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ROTEIRO DE ESTUDO FINAL Arquitetura livros

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PUC MINAS 
CURSO: ARQUITETURA & URBANISMO 
DISCIPLINA: FILOSOFIA II – Tópico especial em Antropologia e Ética 
PROFESSORA: Simone Von Randow 
ATIVIDADE: Estudo de textos - Valor 10 pontos DATA: 27/11/2018 
ALUNO (A): Júlia Pereira Duarte 
 
OBRAS DE REFERENCIA PARA CONSULTA: 
1) Livro: Amor Liquido – Zigmunt Bauman. Capitulo 1: “Apaixona-se e desapaixonar-se” (pag. 14 a 40). * 
Arquivo disponível em PDF no SGA. http://static.tumblr.com/jh0avtj/8xdooienw/amor_liquido_-
_zygmunt_bauman.pdf 
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=LcHTeDNIarU 
 
2) Livro: “Uma breve história da humanidade – Sapiens”. Yuval Noah Harari Parte 4 - Capitulo 20 (pags 191 a 
201)- : “O fim do homo Sapiens”. 
http://download.baixelivros.biz/Sapiens%20Uma%20Breve%20Hist%C3%B3ria%20da%20Humanidade%2-
%20Yuval%20Noah%20Harari.pdf 
Vídeo: https://www.ted.com/talks/yuval_noah_harari_what_explains_the_rise_of_humans?language=pt-br 
 
3) Livro: “As Concexões ocultas – Ciência para uma vida sustentável” – Fritjof Capra. Cap. 7 “Virando o jogo”.. 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/112938/mod_resource/content/1/FritjofCapraAsconexesocultas.p
df 
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=nj72c4ragyc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE TEXTO 
 
1. Como Zigmunt Bauman define amor líquido? 
Amor líquido é um amor “até segundo aviso”, o amor a partir do padrão dos bens de consumo: 
mantenha-os enquanto eles te trouxerem satisfação e os substitua por outros que prometem ainda 
mais satisfação. O amor com um espectro de eliminação imediata e, assim, também de ansiedade 
permanente, pairando acima dele. Na sua forma “líquida”, o amor tenta substituir a qualidade por 
quantidade — mas isso nunca pode ser feito, como seus praticantes mais cedo ou mais tarde acabam 
percebendo. É bom lembrar que o amor não é um “objeto encontrado”, mas um produto de um longo e 
muitas vezes difícil esforço e de boa vontade. 
 
2. Qual o paradoxo presente na definição de “homem sem vínculos” numa sociedade conectada 
e on-line 24hrs? 
Para Bauman, o que os “shopping centers” fizeram pelas tarefas da sobrevivência diária é o mesmo 
que o namoro pela internet tem feito pela negociação de parceria. Os shopping centers são o usufruto 
de uma espécie de templo capitalizado, onde se vai e sacia as necessidades. Mas, tal como o alívio da 
necessidade e as pressões da “pura sobrevivência” eram condições necessárias para o sucesso dos 
shopping centers, assim também, o namoro pela internet dificilmente teria êxito se não tivesse sido 
ajudado e favorecido por terem sido eliminados da lista de suas condições necessárias ao 
engajamento full-time, o compromisso e a obrigação “de estar à disposição quando o outro precisa”. A 
incessante busca pela internet no âmbito das relações provoca questionamentos e causa curiosidades 
acerca do misterioso campo da virtualidade. O distanciamento físico entre as pessoas, a troca do 
mundo concreto pela dimensão não real, a inclinação ao campo do imaginário, da idéia projetada do 
outro, onde “as mensagens se trocam, mas as pessoas em si não se trocam concretamente”, essa é a 
forma de relação que vem caracterizar a contemporaneidade. 
No entanto, diante desse cenário, torna-se impossível dissociar essa tendência 
cybernética das relações, dos conflitos que integram praticamente todas elas. Essa discussão causa 
curiosidades e incita a busca pela compreensão sobre o uso do espaço virtual em troca da dimensão 
conflituosa dos laços e da convivência humana, que se dá mais enfaticamente no mundo concreto das 
relações. 
 
3. Explique as formas de perversão do amor apresentados no texto. 
Há duas "perversões divergentes": 
 Perversão do comodismo: “...devido à preguiça, ao medo ou a uma propensão à acomodação 
no relacionamento, consiste simplesmente em tentar agradar um ao outro enquanto continua 
fugindo do problema”. É como se o relacionamento deixasse de ser comprometimento para ser 
um puxa-saquismo reciprocamente conveniente. 
 Perversão de mudar os outros: o desejo aparece novamente. Trata-se do desejo de mudar os 
outros, haja vista que “temos opiniões definidas sobre como fazer as coisas e sobre como os 
outros deveriam ser”. É um autoritarismo que realmente não combina com amor, pois este 
respeita a liberdade. 
 
4. Explique as diferenças entre amor, desejo e impulso. 
Desejo é vontade de consumir. Absorver, devorar, ingerir e digerir — aniquilar, já o amor é o oposto, é 
a vontade de cuidar, e de preservar o objeto cuidado. Um impulso 
centrífugo, ao contrário do centrípeto desejo. Um impulso de expandir-se, ir além, alcançar o que "está 
lá fora". Ingerir, absorver e assimilar o sujeito no objeto, e não vice-versa, como no caso do desejo. 
Amar é contribuir para o mundo, cada contribuição sendo o traço vivo do eu que ama. No amor, o eu é, 
pedaço por pedaço, transplantado para o mundo. O eu que ama se expande doando-se ao objeto 
amado. Amar diz respeito a auto-sobrevivência através da alteridade. E assim o amor significa um 
estímulo a proteger, alimentar, abrigar; e também à carícia, ao afago e ao mimo, ou a — 
ciumentamente — guardar, cercar, encarcerar. Amar significa estar a serviço, colocar-se à disposição, 
aguardar a ordem. Mas também pode significar expropriar e assumir a responsabilidade. Domínio 
mediante renúncia, sacrifício resultando em exaltação. O amor é irmão xifópago da sede de poder —
nenhum dos dois sobreviveria à separação. Se o desejo quer consumir, o amor quer possuir. Enquanto 
a realização do desejo coincide com a aniquilação de seu objeto, o amor cresce com a aquisição deste 
e se realiza na sua durabilidade. Se o desejo se autodestrói, o amor se autoperpetua. 
 
5. Na lógica capitalista é preciso criar sempre novas demandas de consumo. Como essa lógica 
têm interferido nas relações pessoais? 
A visão do relacionamento como uma transação comercial, é insegura. Relacionamentos são 
investimentos, porém, quando nós os adquirimos, juramos ser fiel para sempre nos momentos de 
glória e de fracasso até mesmo quando prêmios maiores podem estar logo ali ao lado, ou abrimos mão 
e damos oportunidade para outro? 
Os bons acionistas, fiscalizam a todo momento como está o mercado de capitais, para saber se ainda 
compensa manter as ações ou desfazer-se delas. É assim também com os relacionamentos, porém a 
decisão que tomamos, precisamos seguir dia após dia por conta própria, mesmo que cometamos um 
equívoco, pois não temos o direito de colocar a culpa em alguma informação equivocada, afinal de 
contas, quem tomou a decisão foi exclusivamente você! 
 
6. Porque, segundo Bauman, o modelo de relação estabelecido no ambiente das redes 
compromete nossa humanidade e nossa capacidade de amar? 
No mundo líquido moderno, carregado de ambivalências, a opção ou a coragem e liberdade para se 
dedicar à experiência de amar outra pessoa e assim correr o risco de perder-se (compreendendo que o 
ser humano vem se configurando por ser individualista) neste amor e ter que reconfigurar-se (hábitos, 
costumes, opções de consumo, capacidade de crédito) abrindo mão de tão valorizadas (pela 
sociedade) aquisições. Amar significa abrir-se ao destino, a mais sublime de todas as condições 
humanas, em que o medo se funde ao regozijo num amálgama irreversível. Abrir-se ao destino 
significa, em última instância, admitir a liberdade no ser: aquela liberdade que se incorpora no Outro, o 
companheiro no amor. (BAUMAN, 2004, p.21) 
São generalizados, na sociedade líquida consumista, o culto ao prazer passageiro, a satisfação 
instantânea, resultados que não exijam esforços prolongadoscomo a experiência de amor que só pode 
ser satisfeita com a satisfação do outro, com cumplicidade 
e parceria. 
 
7. Quais argumentos (e exemplos) Yuval Noah Harari apresenta para explicar como a seleção 
natural está sendo substituída pelo design inteligente? 
Harari acreditava que o Homo Sapiens tinha implicações, não importavam seus esforços e conquistas, 
eles ainda sim eram incapazes de se libertar de seus limites determinados biologicamente, porém isso 
mudou no século XXI, quando o Homo Sapiens está transcendendo esses limites, começando a 
quebrar as leis da seleção natural, substituindo-as pelas leis do design inteligente. 
Ele cita o exemplo da Alba, a coelha verde fluorescente, que foi criada por Eduardo Kac, um bioartista, 
que tinha por objetivo criar uma nova obra de arte. Os cientistas implantaram então o gene de uma 
água viva verde fluorescente em um embrião de uma coelha branca, e assim nascer a Alba. 
Ele acredita que "se a humanidade não aniquilar a si mesma", essa revolução pode se tornar um 
grande marco para a história, podendo a mais importante revolução biológica desde o surgimento da 
vida na Terra. 
 
 
8. Explique em que consiste o projeto Gilgamesh e quais as implicações éticas desse projeto. 
O Projeto Gilgamesh, consiste em encontrar a busca pela imortalidade, e a busca da cura de uma das 
últimas doenças que falta curar, a morte. 
Para mapear o primeiro genoma humano, foram necessários 15 anos e 3 bilhões de dólares. Hoje, 
podemos mapear o DNA de uma pessoa em poucas semanas e ao custo de algumas centenas de 
dólares. A era da medicina personalizada – que associa tratamentos com DNA – começou. Seguindo 
assim o caminho perfeito da medicina mediante à nós. Porém, com esses avanços, alguns especialistas 
éticos e jurídicos estão criando debates com a questão da privacidade do DNA. Levantando algumas 
dúvidas e questionamentos, entre eles: Será que as empresas no ramo de seguro-saúde, poderão 
solicitar um mapeamento do nosso DNA? Ou até mesmo aumentar o valor se descobrirem uma 
tendência genética a comportamentos imprudentes? Ao invés de enviarmos o currículo seriamos 
solicitados a enviar nosso material genético? E com isso teríamos preferência ou desvantagens na hora 
da seleção? 
Esses são alguns dos questionamentos e dilemas pelas implicações éticas, sociais e políticas do projeto 
Gilgamesh. 
 
9. O que é Projeto Genoma? Quais riscos éticos ele apresenta? 
O Projeto Genoma consiste em mapear o DNA de uma pessoa, podendo assim saber o risco de ter 
alguma doença, o uso de um determinado medicamento, etc... é um trabalho conjunto realizado por 
diversos países visando desvendar o código genético de um organismo (podendo ser animal, vegetal, 
de fungos, bactérias ou de um vírus). 
Com a conclusão do Projeto Genoma Neandertal, do professor George Church, da Universidade 
Harvard, podemos agora implantar o DNA reconstruído de um neandertal no óvulo de uma sapiens, 
produzindo, assim, a primeira criança neandertal depois de 30 mil anos. Mas para que precisamos de 
neandertais? Alguns afirmam que, se pudéssemos estudar neandertais vivos, conseguiríamos responder 
a algumas das perguntas mais insistentes sobre as origens e a singularidade do Homo sapiens. Ao 
comparar o cérebro de um neandertal com o de um Homo sapiens e mapear onde suas estruturas 
diferem, talvez possamos identificar que mudança biológica produziu a consciência tal como a 
experimentamos. Há também uma razão ética – alguns argumentam que, se o Homo sapiens foi 
responsável pela extinção dos neandertais, tem um dever moral de ressuscitá-los. E ter alguns 
neandertais por perto pode ser útil. Uma porção de industrialistas ficaria feliz em pagar um neandertal 
para fazer o trabalho braçal de dois sapiens. 
 
10. Faça uma análise: “O verdadeiro potencial das tecnologias futuras é transformar o próprio 
Homo Sapiens”. O que definiria o fim do homo sapiens? 
A ciência e a tecnologia evoluem a um ritmo sem precedentes, alterando até mesmo a forma na qual 
nos relacionamos. As máquinas deixam de estar confinadas ao trabalho mecânico e invadem todos os 
aspetos do nosso dia a dia. O nosso estilo de vida está a mudar, com uma ligação cada vez mais intensa 
a dispositivos que não se limitam, como antigamente, a replicar o trabalho braçal. 
Já atingimos uma tecnologia tão vasta que já vimos que é possível criar braços biônicos capazes de ter 
conexões e transmissões com o cérebro humano e são mais fortes do que os biológicos, como Harari 
cita no livro. Segundo ele, nas próximas décadas “vamos nos converter em deuses”, já que “adquiriremos 
habilidades que tradicionalmente pensava-se ser habilidades divinas”; em particular, capacidades para 
a engenharia ou para criar vida. “Da mesma forma que Deus criou animais, plantas e humanos de acordo 
com seus desejos, segundo a Bíblia, no século XXI nós provavelmente aprenderemos a desenhá-los e 
fabricá-los de acordo com os nossos”. 
A engenharia genética será usada para criar novos tipos de seres orgânicos, interfaces cérebro-
computador para cyborgs e “podemos ter inclusive êxito na criação de seres completamente 
inorgânicos”, opina este historiador, que resume: “Os principais produtos da economia do século XXI 
não serão os têxteis, veículos e armas, mas mais bem corpos, cérebros e mentes”. 
Isto não só será uma das maiores revoluções da história, mas a maior revolução da biologia, segundo 
Harari, que denomina os “descendentes” do Homo sapiens como Homo Deus por seus “poderes divinos 
de criação e destruição”. 
 
11. Diante de um novo paradigma, defendido por Fritjof Capra, explique seus conceitos 
fundamentais: 
 
11.1) Concepção Sistêmica: 
Capra aponta em seu livro, o grande paradigma da sociedade atual: um crescimento ilimitado num 
planeta finito é impossível. Se os recursos são finitos, o ciclo de produção e consumo não pode ser 
aberto; ele necessariamente precisa ser fechado. Isso significa mudar nossa atual concepção de 
descarte do que utilizamos e aprender a lição ensinada pela natureza: o que é resíduo de um ciclo é 
matéria-prima para outro. Essa mentalidade faz parte do pensamento sistêmico da vida; onde todos 
influenciam o meio ambiente ao mesmo tempo em que sofrem influência dele. Em uma sociedade guiada 
por esse conceito, não existe lugar para egoísmo e individualismo, apenas a colaboração e a 
coletividade. E para disseminar essa mudança de consciência, um processo bastante lento, que envolve 
gerações e gerações, o autor criou o Center for Ecoliteracy (Centro para Ecoeducação – em tradução 
livre). Um projeto educacional, focado no ensino do pensamento sustentável e sistêmico. Eles definem 
o projeto da seguinte maneira: “Nós acreditamos que a escola tem um papel crucial em nos guiar para 
além da atual crise do meio ambiente na direção de uma sociedade sustentável. Nós reconhecemos o 
ensino sustentável como um processo que fomenta a vida abundante em um planeta finito, dando vida 
ao ensino e aprendizado.”. 
Através de parcerias com grandes instituições de ensino no mundo, eles estão conseguindo, aos poucos, 
disseminar as ideias de uma sociedade verdadeiramente sustentável. 
"O pensamento sistêmico é 'contextual', que significa o oposto do pensamento analítico. Análise significa 
separar as partes e considerar isoladamente uma delas para entendê-la; o pensamento sistêmico 
significa colocá-la no contexto de uma totalidade maior. 
 
 
 
11.2) Rede: 
Como podemos observar, nossa sociedade civil caracteriza-se por uma mudança do foco de atenção, 
que passa das instituições formais para as relações sociais e políticas entre as entidades socialmente 
ativas. Tais relações, giram em torno de dois tipos de redes, são elas asorganizações populares locais 
(redes humanas vivas) e as novas tecnologias globais de comunicação (redes eletrônicas). a internet 
tornou-se um instrumento muito importante, principalmente para as ONG'S, criando um elo entre as 
redes humanas e as redes eletrônicas. 
Em todas as escalas da natureza, encontramos sistemas vivos alojados dentro de outros sistemas vivos 
- redes dentro de redes. Os limites entre esses sistemas não são limites de separação, mas limites de 
identidade. Todos os sistemas vivos comunicam-se uns com os outros e partilham seus recursos, 
transpondo seus limites. 
 
11.3) Alfabetização Ecológica: 
Em Berkeley, está sendo desenvolvido um Sistema de Alfabetização Ecológica para a vida sustentável, 
baseado na alfabetização ecológica, direcionado às escolas de primeiro e segundo grau. Esse sistema 
tem como objetivo envolver uma pedagogia para a compreensão do que é a vida, aprendendo também 
na prática, como plantas uma horta, explorar um divisor de águas, restaurar um mangue, etc, quebrando 
assim uma barreira entre nós e a natureza, criando uma noção de qual é o lugar no qual pertencemos. 
As crianças aprendem também que o resíduo de uma espécie, pode servir para alimento de outra, 
tornando assim um ciclo pela teia da vida, e que a energia que move esse ciclo ecológico vem do Sol. 
Existem algumas instituições que fazem pesquisas e estudos sobre esse assunto, e tem por base 
filosófica e espiritual a ecologia profunda, onde os estudantes de toda parte do mundo podem reunir para 
aprender, viver e trabalhar juntos sob a orientação de um corpo docente internacional. 
A Alfabetização Ecológica é a compreensão dos princípios de organização que os ecossistemas 
desenvolveram para sustentar a vida, sendo o primeiro passo no caminho para a sustentabilidade. 
 
11.4) Projeto Ecológico: 
Projeto Ecológico pode ser entendido também como a moldagem dos fluxos de energia e de materiais 
feita em vista dos fins humanos. Esse projeto é um processo no qual nossos objetivos humanos são 
cuidadosamente inseridos na grande rede de padrões e fluxos do mundo natural. Os princípios do projeto 
ecológico refletem os princípios de organização que a natureza desenvolveu para sustentar a Teia da 
Vida. 
Segundo a escritora de divulgação Janine Benyus, o projeto "dá início a uma era baseada não no que 
podemos eximir da natureza, mas no que podemos aprender com ela". 
 
11.5) Capitalismo Global: 
O Capitalismo global é feito de redes eletrônicas onde correm fluxos financeiros e de informações, o 
objetivo é de elevar ao máximo a riqueza e o poder de suas elites. 
Porém é insustentável no ponto de vista social e ecológico, pois isso nada mais é do que uma rede de 
máquinas programadas para atender a um único princípio fundamental: o de que o ganhar dinheiro deve 
ter precedência sobre os direitos humanos, a democracia, a proteção ambiental e qualquer outro valor. 
Porém a questão principal não é a tecnologia, e sim a política. Nos dias de hoje, o desafio seria a 
mudança do sistema de valores que está por trás da economia global, de modo a torná-lo compatível 
com as exigências da dignidade humana e da sustentabilidade ecológica. 
 
11.6) Sociedade Sustentável: 
O conceito de Sustentabilidade foi criado no começo da década de 1980 por Lester Brown, fundador do 
Instituto Worldwatch, que definiu a sociedade sustentável como aquela que é capaz de satisfazer suas 
necessidades sem comprometer as chances de sobrevivência das gerações futuras. Alguns anos depois, 
o relatório da Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (o famoso "Relatório Brundtland") 
usou a mesma definição para apresentar a noção de "desenvolvimento sustentável": "A humanidade tem 
a capacidade de alcançar o desenvolvimento sustentável - de atender às necessidades do presente sem 
comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades." 
Segundo o texto, esses não são os únicos conceitos de sustentabilidade. O segredo de uma definição 
operativa de Sustentabilidade Ecológica é a percepção de que nós não precisamos inventar 
comunidades humanas sustentáveis a partir do nada; podemos moldá-las segundo os ecossistemas 
naturais, que são comunidades sustentáveis de vegetais, animais e microrganismos. Isso significa que 
uma comunidade humana sustentável precisa desenvolver seus modos de vida de uma maneira que 
não prejudiquem a capacidade da natureza de sustentar a vida.

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