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➔ AFilo Euglenophyta ● Morfologia - As euglenófitas são seres unicelulares e biflagelados, sendo que um dos flagelos é longo e o outro é curto. Os flagelos se localizam no pólo anterior da célula em uma depressão que recebe o nome de reservatório. Nessa mesma região podemos encontrar o estigma, ou mancha ocelar, que funciona como o seu sistema fotossensível, além do vacúolo contrátil, que coleta o excesso de água de todas as partes da célula e a expulsa para o meio circundante. Euglenófitas apresentam um caráter derivado próprio, um conjunto de estrias protéicas arranjadas helicoidalmente abaixo da membrana plasmática, formando uma estrutura denominada película. Tais estrias protéicas conferem a capacidade de mudança de forma da célula e facilitam o movimento em ambientes lodosos, onde o movimento do flagelo é dificultado. - Endossimbiose em Euglenophyta O cloroplasto de Euglenophyta é considerado como tendo uma origem endo-simbiótica com algas verdes. Esta suposição está baseada na semelhança entre os cloroplastos destes dois grupos. O principal suporte para esta afirmação poderia ser a existência de formas sem cloroplasto e presença de um envelope triplo nos plastos nas formas clorofiladas. - Características básicas ● Eucarióticas; ● Núcleo mesocariótico; ● Clorofila a e b; ● Xantofilas (neoxantina e anteraxantina) e carotenos (principalmente beta-caroteno); ● Reserva: paramilo; ● Ausência de parede celular; ● Presença de película protéica organizada espiraladamente ao redor do citoplasma; ● Presença de mancha ocelar (=estigma) ● Presença de um ou dois flagelos por célula. ● 1000 ssp. conhecidas ● Heterotróficas ou Autotróficas ● Endossimbiose secundária de uma Chlorophyta ● Grupo monofilético descendente de ancestral fagotrófico - Organização celular ● Parede celular; ● Cloroplasto; ● Pigmentos: clorofila a, clorofila b e carotenóides; ● Pirenóide; ● Reserva: paramilo; ● Núcleo: cromossomos sempre condensados; ● Flagelo ● Fisiologia - as espécies fotossintetizantes não são fotoautotróficas – necessitam de pelo menos uma vitamina para sobreviver. - são capazes de sobreviver também no escuro absorvendo nutrientes. - acumulam paramilo (cristais de β-1,3 glucano envoltos por membrana) ou crisolaminarina (líquido). - formam cistos em condições desfavoráveis que permitem a sua sobrevivência no ambiente durante meses. - Não apresentam parede celular. A membrana plasmática se encontra sustentada por um conjunto de estrias proteicas presentes no citoplasma, arranjadas helicoidalmente; esta estrutura, ao contrário das paredes celulares vegetais, não é rígida, permitindo que a célula mude de forma, o que é um meio alternativo de locomoção; - Quando em repouso, apresentam formas variadas: globosa, elipsoide, fusiforme ou até quase cilíndrica; ● Reprodução - Conhece-se apenas reprodução vegetativa, através de divisão longitudinal da célula. Quando as condições ambientais tornam-se desfavoráveis, o indivíduo, que é constituído por apenas uma célula, transforma-se em cisto, que permanece dormente até que as condições tornem-se favoráveis. - Reprodução assexuada: envoltório nuclear permanece intacto durante a mitose → a divisão celular inicia-se após a mitose → citocinese longitudinal → partição igual de organelas → células resultantes de tamanho idêntico. - As euglenófitas reproduzem–se assexuadamente por bipartição, por meio da divisão longitudinal da célula, que permanece em movimento enquanto se reproduz. Assim como nos dinoflagelados, a membrana nuclear permanece intacta durante a mitose na maioria das algas verdes, dos fungos e dos protozoários. Os cromossomos permanecem condensados durante todo o ciclo celular, e não são conhecidas as formas de reprodução sexuada, sugerindo que esses processos não tinham ainda surgido quando esse grupo se divergiu da linhagem principal de protistas. ➔ Cryptophyta ● Morfologia - As criptófitas são seres unicelulares flagelados de coloração marrom – avermelhada que sobrevivem em água doce ou salgada. São muito pequenas e, por isso mesmo, quase invisíveis, exceto para seus predadores, que, ao ingeri-las, absorvem ácidos graxos essenciais ao crescimento do zooplâncton. As criptófitas são semelhantes às euglenófitas, pois, sob determinadas condições, podem deixar de realizar fotossíntese para ingerir partículas sólidas e organismos como bactérias. - Apresentam um ou dois plastos, com ou sem pirenóides. Os plastídeos apresentam os tilacóides agrupados em pares, sem lamela. Com clorofila a e c; apresentam α-caroteno e xantofilas, aloxantina dominante, no entanto falta o β-caroteno. Possuem pigmentos ficobilínicos (ficocianina ou ficoeritrina), mas não se apresentam em ficobilissomas. Utilizam como material de reserva, extra plastidial, associado com plastos e núcleo (citoplasma). Endossimbiose secundária - As criptomônadas podem apresentar organismos fotossintetizantes e outros consumidores de partículas. Os organismos fotossintetizantes apresentam clorofilas do tipo a e c, com cloroplastos avermelhados e ficobilina além de amido como carboidrato de reserva. Existem indícios de que as criptófitas surgiram da fusão de duas células eucarióticas, uma heterotrófica e a outra fotossintetizante, estabelecendo uma endossimbiose secundária. As ficobilinas são pigmentos acessórios conhecidos apenas em cianobactérias e algas vermelhas, o que, juntamente com a presença de cloroplastos com quatro membranas e de um nucleomorfo entre a segunda e a terceira membranas, evidenciaria o processo de endossimbiose secundária. - A partir de evidências moleculares foi proposto que o grupo Cryptophyta é resultado de endossimbiose secundária de um ser eucarionte heterotrófico unicelular que teria fagocitado uma Rhodophyta (alga vermelha). ● Organização Celular ● Reprodução - A sexualidade do grupo ainda é pouco conhecida. Em uma espécie foi evidenciada a fecundação isogâmica, mas a meiose nunca foi observada e o ciclo de vida é desconhecido. - Isogamia é um tipo de fecundação em que os gametas masculino e feminino são morfologicamente (tamanho) e fisiologicamente (motilidade) idênticos. ➔ Rhodophyta ● Morfologia - As Rhodophyta são preferencialmente bentônicas e têm estrutura bastante complexa, visto que apenas poucas rodófitas são unicelulares e microscópicas. As algas vermelhas são quase sempre filamentosas, mas os filamentos podem se agregar, formando uma estrutura pseudoparenquimatosa ou até mesmo laminar. Poucos gêneros, como Porphyra, são laminares, cujas lâminas são formadas por células justapostas interligadas por ligações celulares primárias ou secundárias. - As rodófitas (Figura 67), em geral, são pluricelulares, de morfologia filamentosa, mas há algumas formas unicelulares coloniais. Entre as rodófitas multicelulares, predominam as formas filamentosas que, às vezes, assumem formas complexas, pseudoparenquimatosas. Quanto ao tamanho, variam de espécies microscópicas até espécies com alguns metros de comprimento. - Algumas dessas espécies vivem associadas a recifes de coral contribuindo efetivamente para a manutenção do sistema, através da produção de carbonato de cálcio - Outras possuem importância econômica e são amplamente utilizadas na indústria alimentícia e farmacêutica. Porphyra sp., por exemplo, é um gênero rico nas vitaminas A e B, sendo muito utilizado no preparo de alimentos típicos da Ásia, como o sushi. Endossimbiose em Rhodophyta - Os cloroplastos das algas vermelhas possuem apenas clorofila a, apresentando também o pigmento acessório ficobilina, que muitas vezes pode mascarar a coloração verde da clorofila tornando a alga vermelha. As ficobilinas também são responsáveis pela capacidade de absorção de luz em águas profundas. Pelo fato de possuírem apenas clorofila a e terem como reserva de carboidrato o amido das florídeas (molécula semelhante ao glicogênio), associa-se a origem destes cloroplastos à endossimbiose com cianobactérias. ● Características gerais - O talo encontra-se constituído por células eucarióticas, as quais podem estarinterligadas por meio de ligações citoplasmáticas; - podem ser coralináceas(fazem deposição de carbonato de cálcio) ou folhosas( figura do lado) - A parede celular é constituída por uma parte interna rígida, formada por microfibrilas de celulose (na maioria das algas vermelhas), e outra externa, mucilaginosa, formada por polímeros, como o ágar e a carragenanas; - Algumas espécies apresentam depósitos de carbonato de cálcio na parede, o que confere rigidez ao talo; - Os cloroplastos ocorrem em número variável, geralmente ovais ou discóides, mas, em alguns casos, podem ser estrelados; - Apresentam os seguintes pigmentos: - Clorofila a; - Carotenoides: principalmente β-caroteno; xantofilas - zeaxantina, luteína, etc; - Ficobilinas: ficocianinas e ficoeritrinas, sendo estas últimas as responsáveis pela coloração vermelha das algas vermelhas; - Esses pigmentos possibilitam a sobrevivência em elevadas profundidades, pois absorvem o comprimento de onda que penetra mais fundo nos oceanos: a luz azul. - células com estruturas filamentosas - Os pirenóides estão presentes apenas em alguns representantes; - A principal substância de reserva é o amido das florídeas, que se encontra armazenado no citoplasma, e não nos cloroplastos, e que possui propriedades químicas intermediárias entre o glicogênio e o amido; - As algas vermelhas não produzem flagelos em nenhum momento, o que determina a existência de ciclos reprodutivos particulares entre os demais filos de algas. - Algumas espécies perdem parte dos seus pigmentos e crescem como parasitas de outras algas vermelhas, outras produzem terpenóides tóxicos, que inibem a herbivoria, e muitas destas substâncias têm sido estudadas como agentes antitumorais para a produção de medicamentos contra o câncer. ● Reprodução - As rodófitas não apresentam nenhum tipo de célula flagelada durante seu ciclo de vida, o que as distingue das demais algas multicelulares. O ciclo de vida apresenta meiose espórica e alternância de gerações isomórficas. A reprodução sexuada se dá por gametas aflagelados (espermácios) que são transportados passivamente e fixam-se ao órgão sexual feminino, o tricogine, e a fecundação é realizada no carpogônio. O zigoto desenvolve-se num carpoesporófito que por sua vez produz diversos carpósporos que se estabelecerão em novos esporófitos. - A reprodução assexuada no grupo ocorre pela produção de monósporos, que germinam formando, por mitose, um talo igual ao da geração que lhe deu origem. Os monósporos são formados por células chamadas de monosporângios (um esporo produzido por cada esporângio). A fragmentação vegetativa do talo também pode ser uma estratégia de reprodução assexuada. REFERÊNCIAS - Euglenophyta http://www.oocities.org/capecanaveral/lab/6969/euglenophyta.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Euglenoidea http://www.uenf.br/Uenf/Downloads/LBT_3660_1313171699.pdf http://www.criptogamas.ib.ufu.br/node/12 https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431685/2/Livro_Morfologia%20e%20 Taxonomia%20de%20Criptogamas.PDF ● Clyptophyta https://pt.wikipedia.org/wiki/Isogamia https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431685/2/Livro_Morfologia%20e%20 Taxonomia%20de%20Criptogamas.PDF http://www.criptogamas.ib.ufu.br/node/13 https://pt.wikipedia.org/wiki/Cryptophyta ● Rodophyta http://www.criptogamas.ib.ufu.br/node/19 https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431685/2/Livro_Morfologia%20e%20 Taxonomia%20de%20Criptogamas.PDF https://pt.wikipedia.org/wiki/Rhodophyta https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ceramium,_red_algae_(Rhodophyta).jpg http://www.oocities.org/capecanaveral/lab/6969/euglenophyta.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Euglenoidea http://www.uenf.br/Uenf/Downloads/LBT_3660_1313171699.pdf http://www.criptogamas.ib.ufu.br/node/12 https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431685/2/Livro_Morfologia%20e%20Taxonomia%20de%20Criptogamas.PDF https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431685/2/Livro_Morfologia%20e%20Taxonomia%20de%20Criptogamas.PDF https://pt.wikipedia.org/wiki/Isogamia https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431685/2/Livro_Morfologia%20e%20Taxonomia%20de%20Criptogamas.PDF https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431685/2/Livro_Morfologia%20e%20Taxonomia%20de%20Criptogamas.PDF http://www.criptogamas.ib.ufu.br/node/13 https://pt.wikipedia.org/wiki/Cryptophyta http://www.criptogamas.ib.ufu.br/node/19 https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431685/2/Livro_Morfologia%20e%20Taxonomia%20de%20Criptogamas.PDF https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431685/2/Livro_Morfologia%20e%20Taxonomia%20de%20Criptogamas.PDF https://pt.wikipedia.org/wiki/Rhodophyta https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ceramium,_red_algae_(Rhodophyta).jpg
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