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A INCLUSÃO SOCIAL NA EDUCAÇÃO

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AUTARQUIA EDUCACIONAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO – AEVSF
Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina – FACAPE
Curso de graduação EM Direito
ROSEANE ARAÚJO
MEIRE CELI PEREIRA RODRIGUES
a luta pelo direito: questões propostas
Atividade complementar apresentada ao Curso de Direito da FACAPE – Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina, para a disciplina de Filosofia Jurídica, ministrada pelo professor Anderson Wagner Santos de Araújo.
Petrolina, Pernambuco
2018
Com fulcro do livro de Rudolf Von Ihering, “A luta pelo Direito”, discorra respondendo as questões que seguem: 
 
Segundo o autor, qual o motivo da defesa do direito se constituir um dever que temos para com a sociedade? 
R - Cada indivíduo é lutador nato pelo Direito. Mesmo os que lutam pelo direito sem a visão do todo, ou seja, sem a compreensão de que é um dever para com a sociedade, também contribuem para a luta pelo arbítrio. A defesa do direito é sempre uma luta em que todos os setores devem estar envolvidos, para que dessa forma se garanta o equilíbrio econômico da sociedade como um todo.
A defesa do direito além de ser a defesa do individuo, que busca a reparação isolada de uma injustiça sofrida, é um dever para com a sociedade.
A palavra “Direito”, possui um duplo sentido, o objetivo e o subjetivo. Em ambos os sentidos, possui resistência. Explique. 
R - No sentindo objetivo, é o conjunto de leis vigentes, o instrumento que alicerça o ordenamento jurídico do estado, que o impõe coercitivamente aos administrados. Essas normas vigentes determinam a conduta a ser observada nas relações sociais. Nesse contexto a resistência acontece porque nem sempre a norma é justa, é apenas uma lei com eficácia organizadora. É a partir dessa resistência que o Direito se realiza, cada um, lutando pelo seu direito no interesse da sociedade. O Direito não nasce passivamente. Segundo o autor, cada qual é lutador nato pelo direito.
O Direito subjetivo, que podemos definir como a prerrogativa do indivíduo invocar a lei, de exigir do Estado o cumprimento e a efetivação da norma jurídica objetiva que acautele seus interesses legalmente tutelados, a resistência se dá no fato, de que nem sempre os “interessados” ou “tutelados” não conhecem e não reclamam pelos seus direitos. Para que o direito subjetivo de operacionalize é preciso exercê-lo. O autor compara o curso da vida do direito com a duração de uma luta, onde cada um sendo contendor de seu direito deve defendê-lo, para atingir o equilíbrio desejável e justo, com vista à pacificação social.
 
Ihering afirma que “Toda injustiça não é, portanto, mais que uma ação arbitrária, isto é, um ataque à ideia do direito” e “Aquele que for atacado em seu direito deve resistir; é um dever para consigo mesmo”. Neste contexto, na esfera individual qual é a relevância de se lutar pelo direito? 
R - O autor defende a tese: “É um dever resistir à injustiça ultrajante que chega a provocar a própria pessoa, isto é, a lesão ao direito que, em consequência da maneira porque é cometida, contém um caráter de desprezo pelo direito, de uma lesão pessoal. É um dever do interessado para consigo próprio; é um dever para com a sociedade, porque essa resistência é necessária para que o direito se realize”.
Nesse contexto, a luta pela existência é a lei suprema de toda a criação vivente e manifesta-se em toda a criatura sob a forma de instinto de conservação. O homem não se trata apenas de vida física, mas também da existência moral, uma das condições da qual é a defesa do direito. No seu direito o homem possui e defende a condição da sua existência moral. Sendo, portanto, um dever da própria conservação moral, pois o abandono completo seria um suicido moral. A luta pelo direito é a luta do próprio cidadão, individualmente, a força que o faz ter passos seguros após tomar confiança, pois o direito se encontra na ação.
 
Explique na sua compreensão o seguinte posicionamento: “A luta é trabalho eterno do direito”. 
 
R - A vida do direito sempre acarretará a luta pela dignidade, pela justiça, a luta dos povos contra a impunidade de classes e governos. A moral é quem conduz a natureza do direito, e somente lutando é que se chega a ação dela. 
 O direito é um trabalho incessante, uma luta sem treguas, para a paz ser alcançada é necessário que o poder público e toda sociedade lute pelos seus direitos e não meçam esforços para defendê-los. 
A luta é a essência do direito, porém, nem todos praticam essa ação, visto que, para muitos o direito é observado como algo já estabelecido, quando na verdade, outros tiveram que trabalhar e lutar para que esse momento de paz fosse alcançado.
FONTES
VON JHERING, Rudolph. A LUTA PELO DIREITO. São Paulo: Hunter Books Editora, 2012. 157 p.
SILVA, Tânia de Oliveira. A luta pelo direito: Rudolf Von Ihering. 2011. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-luta-pelo-direito-rudolf-von-ihering,33419.html>. Acesso em: 03 jun. 2018.
 	ALMEIDA, João. Análise de "A Luta pelo Direito", De Rudolf Von Ihering. 2016. Disponível em: <https://joaopalmeida927.jusbrasil.com.br/artigos/405057066/analise-de-a-luta-pelo-direito-de-rudolf-von-ihering>. Acesso em: 03 jun. 2018.

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