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ELETRICIDADE APLICADA CAP1 A CAP8

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UNIVERSIDADE UNIDERP
GUSTAVO SPONTONI DE OLIVEIRA
RA: 197382713115
ELETRICIDADE APLICADA
Docente: Alan Francisco dos Santos
Campo Grande
2018/01
INTRODUÇÃO
Após da criação da corrente alternada pelo francês Hippolyte Pixii em 1832, e aperfeiçoada por Nikola Tesla no início do século XX, a demanda por energia elétrica aumenta a cada ano, visto que equipamentos elétricos e eletrônicos substituem cada vez mais equipamentos mecânicos e a atividade humana. Dessa forma, quase todas as edificações construídas atualmente exigem a disponibilização de energia elétrica no local. Tornar a eletricidade disponível para uso humano, contudo, requer uma infraestrutura de geração, transmissão e distribuição dessa energia, garantido uma entrega segura e de qualidade. É nesse universo que se encaixa a disciplina Eletricidade Aplicada.
Nas disciplinas de Física, no ensino médio e cursos de Engenharia, aprendemos os conceitos básicos de eletricidade, como carga elétrica, corrente elétrica, tensão, resistência, etc. Além disso, vimos como essas grandezas se relacionam, permitindo que possamos criar circuitos elétricos. Uma vez definidos os circuitos elétricos, as relações entre as grandezas elétricas envolvidas são expressas pelas equações e leis físicas dessas relações. Entre elas, as principais são a Lei de Ohm e as Leis de Kirchhoff.
A principal forma de geração de tensão elétrica constante (CC) é a bateria, que transforma energia química em energia elétrica. As tensões geradas pelas baterias, portanto, não se alteram ao longo do tempo. Como podemos imaginar, as baterias não conseguiriam abastecer toda a demanda de energia que centros urbanos e indústrias demandam, por isso, outras formas de geração de energia elétrica são necessárias, geralmente, por meio da conversão eletromecânica de energia. Assim, no início do século XX, o físico e engenheiro polonês, naturalizado americano, Nikola Tesla, criou os fundamentos matemáticos e experimentais para a criação da corrente alternada (CA).
Cápitulo 1
1.1 Energia
Segundo MARKUS (2004), energia é uma grandeza que caracteriza o sistema físico. Ela sempre mantém seu valor, independentemente das transformações que ocorrem no sistema, mas também é capaz de modificar o estado de outros sistemas que se interagem com ela.
O símbolo de energia é o (tau) τ, e sua unidade de medida é o joule (J).
Energia é a capacidade de algo de realizar trabalho, ou seja, gerar força num determinado corpo, substância ou sistema físico.
Para que a energia possa realizar alguma atividade, deve ser transformada em energia capaz de provocar alguns fenômenos do meio físico.
Energia pode ser encontrada em diversas fontes, sejam essas renováveis ou não-renováveis. Dentre as diversas formas de energia, podemos caracterizar a:
Energia Cinética: relacionada com o movimento;
Energia Térmica: relacionada com a temperatura;
Energia Solar: relacionada a raios solares;
Energia Eólica: relacionada com os ventos;
Energia Química: relacionada com ligações químicas;
Energia Nuclear: relacionada a reações nucleares; e
Energia Elétrica: produzida por uma ou mais das fontes supracitadas.
 
1.2. Eletricidade
A eletricidade é um fenômeno físico, cujo propulsor são as cargas elétricas e a energia promovida que podem ser manifestadas, seja por expressões dentro da área física, luminosa, assim como contemplando a área mecânica ou térmica. 
Embora seja abstrata na maioria de suas expressões, como por exemplo, no funcionamento do sistema nervoso do ser humano, a eletricidade pode ser vista "mais real" nos raios quando se desenvolve uma forte tempestade. Também, a eletricidade é fundamental para o funcionamento de máquinas e sistemas complexos, como também para o funcionamento de pequenos eletrodomésticos. 
A eletricidade tem origem pelas cargas elétricas que estão paradas ou em movimento e também por suas interações. Existem dois tipos de cargas elétricas, umas positivas (prótons) e outras negativas (elétrons). 
Geralmente a eletricidade física pode se referir a uma variedade grande de fenômenos. Popularmente pode ser conhecida apenas como energia elétrica, uma vez que esse termo é comum a toda população, porém quando falamos em eletricidade básica é necessário cuidado, pois no campo científico existem vários significados diferentes, como: cargas elétricas; campo elétrico; potencial elétrico; corrente elétrica; energia elétrica, eletromagnetismo, que podem estar relacionados à eletricidade.
1.3. Efeitos da Eletricidade no Corpo Humano
Ao passar pelo corpo humano a corrente elétrica danifica os tecidos e lesa os tecidos nervosos e cerebral, provoca coágulos nos vasos sanguíneos e pode paralisar a respiração e os músculos cardíacos. A corrente elétrica pode matar imediatamente ou pode colocar a pessoa inconsciente, a corrente faz os músculos se contraírem a 60 ciclos por segundo, que é a frequência da corrente alternada. A sensibilidade do organismo a passagem de corrente elétrica inicia em um ponto conhecido como Limiar de Sensação e que ocorre com uma intensidade de corrente de 1mA para corrente alternada e 5mA para corrente contínua. Pesquisadores definiram 3 tipos de efeitos manifestados pelo corpo humano quando da presença de eletricidade: 
Limiar de Sensação (Percepção), onde o corpo humano começa a perceber a passagem de corrente elétrica a partir de 1 mA. 
Limiar de Não Largar, onde o corpo passa a receber contrações musculares provocadas pela corrente elétrica no corpo humano, a corrente alternada a partir de determinado valor, excita os nervos provocando contrações musculares permanentes, com isso cria se o efeito de agarramento que impede a vítima de se soltar do circuito, a intensidade de corrente para esse limiar varia entre 9 e 23 mA para os homens e 6 a 14 mA para as mulheres. 
Limiar de Fibrilação Ventricular, onde correntes maiores da ordem de 100 mA, quando atingem a zona do coração, produzem fibrilação ventricular em apenas 2 ou 3 segundos, e a morte é praticamente certa. Correntes de alguns Amperes, além de asfixia pela paralisação do sistema nervoso, produzem queimaduras extremamente graves, com necrose dos tecidos, nesta faixa de corrente não é possível o salvamento, a morte é instantânea.
1.4. Simbologia
	Grandeza
	Símbolo da Grandeza
	Exemplos
	Valor constante
	Maiúsculo
	Vl e Il
	Valor variável (domínio temporal)
	Minúsculo
	vl (t) e il (t)
	Valor variável (domínio angular)
	Minúsculo
	vl (θ) e il (θ)
	Valor AC (instantâneo)
	Minúsculo
	vl e il
	Valor de pico
	Maiúsculo
	VP e IP
	Valor de pico a pico
	Maiúsculo
	VPP e IPP
	Valor Eficaz (RMS)
	Maiúsculo
	V e I
Capítulo 2
2.1
2.2.
2.3. CAMPO ELETRICO
Uma carga cria ao seu redor um campo elétrico E que pode ser representado por linhas de campo radiais orientadas, uma vez que é uma grandeza vetorial, sendo que sua unidade de medida é newton/coulomb (N/C).
Se a carga for positiva, o campo é divergente, isto é, as linhas de campo saem da carga.
Se a carga for negativa, o campo é convergente, isto é, as linhas de campo chegam na carga.
A intensidade E do campo elétrico criado por uma carga Q é diretamente proporcional a intensidade dessa carga e da constante dielétrica do meio K, e é inversamente proporcional ao quadrado da distância d entre a carga e o ponto considerado.
Matematicamente tem-se: E = K.Q
 d²
em que:
K = 9x10^9 N.m²/C² (no vácuo e no ar)
Q = modulo da carga elétrica, em coulomb (C)
d = distância, em metro (m).
2.3.1. Comportamento das linhas de campo
Analisando como se comporta as linhas de campo em quatro situações diferentes:
Quando duas cargas de sinais contrários estão próximas, as linhas de campo divergentes da carga positiva tendem a convergir para a carga negativa. Por isso a força entre as cargas é de atração.
Quando duas cargas de mesmos sinais estão próximas, se elas são positivas, as linhasde campo são divergentes para ambas as cargas, e se elas são negativas, as linhas de campo são convergentes para ambas as cargas. Por isso a forca entre elas é de repulsão.
Quando duas placas paralelas são eletrizadas com cargas de sinais contrários, surge entre elas um campo elétrico uniforme, caracterizado por linhas de campo paralelas.
2.4. FORCA ELETRICA
Consideremos uma região submetida a um campo E uniforme.
Colocando uma carga Q num ponto dessa região, essa carga ficara sujeito a uma forca F, cuja unidade de medida é newton (N), e cujo modulo pode ser calculado por: F = Q.E
em que:
Q = modulo da carga elétrica, em coulomb (C)
E = modulo do campo elétrico, em newton/coulomb (N/C)
Se a carga é positiva, a força age no mesmo sentido da linha de campo, e se a carga é negativa, a força age no sentido contrário ao da linha de campo.
Na realidade, essa força que age na carga é de atração ou repulsão entre Q e a carga geradora desse campo elétrico.
2.4.1. Lei de Coulomb
Como decorrência do estudo do campo elétrico gerado por uma carga e da força que surge em outra carga colocada nesse campo, pode-se deduzir a expressão que nos dá o modulo da força de atração ou de repulsão entre duas cargas elétricas, devido a interação dos seus campos elétricos.
Essa expressão que é denominada Lei de Coulomb: F = K.QA. QB
 d²
em que: 
K = 9x10^9 N.m²/C² (no vácuo e no ar)
QA e QB = módulos das cargas, em coulomb (C)
d = distância, em metro (m).
2.5. POTENCIAL ELETRICO
Numa região submetida a um campo elétrico, uma carga fica sujeita a uma força, fazendo com que ela se movimente. Isso significa que cada ponto dessa região existe um potencial para a realização de trabalho, independente da carga ali colocada.
O símbolo de potencial elétrico é V e sua unidade de medida e volt (V).
Na realidade, esse potencial depende da carga Q geradora do campo elétrico, sendo que, quanto maior a distância d entre o ponto considerado e a carga geradora, menor é o potencial elétrico V.
O potencial elétrico é uma grandeza escalar, podendo ser positivo ou negativo, dependendo de a carga ser positiva ou negativa.
Matematicamente tem-se: V = K.Q
 d
em que: 
K = 9x10^9 N.m²/C² (no vácuo e no ar)
Q = valor absoluto da carga elétrica, em coulomb (C)
d = distância, em metro (m).
Por essa expressão, vê-se que uma carga positiva cria ao seu redor potenciais positivos e uma carga negativa cria ao seu redor potenciais negativos.
Numa superfície em que todos os pontos são equidistantes em relação a carga geradora, os potenciais são iguais. Nesse caso, elas são denominadas superfícies equipotenciais.
Cápitulo 3
3.1. Diferença de Potencial – ddp
Seja uma região submetida a um campo elétrico é criado por uma carga Q positiva.
Colocando um elétron —q no ponto A, situado a uma distância dA da carga Q, ele se movimentará no sentido contrário do campo, devido à Força F que surge no elétron, indo em direção ao ponto B, situado a uma distância db. Da carga Q.
Assim, para que uma carga se movimente, isto é, para que haja condução de eletricidade, é necessário que ela esteja submetida a uma diferença de potencial ou ddp.
3.2. Tensão Elétrica
A diferença de potencial elétrico entre dois pontos é denominada tensão elétrica, podendo ser simbolizada pelas letras V, U ou E, cuja unidade de medida é também o volt [V].
3.3. Analogia entre Eletricidade e Hidráulica
No sistema hidráulico ao lado, a água se desloca da caixa d'água A para a B por causa da diferença de altura dh.
Cada ponto do espaço possui um potencial gravitacional que é proporcional à sua altura.
Portanto, a corrente de água existe por causa da diferença de potencial gravitacional entre as caixas d'água.
3.4. Corrente Elétrica
O conceito de diferença de potencial elétrico e movimento de carga elétrica leva-nos à eletrodinâmica, isto é, ao estudo das cargas elétricas em movimento.
Aplicando uma diferença de potencial num condutor metálico, os seus elétrons livres movimentam-se de forma ordenada no sentido contrário ao do campo elétrico.
Essa movimentação de elétrons denomina-se corrente elétrica, que pode ser simbolizada por i ou 1, sendo que sua unidade de medida é o ampère [A].
3.5. Intensidade da Corrente Elétrica
A intensidade instantânea i da corrente elétrica é a medida da variação da carga dQ, em coulomb [C], por meio da seção transversal de um condutor durante um intervalo de tempo dt, em segundo [s].
3.6. Corrente Elétrica convencional
Nos condutores metálicos, a corrente elétrica é formada apenas por cargas negativas (elétrons) que se deslocam do potencial menor para o maior. Assim, para evitar o uso frequente de valor negativo para corrente, utiliza-se um sentido convencional para ela, isto é, considera-se que a corrente elétrica num condutor metálico seja formada por cargas positivas, indo, porém, do potencial maior para o menor
3.7. Pilhas e Baterias
Voltando ao circuito da lanterna, nele identificamos a bateria, que nada mais é do que um conjunto de pilhas.
A pilha comum, quando nova, possui tensão de 1,5V. Associadas em série, elas podem aumentar essa tensão, como no caso da lanterna, cuja bateria é formada por três pilhas de 1,5V, resultando numa tensão de 4,5V.
Existem, ainda, outros tipos de bateria como, por exemplo, a de 9V e a mini bateria de 3V.
Todas essas baterias produzem energia elétrica a partir de energia liberada por reações químicas.
Com o tempo de uso, as reações químicas dessas baterias liberam cada vez menos energia, fazendo com que a tensão disponível seja cada vez menor.
Uma alternativa são as baterias que podem ser recarregadas por aparelhos apropriados, inclusive as pilhas comuns, o que é importante, sobretudo no que se refere ao meio ambiente.
As baterias recarregáveis mais difundidas são aquelas utilizadas em equipamentos de uso constante, como os telefones celulares, ou de equipamentos que demandam maiores correntes elétricas, como as das filmadoras de videocassete.
3.8. Fontes de Alimentação Eletrônicas
No lugar das pilhas e baterias, é comum a utilização de circuitos eletrônicos que convertem a tensão alternada da rede elétrica em tensão contínua.
Esses circuitos são conhecidos por eliminadores de bateria, e são fartamente utilizados em equipamentos portáteis como videogames e aparelhos de som.
Porém, em laboratórios e oficinas de eletrônica, é mais utilizada a fonte de alimentação variável (ou ajustável).
Essa fonte tem a vantagem de fornecer tensão contínua e constante, cujo valor pode ser ajustado manualmente, conforme a necessidade.
3.9. Corrente Continua
As pilhas e baterias analisadas têm em comum a característica de fornecerem corrente contínua ao circuito.
Isso significa que a fonte de alimentação CC mantém sempre a mesma polaridade, de forma que a corrente no circuito tem sempre o mesmo sentido.
3.10. Corrente Alternada
Já, a rede elétrica fornece às residências e indústrias a corrente alternada. Nesse caso, a tensão muda de polaridade em períodos bem-definidos, de forma que a corrente no circuito circula ora num sentido, ora no outro.
A corrente alternada pode ser gerada em diferentes tipos de usina de energia elétrica, como, por exemplo, as hidrelétricas, termoelétricas e nucleares.
3.11. Bipolo gerador receptor
Denomina-se bipolo qualquer dispositivo formado por dois terminais, podendo ser representado genericamente pelo símbolo mostrado ao lado e eleva o potencial elétrico do circuito, ou seja, se a corrente entra no dispositivo pelo polo de menor potencial e sai pelo polo de maior potencial, o dispositivo é chamado de gerador ou bipolo ativo, como a fonte de alimentação. Quando a corrente entra no dispositivo pelo polo de maior potencial e sai pelo polo de menor potencial, o dispositivo é chamado de receptor ou bipolo passivo, como a lâmpada.3.12. Terra (GND) ou Potencial de Referencia
Num circuito, deve-se sempre estabelecer um ponto cujo potencial elétrico servirá de referência para a medida das tensões. Em geral, a referência é o polo negativo da fonte de alimentação, que pode ser considerado um ponto de potencial zero, fazendo com que a tensão entre qualquer outro ponto do circuito e essa referência seja o próprio potencial elétrico do ponto considerado. Assim, se VA é a referência, a tensão VBA entre os pontos B e A é mostrada por: VBA = VB VA = VB — O = VB.
3.13. Instrumentos de medidas elétricas.
Os instrumentos de medidas servem para mensurar grandezas físicas e os valores medidos podem ser obtidos de forma analógica ou digital. No instrumento analógico, o resultado é mostrado por um ponteiro que deflete sobre uma escala graduada, sendo que a leitura é feita por meio da analogia entre o valor indicado e o valor de fundo de escala selecionado. No instrumento digital, o resultado é mostrado diretamente num display, sendo uma tela.
A Resolução é a menor medida que o instrumento pode distinguir com certeza se o instrumento for analógico, a sua resolução é dada pelo valor da menor divisão da escala graduada, se o instrumento for digital, a sua resolução é dada pela unidade do dígito menos significativo em relação ao ponto decimal.
3.14. Tolerância e Análise do Erro
Nenhum instrumento de medida é perfeito, da mesma forma que nenhum dispositivo fabricado é perfeito. Por isso, os fabricantes fornecem a margem de erro prevista para o seu produto, que é denominada tolerância.
A tolerância pode ser dada percentualmente (± e%) ou em valores absolutos (± e), informando a precisão do produto.
Para analisar uma medida realizada por um instrumento, tendo como referência um valor nominal (ou teórico), pode-se utilizar a seguinte expressão:
3.15. Multímetros
São vários os instrumentos utilizados em laboratórios e oficinas de eletrônica que medem grandezas elétricas sejam analógicos ou digitais. Possui dois terminais nos quais são ligadas as pontas de prova ou pontas de teste, a ponta de prova vermelha deve ser ligada ao terminal positivo do multímetro (vermelho ou marcado com sinal +) e a ponta de prova preta deve ser ligada ao terminal negativo. Possuem alguns controles, sendo que o principal é a chave rotativa ou conjunto de teclas para a seleção da grandeza a ser medida (tensão, corrente ou resistência) com os respectivos valores de fundo de escala.
Nos multímetros digitais mais modernos, os controles possuem multi-funções tornando-os mais versáteis, menores e leves.
Embora existam instrumentos de medida que funcionam apenas como voltímetros, amperímetros ou ohmímetros, eles são mais utilizados por profissionais que trabalham nas áreas de instalações elétricas prediais e industriais e instalações de redes telefônicas.
3.16. Voltímetro
O voltímetro é o instrumento utilizado para medir a tensão elétrica (diferença de potencial) entre dois pontos de um circuito elétrico. Para que o multímetro funcione como um voltímetro, basta selecionar uma das escalas para medida de tensão (CC ou CA). Para medir uma corrente, o circuito deve ser aberto no ponto desejado, ligando o amperímetro em série, para a corrente fluir. A corrente que passa por um dispositivo pode ser medida antes ou depois dele, já a corrente que entra é a mesma que sai, portanto se a corrente medida for contínua (CC), o polo positivo do amperímetro deve ser ligado ao ponto pelo qual a corrente convencional entra e o polo negativo, ao ponto pelo qual ela sai.
Um amperímetro CA muito comum para a aplicação em instalações elétricas residências e industriais é o amperímetro de alicate que faz com que a corrente seja medida de forma indireta, a partir do campo magnético que surge em torno do condutor.
Cápitulo 4
4.1. Resistência Elétrica
A resistência elétrica é definida como a capacidade que um corpo tem de opor-se à passagem da corrente elétrica. A unidade de medida da resistência no SI é o Ohm (Ω), em homenagem ao físico alemão George Simon Ohm, e representa a razão volt/Ampére.
Quando um condutor é submetido a uma diferença de potencial, ele passa a ser percorrido por uma corrente elétrica, que é constituída pelo movimento de elétrons livres no interior do condutor. Quando esses elétrons livres entram em movimento, começam a colidir entre si e com os átomos do condutor. Quanto maior o número de colisões, maior a dificuldade encontrada pela corrente elétrica em “atravessar” o condutor. Essa dificuldade de movimento das cargas é que caracteriza a resistência elétrica.
A resistência elétrica varia conforme o comprimento, a largura e a natureza do material do condutor, além da temperatura a que ele é submetido. Todos esses fatores são relacionados por uma equação conhecida como Segunda Lei de Ohm:
R= ρl
       A
Sendo que:
R – é a resistência elétrica do material;
ρ – é a resistividade e possui valores diferentes para cada tipo de material;
l – é o comprimento do condutor;
A – é área de seção transversal do condutor.
De acordo com a equação, vemos que a resistência é diretamente proporcional ao comprimento l do condutor, ou seja, quanto maior o comprimento, maior será a resistência. Ela também é inversamente proporcional à área do condutor, pois, quanto maior a área, mais fácil é a passagem dos elétrons e, consequentemente, menor a resistência do material.
4.2. Primeira Lei de Ohm
A resistência elétrica também pode sofrer variação conforme a variação da tensão e da corrente elétrica de um condutor. Isso ocorre porque, quanto maior a intensidade da corrente elétrica (i), menor a dificuldade que os portadores de carga enfrentam para movimentar-se, ou seja, menor a resistência. A diferença de potencial V entre as extremidades de um condutor é proporcional à corrente que o atravessa. A resistência é a constante de proporcionalidade entre eles e pode ser definida a partir da Primeira Lei de Ohm como:
R= V
       i
Essa Lei só é válida para materiais que possuem resistência elétrica constante, conhecidos como resistores ôhmicos.
4.3. Tipo de Resistências
A resistência é um dos elementos mais utilizados nos circuitos, sendo que existem resistências:
Fixas;
Variáveis;
Ajustáveis;
Integradas;
Discretas;
De conversão de grandezas não eléctricas em grandezas eléctricas.
Relativamente a estas últimas, existem:
As	Termo-resistências	e	os	termístores	(sensíveis	à temperatura);
As Foto-resistências (sensíveis ao fluxo luminoso);
As Magneto-resistências (sensíveis à força magnética);
As Piezo-resistências (sensíveis à torção/ elasticidade de um determinado material);
As Químio-resistências (sensíveis a alterações químicas).
4.3.1. Resistências fixas
O seu valor nominal é pré-estabelecido durante o processo de fabrico das mesmas. São utilizadas para construir circuitos com componentes discretos em placas de circuito impresso ou de montagem. Podem ser de carvão, de película ou camada fina ou de fio bobinado.
Figure 1 - Resistência de Carvão.
Pot. Máx.: 2 W @ 70ºC Tolerância: 5%
C. Temp.: -150/-1000 ppm/ºC Resist.Isola: 1G
Tensão Máx.: 700 V
Figure 2 - Interior de uma resistência de carvão.
Figure 3 - Resistência de Película Fina Metálica.
Pot. Máx.: 1/8 W @ 70ºC Tolerância: 0.1%
Coef. Temp.: +/- 15 ppm/ºC Tensão Máx.: 200 V
Figure 4 - Interior de uma Resistência de Película Fina Metálica.
Figure 5 - Resistência Bobinada (com invólucro cerâmico e núcleo de fibra de vidro).
Pot. Máx.: 4 W Tolerância: 5%
Coef. Temp.: 200~400 ppm/ºC
4.3.2. Resistências variáveis
Tal como o seu nome indica, o seu valor pode ser ajustado de acordo com as necessidades. São também designadas por reóstatos, potenciómetros ou, como se designa em inglês, trimmers. Utilizam-se em aplicações nas quais se exige a afinação ou a variação continuada do valor nominal de uma resistência.
Exemplos da aplicação de resistências variáveis: controlo do volume de som de um rádio; controlo do brilhoou contraste de um monitor TV; ajuste do período de oscilação em circuitos temporizadores, etc.
Figure 6 - Algumas Representações de Resistências Variáveis.
Figure 7 - Resistência Variável Cermet Multi-volta.
Dimensão: 10 mm
Pot. Máx..: 0.5 W @ 70ºC Tolerância: 10%
Coef. Temp.: +/- 100 ppm/ºC 25 voltas
Figure 8 - Resistência Variável de Carvão.
Dimensão: 20 mm, linear Pot. Máx..: 0.4 W @ 40ºC
Tolerância: +/- 20%
1 volta
Figure 9 - Constituição de uma Resistência Variável de Carvão.
4.4. Ohmímetro
O Ohmímetro é um instrumento de medição eletrônico que tem a função de medir a resistência elétrica de um componente ou circuito eletrônico. O funcionamento básico do ohmímetro é simples, através de duas pontas de medição ele aplica uma tensão à uma “resistência”, o resultado da corrente elétrica que passou através da resistência é medido por um galvanômetro.
A escala do medidor do ohmímetro é marcada em ohms, porque a tensão fixa da bateria garante que, conforme a resistência diminuísse, a corrente através do medidor aumentaria. Ou seja, ele mede a resistência elétrica, a oposição a uma corrente elétrica (medidor de Ohm).
Todo Multímetro tem escalas em Ohm, ou seja ele mede resistência, portanto é um ohmímetro, mas existem equipamentos mais precisos e potentes que são apenas ohmímetros, capazes de medir cima de Mega Ohm, abaixo de .0 Ohm e com muito mais precisão. Mas isso é para uso profissional e não nos interessa no momento.
O ohmímetro pode medir o valor de um resistor, a condutividade de um fio, circuito ou fusível, provar o filamento de uma válvula eletrônica, a situação de um capacitor ou indutor, verificar as condições das junções de semicondutores como diodos, transistores, SCR, etc.
Acima um circuito bem simples de um medidor de ohm (ohmímetro), ou seja, é um medidor de resistência. Este circuito opera com uma fonte de corrente constante em torno de T1.  Rx é a resistência a ser medida e D2 é um diodo de germânio, que pode ser o OA 90, AA 118 ou equivalente.
S1 é a chave seletora da escala de resistência, 100K Ohm, 10K Ohm, 1K Ohm, e 100 Ohm. Isso quer dizer que toda vez que a escala estourar (chegar ao máximo) ou não movimentar o ponteiro do galvanômetro a escala tem que ser trocada.
Você pode inserir pontas de prova de multímetro curtas e grossas nas extremidades de Rx para medir fora do circuito. Um trimpot pode ser colocado (adaptado) em série com o galvanômetro para o ajuste de “0”.
4.5. Segunda Lei de Ohm
A lei descreve as grandezas que influenciam na resistência elétrica de um condutor, conforme cita seu enunciado:
A resistência de um condutor homogêneo de secção transversal constante é proporcional ao seu comprimento e da natureza do material de sua construção, e é inversamente proporcional à área de sua secção transversal. Em alguns materiais também depende de sua temperatura.
Sendo expressa por:
Onde:
ρ= resistividade, depende do material do condutor e de sua temperatura.
ℓ= largura do condutor
A= área da secção transversal.
Como a unidade de resistência elétrica é o ohm (Ω), então a unidade adotada pelo SI para a resistividade é .
Capítulo 5
5.1. Conceito de Potência Elétrica
O conceito de potência elétrica P está associado à quantidade de energia elétrica t desenvolvida num intervalo de tempo (Δt) por um dispositivo elétrico.
Matematicamente: P= 
Por essa expressão, a unidade de medida de potência é joule/segundos [j/s] 
Num circuito elétrico, a potência também pode ser definida como sendo a quantidade de carga elétrica Q que uma fonte de tensão V pode fornecer ao circuito num intervalo de tempo Δt.
Matematicamente: P= 
Mas Q/Δt corresponde à corrente elétrica I fornecida pela fonte de alimentação ao circuito. Assim, a expressão da potência se resume à fórmula abaixo:
Matematicamente: P=V.I
Embora as três expressões de potência acima sejam correspondentes, por motivos práticos, utilizamos a terceira expressão (P=v.I), já que tensão e corrente podem ser medidas facilmente com um multímetro.
Por essa expressão, a unidade de medida de potência é volt.ampère [V.A].
5.2. Conceito de Energia Elétrica
Inicialmente, vimos que P=t/Δt. Assim, a energia elétrica desenvolvida em um circuito pode ser calculada pela fórmula abaixo:
Matematicamente: t=P.Δt
Por essa expressão, a unidade de medida de energia elétrica é joule [j] ou watt.segundos [W.s].
Essa expressão é utilizada para calcular a energia elétrica consumida por circuitos eletrônicos, equipamentos eletrodomésticos, lâmpadas e máquinas elétricas.
No quadro de distribuição de energia elétrica de uma residência, prédio ou indústria, existe um medidor de energia que indica constantemente a quantidade de energia que está sendo consumida.
Mensalmente, a empresa concessionária faz a leitura da energia elétrica consumida, calculando a tarifa correspondente a ser paga pelo usuário.
Porém, com a ordem de grandeza do consumo de energia elétrica em residências e indústrias é muito elevada, a unidade de medida utilizada, no lugar de [W.S], é o quilowatt.hora [KW.h].
5.3. Fusível e Disjuntor
Os equipamentos eletrônicos e as instalações elétricas residenciais e industriais possuem fusíveis ou disjuntores de proteção contra sobrecarga de corrente. Eles são dimensionados pela corrente elétrica máxima que suportam.
O fusível possui um filamento à base de estanho que se derrete quando a corrente que passa por ele é maior que a sua corrente nominal. Quando isso ocorre, é preciso trocá-lo por outro após a correção do problema que causou a sua queima.
No disjuntor, quando a corrente é maior que a sua corrente nominal, ele apenas desarma. Após a correção do problema que causou o seu desarme, basta rearmá-lo para que a instalação elétrica volte a ser energizada.
Capítulo 6
6.1. Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores
As Leis de Kirchhoff são empregadas em circuitos elétricos mais complexos, como por exemplo, circuitos com mais de uma fonte de resistores estando em série ou em paralelo. Para estuda-las vamos definir o que são Nós e Malhas.
Nó: é um ponto onde três ou mais condutores são ligados.
Malha: é qualquer caminho condutor fechado.
6.2.1. Primeira lei de Kirchhoff 
Em qualquer nó, a soma das correntes que o é igual a soma das correntes que chegam até ele. A Lei é uma consequência da conservação da carga total existente no circuito. Isto é uma confirmação de que não há acumulação de cargas nos nós. 
 ∑nin=0
6.2.2. Segunda lei de Kirchhoff 
A soma algébrica das forças eletromotrizes (f.e.m) em qualquer malha é igual a soma algébrica das quedas de potencial ou dos produtos iR contidos na malha. 
∑kEk=∑nRnin
6.3. Associação de Resistores 
Associação de Resistores é um circuito organizado de resistores utilizado quando se requer um nível de resistência mais elevado.
6.3.1. Associação de Resistores em Série
Na associação de resistores em série, os resistores são ligados em sequência e na mesma direção. Isso faz com que a corrente elétrica seja mantida ao longo do circuito, enquanto a tensão elétrica varia.
6.3.2. Associação de Resistores em Paralelo
Na associação de resistores em paralelo, os resistores são ligados de forma contínua na mesma direção. Isso faz com que a tensão elétrica seja conservada ao longo do circuito. Por esse motivo, a corrente elétrica deve ser dividida pelo circuito.
6.3.3. Associação de Resistores Mista
Na associação de resistores mista, os resistores são ligados em série e em paralelo. Para calculá-la, primeiro encontramos o valor correspondente à associação em paralelo e em seguida somamos aos resistores em série.
6.3.4. Configurações Estrela e Triângulo
É comum os resistores estarem ligados conforme as configurações estrela triângulo, estas configurações não se caracterizam nem como serie nem como paralelo, dificultando o cálculo de resistência equivalente. Na resolução de circuitos, precisamos aplicar conversões para facilitar ou permitir certos cálculos,como por exemplo, converter uma configuração estrela em triângulo e vice-versa.
Capítulo 7
7.1. Divisor de Tensão
Na associação série de resistores, vimos que a tensão da fonte de alimentação se subdivide entre os resistores, formando um divisor de tensão. 
A tensão Vi no resistor é dada por: 
Vi=Ri.I (I)
Mas a corrente I que passa pelos resistores em série vale: 
 I=E/Req (II)
Substituindo a equação (II) na equação (I), obtém-se a equação geral do divisor de tensão:
Vi=Ri/Req.E
No caso de um divisor de tensão formado por dois resistores, as equações de Vi e V2 são:
 Vi=Ri/R1+R2.E e V2=R2/R1+R2.E
 7.2. Divisor de Corrente
Na associação paralela de resistores a corrente fornecida pela fonte de alimentação se subdivide entre os resistores, formando um divisor de corrente.
Resistores em paralelo, temos: 
Ii=E/Ri (I)
Mas a tensão E aplicada a associação paralela vale: 
E=Req.I (II)
Substituindo (II) em (I), obtém-se a equação geral do divisor de corrente: 
Ii=Req/Ri.I
Quando o divisor de corrente é formado por dois resistores, podem-se deduzir facilmente as equações de I1 E I2, que ficam como segue:
I1=R2/R1+R2.I e I2=R1/R1+R2.I
7.3. Ponte de Wheatstone
A Ponte de Wheatstone é um circuito muito utilizado em instrumentação eletrônica, pois por meio dela é possível medir, além de resistência elétrica, diversas outras grandezas físicas, como temperatura, força e pressão. Para isso, basta utilizar sensores ou transformadores que convertam as grandezas a serem medidas em resistência elétrica.
Para equacionar a Ponte de Wheatstone, podemos desmembra-la em duas partes, um formando um divisor de tensão.
VA e VB são dadas por: 
VA=R2/R1+R2.E e VB=R4/R3+R4.E
Quando VAB=VA-VB=0, dizemos que a ponte se encontra em equilíbrio. Nesse caso, VA=VB, ou seja:
R2/R1+R2.E=R4/R3+R4.E => 
R2.(R3+R4)=R4.(R1+R2)=> 
R2.R3+R2.R4=R1.R4+R2.R4=> 
R2.R3=R1.R4
Portanto, a condição de equilíbrio da ponte é dada pela igualdade entre os produtos das suas resistências opostas. 
Capítulo 8
8.1. Gerador de Tensão
O gerador de tensão ideal consiste naquele que mantém a tensão na saída sempre constante, independente da corrente que fornece ao circuito que está sendo alimentado. 
	
A equação característica é a seguinte: Vs = E
Contudo, qualquer que seja o gerador, ele sempre apresenta perdas internas, fazendo com que, para cargas muito baixas ou correntes muito altas, a sua tensão de saída (Vs) caia.
Assim, o estudo do gerador de tensão real pode ser feito por meio de um modelo, no qual as suas perdas internas correspondem a uma resistência interna (Ri) em série com o gerador de tensão (E) supostamente ideal.
	A equação característica do gerador de tensão real leva em conta a perda, sendo descrita assim: Vs = E – Ri.l
Dessa forma, quanto menor a resistência interna do gerador de tensão, melhor será o seu desempenho.
8.1.1. Rota de Carga e Ponto Quiescente:
Quando uma carga Rt é ligada à saída do gerador, a corrente l e a tensão Vs podem ser obtidas graficamente pela interseção da reta de carga com a curva característica do gerador. Tal ponto é determinado ponto quiescente Q.
8.1.2. Rendimento:
O rendimento do gerador de tensão mede o seu desempenho. Ele é simbolizado pela letra (n), e corresponde à relação entre a sua tensão Vs e a sua tensão interna.
	N = Vs/E
8.1.3. Receptores Ativos:
Em um circuito elétrico formado por mais de um gerador de tensão, é possível que em algum deles a corrente entre pelo polo positivo e saia pelo negativo.
Assim, ao invés de elevar o potencial do circuito, a fonte provoca a sua queda, ou seja, ao invés de gerador, ela se comporta como um receptor ativo.
8.1.4. Gerador de Tensão Real Operando como Receptor Ativo:
Se considerar o gerador de tensão real operando como receptor ativo, a sua equação característica será:
	Vs: E + Ri.l
Portanto, a tensão de saída Vs será, maior do que a tensão em vazio E.
8.1.5. Fontes de Alimentação Eletrônicas:
As fontes de alimentação eletrônicas possuem, internamente, um circuito de estabilização de tensão, o que garante uma tensão de saída constante até um limite da corrente.
Isso significa que tais fontes funcionam como se fossem geradores de tensão ideais até esse limite de corrente.
A partir do referido limite, a tensão da fonte começará a cair, chegando a zero quando a sua saída está curto-circuitada.
Grande parte das atuais fontes de alimentação eletrônica possuem, ainda, uma proteção contra sobrecarga, bloqueando a corrente de saída quando isso ocorrer, evitando danificá-las.
8.1.6. Associação de Geradores de Tensão:
Os geradores de tensão podem ser associados em série, formando o que se denomina de bateria.
É isso que se faz com as pilhas quando se precisa de uma tensão maior para alimentar um circuito.
Em tal caso, o gerador equivalente pode ser representado por uma fonte interna equivalente e uma resistência interna equivalente.
	Eeq = E1 + E2 + E3...	e	Rieq = Ri1 + Ri2 + Ri3...
8.2. Máxima Transferência de Potência
A conceituação de máxima transferência de potência do gerador para a carga é muito útil, sendo bastante aplicado no estudo dos amplificadores e nos sistemas de comunicação.
	A carga que propicia a máxima transferência de potência pode ser calculada por:
Rt= E/lcc
8.3. Gerador de Corrente
O gerador de corrente, diferente do gerador de tensão, não é um equipamento muito utilizado, porém seu estudo é importante para o entendimento futuro de determinados dispositivos e circuitos eletrônicos.
O gerador de corrente ideal trata-se daquele que fornece uma corrente sempre constante, independente da carga alimentada, ou seja, para qualquer tensão V na saída.
	A equação característica do gerador de corrente real que leva em consideração a perda é dada por: Is = Ig – V/Ri
Portanto, quanto maior a resistência interna do gerador de corrente, melhor é o seu desempenho.
	O rendimento (n) do gerador de corrente, que mede o seu desempenho, é a relação entre a sua corrente de saída (ls) e a sua corrente a sua corrente interna lg: n = ls/lg
Por fim, os geradores de tensão e de corrente são considerados equivalentes quando ambos possuem a mesma resistência interna e fornecem a mesma tensão ou a mesma corrente a uma mesma carga.
CONCLUSÃO 
Chama-se corrente elétrica o fluxo ordenado de elétrons em uma determinada seção. A corrente contínua tem um fluxo constante, enquanto a corrente alternada tem um fluxo de média zero, ainda que não tenha valor nulo todo o tempo. Esta definição de corrente alternada implica que o fluxo de elétrons muda de direção continuamente. 
O fluxo de cargas elétricas pode gerar-se em um condutor, mas não existe nos isolantes. Alguns dispositivos elétricos que usam estas características elétricas nos materiais se denominam dispositivos eletrônicos.
A eletricidade (português brasileiro) ou eletricidade (português europeu) (AO-1990: eletricidade) é um fenômeno físico originado por cargas elétricas estáticas, ou em movimento, e por sua interação. Quando uma carga se encontra em repouso, produz forças sobre outras situadas à sua volta. Se a carga se desloca, produz também campos magnéticos. Há dois tipos de cargas elétricas: positivas e negativas. As cargas de nome igual (mesmo sinal) se repelem e as de nomes distintos (sinais diferentes) se atraem.  A eletricidade se origina da interação de certos tipos de partículas subatômicas. A partícula mais leve que leva carga elétrica é o elétron, que -- assim como a partícula de carga elétrica inversa à do elétron, o próton --, transporta a unidade fundamental de carga (1,60217646x10 − 19C). Cargas elétricas de valor menor são tidas como existentes em subpartículasatômicas, como os quarks.

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