Politicas sociais e planejamento

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
JAQUELINE QUEIROZ THEODORO
OS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL
Alta Floresta
2014
JAQUELINE QUEIROZ THEODORO
OS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas FHTM do Serviço Social III; Ética Profissional em Serviço Social; Fundamentos das Politicas Sociais e Políticas Sociais; Administração e Planejamento em Serviço Social; Seminário Interdisciplinar IV.
Prof. Paulo Sérgio Aragão; Clarice Kernkamp; Maria Lucimar Pereira; Rosane Malvezzi.
Alta Floresta
2014
Introdução
Planejar faz parte do cotidiano, é uma carácteristica humana, seja qual for a tarefa, desde as mais simples até as mais complexas. Tornamos nosso cotidiano um grande gerenciador de tarefas. 
O presente trabalho tem o intuito de apresentar reflexões sobre o planejamento das políticas sociais. Segundo Costa (2013) “ Na relação com as políticas soxiais, o planejamento é entendido como instrumento de formulação, operacionalização e avaliação das mesmas. Portanto é instrumento de grande importancia par a gestão desss políticas.”
O planejamento no ambiente organizacional ou na implantação de políticas públicas parte dos mesmos princípios já conhecidos e praticados por todos, entretanto está submetido a um conjunto de leis, decretos, portarias, normas e códigos exatamente por tratar de questões que transcendem a decisão particular. O planejamento social busca utilizar de forma harmônica o planejamento estratégico, ampliando a participação dos vários níveis profissionais existentes dentro da sociedade.
A poílica social tem sua origem com o capitalismo, a luta pelas classes operárias advindas das revoluções no século XIX, sendo a poílica social entendida como forma de intervenção do governo nas relações sociais, a princípio, acreditamos, para ir de frente com as questões sociais que surgiram na época. Vamos citar de acordo com alguns autores cmo foram os processos de planejamento dessas políticas no Brasil até a Constituição de 1988.
Desenvolvimento
 A história do processo de planejamento como instrumento do agir profissional para provocar a mudança desejada, o planejamento começou a ser alvo de atenção em decorrência do desenvolvimento cientfico e da acentuada industrializao ocorrida no final do século XVIII e no desenrolar do sculo XIX. Era a busca de um instrumento de gesto para atender aos interesses das empresas e organizações que nasciam e se estruturavam na perspectiva do sistema capitalista (COSTA, 2013).O Estado passa a intervir nas questões sociais, por meio dessas tais políticas econômicas. Surgem então as chamadas polícias sociais com a meta de aumentar o consumo de bens e serviços da população de menor renda, na expectatia de melhorar o nivle de vida da população. O planejamento social cresce atrelado aos interesses econômicos do capitalismo. Temos vários marcos referentes as políticas sociais e aos direitos sociais no Brasil:
1923, a Lei Eloy Chaves cria o CAP – Caixa de Aposentadorias e Pensões. 
1933, IAPs - Institutos de Aposentadorias e Pensões
1942, LBA – Legião Brasileira de Assistencia, a principio criada para atender as famílias dos pracinhas envolvidos na guerra, coordenado pela primeira dama, e depois, em 1946 destinado a pessoas pobres, alem de apoiar a maternidade e a infancia.
1943, CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
1960, LOPs – Lei Organica da Previdencia Social, basicamente a unificação de beneficios e a incorporação de autonomos a previdencia social
1963, Funrural – Fundo de Assistencia do Trabalhador Rural, a lei foi aprovada, mas não implementada.
1966, INPS – Instituto Nacional de Previdencia Social
1971, ampliação da previdencia ao trabalhador rural, como o beneficio de meio salario minimo ( menor que para outras categorias)
1988, Constiruição Federal Brasileira, conhecida como constituição Cidadã.
O serviço social brasileiro, bem como os processos de planejamentos sociais tiveram momentos importantes marcdos no período da ditadura militar, a reconceituação do serviço social e a luta da classe trabalhadora na luta contra a desigualdade e onde o serviço social se destaca nas questões sociais levantadas no período, até chegarmos a nossa Constituição Federal.
O planejamento social começa a ter enfase no periodo de 1929 quando a queda da bolsa de Nova Yorque afeta o Brasil, que tambem entra em crise. Os objetivos do planejamento foram conclamados como fundamentalmente sociais, enquanto as metas econômicas se constituiriam em meios com relação àqueles fins. A atividade econmica apareceu, portanto, como sendo essencialmente um meio para se conseguir fins sociais. Nas décadas de 1960 e 1970 as políticas sociais foram aplicadas, mas sem melhorar a qualidade de vida da população. Todavia apesar da ampliação dos serviços públicos de assistência social, as praticas nessa área eram setorizadas e fragmentadas e os recursos pulverizados entre o governo e as redes filantrópicas na década de 1980, com a promulgação de a nova constituição, a assistência social adquire um caráter de política publica, através da integração desta juntamente com a saúde e a previdência ao conjunto da seguridade social a constituição de 1988 marcou a passagem do modelo político de um estado assistencial para um modelo de estado de direito, contudo havia ainda um longo caminho, com avanços e retrocessos. Diferente de assistencialismo, o serviço social é uma politica que garante direitos.
Tipos de planejamento:
Existem três tipos de planejamento que se configuram historicamente tecnocrático, participativo e estratégico, a seguir segue os conceitos de cada um. O Planejamento tecnocrático é assumido por um técnico ou grupo de técnicos vinculados a uma instituio pública ou privada, para a realização de ações voltadas a uma problemática especfica. Não tem caráter socializador das discussões e decisões; é centralizador. Com base em indicadores quantitativos e objetivos, intenciona operar sobre a estrutura social, econômica e política ou na estrutura institucional com ações puramente racionais e sob a perspectiva funcionalista de sociedade isto é, estruturada e na qual todos tem que se ajustar e os conflitos existentes devem ser amenizados e trabalhados de tal forma que não ofereçam ameaças estrutura instituda (Costa, 2013). Esse modelo de planejamento é verticalista descendente, visto que parte do princípio de que as decisões sobre a forma de organizar a sociedade ou uma instituição é de alçada e teor dos tecnocratas e não de todos os sujeitos envolvidos. O planejamento participativo é uma postura mais inovadora do planejamento, nascido no seio dos movimentos sociais e populares dos anos 1970 e 1980 que ocorriam no contexto da ditadura militar brasileira e também em vários países da América Latina, fortemente ligado a igreja católica. Naquele contexto político da época, estruturou-se como um instrumento focado nas mudanças sociais, pela construção de uma sociedade mais justa. Ao contrário do tecnocrático, ocorre de forma horizontal e ascendente, a posição política é clara e assumida onde as mudanças sociais são explicitadas e sentidas pela maioria. Ao final do sexulo XX com o neoliberalismo e a intervenção do estado e ao incentivo da privatização dos serviços publicos, o planejamento como instrumento de implementação das politicas socias passou a buscar novos caminhos que garantissem direitos e reconhecimento. Surge então o planejamento estratégico, co novas propostas, muito mais realista e capaz de facilitar o diálogo entre politico e o tecnico. O planejamento estrategico é portanto, o instrumento atraves do qual a entidade se mobiliza para transformar sua estrutura funcional e organizacional, construindoo seu futuro e nova formas de relacionamento com a população usuaria de seus serviços.
Segundo Baptista (2000), planejamento é ... 
“ refere-se ao precesso permanente e métodos de abordagem racional e científica de questões que se colocam no mundo social. Enquanto processo permanente supõe ação contínua sobre um conjunto dinâmico de situações em um determinado histórico. Com processo metódico de abordagem racional e científica, supõe uma sequencia de atos decisórios, ordenados em momentos definids e baseados em conhecimentos teóricos, científicos e técnicos.”
Considerações Finais
A História nos mostrou que o planejamento, como processo e como instrumento de gesto, se solidificou gradativamente tanto no ambiente empresarial, quanto na gesto pública, como planejamento econômico, tornando-se importante instrumento de intervenção estatal nos países de bases capitalistas. O Estado brasileiro, embora sempre se comportasse de forma omissa quanto a questao social, tivemos a iniciativa da sociedade civil na na construção das políticas públicas brasileiras. O percurso do serviço social no Brasil, no período de 1964 a 1985, configura uma intensa movimentao dos assistentes sociais querepercute profundamente nas três dimensões constitutivas da profissão, representadas pela dimensão poltico-organizativa, pela dimensão acadêmica e, talvez com menor intensidade, pela dimensão da intervenção profissional, no nível dos organismos da poltica social, das empresas privadas e dos movimentos sociais. Todavia, nesse espaço histórico que o servio social busca pautar-se num referencial teórico e metodológico que possibilita uma análise da realidade social. Sendo assim, nas décadas de 1970/1980, o serviço social, pontuado pela crise econômica e, acompanhado de rearticulação poltica da sociedade civil, coloca a revisão curricular e a formação profissional como uma necessidade histórica.
Referências Bibliográficas
Costa, Selma Frossard. Planejamento Social. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
Rossi, Cristina. Políticas Sociais I: serviço social/ Sirlei Fortes de Jesus. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.