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RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DOS ESTADOS DIP 2016

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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Responsabilidade Internacional dos Estados
Profª Ms. Dorita Ziemann Hasse
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
		É o instituto jurídico pelo qual um Estado ao qual é imputado um ato ilícito, segundo o Direito Internacional, deve uma reparação ao Estado contra o qual esse ato ilícito foi cometido.
		O princípio fundamental da justiça traduz-se concretamente na obrigação de manter os compromissos assumidos e na obrigação de reparar o mal injustamente causado a outrem.
		Assim, o Estado é internacionalmente responsável por todo ato ou omissão que lhe seja imputável e do qual resulte a violação de uma norma jurídica internacional ou de suas obrigações internacionais.
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
		A responsabilidade pode ser delituosa ou contratual.
		A responsabilidade jurídica do Estado pode restar comprometida tanto por um dano material quanto por um dano moral.
		A responsabilidade será direta, se derivada de atos do próprio governo ou de seus agentes e indireta, se resultante de atos praticados por particulares. Neste último caso justifica-se por ser o Estado responsável por não ter prevenido ou punido tais atos.
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
Características:
Tem finalidade de reparação de prejuízo;
Em geral, a reparação internacional é de Estado para Estado, contudo, já houve caso de reparação de Estado para organização internacional;
É instituto consuetudinário, de natureza política. Cada caso deve ser analisado separadamente. As decisões têm um cunho eminentemente político;
Não é possível a ação de responsabilidade penal contra um Estado.
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
Elementos:
Ato ilícito – deve haver violação de deveres ou obrigações internacionais do Estado, não apenas aquelas estipuladas em tratados, mas também as resultantes de Costume e de Princípios Gerais de Direito;
Imputabilidade – é o nexo de causalidade, que liga o ato ilícito a quem é por ele responsável. Não se confunde a imputabilidade na esfera do Direito Internacional com o conceito de imputabilidade penal, uma vez que não se vincula à autoria do ato ilícito;
Dano ou Prejuízo – pode ser material ou moral; causado contra o Estado ou contra um particular do Estado.
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
			Segundo a Comissão de Direito Internacional da ONU, há um elemento objetivo, que é a violação de uma norma internacional e um elemento subjetivo, que é a atribuição dessa violação a um Estado.
*
Classificação
Quanto ao tipo de conduta:
Comissiva (ação)
Omissiva (omissão)
Quanto à fonte de Direito violada:
Convencional (tratados)
Delituosa (costume)
Quanto ao autor do ato
Direta (governo)
Indireta (município)
Quanto aos atos que ensejam a responsabilidade:
Atos ilícitos
Atos lícitos
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
Natureza Jurídica:
Teoria da Culpa (Grotius/von Liszt)
		A violação de norma internacional por parte do Estado acarreta sua culpa para ser responsabilizado internacionalmente. Os atos devem ser antijurídicos objetivamente e imputáveis por dolo ou imprudência às pessoas que os cometem.
Teoria do Risco ou Objetiva (Triepel)
		O Estado será sempre responsável internacionalmente, desde que haja um nexo de causalidade entre ele e o autor do ato ilícito.
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
Espécies:
Direta – movida contra o governo de um Estado, seus órgãos e funcionários;
Indireta – movida contra uma coletividade que se encontra sob a responsabilidade desse Estado;
Por comissão – quando o ato ilícito resulta de uma ação do Estado;
Por omissão – quando o Estado deixa de praticar um ato internacional;
Convencional – origina-se na violação de tratado internacional;
Delituosa – origina-se de violação de norma consuetudinária.
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
Proteção Funcional:
	
		É concedida por organização internacional a seus agentes que sofrem qualquer restrição à prática de seus serviços. Deriva da Carta das Nações Unidas.
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
Proteção Diplomática:
	
		É a possibilidade de os particulares, por intermédio de seu Estado, terem acesso aos tribunais internacionais. O Estado endossa a reclamação de um indivíduo ou de uma sociedade tornando-a sua. É um poder discricionário do Estado.
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
ENDOSSO- é a concessão da proteção diplomática de um Estado a um particular;
É ato discricionário – o particular pode pedir, mas não tem o direito de obtê-la;
Se o Estado conceder, não poderá retirá-la a qualquer momento – é o precário
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
Condições do endosso:
a- nacionalidade: a vítima deverá ser nacional do Estado;
a.1 dupla nacionalidade: proteção concedida por qualquer Estado (não pode ser conflitante)
a.2 nacionalidade contínua: não pode haver quebra da continuidade da nacionalidade do reclamante; deve haver vínculo patrial
 Entre Estado e reclamante. 
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
Condições...
b- esgotamento de recursos internos, administrativos ou judiciários no território do Estado reclamado;
b.1 efeito jurídico do endosso – o Estado passa a ser senhor da demanda com todas as consequências;
b.2 o Estado tem o dever de transferir a indenização ao particular (montante líquido);
b.3 ter a vítima agido sem culpa (teoria das mãos limpas)
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
Atos que ensejam a Ação de Responsabilidade Internacional:
Atos do Poder Executivo
		São os grandes responsáveis pelas ações de responsabilidade internacional. Podem decorrer de decisões do próprio governo ou de atos de seus funcionários, incluindo-se a prisão injusta ou ilegal.
Atos do Poder Legislativo
		Quando o Estado aprova ou não revoga leis contrárias às normas internacionais, ou deixa de aprovar leis indispensáveis ao cumprimento da norma internacional.
*
Atos do Executivo
Exemplos:
Conclusão de contratos ou concessões;
Prisões ilegais ou arbitrárias;
Concessão de anistia contrária às regras de DI;
Violação de tratados;
Descumprimento de laudos arbitrais e decisões judiciárias internacionais;
Violação de fronteiras em tempo de paz;
Injustiças cometidas contra estrangeiros;
Descumprimento de proteção às pessoas acreditadas.
*
Atos que ensejam a Ação de Responsabilidade Internacional 
: Atos do Poder Judiciário
		São os casos de denegação da justiça, ou seja, de violação do Direito Internacional em detrimento de estrangeiros. Em sentido amplo, quando o aparelho judiciário é ineficiente, há decisão injusta ou que viole norma internacionais; em sentido estrito quando o judiciário veda o acesso aos tribunais pelo estrangeiro.
Atos de Particulares
		Devem ser lesivos a um Estado ou a estrangeiros. A ação será possível caso o Estado não use de meios eficazes para prevenir e evitar tais atos. O Estado só poderá ser responsabilizado por atos de seus nacionais.
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
Excludentes de Responsabilidade Internacional:
Legítima Defesa
		O uso da força, se limita aos requisitos da defesa, por parte do Estado agredido, perde o caráter de ilícito. Contudo a autorização para o emprego da força em legítima defesa está limitada por uma cláusula condicional ou por uma situação de fato comparativamente clara e objetiva. 
 Todo o uso da força, salvo em legítima defesa, é incompatível com o propósito fundamental das Nações Unidas. Assim as intervenções de caráter humanitário não se caracterizam como legítimas, podendo este caráter funcionar apenas como atenuante.
*
Responsabilidade Internacional dos Estados
Excludentes de Responsabilidade Internacional:
Força Maior, Caso Fortuito e Estado de Necessidade
		Quando um Estado se vê ameaçado em seus interesses vitais, em sua existência e na possibilidade de atendera seu progresso e desenvolvimento, pode defendê-los, ainda que lesione interesses legítimos de outros Estados. Trata-se de conflitos entre os interesses de um Estado e os direitos de outro.
Prescrição Liberatória
		Resulta do silêncio do lesado após transcorrido um lapso de tempo hábil entre o ilícito e a prescrição. Não há delimitação exata desse tempo, que varia de ação para ação. Em geral é de cinco anos.
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Responsabilidade Internacional dos Estados
Excludentes de Responsabilidade Internacional:
Carlos Calvo – Ministro das Rel. Exteriores da Argentina
Cláusula Calvo – renúncia do indivíduo lesado
		Foi inserida nos contratos de concessão entre empresas transnacionais e governos latino-americanos. Por ela essas empresas renunciavam à proteção diplomática do Estado de sua nacionalidade. Qualquer reclamação deveria ser solucionada exclusivamente pelo tribunal interno do Estado. Exprimia a renúncia de uma faculdade alheia (do Estado) e, portanto, seria nula de pleno direito;
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Responsabilidade Internacional dos Estados
A Reparação:
		É a finalidade da responsabilidade internacional do Estado, podendo ser efetivada nas seguintes formas:
Restitutio in integrum – reparação direta, restituição das coisas ao estado em que se encontravam antes do dano. Na sua impossibilidade é convertida em indenização ou compensação equivalente
Sansões internas – responsabilidade por atos de particulares;
Sanções de natureza moral – manifestação externa em honra do Estado atingido pelo ato, em geral “pedido de desculpas”;
Indenização – reparação por dano patrimonial, incluindo danos diretos (emergentes) e lucros cessantes, sem, contudo, tornar-se fonte de enriquecimento ilícito.
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Responsabilidade Internacional dos Estados
Pela regra geral a forma de um Estado cumprir com a responsabilidade que lhe incumbe, em virtude da violação de uma obrigação internacional é reparando o dano.
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Responsabilidade Internacional dos Estados
Referência:
MAZZUOLI, V. de O. Curso de direito internacional público. 3 ed. rev. ataul. e amp. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.

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