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Casos Concretos de Trabalho 2 do 1 ao 12

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Casos Concretos de Trabalho 2
Caso Concreto 1
Ana Lúcia ingressou na empresa Brasil Serviços Ltda. em 15.04.2009 na função de auxiliar de serviços gerais. As férias do período 2009/2010 foram usufruídas de 01.03.2011 a 30.03.2011. Ocorre que o empregador só efetuou o pagamento destas férias quando do seu retorno ao trabalho em 31.03.2011. Além disso, Ana Lúcia recebeu a título de férias o mesmo valor do salário recebido no mês anterior, sem qualquer acréscimo. Ana Lúcia procurou o escritório de advocacia para saber se foi regular a atitude da empresa e se tem direito a algum valor a título de férias. Qual a orientação você daria para Ana Lúcia? Justifique.
Resposta: Ana terá direito a um salário e mais dois terços, de acordo com a súmula 450.
Caso Concreto 2
	Lúcia trabalha na sede de uma estatal brasileira, que fica em Brasília. Seu contrato vigora há 12 anos e, em razão de sua capacidade e experiência, Lúcia foi designada para trabalhar na nova filial do empregador que está sendo instalada na cidade do México, o que foi imediatamente aceito. Em relação à situação retratada e ao FGTS, é preciso recolher o FGTS de Lúcia, assim como para todos os empregados transferidos para o exterior?
Resposta: Lúcia fará jus ao depósito do FGTS enquanto estiver exercendo suas atividades laborais na cidade do México. O citado depósito continuará sendo depositado na sua conta vinculada no Brasil. Isso irá acontecer, porque seu contrato de trabalho continua em vigor, de acordo lei 7.064/62, art. 3º. 
Caso Concreto 3
Maria foi contratada em 17/05/2010 pela Indústria Automobilística Vitória S/A. Em 25/03/2016 sofreu acidente de trabalho ficando incapacitada para o trabalho até 01/04/2016, quando obteve alta médica e retornou ao serviço. Em 03/06/2016 foi dispensada sem justa causa. Maria entende ser detentora da estabilidade acidentária, razão pela qual ajuizou ação trabalhista postulando sua reintegração no emprego. Diante do caso apresentado, responda se as seguintes indagações:
A) Quais os requisitos necessários para a concessão da estabilidade acidentária? Justifique indicando o prazo da garantia de emprego.
Resposta: Os requisitos são:
- ficar mais de 15 dias impossibilitado de laborar, entrando em gozo de auxílio-doença acidentário, ou doença profissional, ou doença ocupacional;
- gozar de estabilidade de um ano após a alta; e
- ter obtido alta médica.
	 A garantia de emprego é assegurada pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses da cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente da percepção do auxílio acidente, conforme o art. 118, da Lei nº 8.213/91.
B) No caso apresentado, Maria terá êxito na ação trabalhista? Justifique.
Resposta: Como o seu afastamento não durara mais que 15 dias, como descreve o caso analisado, Maria não terá êxito na ação trabalhista, visto que não fora preenchido um dos requisitos essenciais para a concessão da estabilidade acidentária, de acordo com o art. 118 da lei 8.213/91.
Caso Concreto 4
Não será cobrado.
Caso Concreto 5
1- Maria foi contratada pela empresa ABC Ltda, para trabalhar com contrato de experiência de 90 dias, ressalvando que o contrato continha cláusula assecuratória de direito recíproco de rescisão, a empregadora rescindiu o contrato antecipadamente, tendo completado apenas 60 dias de pacto. Diante do caso apresentado pergunta-se:
A) É devido o aviso prévio a Maria?
Resposta: Sim, porque o contrato por tempo determinado em análise possui cláusula assecuratória. Sendo esse contrato cessado antes do prazo, dá direito a tudo como se fosse o contrato por tempo indeterminado, ou seja, o aviso prévio será devido à Maria.
B) Em caso afirmativo, quantos dias de aviso prévio a empresa ABC Ltda deve a Maria?
Resposta: 30 dias.
QUESTÃO OBJETIVA
1-Depois de concedido o aviso-prévio, o ato poderá ser reconsiderado se a:
a) iniciativa, nesse sentido, for da parte que pré-avisou, independente da outra parte.
b) parte pré-avisada ainda não tiver se manifestado sobre a notificação.
c) outra parte concordar com a reconsideração.
d) parte que concedeu o aviso pagar a indenização legal exigida pela outra parte.
e) reconsideração ocorrer até o 29º dia do curso do pré-aviso.
Resposta: c.
CLT
Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração.
Essa reconsideração pode ser:
-VERBAL;
-ESCRITA; e
-TÁCITA.
	Para que haja a reconsideração, é necessária a manifestação de duas vontades: da parte que pré-avisou e da parte pré-avisada. Tal reconsideração pode ser expressa ou tácita, quando há continuação da prestação de serviço após a parte que pré-avisou ter se manifestado sobre a reconsideração.
	O aviso prévio é de, no mínimo, 30 dias. A reconsideração poderá ocorrer durante o período do aviso prévio ou até mesmo após o período, quando o trabalhador continuar exercendo suas funções normalmente, sem a oposição de seu empregador. Ocorreria, então, a chamada reconsideração tácita.
Caso Concreto 6
Após ter completado 25 (vinte e cinco) anos de trabalho na empresa Gama Ltda, Pedro Paulo conseguiu, junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o deferimento de sua aposentadoria por tempo de contribuição, que, somando ao período prestado para outras empresas, completou o tempo de contribuição exigido pela Autarquia Federal para a concessão da aposentadoria voluntária. No entanto, embora Pedro Paulo tenha levantado os valores depositados no FGTS, em razão da aposentadoria, não requereu seu desligamento da empresa, por não conseguir sobreviver com os proventos da aposentadoria concedida pelo INSS, porque seus valores são ínfimos e irrisórios. Assim, permaneceu no emprego trabalhando por mais 5 (cinco) anos, quando foi dispensado imotivadamente.
Diante do caso apresentado, responda justificadamente:
A) A aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho quando o empregado continua trabalhando após a aposentadoria? Justifique indicando a jurisprudência do TST e do STF sobre a matéria.
Resposta: A aposentadoria, pelo TST, não extingue o contrato de trabalho. De acordo com a súmula 361 desse tribunal superior, a aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho. 
B) A indenização compensatória de 40% do FGTS incide sobre todo o contrato de trabalho, ou somente no período posterior à aposentadoria?
Resposta: A indenização de 40% irá incidir sobre todo o contrato de trabalho. 
Caso Concreto 7
1- Marcos Vinícius foi contratado pelo Banco Alfa S/A na função de vigilante em 01/10/2015. Em 13/08/2016 Marcos faltou ao serviço injustificadamente, tendo sido advertido por escrito. Marcos Vinícius já havia faltado outras vezes, sem qualquer justificativa tendo sido advertido em todas as ocasiões. No dia 16/01/2017, Marcus Vinícius voltou a faltar sem qualquer justificativa, desta vez foi punido com 3 (três) dias de suspensão. Ao retornar da suspensão, o Banco Alfa S/A resolveu dispensar Marcos Vinícius por justa causa. Diante do caso apresentado, responda justificadamente: O Banco Alfa S/A agiu corretamente ao dispensar Marcus Vinícius por justa causa? Justifique.
Resposta: O Banco Alfa agira incorretamente, pois violara o princípio da dupla punição (non bis in idem). O trabalhador não pode ser punido pela mesma ação ou omissão mais de uma vez. 
1- Verônica foi contratada, a título de experiência, por 30 dias. Após 22 dias de vigência do contrato, o empregador resolveu romper antecipadamente o contrato, que não possuía cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão. Sobre o caso, de acordo com a Lei de Regência, assinale a opção correta.
a) O contrato é irregular, pois o contrato de experiência deve ser feito por 90 dias.
b) Verônica terá direito à remuneração, e por metade, a que teria direito até o termo final do contrato.
c) Verônica, como houve ruptura antecipada, terá direito ao aviso prévio e à sua integração ao contrato de trabalho.
d) O contrato
se transformou em contrato por prazo indeterminado, porque ultrapassou metade da sua vigência.
Resposta: b.
Regras atinentes ao contrato por prazo determinado da CLT:
a) art. 445 da CLT - PRAZO: o contrato por prazo determinado não poderá ser estipulado por período superior a dois anos;
b) art. 451 da CLT - PRORROGAÇÃO: o contrato a termo somente admite uma única prorrogação, dentro do prazo máximo de validade. Em função disso, da segunda prorrogação em diante, o contrato será considerado por prazo indeterminado;
c) art. 452 da CLT - CONTRATOS SUCESSIVOS: entre o final de um contrato por prazo determinado e o início do outro, é necessário que haja decorrido mais de seis meses, sob pena do segundo contrato ser considerado por prazo indeterminado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos (ex.: safra);
d) art. 487 da CLT - AUSÊNCIA DE Aviso prévio: nos contratos por prazo determinado, em regra, não há falar em aviso prévio, haja vista que as partes já sabem, desde o início, quando o contrato vai findar, salvo na hipótese do art. 481 da CLT;
e) art. 479 da CLT e art. 14 do Decreto 99.684/1990 (decreto regulamentador do FGTS) - INDENIZAÇÃO - EMPREGADOR QUE ROMPE O CONTRATO SEM JUSTO MOTIVO ANTES DO TERMO FINAL: o empregador que romper o contrato por prazo determinado antes do termo final pagará ao obreiro metade dos salários que seriam devidos até o final do contrato (CLT, art. 479), além da multa de 40% do FGTS;
f) art. 480, caput e parágrafo único, da CLT - INDENIZAÇÃO - EMPREGADO QUE ROMPE O CONTRATO SEM JUSTO MOTIVO ANTES DO TERMO FINAL: o empregado que rompe o contrato por prazo determinado, antes do termo final, indenizará o empregador pelos prejuízos causados.
O valor máximo não excederá àquele que teria direito o obreiro em idênticas condições;
g) art. 481 da CLT - CLÁUSULA ASSECURATÓRIA DO DIREITO RECÍPROCO DE RESCISÃO: se no contrato por prazo determinado existir a denominada cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão, em caso de rompimento imotivado antecipado do contrato, seja pelo empregado, seja pelo empregador, não se aplicará o disposto nos arts. 479 e 480, utilizando-se apenas as regras atinentes aos contratos por prazo indeterminado. Nessa esteira, existindo a cláusula assecuratória, rompendo o empregador o contrato a termo sem justo motivo, concederá ao obreiro o aviso prévio e pagará a multa de 40% do FGTS. Por outro lado, caso o empregado rompa o contrato, apenas terá que conceder aviso prévio ao empregador, não precisando arcar com qualquer indenização ao patrão;
h) não se adquire estabilidade no curso do contrato por prazo determinado.
Caso Concreto 8
1- Tales, empregado da empresa Bom Garfo, falsificou atestado médico para justificar suas faltas e consequentemente não ter desconto em sua remuneração. Neste caso, Tales cometeu falta grave passível de demissão por justa causa, uma vez que praticou ato de desídia". No caso apresentado, a tipificação pelo empregador (desídia) foi correta? Justifique a sua resposta.
Resposta: Não. Embora tenha praticado justa causa, não foi um ato desidioso, já que a desídia são vários atos pequenos, ou seja, ele praticara, sim, ato de improbidade.
	
QUESTÃO OBJETIVA
1- A empresa Tudo Limpo, ao admitir seus empregados, sempre informa sobre obrigação do uso do uniforme. Mas para evitar esquecimentos, esta espalhou por todo o ambiente de trabalho aviso sobre o uso obrigatório do uniforme. Paulo e Maurício fazem parte do quadro de empregados da empresa. O superior hierárquico do setor onde desempenham suas atividades, dividiu as atribuições de cada um, cabendo a Paulo a obrigação de visitar todos os clientes da empresa e ao final elaborar um relatório sobre a satisfação ou insatisfação destes, tarefa a ser executada em cinco dias. Ao final do prazo ao questionar Paulo sobre a tarefa, teve como resposta que ele não a tinha executado porque não gostava de ficar paparicando cliente. Nesta mesma oportunidade, ao entrar na sala onde Paulo se encontrava, o chefe viu Maurício sem uniforme.
a) Paulo e Maurício podem dispensados por justa causa, respectivamente por atos de insubordinação e indisciplina respecitivamente.
b) Ambos praticaram ato de indisciplina.
c) Ambos praticaram ato de insubordinação.
d) A conduta de ambos não encontra tipificação legal passível de dispensa por justa causa.
e) Ambos, somente poderão receber advertência em respeito a graduação da penalidades permitidas em lei.
Resposta: a.
Para complementar:
- DESÍDIA - É o desempenho das atividades com negligência, imprudência, má vontade, displicência, desleixo, desatenção, indiferença,desinteresse etc.	A desídia, para configuração da dispensa por justa causa do obreiro, impõe um comportamento reiterado e contínuo do obreiro,caracterizado por repetidas faltas que demonstrem a omissão do empregado no serviço.
- INCONTINÊNCIA DE CONDUTA: É o desregramento ligado a vida sexual do indivíduo, que leva à perturbação do ambiente do trabalho ou mesmo prejudica suas obrigações contratuais, como a prática de obscenidades e pornografia, nas dependências da empresa. Pode-se citar, também, como exemplo de incontinência de conduta, o assédio sexual, prática de atos de pedofilia na empresa etc.
- IMPROBIDADE - Consiste o ato de improbidade na desonestidade, fraude, má-fé do obreiro, que provoque risco ou prejuízo a integridade patrimonial do empregador ou de terceiro, com o objetivo de alcançar vantagem para si ou para outrem. Exemplos: furtos ou roubo de bens da empresa; falsificação de documentos para obter vantagem ilícita. A falsificação de atestado médico para justificar faltas é considerada pela doutrina majoritária como justa causa enquadrada na alínea “a” do art. 482, ou seja, ato de improbidade.
Insubordinação X Indisciplina
Insubordinação: consiste no descumprimento de ordens pessoais de serviço, dadas diretamente pelo empregador ou pelo superior hierárquico ao obreiro.
Indisciplina: consiste no descumprimento de ordens emanadas em caráter geral, direcionadas a todos os empregados, como as contidas em regulamento de empresa, em ordens de serviço, circulares etc.
Caso Concreto 9
1- Ana Maria trabalhou na empresa Preço Bom Ltda., por 3 (três) anos. Foi dispensada imotivadamente em 20.04.2015, não tendo cumprido o aviso prévio. O empregador efetuou o depósito das verbas rescisórias na conta salário de Ana Maria no dia 29.04.2015, mas a homologação da ruptura contratual só ocorreu no dia 21.05.2015. Diante do caso apresentado, responda justificadamente se Ana Maria tem direito à multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, indicando o prazo máximo (dia, mês e ano) para a quitação das verbas da rescisão contratual.
Resposta: O TRCT (termo de rescisão de contrato de trabalho) não pode ser pago de forma complexiva, baixa na CTPS, órgão competente e 10 dias da terminação do contrato de trabalho.
- dispensada: 20/04/2015;
- pagou: 24/04/15 (pagou no prazo correto);
- baixa da CTPS: 21/05/15 (terá que pagar a multa, de acordo com o art. 477, § 8º, da CLT.
	Sim. Embora tenha pago no prazo correto, não cumpriu os outros requisitos, quais sejam: baixa na CTPS e ausência de comunicação aos órgãos competentes. 	
QUESTÃO OBJETIVA
1- Homologar a rescisão nada mais é do que efetuar o pagamento das verbas rescisórias a que o empregado fizer jus, nas entidades competentes, que orientarão e esclarecerão as partes sobre o cumprimento da lei. Tendo em vista a afirmativa, é correto dizer:
a) O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 6 (seis) meses de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
b) O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação,
apenas, relativamente às mesmas parcelas.
c) Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento deste, pelo Promotor de Justiça.
d) O empregador em hipótese alguma poderá ser representado por preposto formalmente credenciado e o empregado, excepcionalmente, poderá ser representado por procurador legalmente constituído, com poderes expressos para receber e dar quitação.
e) Tratando-se de empregado menor, será obrigatória, também, a presença e a assinatura do pai e da mãe respectivamente, ou de seu representante legal, que comprovará esta qualidade.
Resposta: b.
Caso Concreto 10
Manuela foi contratada pela empresa TDB Informática Ltda., em 13/10/2011 na função de analista de sistemas e foi dispensada sem justa causa em 15/06/2013, com aviso prévio indenizado. Ajuizou ação trabalhista em 10/07/2015 postulando o pagamento de horas extras de todo período trabalhado e seus reflexos sobre o repouso semanal remunerado, férias integrais e proporcionais + 1/3, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS + 40% e aviso prévio. No entanto, no dia da audiência realizada em 19/11/2015, Manuela não compareceu e a ação trabalhista foi arquivada, com a extinção do processo sem resolução do mérito. Ajuizou nova ação trabalhista em 17.06.2016 postulando além as horas extras o adicional noturno de todo período trabalhado e os respectivos reflexos nas verbas contratuais e rescisórias. Em sua contestação, a empresa TDB Informática arguiu a prescrição total, requerendo a extinção do processo com resolução do mérito.
Considerando essa situação hipotética, esclareça, de forma fundamentada, se há prescrição total no presente caso.
Resposta:
Contratada: 13/10/2011.
Dispensada: 15/06/2013.
Aviso prévio: 30 dias.
Baixa da CTPS: 15/07/2013. Dessa data, pelo artigo 7º da CRFB/88, tem-se 2 anos para entrar com a ação. 
Ação: 10/07/2015.
	O ajuizamento da ação suspende o que for idêntico. Sendo assim, somente o adicional noturno não prescreveu. 
	Há prescrição total apenas para os pedidos que não são idênticos aos pedidos da ação trabalhista arquivada (súmula 268 do TST).
QUESTÃO OBJETIVA:
1- (Ano: 2016 - Banca - FCC Órgão: TRT - 1ª REGIÃO) Prova de Juiz do Trabalho Substituto). O cirurgião-dentista A admitiu em seu consultório a atendente X, em 20/10/2002, anotando regularmente sua CTPS. O contrato de trabalho desenvolveu-se normalmente até 2004, quando, após sucessivas investidas do empregador, a atendente aceitou dar início a um relacionamento amoroso entre eles, o qual culminou com o divórcio do empregador em 2005 e a celebração de uma escritura pública de união estável entre ele e a atendente, não obstante continuassem a executar normalmente o contrato de trabalho. Rompendo a união estável, também por escritura pública, em 10/03/2008, a relação de emprego ainda assim prosseguiu, sem qualquer alteração, até 15/02/2010, quando o empregador dispensou imotivadamente a trabalhadora. Promovendo a trabalhadora reclamação trabalhista em face do cirurgião dentista, em 20/01/2012, pretendia receber horas extras, por todo o período, e diferenças salariais desde 2005, considerando que desde então até 2009 o empregador não lhe havia concedido qualquer reajuste salarial. Tudo considerado, conclusos os autos, o juiz decidiu acertadamente que, no caso:
a) o primeiro contrato prescreveu em 10/03/2010 e o segundo não chegou a ter títulos prescritos, determinando-se o prosseguimento da instrução em relação a este período.
b) estariam prescritos todos os títulos anteriores a 20/01/2007, caso arguida a prescrição a qualquer tempo no processo.
c) arguida a preliminar de prescrição, e com a celebração da união estável, a primeira relação de emprego ter-se-ia extinta, uma vez que não se poderia admitir relação de subordinação entre conviventes em união estável. Os títulos referentes ao primeiro contrato estariam fulminados pela prescrição bienal em 2007 e os do segundo poderiam ser integralmente reclamados.
d) em decisão interlocutória, com a união estável, o contrato de emprego ficou suspenso, ainda que houvesse prestação de serviços. Finda esta, o contrato retomou sua marcha, devendo-se contar a prescrição quinquenal a partir dessa retomada da marcha.
e) não há prescrição a ser pronunciada, rejeitada a preliminar.
Resposta: b.
a) FALSO.  Não há dois contratos, apenas uma relação de emprego, entre 2002 e 2010.
c) FALSO. Só há uma relação de emprego.
d) FALSO. Decisão interlocutória de união estável. Decisão interlocutória é espécie de pronunciamento do juiz. Além disso, o contrato não ficara suspenso, pois o trabalho era prestado normalmente, e não se trata de hipótese de suspensão contratual.
e) FALSO. Mesmo se considerasse a suspensão do prazo prescricional durante a União, ao menos estariam prescritas as verbas exigíveis do período de 2002.
Caso Concreto 11
1- Cristina Maria foi dispensada por justa causa, sob a alegação de prática de ato de indisciplina e insubordinação, por ter se recusado a despir-se diante de sua superiora hierárquica. Tal fato ocorreu porque a empresa resolver submeter todos os empregados, inclusive mulheres, à revista íntima. A empresa alegou que os empregados estariam desviando mercadorias e por isso a adoção da revista íntima seria medida eficaz para a preservação e continuidade de suas atividades. Cristina Maria nada recebeu na extinção do contrato de trabalho e pretende propor ação trabalhista para defender seus interesses.
Diante da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado contratado por Cristina Maria indique a fundamentação jurídica que deverá ser adotada para a defesa dos interesses de sua cliente, discriminando as verbas rescisórias que devem ser postuladas.
Resposta: Segundo o TST, revista íntima é vexatória.
	Ele irá poder entrar com ação de rescisão indireta, de acordo com o art. 483, “e”, da CLT, por se tratar de ato lesivo da honra. Além disso, terá direito a todas as verbas como se estivesse sido dispensada sem justa causa.
QUESTÃO OBJETIVA:
1- Sobre o contrato de aprendizagem, assinale a alternativa INCORRETA:
a) não necessita ser escrito, podendo ser tácito.
b) O prazo será de, no máximo, 2 (dois) anos.
c) é garantido o salário mínimo hora, salvo condição mais favorável.
d) o aprendiz deverá ter idade mínima de 14 (quatorze) e máxima de 24 (vinte quatro) anos, exceto no caso de aprendizes portadores de deficiência, com qualquer idade.
Resposta: a.
	CLT, art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação.
Caso Concreto 12
1- Se um empregado de um condomínio residencial, utilizando luvas, coloca diariamente o saco de lixo, já lacrado, na calçada, no horário predeterminado para coleta, passa a ter direito ao adicional de insalubridade? Justifique a resposta.
Resposta: De acordo com a súmula 448 do TST, basta fornecer luva ao porteiro para ele não ter direito à insalubridade.
QUESTÃO OBJETIVA
1- No que se refere ao adicional de periculosidade e ao adicional de insalubridade, assinale a opção correta.
a) A eliminação da insalubridade do trabalho em uma empresa, mediante a utilização de aparelhos protetores aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, não é suficiente para o cancelamento do pagamento do respectivo adicional.
b) As horas em que o empregado permanecer em sobreaviso também geram a integração do adicional de periculosidade para o cálculo da jornada extraordinária.
c) Frentistas que operam bombas de gasolina não fazem jus ao adicional de periculosidade, visto
que não têm contato direto com o combustível.
d) O caráter intermitente do trabalho executado em condições insalubres não afasta o direito de recebimento do respectivo adicional.
Resposta: d.
Súmula 47 do TST: O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.

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