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PROCESSO DE REPARAÇÃO TECIDUAL E REPARAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO DO ALVÉOLO DENTAL APÓS A EXODONTIA

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
PROCESSO DE REPARAÇÃO TECIDUAL E REPARAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO DO ALVÉOLO DENTAL APÓS A EXODONTIA
PROCESS OF TISSUE REPAIR AND REPAIR OF BONE TISSUE OF DENTAL ALVÉOLO AFTER EXODONTIA
Resumo: O processo de cicatrização de feridas é complexo. Existem alguns tipos de respostas do tecido dental que envolve as seguintes fases: fase inflamatória, fase proliferativa (que incluem reepitelização, síntese da matriz e neovascularização) e fase de maturação Para tanto, é indispensável melhor compreensão do processo biológico envolvido na cicatrização de feridas e regeneração tecidual. A Regeneração é a organização tecidual com substituição das células mortas ou lesadas por novas células, idênticas às originais. Utilizou-se como metodologia uma revisão bibliográfica do tipo descritiva com abordagem qualitativa baseada em materiais publicados e livros disponibilizados na biblioteca Nossa Senhora das Mercês. Faz-se necessário compreender cada etapa do processo de cicatrização para que se oferte um atendimento mais preciso ao paciente e reduza as complicações no pós-operatório.
Palavras-chaves: Cicatrização de feridas. Reparação alveolar. Extração dentária.
Abstract – The process of wound healing is complex. There are some forms of dental tissue response that evolve in early stages: inflammatory phase, reepithelialization phase, matrix synthesis and neovascularization and maturation phase. tissue regeneration. Regeneration is a tissue organization with cells dead or damaged by new cells, identical to the original ones. It is used a descriptive type bibliographical approach with a qualitative approach in materials and available in the “Nossa Senhora das Mercês” library. The evaluation process is a more early process for the cicatrization process, so that the care is more precise and the patient as complications in the postoperative period.
Keywords: Wound healing. Bone repair. Tooth extraction.
INTRODUÇÃO
O processo de cicatrização de feridas é complexo. Existem alguns tipos de respostas do tecido dental que envolve as seguintes fases: fase inflamatória, fase proliferativa (que incluem reepitelização, síntese da matriz e neovascularização) e fase de maturação Para tanto, é indispensável melhor compreensão do processo biológico envolvido na cicatrização de feridas e regeneração tecidual. (SINGER, 1999)
A Regeneração é a organização tecidual com substituição das células mortas ou lesadas por novas células, idênticas às originais. A mesma promove a restituição da integridade anatômica e funcional do tecido. A formação do coágulo sanguíneo é a primeira ocorrência histológica a se observar após a exodontia, além da migração das células da inflamação responsáveis por todo processo de cicatrização. (UNESP, 2013)
Após o processo de cicatrização têm-se a fase proliferativa que se organiza em: fibroplastia, neo-angiogênese e epitelização. Acontece então o fechamento da lesão aproximadamente no 3º dia. Após três semanas inicia-se a fase da maturação onde o colágeno e as proteoglicanas são depositados como alternativa para recuperar a estruturação tecidual normal. Esse processo dura enquanto houver a ferida. (TAZIMA et al, 2008). 
O objetivo dessa revisão de literatura foi compreender o processo de reparação tecidual, cicatrização e reparação do tecido mole pós-cirurgia de exodontia.
METODOLOGIA
	Trata-se de um estudo secundário, uma vez que estabeleceu conclusões a partir de estudos primários, que já foram publicados na literatura. Foi realizada uma revisão bibliográfica do tipo descritiva com abordagem qualitativa. A pesquisa abrange o tema reparação tecidual e reparação do tecido mole/ósseo do alvéolo dental após a exodontia. 
	A pesquisa do tipo descritivo observa, registra e analisa fenômenos, sem manipulá-los. Procura descobrir a frequência, sua natureza, características e sua relação com outros fenômenos. A abordagem qualitativa se preocupa, com as ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado, apenas analisado e estudado (MINAYO, 2010).
REVISÃO DE LITERATURA
	No processo de reparo acontece a cura de lesões teciduais e pode ocorrer por regeneração ou cicatrização. Quando há a regeneração o tecido morto é substituído por outro morfofuncionalmente idêntico. Já o processo de Cicatrização compreende um tecido neoformado que origina do estroma e substitui o tecido perdido. (BARROS, SCHNEIDER, 2013)
	O epitélio ferido tem uma capacidade regenerativa geneticamente programada que permite restabelecer a sua integridade através da proliferação, migração e de um processo conhecido como inibição por contato. (BARROS, SCHNEIDER, 2013)
Para Carvalho e Okamoto (1987) o processo de reparo em feridas de extração dental, nada mais é que o conjunto de reações teciduais desencadeadas no interior do alvéolo, em seguida a exodontia. O objetivo do organismo é preencher o alvéolo por tecido ósseo. Consideram-se quatro fases fundamentais na evolução do processo de reparação alveolar: proliferação celular, desenvolvimento do tecido conjuntivo, maturação do tecido conjuntivo e diferenciação do tecido ósseo. 
	O processo de reparação alveolar dental é notado em seguida a exodontia. Em primeiro momento o alvéolo é preenchido por sangue que advém do rompimento dos vasos do ligamento periodontal e do feixe vascular do dente. Onde se encontrava a porção radicular do dente, encontra-se então o coágulo sanguíneo que servirá para a cicatrização. (CARDAROPOLI et al, 2003)
O processo de cicatrização da ferida é composto por três etapas básicas que, embora não se excluam, ocorrem na seguinte sequência: inflamatória, fibroplasia e remodelação. (BOGLIOLO, 2013)
Na etapa inflamatória ocorre a momentânea lesão tecidual e, na ausência de fatores que prolonguem a inflamação, dura de 3 a 5 dias. Entre os eventos vasculares nota-se a vasoconstrição que acontece para diminuir o fluxo sanguíneo na área da lesão, promovendo a coagulação. A fase celular é onde acontece a ativação do complemento sérico por trauma dos tecidos. Os glóbulos brancos entram no alvéolo para remover bactérias contaminantes da área e começam a quebrar todos os detritos, tais como fragmentos de ossos que são deixados nos alvéolos. (BOGLIOLO, 2013)
Os fios de fibrina que são derivados da coagulação sanguínea apresentam-se na ferida. Nesse momento há o reparo da ferida. Os fibroblastos darão origem à produção de colágeno no terceiro ou quarto dia pós-lesão, o mesmo também secreta a fibronectina que atua no reconhecimento de material estranho que deve ser expulso pelo sistema imunológico. O epitélio migra por toda parede do alvéolo até atingir um nível em que entre em contato com o epitélio do outro lado do alvéolo ou encontre a cama de tecido de granulação. Os osteoclastos acumulam-se ao longo da crista óssea. (HUPP, 2015)
A fase final do reparo da ferida é definida como maturação. Neste instante, fibras de colágeno são substituídas, a resistência da ferida aumenta lentamente. A vascularização decai juntamente com o eritema. Somente de 4 a 6 meses após uma extração é que o osso cortical reveste o alvéolo, em geral, totalmente reabsorvido; isto é reconhecido radiograficamente. Como o osso preenche o alvéolo, o epitélio move-se em direção à crista e, eventualmente, encontra-se em nível com a gengiva da crista adjacente. (TEN CATE, 2001)
Quando há remoção de um dente, o restante de um alvéolo vazio consiste em um osso cortical coberto por ligamentos periodontais dilacerados, com um aro do epitélio bucal (gengiva) deixado na porção coronária. (TEN CATE, 2001)
A reparação é definida pela regeneração tecidual, que resulta em restauração integral da forma e função. Na hora em que se executa um procedimento cirúrgico ósseo, a formação do coágulo, resíduos celulares e matriz óssea são reabsorvidas, iniciando assim a proliferação de tecido conjuntivo a partir de células do periósteo, que resulta na constituição de tecido ósseo imaturo, que posteriormente será aprimorado e firmado em tecido ósseo maduro (Junqueira & Carneiro,2005).
Há diferença entre o ferimento provocado na pele por uma incisão e o proveniente de uma extração dentária, no qual o ultimo apresenta uma perda maior de tecido mole. Ainda assim o processo de reparo possui os mesmos mecanismos básicos já descritos. Cerca de 12 semanas após do procedimento o local da extração não pode mais ser localizado. (Clark, 1996)
Alguns fatores podem causar prejuízo à cicatrização de feridas, Hupp (2015) cita: presença de corpos estranhos que podem ser bactérias e sujeiras provenientes, por exemplo, da alimentação; necrose tecidual que serve como uma barreira contra o crescimento interno de células reparadoras e espaço ideal para crescimento de bactérias.
Siqueira Jr. e Dantas (2000) pressupõe que o objetivo do reparo tecidual é restaurar a continuidade entre as margens da ferida mantendo as características morfofuncionais do órgão ou tecido afetado. 
CONCLUSÃO
Acerca do que fora exposto observou-se como acontecem os processos de reparação tecidual /tecido mole /óssea após a exodontia no alvéolo dental. Esse estudo é oportuno e atual uma vez que mesmo que seja largamente estudado ainda há muito desconhecimento nesta área. Faz-se necessário compreender cada etapa do processo de cicatrização para que se oferte um atendimento mais preciso ao paciente e reduza as complicações no pós-operatório. 
BIBLIOGRAFIA
Barros CC, Schneider A. Patologia Geral. Regeneração e cicatrização. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/patogeralnutricao/files/2013/05/Regenera%C3%A7%C3%A3o-e-Cicatriza%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em 15/11/2018. 
Bogliolo, L. Patologia Geral. [editado por] Geraldo Brasileiro Filho – 5º ed. Rio de Janeiro. 2013. 
Broughton G, 2nd, Janis JE, Attinger CE. Wound healing: an overview. Plast Reconstr Surg 2006; 117(7 Suppl):1e-S-32e-S.
Carrel A. The treatment of wounds. 1910.
Clark, RAF. The molecular and Cellular Biology of Wound Repair. New York, Plenum. 1996
Junqueira & Carneiro. Biologia Celular e Molecular. 8º ed. Saraiva – 2005.
Minayo MCS. Teoria, Método e criatividade. 24º edição. Editora Vozes, 2010. 
Hupp JR, Ellis E, Tucker MR. Cirurgia oral e maxilofacial. 6º edição. Rio de Janeiro – Elsevier, 2015. 
Unesp. Reparação dos tecidos bucais. Disponível em: http://www.foa.unesp.br/include/arquivos/foa/dppc/files/Patologia%20Geral/reparacao-dos-tecidos-bucais.pdf. Acesso em: 14/11/2018.
Unicamp. Áreas de Semiologia e Patologia. Disponível em: https://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un4_Reparacao.pdf. Acesso em: 14/11/2018. 
Pereira JA, Carvalho ACP, Okamoto T. Osteotomia com brocas acionadas por micromotor e Alta rotação em mandíbulas de cães. Rev. Odont. UNESP, São Paulo, 1987. 
Singer AJ, Clark RA. Cutaneous wound healing. N Engl J Med. 1999
Siqueira JR, Dantas CJS. Reparação tecidual: Aspectos biodinâmicos. Mecanismos Celulares e Moleculares da Inflamação. Rio de Janeiro, 2010. 
Tazima MFGS, Vicente YAMVA, Moriya T. 2008. Biologia da ferida e cicatrização. Medicina (Ribeirão Preto). 41(3): 259-64.

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