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ÓRTESE E PRÓTESE MARCHA HUMANA A marcha humana caracteriza-se por meio inato do corpo utilizado para se mover de um lugar para o outro, se utiliza de um seguimento de repetições de movimento do membro para mover o corpo adiante. O ciclo então é o período concebido entre o primeiro contato do pé com o solo até próximo contato deste mesmo pé com o solo no qual é segmentado em duas fases. A fase em que o pé encontra-se no solo é renomada como fase de apoio, e a fase em que o pé é elevado do solo para o avanço do membro, fora do chão é denominada fase de balanço. A etapa de apoio é subdividida em: Contato inicial; Resposta a carga; Apoio Médio, Apoio Final e Pré-balanço. A etapa de balanço é subdividida em: Balanço inicial; Balanço médio e Balanço final. FASE DE APOIO Contato inicial Ocorre quando o calcanhar alcança o solo. Logo, um pé vai perdendo o contato, enquanto o membro oposto inicia o suporte da carga corporal, amortecendo o choque do contato inicial. É responsável por 10% do ciclo inicial da marcha e é considerado como apoio duplo inicial. AÇÕES MUSCULARES: CONTATO INICIAL Dorsiflexores de tornozelo(MÚSCULO EXTENSOR LONGO DO HÁLUX, MÚSCULO TIBIAL ANTERIOR, MÚSCULO EXTENSOR LONGO DOS DEDOS E MÚSCULO FIBULAR TERCEIRO) Quadríceps Eretores da espinha Flexores e adutores do quadril Glúteo máximo e posteriores da coxa Resposta a carga Inclui a etapa de deslocamento da carga destinado ao pé que acabou ter contato com solo. Ocorrendo antes que o membro contralateral deixe o solo. É responsável por 40% do ciclo da marcha e é considerado como apoio duplo inicial. AÇÕES MUSCULARES: RESPOSTA À CARGA Tibiais Flexor do hálux e dos dedos Glúteo máximo e posteriores da coxa Quadríceps Gastrocnêmios Eretor da espinha Apoio médio Neste período somente um membro sustenta a carga corporal, enquanto o outro entra na etapa de avanço. Condiz o apoio simples. É responsável por 40% do ciclo da marcha. É considerado como apoio simples. AÇÕES MUSCULARES: APOIO MÉDIO Glúteo médio Intrínsecos do pé e flexores plantares Íliopsoas Quadríceps Gastrocnêmios Apoio Final Nessa fase conclui-se o apoio simples. Iniciando com a elevação do calcanhar e seguida do contato inicial do componente inferior oposto. É responsável por 10% do ciclo da marcha e é considerado como apoio duplo final. AÇÕES MUSCULARES:APOIO TERMINAL Flexores plantares e intrínsecos do pé Tríceps sural Isquitibiais Pré-balanço O membro inferior de apoio transfere o peso corporal para o membro contralateral e prepara-se para a fase de balanço. É responsável por 10% do ciclo da marcha e é considerado como apoio duplo final. AÇÕES MUSCULARES: PRÉ-BALANÇO Flexores plantares e intrínsecos do pé Flexor longo do hálux Íliopsoas e adutores de quadril FASE DE BALANÇO Balanço inicial Fase de aceleração que ocorre quando o pé perde o contato do chão, no tempo em que o ciclo padrão, sucede a flexão brusca da articulação de joelho e a flexão para o dorso, autorizando que o membro nesta etapa de avanço acelere para á frente. AÇÕES MUSCULARES:BALANÇO INICIAL Dorsiflexores do tornozelo Flexores de quadril Glúteo médio Balanço Médio Ocorre quando o membro inferior encontra-se adjacente ao membro inferior que está sustentando o peso, o qual se encontra na subfase de apoio médio. AÇÕES MUSCULARES:BALANÇO MÉDIO Dorsiflexores do tornozelo Glúteo médio e quadrado lombar Balanço Final Fase de desaceleração, nesta etapa desacelera, para cumprir-se o contato inicial com o solo. AÇÕES MUSCULARES:BALANÇO FINAL Dorsiflexores de tornozelo Quadríceps Glúteo máximo OBS: O quadríceps controla a extensão do joelho e os posteriores da coxa impedem a hiperextensão da cintura pélvica. DISPOSITIVOS AUXILIARES DA MARCHA As quedas são a principal causa de lesões, hospitalização e perda de independência funcional entre os idosos acima de 65 anos. Estima-se que um terço da população idosa caia pelo menos uma vez ao ano. Os dispositivos auxiliares de marcha (DAM), como bengalas, muletas e andadores, fazem parte de programas multidimensionais de prevenção de quedas visto que melhoram a independência funcional, a mobilidade, o equilíbrio, a base de suporte e reduzem os efeitos de uma ampla gama de deficiências. Apesar da recomendação do uso destes dispositivos, não existem estudos randomizados controlados que comprovem a eficácia da prescrição isolada dos DAM em reduzir o risco de quedas. BENGALA A principal função das bengalas é aumentar a base de apoio, melhorando assim o equilíbrio. Sua utilização se dá na mão oposta ao membro afetado a fim de diminuir a sobrecarga na musculatura do quadril (as bengalas podem transmitir, das extremidades inferiores, de 20 a 25% do peso do corpo), diminuir a compressão das articulações e favorecer o paciente em situações como subir e descer escadas. Marcha e transferências com o uso da bengala: A bengala deve ser posicionada no membro superior oposto ao membro afetado. Ao deambular, a bengala e o membro inferior contralateral devem avançar simultaneamente. A bengala deve encontrar-se relativamente próxima ao corpo, porém sem ser posicionada à frente dos dedos do membro inferior. Quando o envolvimento for bilateral (tanto de membros superiores quanto de inferiores) é preciso decidir de que lado do corpo a bengala permanecerá. Deverá ser avaliado qual lado o paciente apresenta melhor equilíbrio e resistência física para deambulação, segurança durante a marcha e força de preensão palmar, entre outros aspectos. Subir e descer escadas: Para subir, deve-se segurar o corrimão (se possível), levando para o degrau primeiro o membro inferior que apresentar melhores condições físicas, a seguir levar a bengala disposta na mão oposta ao membro inferior acometido e subir um degrau com o membro inferior acometido. Para descer a escada, o indivíduo deve primeiro posicionar a bengala no degrau, então apoiar o membro inferior com piores condições e finalmente o outro membro inferior, o qual suportará o peso do corpo. Tipos de Bengala: Ajustável de alumínio convencional Descrição: é um bastão de alumínio com apoio de mão em meio círculo ou tradicional; altura ajustável entre 68 e 98 cm através de mecanismo de botão de pressão. Vantagens:ajuste de altura adequado; leveza; cabe com facilidade em escadas, tem como objetivo reeducar a marcha e evitar ou diminuir a carga no segmento. Desvantagens: quando o ponto de apoio é anteriorizado pode causar síndrome do túnel do carpo. Ajustável de alumínio com recuo Descrição: possui recuo anterior no corpo da bengala criando um cabo reto ou recuado; altura ajustável de 68 a 98 cm por meio do mecanismo de botão de pressão. Vantagens: permite que a pressão seja colocada no centro da bengala para maior estabilidade. Desvantagens: preço elevado Bengala de Alumínio de quatro pontas: Descrição: feita em alumínio. Base alargada ou estreita; base de apoio ampla através dos quatro pontos de contato com o solo Vantagens: oferece apoio sobre uma base larga (aumento da base de suporte); facilmente ajustável. Desvantagens: mais pesada do que a bengala convencional; de difícil utilização em superfícies instáveis Bengala em Madeira: Descrição: é um bastão de madeira com cabo tradicional, ponteira aderente de borracha e tamanho único. Vantagens: é utilizado para melhorar o equilíbrio do corpo, mas não deve ser usada como apoio. Desvantagem: pode desencadear síndrome do túnel do carpo MULETAS As muletas são úteis para indivíduos que necessitam usar seus membros superiores para sustentação de peso e propulsão. Essa transferência de peso para os membros superiores permite a deambulação funcional e, ao mesmo tempo, mantém uma situação de sustentação de peso restrita. Em geral, são utilizadas bilateralmente. Tipos de muletas: Muletas Axilares Vantagens : representa um alívio de até 80% da carga dos membros inferiores. Desvantagens: a regulação incorreta do apoio axilar pode causar compressão do nervo e/ou artéria axilar. Muletas Lofstrand (chamadas canadenses) Descrição: possui uma braçadeira de antebraço para aumentar o braço de alavanca da empunhadura; mais adequada quando usada por períodos prolongados. Vantagens: permite mobilidade em escadas, bem como para entrar e sair de automóveis; permite que a empunhadura seja solta sem que a muleta caia. Desvantagens: menor apoio lateral dado pela ausência da barra axilar; braçadeiras difíceis de remover (algumas marcas); requer maior controle e força em membros superiores; mais caras do que as muletas axilares. Muleta de descarga antebraquial Descrição: possui uma plataforma horizontal para todo o antebraço, que é utilizado para suportar o peso (em vez da mão) Vantagens: indicada quando o punho não pode receber carga Desvantagem: dificuldade no aprendizado do uso Marcha e transferências com o uso da muleta : Marcha tipo mergulho Indicada quando há incapacidade de descarregar completamente o peso nos membros inferiores por fratura, dor, amputação ou pós- -operatório, entre outros. Deve-se iniciar essa marcha levando-se as muletas à frente do corpo e, enquanto há descarga de peso total nos membros superiores, os membros inferiores devem ser impulsionados e deslocados até a frente da linha entre as muletas ao mesmo tempo. Este padrão favorece uma velocidade de marcha rápida, porém com gasto energético elevado e grande exigência de força de membros superiores. Marcha Semi-mergulho : Indicações: Pacientes com fraqueza em ambos os membros inferiores Seqüência de movimentos: Avance com ambas as muletas à frente, então enquanto descarrega o peso todo nos braços, leve ambas as pernas à frente ao mesmo tempo porém não ultrapasse as muletas. Vantagens: Fácil de aprender Desvantagem: Exige força nos membros superiores Marcha de 3 pontos Indicação: Incapacidade de descarregar peso em uma das pernas (fratura, dor, amputação ou pós-operatório de cirurgia nos membros inferiores) Sequencia de movimentos: Primeiro leve ambas as muletas à frente e após será o membro afetado . Então descarregue o peso do corpo sobre as muletas e mova o membro não afetado à frente. Repita a sequência Vantagens: Elimina a descarga de peso sobre o membro afetado Desvantagem:É preciso que o paciente tenha um bom equilíbrio Marcha de 4 pontos: Indicação: Fraqueza em ambas as pernas ou coordenação insuficiente Sequência de movimentos: Alternância entre os membros, ou seja, muleta esquerda, pé direito; muleta direita, pé esquerdo. Porém é importante lembrar que primeiramente deve-se levar o membro afetado à frente para depois o membro normal. Vantagens: Garante estabilidade uma vez que sempre há 3 pontos de apoio no solo. Desvantagem: Baixa velocidade. Marcha de dois pontos Indicação:é indicada quando há fraqueza em ambos os membros inferiores ou coordenação deficiente. Sequência de movimentos:Utiliza-se a muleta do lado contrário da cirurgia. Muleta esquerda, e pé direito juntos e muleta direita e pé esquerdo juntos. Repita a sequencia. Vantagens: Mais rápido do que a marcha de três pontos. Apoio parcial do membro afetado. Desvantagens: Pode ser difícil aprender esta sequencia de movimentos ANDADOR Função: Andadores melhoram a estabilidade em pacientes com fraqueza dos membros inferiores ou equilíbrio prejudicado. Facilitam a melhora na mobilidade ao aumentar a base de apoio ou suportar o peso do paciente. Entretanto, andadores podem ser difíceis de manobrar e resultar em má postura e diminuição no balanço dos braços durante a marcha. Subir escadas com andadores é uma tarefa difícil e um ponto fraco deste dispositivo. Marcha e transferências com o uso do andador: Marcha com 2 pontos: Coloca-se o andador à frente em conjunto com o membro acometido e depois o outro membro. Repita a sequência. Marcha com 3 pontos: Coloca-se o andador à frente primeiramente para depois ir à frente a perna acometida (não é em conjunto com o andador) e depois leve a outra perna à frente. OBS: A pessoa é instruída a olhar para frente, manter um bom alinhamento postural e não pisar perto demais da parte anterior do dispositivo para não reduzir a base de sustentação e ter o risco de queda posterior.
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