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Caso clinico Maria do Carmo ramos. , natural de Salvador/BA, 37 ANOS, SEXO FEMININO, 1º GRAU INCLOPLETO, SEPARADA, DÓMESTICA, UMBANDISTA. Admitida na clinica Medida queixando-se de edema nos lábios e no membro inferior direito, manchas avermelhadas e pruriginosas por todo o corpo, fraqueza generalizada, falta de apetite e dores nas articulações. Encontra-se no 10º dia de intervenção hospitalar, apresentando estado geral estável, consciente, orientada, deambulaste. Relata tomar 1 banho/ dia (manhã) devido a temperatura baixa a água, escova os dentes após as refeições e ao dormir (3 vezes/dia), apresenta falhas dentárias, porem não usa prótese. Relata não gostar de alimentação do hospital por ser hipossódica e pastosa, porém ela procura fazer seis refeições diárias. Ingerindo pouca água (três copos/dia), já fez uso de diclofenaco de sódio, e durante o tratamento apresentou edema de face. Relata que, ao usar soro Glicosado, apresenta edema nos lábios e nos olhos e dor na garganta. Médico O diagnostico medico: Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Ao exame físico apresenta, temperatura axilar (TAX) = 37,5ºC Pulso (P) = 90 bpm Respiração (R) = 20 irpm Pressão arterial (PA)= 130x80 mmHg Freqüência cardíaca (FC)= 90 bpm, pele ressecada Com turgor e elasticidade diminuída, mucosa hopocoradas, lesoeseritematosas panas não pruriginosas nos membros superiores, petéquias no membro superior esquerdo e na coxa do membro inferior direito, em corticoperapia, apresentando alopecia e discreto edema de face, presença de sangramento conjuntival. Eupéica, ritmo cardíaco regular em 3T, abdômen semigloboso indolor á palpação, ruídos hidroaéreos presentes. Exame laboraria: tempo de sangria= 45s Valor de referencia (VR): até 5 min. Tempo de coagulação = 7 min., VR até 12 min. Plaquetas =116.000/mm³ VR: 150 a 450 mil/ mm³ Hemoglobinas= 9,1g/dl VR 12ª 16g/dl Hematócrito= 28,1% Leucócitos= 2100 mm³ Á paciente é bastante comunicativa e demonstra satisfação com o tratamento recebido, no entanto está ansiosa pela alta hospitalar devido á falta de quem fique com os dois filhos que são menores de idade e não tem o pai presente, além de demonstrar preocupação com o seu único sustento que vem da faxina domestica. Enfermeiro O enfermeiro que atua na assistência deste paciente deve ser devidamente capacitado, conhecer o tratamento empregado, as técnicas a serem utilizadas e estar também atualizado quanto às coberturas existentes no mercado, a fim de ser efetivo no tratamento escolhido. Planejamento da assistência de enfermagem: a assistência de enfermagem deve ser voltada ao fornecimento de informações sobre a doença, os cuidados de controle diário e suporte social, além de atender para exposição solar ou ultravioleta pela capacidade de aumentar ou exacerbar atividade da doença. O foco nesse caso será os cuidados a integridade da pele comprometida, sistema imune comprometido, retenção de liquido e ansiedade moderada. O DIAGNOSTICO DE ANSIEDADE MODERADA APARECE COMO ASPECTO PECULIAR: Diagnostico de enfermagem Resultado esperado Intervenções Integridade da pele comprometida Integridade da pele melhorada Examinar diariamente a pele; Ensinar quanto á limpeza das lesões com sabonete antibacteriano; Orientação quanto á aplicação de emolientes á aera afetada Orientação quanto ao uso de proteção durante a exposição ao sol; Sistema imune comprometido Sistema imune menos comprometido Monitorar sinais e sintomas sistêmicos e locais de infecção; Monitorar a contagem de glóbulos brancos; Orientar quanto á necessidade de ingestão de proteínas adequada com a redução do sal, de lipídios e de carboidratos; Ensinar as pacientes formas de evitar infecções: boa higiene corporal... Retenção de Fluidos Retenção de fluidos reduzidos Observar sinais de edema nos membros inferiores de na face; Verificar os sinais vitais (T, P, R, e PA) três vezes ao dia; Fazer controle de ingestão de líquidos; Explicar as reações adversas da corticoterapa; Ansiedade moderada Ansiedade reduzida Oferecer informações sobre a doença e o tratamento; Ouvir atentamente o paciente; Fisioterapia: Um dos motivos mais importantes do tratamento fisioterapêutico é manter habilidade para as atividades funcionais, o que depende da capacidade física do indivíduo, sujeita a muitas variáveis, como, alterações na função cardiorrespiratória, força muscular e flexibilidade. Os programas de exercícios para o LES devem enfatizar a força e a resistência, com exercícios aeróbicos de baixo impacto. Os programas devem incluir fortalecimentos isotônicos e isométricos da musculatura adjacente as grandes articulações e manutenção da amplitude de movimento, mas se a necrose avascular estiver presente, apenas os exercícios isométricos são indicados. AVALIAÇÃO DE APLITUTE DE MOVIMENTO ARTICULAR DOS MMII ARTICULAÇÕES INICIAL (GRAUS) Final (Grau) DIREITA ESQUERDA DIREIRA ESQUERDA QUADRIL FLEXÃO 48 50 54 55 HIPERXTENÃO 6 6 10 12 ADUÇÃO 26 28 30 32 JOELHO FLEXÃO 110 104 106 108 EXTENÇÃO 109 115 120 125 TORNOZELO FLEXÃO PLANTAR 40 42 44 45 DORSIFLEXÃO 9 10 11 13 Nutrição clínica: Dieta Hipossódica: Dieta pobre no eletrólito/mineral Sódio (Na), presente em todos os alimentos, especialmente em maior quantidade no Cloreto de Sódio (NaCl), o tradicional sal de cozinha. É indicada para pacientes hipertensos, cardiopatas, com retenção de líquidos (edemas), dentre outros. Dieta Pastosa: Indicada geralmente para pacientes com disfagia, dificuldades de mastigação (ausência de dentes ou problemas motores), alterações gastrintestinais ou outras manifestações clínicas como pós-cirurgia. É composta por alimentos bem macios, bem cozidos, em forma de purê e papas. Nutrição clínica: Dieta Hipossódica: Dieta pobre no eletrólito/mineral Sódio (Na), presente em todos os alimentos, especialmente em maior quantidade no Cloreto de Sódio (NaCl), o tradicional sal de cozinha. É indicada para pacientes hipertensos, cardiopatas, com retenção de líquidos (edemas), dentre outros. Dieta Pastosa: Indicada geralmente para pacientes com disfagia, dificuldades de mastigação (ausência de dentes ou problemas motores), alterações gastrintestinais ou outras manifestações clínicas como pós-cirurgia. É composta por alimentos bem macios, bem cozidos, em forma de purê e papas. Redução consome de sal Evitar ao máximo o consumo de produtos industrializados Consumir boa quantidade de frutas e vegetais Diminuir o sal na hora de cozinhar os alimentos, principalmente se eles forem ser temperados à mesa Utilizar alimentos e ingredientes frescos que não contenham a adição de sal;Evitar o consumo de sal de alho, amaciador de carne, molho de soja, glutamato monossódico (GSM), molho teryaki, molho de churrasco, chucrute, azeite, picles e bacon Temperar os alimentos com suco de laranja, limão ou abacaxi, Vinagre, mix de pimentas sem adição de sal, ervas frescas secas, cebola e alho Limitar a ingestão de pizza, frios, carnes curadas, carnes com adição de sódio e sanduíches Comer refeições congeladas somente se elas apresentarem 600 mg ou menos de teor de sódio Evitar gorduras trans Quando for fazer uma refeição fora de casa, em um restaurante, escolher um estabelecimento que sirva refeições adequadas à dieta, com substituições e teor reduzido de sódio. Outra tática é pegar porções menores de comidas que são ricas no mineral ou fazer pedidos individuais, de acordo com os parâmetros de o plano alimentar. Dia 1 Café da manhã ½ meloa, café ou chá e 1 fatia de pão com baixo teor de sódio com 1 colher de sopa de manteiga com baixo teor de sódio. Lanche da manhã 2 damascos Almoço Salada grande com couve-flor, brócolis, cenoura, cebola vermelho, rabanete, alface romana, pepino e tomate picadinhos.Temperar com vinagre e ervas sem sal. Lanche da tarde 1 tigela com cerejas frescas. Jantar Salada com pepino, morango, manjericão fresco e tempero com baixo teor de sódio, 115 g de salmão fresco grelhado, com quinoa, temperado com vinagre. Lanche da noite Melancia. Dia 2 Café da manhã Ovos mexidos com vegetais grelhados e ricota, 1 fatia de pão com baixo teor de sódio e café ou chá. Lanche da manhã Salada de frutas temperada com limão. Almoço 150 g de frango grelhado, 1 colher de sopa de arroz e couve refogada. Lanche da tarde 1 tigela com cerejas frescas. Jantar Salada com pepino, morango, manjericão fresco e tempero com baixo teor de sódio, 115 g de salmão fresco grelhado, com quinoa, temperado com vinagre. Lanche da noite 1 porção pequena de sorvete. Dia 3 Café da manhã Ovos mexidos com vegetais grelhados e ricota, 1 fatia de pão com baixo teor de sódio e café ou chá. Lanche da manhã 1 punhado de uvas. Almoço Sopa ou caldo de baixo teor de sódio com carne e vegetais. Lanche da tarde 1 tigela com cerejas frescas. Jantar Salada com pepino, morango, manjericão fresco e tempero com baixo teor de sódio, 115 g de salmão fresco grelhado, com quinoa, temperado com vinagre. Lanche da noite 1 porção pequena de bolo caseiro. Assistente social: O assistente social é o profissional qualificado que, privilegiando uma intervenção investigativa, através da pesquisa e análise da realidade social, atuam na formulação, execução e avaliação de serviços, programas e políticas sociais que visam a preservação, defesa e ampliação dos direitos humanos e a justiça social. Além do chamado tratamento conservador e da terapia mais agressiva, cuidar de pacientes com Lúpus deve também se voltar para o manejo do impacto mais amplo desta doença sobre a vida psicológica e social da pessoa afetada. Os próprios clínicos aludem que, vivendo com Lúpus, significa certamente aprender a conduzi-los a enfrentar uma doença crônica, que pode limitar as atividades devido à fadiga e às dores das articulações, assim como com depressão, perda da esperança, irritabilidade e raiva devidas a certa impreditibilidade do Lúpus e a uma falta ocasional de resposta ao tratamento. A fadiga, particularmente, não parece ser causada por qualquer fator reconhecível de um estado inflamatório ou imunológico, mas poderia ser um fenômeno multifacetado, no qual diversos fatores psicossociais estivessem fortemente relacionados e que indicam que ela seja parte de uma resposta complexa à doença crônica. o papel do assistente social deveria oferecer serviços de várias referências como recursos da comunidade, que podem então ajudar a aumentar a adaptação às condições do Lúpus, levando em conta a informação sobre o entendimento simbólico sobre seu problema de saúde. Em que termos o lúpus seria um clássico transtorno psicossomático? O LES foi considerado uma doença psicossomática, assim como outras doenças do colágeno, Entretanto predomina as chamadas situações de perda, com dificuldades do mundo relacional e de quem tinha sofrido a perda: perda da família, dos amigos, do ego. Assim, a situação do inpacto emocional sobrecarrega como disparador para a manifestação da doença. As reações dos pacientes incluem a tentativa de identificar e reconstruir suas relações com as próprias forças, mas nem sempre com sucesso. As oscilações da doença interferem com a adesão ao tratamento e com as prescrições médicas que podem simbolizar dúvidas. Por outro lado, estas características permitem um mecanismo mais efetivo de negação do que aqueles de uma doença aguda, por exemplo. Reconhecer uma identidade do Lúpus pode gastar muito tempo, levando a uma autoconsciência tardia sobre sua importância para decidir a preservar uma boa saúde. Os conflitos interpessoais e familiares dos pacientes com Lúpus Experiências de vida com Lupus Eritematoso, parecem estar associados com a idéia de que a família e os amigos não compreendem a natureza da doença e as causas potenciais da fatiga e de outras indisposições. Finalmente, recomenda-se reconhecer que uma auto-estima pobre pode simbolicamente representar a realidade existencial de ser doente, assim como um sinal factual de depressão clínica. A insatisfação consegue mesmo que é mantida com a doença, acompanhada por perda de interesse nas coisas e mesmo fantasias de morte, poder ser investigada como um problema desencadeado pela vivência crônica com o Lúpus a fim estabelecer um tratamento adequado.
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