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Rhodophyta - Algas Vermelhas

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Rhodophyta-Algas Vermelhas
 Origem:
 	As algas vermelhas pertencem ao sub-reino Rhodobionta e estão classificadas no Reino Plantae juntamente com as algas verdes. O mais antigo registro fóssil de algas vermelhas data de um período situado entre -1.267 bilhões de anos e -723 milhões de anos. Os especialistas acreditam que as algas vermelhas adquiriam uma alternância de duas gerações multicelulares no início da sua história evolutiva como uma resposta adaptativa à ausência de gametas masculinos flagelados.
 	 Os gametas masculinos não flagelados não podem nadar em direção aos gametas femininos, como ocorrem com os gametas masculinos flagelados de outros protistas, animais e algumas plantas. Por essa razão, a fecundação pode ser mais uma questão do acaso, e consequentemente a formação do zigoto pode ser relativamente raro.
 	Um avanço evolutivo posterior ocorreu na maioria das algas vermelhas. Em vez de produzir esporos imediatamente, o núcleo zigótico divide-se por mitose repetidamente, gerando uma terceira fase multicelular do ciclo de vida, a geração diplóide carposporofítica. 
 Habitat:
As algas vermelhas, em sua maioria, vivem em ambientes marinhos e fixas a rochas ou a outros algas. Existem cerca de 100 espécies que vivem em águas continentais. Certas algas vermelhas marinhas podem viver em profundidade onde a luz quase não penetra, como as algas crostosas calcificadas, observadas a 268 metros de profundidade nas Bahamas. Esses grupos apresentam maior diversidade e abundância nas regiões tropicais e subtropicais. 
 	Existem cerca de 700 gêneros de algas vermelhas e estima-se um número entre 4.000 e 6.000 espécies, das quais aproximadamente 10 gêneros são unicelulares imóveis (cocoidal – organismos não flagelados unicelulares e que apresentam morfologia cellar), com alguns representantes fitoplanctônicos. As demais são multicelulares, quase sempre filamentosas, seus filamentos se agregam muitas vezes em pseudoparênquima para formar lâminas ou tiras. 
 Morfologia:
A célula apresenta-se com um ou muitos núcleos, um vacúolo central (há exceções conhecidas) e os rodoplastos mergulhados no citoplasma. Estes são pequenos, arredondados, ou ainda de forma irregular de fita estreita, alongada; em certos casos só existe um por célula e com a forma estrelada.
A principal substância de reserva é um carboidrato insolúvel, semelhante ao amido das plantas verdes e ao glicogênio chamado amido de florídeas, que é acumulado sob a forma de grãos no citoplasma. 
 	São as únicas microalgas que possuem representantes parasitas obrigatórios heterótrofos e, entre estes últimos mais de 85% são adelfoparasitas, isto é, parasitas estreitamente aparentados a seu hospedeiro. Em algumas algas vermelhas consideradas parcial ou completamente parasitas, a pigmentação e os cloroplastos são escassos ou aparentemente ausentes, exibindo uma coloração esbranquiçada. (Exemplo Polysiphonia lanosa) Se esses parasitas são sempre estreitamente aparentados a seu hospedeiro, provavelmente é porque, dessa maneira, ocorrem menos barreiras de incompatibilidade e o seu hospedeiro aceita com maior facilidade o conteúdo celular injetado pelo parasita por intermédio de sinapse secundária. O núcleo parasita pode, então, controlar e reconduzir a fisiologia do hospedeiro a seu favor.
 	Estas algas jamais possuem células flageladas. Uma estrutura que coloca em relação os citoplasmas de duas células - sinapse – constitui um caráter morfológico próprio desde grupo, mas que, no entanto, está ausente em vários grupos de divergência antiga. 
 	Têm geralmente tamanho médio (algumas milímetros a algumas dezenas de centímetros), características únicas como, não possuir centríolos e flagelos. No lugar dos centríolos, que ocorrem em muitos outros eucariontes, as algas possuem centros de organização de microtúbulos chamados anéis polares.
 	Na parede celular, apresentam microfibrílas de celulose, e uma camada externa mucilaginosa que confere às algas vermelhas a flexibilidade e textura deslizante características deste grupo, auxiliando - as a se desfazer de outros organismos que poderiam colonizar suas superfícies e reduzir sua exposição á luz solar; algumas delas depositam carbonato de cálcio em suas paredes celulares, que auxiliaria a alga a obter dióxido de carbono para a fotossíntese.
Morfologia do Talo:
	A maioria das rodófitas formam talos filamentosos unisseriados ou multisseriados, simples ou abundantemente ramificados ou ainda talos pseudoparenquimatosos e parenquimatosos. 
	Nas formas filamentosas e pseudoparenquimatosas o crescimento em geral é apical: no ápice de cada filamento axial e nas suas ramificações e nas suas ramificações laterais há uma célula apical que promove o crescimento em comprimento.
	Os talos filamentosos multisseriados geralmente apresentam uma organização bem definida conhecida por talos polissifônicos. Cada filamento é formado por uma fileira de células axiais rodeadas de células pericentrais, todas com comprimentos iguais formando grupos de células bem destacados uns dos outros.
	A maioria das rodófitas possui talos filamentosos abundantemente ramificados cujos filamentos dos ramos laterais se mantêm intimamente ligados pelas suas paredes. Este tipo de organização dos filamentos dá ao talo uma aparência parenquimatosa e é conhecido como talo pseudoparenquimatoso e pode originar talos cilíndricos, vesiculosos, laminar foliáceo ou em fita estreita, ramificada ou não. As algas calcáreas que possuem as paredes celulares fortemente calcificadas possuem esse tipo de talo.
	Dentre as rodófitas existem ainda alguns poucos representantes como a Porphyra com talos verdadeiramente parenquimatoso.
Clorofila e Pigmentos:
 	Apesar de serem consideradas algas vermelhas, muitas rodófitas podem ter outras colorações, dependendo do tipo e da quantidade de pigmento acessório. As algas vermelhas são caracterizadas por possuírem nos cromatóforos, além de clorofila a e d (estas em menor proporção) pigmentos acessórios, β-caroteno, dentre as xantofilas, a luteína, e também mais dois pigmentos de natureza proteica, as ficobilinas, r-ficoeritrina e r-ficocianina (esta última em pequena proporção). A presença do pigmento vermelho (ficoeritrina) permite absorver a luz azul, podendo assim, sobreviver a profundidades muito superiores às das outras algas. 
Reprodução: 
 	Diferem também dos outros grupos de algas pela ausência de elementos de reprodução móveis por flagelo. A reprodução assexuada pode-se fazer seja por monósporos, biósporos, tetrásporos ou polísporos, todos aplanósporos. A reprodução sexuada é oogâmica, nunca a oosfera abandonando o oogônio especial deste grupo, o chamado carpogônio.
 Na reprodução sexuada cada espermatângio produz apenas um gameta masculino (espermácio). Os espermatângios podem ocorrer isolados ou agregados nos ramos espermatangiais. O espermácio e os esporos são células nuas, sem parede celular. 
 O gameta feminino é formado em uma célula especializada chamada carpogônio. O carpogônio, que permanece mergulhando no gametófito feminino, é uma célula alongada, com base dilatada contendo um único gamético feminino e uma extensão gelatinosa - tricogine que emerge do talo, onde se fixa o espermácio. A fusão sexual é oogâmica e interna, com ambos os gametas imóveis. 
 O gameta masculino, o espermácio, é pequeno, desprovido de flagelos e, não tendo movimento próprio, é levado passivamente ao carpogônio. É produzido em uma célula especial, o espermatângio, localizado isoladamente no ápice de filamentos vegetais ou reunidos em uma formação especial, o chamado corpo anteridial.
 Muitas espécies de algas vermelhas reproduzem-se assexuadamente por liberação de esporos, chamados monósporos, na água do mar. Esses monósporos, ao encontrarem condições favoráveis podem fixar-se no substrato e mediante repetidas mitoses, produzir uma alga similar à planta-mãe, que também produzirá monósporos.
 O histórico mais simples de vida nasalgas vermelhas envolve uma alternância de gerações entre duas formas multicelulares e separadas da mesma espécie uma haplóide produtora de gametas, gametófito e uma diplóide produtora de esporos, o esporófito. Dessa maneira a reprodução das algas vermelhas consiste em três fases:
Um gametófito haploide;
Uma fase diplóide chamada carposporofito;
Outra fase diplóide chamada tetrasporófito. A geração carposporofítica das algas vermelhas é considerada como uma forma de adicional para aumentar os produtos genéticos da reprodução sexuada quando as taxas de fecundação são baixas.
 A alternância de três gerações multicelulares é peculiar às algas vermelhas. A capacidade de produzir muitos carporporófitos, que resultam em um grande número de carpósporos e potencialmente um enorme número de tetrásporos, todos a partir de um único zigoto, te m auxiliado as algas vermelhas a sobrepujar a inabilidade sexual imposta pela ausência de flagelos.
Classificação: 
	A divisão Rhodophyta há muito é reconhecida com tendo dois grupos taxonômicos, ora colocados em nível de classe (Bangiophyceae e Florideophyceae), ora em nível de subclasse (Bangiophycideae e Florideophycideae). 
	No primeiro grupo, considerado mais primitivo, com quatro a cinco ordens, estão os representantes com talos unicelulares, multicelulares filamentosos e os verdadeiramente parenquimatosos. As células geralmente possuem um cloroplasto estrelado. Muitos não apresentam reprodução sexuada, nem sinapese e nem crescimentos apical, características das florideofíceas. 	
	O gênero Porphyra é a bangiofícea mais conhecida e mais importante pela sua utilização na culinária oriental.
	As florideofíceas, incluem as rodófitas com talos multicelulares filamentosos e pseudoparenquimatos. Neste grupo estão as algas produtoras de agar e carragenana.
Um resumo das principais diferenças entres esse dois grupos pode ser observado na tabela a seguir: 
	Característica
	Sub – Classe BANGIOPHYCIDAE
	Sub – Classe FLORIDEOPHYCIDAE
	Núcleos por célula
	Uninucleadas
	Multinucleadas
	Cloroplasto
	Um, estrelado e axial (há exceções)
	Vários, pequenos, discoides, localizados perifericamente
	Tipo de crescimento
	Intercalar
	Apical exceção: Corallinaceae e Delesseriacea 
	Talo
	Formas unicelulares e pluricelulares
	Pluricelulares
	Ligações citoplasmáticas
	Ausência (exceção: “conchocelis’)
	Presença
	Reprodução gamética
	Geralmente ausente
	Presente
	% em gêneros
	1%
	99%
	Exemplos
	Porphyra
	Glacilaria, Centroceras
Importância Ecológica e Econômica
 As algas vermelhas contêm carragenanas (extraídos de gêneros como Chondrus, Kappaphycus ou Mastocarpus) ou ágares (extraídos de gêneros como Gelidium ou Graciliaria), utilizados como espessantes ou geleificantes. As carragenanas são utilizadas como geleificantes na indústria agroalimentar, seja nas sobremesas lácteas (cerca de 45%), pois seu poder é particularmente elevado com o leite, seja em carnes(cerca de 30%), sobremesas e molhos, ou ainda em cosméticos.
 Os ágares formam, na água quente, após resfriamento, géis muito resistentes, termorreversiveis, os ágares não geleificam no leite. O ágar também é utilizado como instrumento de laboratório (gel de eletroforese em agarose, gelose para microbiologia) e em farmácia (laxante suave, emulsificador, espessante, agente de dispersão de comprimidos); é então utilizado quase exclusivamente o ágar extraído dos Gelidium, de melhor qualidade do que aquele das Gracilaria.
 Algumas destas algas são consumidas diretamente pelo homem: Porphyra (nori, constituindo a folha que envolve os sushis) entre outras, as rodófitas calcificantes (corallinares) exercem um papel de cimentação indispensável e à sobrevivência dos recifes de coral.
Duas espécies de corallinales, Lithathamnion corallioides e Phymatolithon calcarum constituem um sedimento marinho, o maërl, explorado por ser utilizado como adubo calcário. Devido à sua microestrutura alveolada, algumas corallinales podem ser utilizadas na construção de pequenas próteses ósseas uma peça de osso ausente substituída por um pedaço de coralina (ou de coral), esculpida de modo idêntico, após o tecido ósseo coloniza a peça e reconstitui a parte ausente.
 
Referências:
 Algas: Uma abordagem filogenética, taxonômica e ecolólia/ Iara Maria Franceschini, Ana Luiza Burliga, Bruno de Reviers, João Fernando Prado, Sahima Hamlaoui Rézig [et al]. – Porto Alegre: Artmed, 2010.
Aylthon Brandão Joly, 1924 – 1975. 
Botânica: introdução à taxonomia vegetal/Aylthon Brandão Joly, 13. ed. São Paulo : Companhia Editora Nacional, 2002
Biologia Vegetal, sexta edição/ Raven, PeterH. 
IV Curso de Inverno – Tópicos em Fisiologia Comparativa:
 http://www.ib.usp.br/cursodeinverno/old/2007/Livro%20CI%202007.pdf
 http://portal.virtual.ufpb.br/biologia/novo_site/Biblioteca/Livro_2/5-fungos_briofitas.pdf - Ciências Biológicas (Universidade Federal da Paraíba)
 httpfelix.ib.usp.brapostila_cripto.pdf – Introdução à Biologia das Criptógamas
http://www.uefs.br/disciplinas/bio245/Aula%20IV%201.pdf – Univers. Est. De Feira de Santana
Biologia e Fisiologia das Algas – Bruno de Reviers - http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=6fw4AgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA13&dq=morfologia+do+talo+das+algas+vermelhas+%22talo+das+algas+vermelhas%22&ots=oeS7ZWG-AF&sig=ERCthJGjhi-DNw8TlXbOphEOBjM#v=onepage&q&f=true

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