, cujo agente etiológico, o protozoário do filo Apicomplexa, gênero Cryptosporidium.
Parvum/hominis
Falta de especificidade para hospedeiro
Informações importantes
O cripytosporidium desenvolve-se preferencialmente:
Nas microvilosidades das células epiteliais do epitélio do trato gastro intestinal;
Também: parênquima pulmonar, vesícula biliar, ductos pancreáticos, esôfago e faringe;
Resistente a cloração e a filtragem habitual das águas do abastecimento publico;
Incubação: de 2 a 14 dias; ate 5 dias após a derreia aguda pode haver eliminação assintomática de oocistos nas fezes. 
Epidemiologia 
É uma zoonose emergente;
Cosmopolita;
Oocistos detectados nas fezes de imunodeficiente e imunocompetentes;
Prevalência maior em crianças.
A contaminação e de origem oral fecal;
Entre pessoas, ou a partir de animais;
Temperaturas médias e umidades elevadas;
Aumento da densidade populacional;
Os oocistos se dispersão facilmente por ação do vento e são veiculados por insetos;
Permanecem infectantes no meio ambiente por varias semanas;
Os oocistos são resistentes a maioria dos desinfetantes usuais.
Contaminação alimentar;
Contaminação pela agua, rios, piscinas;
Contaminação pelo ar;
Falta de saneamento básico;
Falta de higienização do individuo;
Quando animal, o manejo errado do produtor.
Morfologia
Oocitos;
 Pequenos (5,0 -7,4µm x 4,5 – 5,6µm) esféricos ou ovoides;
Contem 4 esperozoitos livres no interior quando eliminados nas fezes;
Ciclo biologico
Ciclo: moxênico, inclui um processo de multiplicação assexuada(merogonia) com 2 gerações de merontes e uma multiplicação sexuada (gametogonia) com formação de macro e microgametas
Ciclo Biologico
Diagnostico e Profilaxia
Exames de fezes( busca por oocistos);
Elisa;
PCR;
Cuidados com a qualidade da água bebida;
Higiene pessoal e dos alimentos;
Profissionais da área da saúde devem ter cuidados especiais quando lidam com pacientes HIV+ que tem criptosporidiase, pois eles são grandes eliminadores de oocistos.
Tratamento
Pacientes imunocompetentes:
Nitazoxanida (anti-diarreico);
Reposição hídrica
Pacientes imunodeficientes:
Anti-retroviral especifico;
Nitazoxanida;
Paromicina;
Reposição hídrica
Surto de criptosporidiose em bezerros no Sul do
Rio Grande do Sul
Foi recebido no Laboratório Regional de Diagnóstico (LRD) da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (LRD/UFPel), um bezerro proveniente de uma propriedade localizada no município de Cristal, Rio Grande do Sul, apresentando debilidade e diarreia amarela. 
O surto ocorreu em novembro de 2012 em um lote de 400 bezerros, dos quais 35 (8,75%) adoeceram e 16 (4%) morreram. Os bovinos eram fêmeas de aproximadamente 30-45 dias de idade, sem raça definida
Tanto no surto de 2011 como em 2012 os bezerros com sinais clínicos foram tratados com dipirona e oxitetraciclina, também, sem que houvesse resposta positiva dos animais. As vacas mães dos bezerros eram vacinadas para diarreias neonatais e contra as doenças reprodutivas. 
Na necropsia do bezerro encaminhado ao LRD/UFPel, macroscopicamente havia congestão dos vasos sanguíneos intestinais e mesentéricos. O intestino delgado apresentava distensão, com presença de gás e com conteúdo esverdeado. O intestino grosso estava, também, distendido, os linfonodos mesentéricos estavam aumentados de tamanho e os vasos linfáticos dilatados.
As lesões histológicas caracterizaram-se por necrose e achatamento das vilosidades intestinais, resultando na atrofia das mesmas. 
Havia congestão dos vasos sanguíneos da lâmina própria com infiltrado inflamatório de linfócitos, plasmócitos e raros eosinófilos.
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
O diagnóstico de criptosporidiose foi realizado com base nos dados epidemiológicos, sinais clínicos, lesões macroscópicas e histológicas e presença do agente nas células epiteliais das vilosidades intestinais.
Alerta-se para a importância da criptosporidiose não só como um agente oportunista, mas também como agente primário de diarreia em bezerros. Medidas preventivas devem ser tomadas, relacionadas ao manejo de vacas na época da parição evitando a aglomeração de animais e a contaminação ambiental para diminuir as perdas econômicas, além de evitar os riscos para a saúde pública advindos da infecção.
Conclusão
Apesar da criptosporidiose ser uma doença que ocorre em cinco continentes e afeta grande número de hospedeiros, incluindo humanos, muitos países não têm um bom programa de monitoramento para avaliar a prevalência da doença em sua população. Em países onde existe este monitoramento ele é normalmente falho e incompleto, focando-se somente na transmissão hídrica do patógeno para humanos. No entanto, é comprovado que alimentos, solo e contato com animais infectados também têm grande importância no ciclo da parasitose. 
Referencias:
https://www.researchgate.net/profile/Silvia_Osaki/publication/43248852_Crytosporidium_spp/links/00b4953863e8205035000000/Crytosporidium-spp.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=RaSOd2sawNs
http://www.conhecer.org.br/enciclop/2015c/agrarias/emergencia%20da%20criptosporidiose.pdf

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