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Resumo EMBRIOLOGIA prova II Aula 1 – Gastrulação Definição: Processo que leva à formação das três (human) camadas germinativas. Envolve variados movimentos celulares (mudanças no formato, rearranjo, movimento e alteração na adesão celular contribuem para o processo) O disco embrionário bilaminar é convertido em trilaminar Classificação de acordo com as camadas germinativas ou estruturas geradas pelo processo de gastrulação. Camadas germinativas: Diploblastos: ectoderma e endoderma. Mesogléia Triploblastos: ecto, endo e mesoderma Protostomo: boca derivada do blastoporo Deuterostomo: boca não derivada do blastoporo Ectoderma – epiderme, SNC e SNP, olhos, cels da crista neural e tecidos conjuntivos da cabeça. Endoderma – revestimento epitelial dos tratos respiratório e gastrointestinal. Mesoderma – somitos, músculos, cels sanguíneas, órgãos do sist. reprodutor, excretor e cardiovascular e tecidos conjuntivos do tronco. Estágio Filotípico: fase do desenvolvimento durante a qual as espécies que compõem um filo são particularmente semelhantes. Modelo da ampulheta (hourglass model of morphological divergence) C A B C Estágio filotípico tardio. Diferença na expressão gênica que é ligada à morfologia. A variabilidade não afeta tanto o desenvolvimento, então há várias possibilidades (morfologia diferente). B Ainda não é possível diferenciar as espécies morfologicamente. Processos são interdependentes e os genes usados são similares A Nas etapas precoces, não há tanta pressão, é só chegar na próxima fase. Estabelecimento de eixos. Morfogênese: células individuais fazem movimentos complexos que geram os rudimentos dos órgãos. A gastrulação é o primeiro passo da morfogênese. Relembrando... A massa celular interna (embrioblasto) dará origem ao embrião, acompanhada da bolsa com vitelo, alantóide e âmnio. Epiblasto: cavidade amniótica e hipoblasto: saco vitelinico. VAMOS LA Primeiro sinal morfológico da gastrulação é a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco embrionário. Essa linha é resultante da proliferação e movimento das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. A linha se alonga pela adição de cels na sua cauda, formando o nó primitivo. Um sulco se desenvolve na linha e é contínuo com uma depressão no nó, a fosseta primitiva. Obs1: Assim que a linha primitiva aparece, da para identificar o eixo craniocaudal, as extremidades cefálica e caudal, as superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo do embrião. Obs2: O sulco e a fosseta resultam da invaginação das cels epiblásticas. Após o aparecimento da linha primitiva, as cels migram da superfície profunda e formam o mesênquima. O mesênquima forma os tecidos de sustentação do embrião. Uma parte do mesênquima forma o mesoblasto ou mesoderma embrionário. Ou seja, a linha acaba formando mesoderma. As cels do epiblasto e do nó primitivo deslocam o hipoblasto, formando o endoderma embrionário no teto da vesícula umbilical. As cels que permaneceram no epiblasto formam o ectoderma embrionário. Obs: Nomes possíveis para nó primitivo = Galinha – nó de hensen; Anfíbios – lábio dorsal do blastóporo Definir o Destino das células e tecidos formados durante a gastrulação: Mapa de Destino: marcadores, vírus – para descobri o destino da célula Transplantes: Pode-se identificar estruturas que controlam um processo morfogenético. Ex: Transplante de Organizador de Spemann ver Mutagênese Pode-se identificar genes que controlam processos específicos da gastrulação Expressão Diferencial: Hibridização in situ - Permite caracterizar o padrão de expressão gênica, ajudando a entender espaço-temporalmente a função do gene. Usa fluoroforo -mutilação Spemann e Mangold retiraram o lábio dorsal do blastóporo de um embrião de tritão de cor clara e o transplantaram no abdômen, ou lado ventral, de um embrião de tritão de cor escura. Normalmente, o tecido transplantado se transformaria em pele no abdômen do tritão, o lado ventral. Entretanto, quando o pedaço do lábio dorsal do blastóporo foi transplantado, suas células migraram para dentro, criando um segundo local de gastrulação funcional, oposto ao normal. Uma nova placa neural — a precursora da medula espinhal e do cérebro — apareceu nesse segundo local de gastrulação. Ao final, um segundo tritão inteiro foi formado a partir do abdômen do original! Aula 2 – Neurulação Quais os desafios que as células encontram para que possam gerar um sistema nervoso organizado funcional? - Diferenciar ectoderma neural de não neural - Controlar a diferenciação de células neurais, e subsequente diferenciação de neuroblastos, glioblastos, etc. - Organização especial: distribuição de células em domínios com diferentes funções; formação da rede de conexões neurais. 1- Formação da placa neural 2- Curvatura da placa neural 3- Fechamento do sulco neural Ectoderma dá origem à placa neural, tubo neural e neural crest Formação da placa neural: Crescimento apico-basal das células ectodérmicas culminando no espessamento dessa camada de céls. Curvatura da placa neural: Pregas neurais se formam nas margens da placa neural Fechamento do sulco neural (fica um buraco - formação do Tubo Neural): Adesão entre as pregas neurais de cada lado e formação de duas camadas epiteliais separadas: 1- “teto” do tubo neural 2- ectoderma de superfície Obs: simultaneamente, na interface entre essas camadas epiteliais derivam as células da CRISTA NEURAL (origem a Melanócitos (células pigmentadas), Neurônios, Glia, Cartilagens faciais, Ossos faciais e Nervos cranianos). A crista neural truncal expressa genes Hox A crista neural cefálica NÂO expressa genes Hox Ectoderma não neural: Epiderme (E-caderina) Ectoderma Neural: Sistema Nervoso (N-caderina) Diferenciação: (VIA DE NOTCH – Drosofila) Notch é um receptor localizado na membrana celular que, quando ativado, faz a célula produzir proteínas que inibem a própria diferenciação ou a fazem seguir um caminho de desenvolvimento diferente da célula que a inibiu A sinalização pelo receptor Notch ocorre na dependência de contato célula-célula num processo chamado inibição lateral. NOTCH - possibilita a diferenciação de determinadas células e garante que suas vizinhas não sigam pelo mesmo caminho. FORMAÇÃO DOS SOMITOS. Durante a formação da notocorda e do tudo neural o mesoderma intraembrionário se espessa e passa a se chamar de mesoderma intraembrionário paraxial. O mesoderma paraxial se comunica com o mesoderma lateral através do mesoderma intermediário. O mesoderma lateral se comunica com o mesoderma extraembrionário. Próximo ao fim da terceira semana o mesoderma paraxial se diferencia em estruturas mais rígidas, os somitos, que darão origem aos corpos vertebrais das vértebras. A placa lateral se diferencia em: Somatopleura (perto do ectoderma) e esplanulopleura (perto do endoderma). Da aula (slide): Mesoderma paraxial, placa segmentar. Se formam periodicamente, a partir de somitômeros. Noggin induz formação de somitos (pode até induzir no mpl). (BMPs subdividem mesoderma no eixo DV). Número varia segundo a espécie. Periodicidade controlada por Notch. A) Como é definido o mesoderma somítico (paraxial)? O mesoderma paraxial não tem sinalização BMP A expressão de noggin na região paraxial inibe BMP, permitindo a somitogênese 1) Aquisição da identidade de mesoderma paraxial. Células progressivamente adicionadas à cauda posterior do embrião formando o mesoderma pré- somitico (PSM) 2) Pré-padronização segmentar, ondas cíclicas de expressão gênica no PSM anterior (Aquisição de metamerização pelo relógio de segmentação) 3) A partir do padrão anterior o segmento morfológico (somito) é formado, a) Aquisição de polaridade rostro-caudal (importante para recombinação de somitos) b) Estabelecimento de barreira morfológica c) Subdivisão esclerótomo dermomiótomo d) Aquisição de identidade posicional imposta porgenes Hox A) Como é definido o mesoderma somítico (paraxial)? O mesoderma paraxial não tem sinalização BMP A expressão de noggin na região paraxial inibe BMP, permitindo a somitogênese B) O que gera a periodicidade da somitogênese? Expressão do Gene hairy (fator de transcrição) O gene hairy1 é expresso periodicamente no mesoderma pré- somítico O “relógio” interno serviria para : 1) Definir o grupo de células que farão parte do mesmo somito 2) Definir o momento da formação de um somito A formação antero-posterior de somitos é determinada por uma “maré” de FGF gerada pela região mais posterior do embrião. Mesoderma pré-somítico= nhoque antes de cortar Frequência de corte da faca= ciclo de hairy Velocidade de passagem do tubo de massa de batata= FGF Perda de genes Hox específicos geram perdas de segmentos vertebrais específicos O ácido retinóico determina o padrão de expressão de Hox nos somitos Pergunta 2: Como é determinado onde serão formados os membros? Depende de onde os genes Hox são expressos. As partes rostral e caudal de um futuro somito tem propriedades particulares: Somente a região anterior de um futuro somito é capaz de induzir uma nova borda
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