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1 ESTUDO DIRIGIDO DA DISCIPLINA Legislação de Segurança Privada Referência: Compilação de leis & normas da Segurança Privada. Cadernos Universitário. Curitiba: Intersaberes, 2017. Neste roteiro destacamos a importância para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao contexto estudado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteúdo programático da sua disciplina nesta fase, e lhe proporcionarão maior fixação de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse é apenas um material complementar, que juntamente com os vídeos e os slides das aulas compõem o referencial teórico que irá embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possível. Bons estudos! A categoria conhecida genericamente de ``vigilante´´, só ganhou qualificação profissional a partir de junho de 1983, quando a segurança privada foi regulamentada através da Lei 7.102, a qual dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências”. A necessidade de se regulamentar a atividade da segurança privada fez com que em 1.983 fosse elaborada a Lei 7.102 que até hoje rege e dá limites legais as atividades desenvolvidas em todo o território nacional pelas empresas particulares que prestam serviços de vigilância e transporte de valores, dando normas e regras 2 para a sua constituição e funcionamento, sendo que os que locais onde é obrigatória a presença da segurança privada, neste caso, do vigilante são: Os estabelecimentos financeiros, referidos no artigo 1º da Lei 7.102/83, compreendem bancos oficiais ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, suas agências, postos de atendimento, subagências e seções, assim como as cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências. Conforme o Artigo 10 em seu §2º: As empresas especializadas em prestação de serviços de segurança, vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas privadas, além das hipóteses previstas nos incisos do caput deste artigo, poderão se prestar ao exercício de outras atividades, ou seja, além das instituições financeiras, as empresas de segurança privada podem prestar ao exercício das atividades de segurança privada a pessoas; a estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços e residenciais; a entidades sem fins lucrativos; além de órgãos e empresas públicas. Vigilante, para os efeitos da Lei 7.102/83, é o empregado contratado para a execução das atividades definidas nos incisos I e II do caput e § § 2º, 3º e 4º do art.10, para o exercício da profissão, o vigilante deverá preencher alguns requisitos, conforme abaixo: 1. Ser brasileiro; 2. Ter idade mínima de 21 anos. 3. Ter instrução correspondente à quarta série do ensino fundamental (antigo primeiro grau); 4. Ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos da lei 7.102/83. 5. Ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico. 6. Não ter antecedentes criminais registrados 7. Estar quite com as obrigações eleitorais e militares. É previsto que para o exercício da profissão de vigilante é obrigatório o prévio registro no Departamento de Polícia Federal, que se fará após a apresentação dos documentos exigidos. No artigo 18 fica determinado que o vigilante somente poderá usar o uniforme quando estiver em efetivo serviço, ou seja, não pode ficar 3 circulando pela cidade com o uniforme. É assegurado ao vigilante pela Lei 7.102/83: 1. Uniforme especial às expensas da empresa a que se vincular. 2. Porte de arma, quando em serviço. 3. Prisão especial por ato decorrente do serviço. 4. Seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora. As empresas especializadas e os cursos de formação de vigilantes que infringirem disposições da Lei 7.102/83 ficarão sujeitos às seguintes penalidades, aplicáveis pelo Ministério da Justiça, ou, mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança Pública, conforme a gravidade da infração, levando-se em conta a reincidência e a condição econômica do infrator. Sendo as penalidades sofridas pelo infrator: I. Advertência; II. Multa de quinhentas até cinco mil Ufirs; III. Proibição temporária de funcionamento; IV. Cancelamento do registro para funcionar. Conforme o Decreto nº. 89.056/1983 é possível que as empresas consigam autorização para executar serviços orgânicos de segurança. Os itens exigidos para se ter uma vigilância orgânica na instituição são: I. Comprovante de que a empresa possui instalações adequadas para operacionalizar os serviços orgânicos de segurança; II. Documentos pessoais dos responsáveis pelo setor que executará o serviço; III. Prova de que os sócios-proprietários, diretores e gerentes da empresa que executa serviços orgânicos e de que os responsáveis pelo setor de segurança não tenham condenação criminal registrada; IV. Relação dos vigilantes; V. Modelo de uniforme especial dos vigilantes; VI. Relação das armas e munições de propriedade e responsabilidade da empresa, acompanhada de cópia do registro no órgão de segurança pública ou declaração de que não as possui; VII. Relação dos veículos especiais, no caso dos serviços próprios de transporte de valores. As empresas de segurança privada têm por obrigação se atentarem quanto a necessidade de revisão da autorização de funcionamento. A periodicidade em que a revisão da autorização deve ocorrer e por qual “documento” é verificado se a 4 autorização foi ou não concedida: A revisão da autorização de funcionamento das empresas de segurança privada e das empresas que executam serviços orgânicos de segurança deverá ser requerida, anualmente, a contar da publicação da autorização no Diário Oficial da União, sendo o DOU o documento que comprova que a autorização foi concedida. Uma das disciplinas do Curso de Formação de Vigilantes é a Prática de Tiro, com relação as armas e munições a propriedade do material é de responsabilidade da instituição autorizada a ministrar o curso. Contudo, as armas e munições serão utilizadas pelos instrutores e alunos do curso de formação de vigilantes para a prática de tiro. Conforme a Portaria nº 3.233/2012 – DG/DFP, de 10 de dezembro de 2012, que dispões sobre as normas relacionadas às atividades de Segurança Privada, descreve, entre outros assuntos, sobre as atividades de segurança privada, são atividades consideradas de segurança privada: I. Vigilância patrimonial II. Transporte de valores III. Escolta armada IV. Segurança pessoal V. Curso de formação Conforme a Portaria nº 3.233/2012 – DG/DFP, de 10 de dezembro de 2012, que dispões sobre as normas relacionadas às atividades de Segurança Privada, descreve, entre outros assuntos, sobre terminologias utilizadas: empresa especializada, empresa possuidora de serviço orgânico de segurança, vigilante e plano de segurança. A empresa possuidora de serviço orgânico de segurança é pessoa jurídica de direito privado autorizada a constituir um setor próprio de vigilância patrimonial ou de transporte de valores. Conforme a Portaria nº 3.233/2012 – DG/DFP, de 10 de dezembro de 2012, que dispões sobre as normas relacionadas às atividades de Segurança Privada, descreve, entre outros assuntos, das unidades de controle e fiscalização, no qual o controle e a fiscalização das atividades de segurança privada serãoexercidos pelos órgãos e unidades, as suas responsabilidades, vínculos e alcance das 5 Delesps – Delegacias de controle de segurança privada são: Unidades regionais vinculadas às Superintendências de Polícia Federal nos Estados e no Distrito Federal, responsáveis pela fiscalização e controle das atividades de segurança privada no âmbito de suas circunscrições. As empresas de vigilância patrimonial não poderão desenvolver atividades econômicas diversas das que estejam autorizadas, conforme a Portaria nº 3.233/2012 – DG/DFP, de 10 de dezembro de 2012. A atividade de vigilância patrimonial em um imóvel/empresa/condomínio e eventos sociais, somente poderá ser exercida dentro dos limites dos imóveis vigiados e, nos casos de atuação e eventos sociais, como show, carnaval, futebol, deve se ater ao espaço privado objeto de contrato. A atividade de vigilância patrimonial em grandes eventos, assim considerados aqueles realizados em estádios, ginásios ou outros eventos com público superior a três mil pessoas deverão ser prestadas por vigilantes especialmente habilitados, sendo exigido do vigilante a habilitação especial de curso de extensão em segurança para grandes eventos, ministrado por empresas de cursos de formação de vigilantes. Na Seção IV – Da Renovação do Plano de Segurança Com Alteração, Redução de Elementos de Segurança ou Implementação de Rodízio de Vigilantes: havendo por parte da instituição financeira a pretensão de alteração, redução de elementos de segurança já aprovados, ou implementação de rodízio de vigilantes durante o intervalo intrajornada, para tal, deverá ocorrer um comunicado, com base na Portaria 3.233/2012 – DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012, o comunicado de alterações deverá ser realizado um requerimento de renovação e ser apresentado até 31 de julho do ano anterior ao de sua validade, instruído com os documentos previstos, bem como com a justificativa para a alteração, redução pretendida ou implementação do rodízio pretendido. Com base na Portaria 3.233/2012 – DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012, as empresas de segurança especializadas e as que possuem serviço orgânico de segurança somente poderão utilizar as armar, munições, coletes de proteção balística e outros equipamentos descritos nesta Portaria. Em caráter excepcional e 6 individual, é possível autorizar aquisição pelas empresas para o uso de outras armas e equipamentos, considerando as características para o interesse nacional. As empresas de segurança especializadas e as que possuem serviço orgânico de segurança, inclusive as de transporte de valores, podem adquirir armas, munições, coletes à prova de bala e outros produtos controlados, com base na Portaria 3.233/2012 – DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012, as exigências fundamentais para que as empresas consigam adquirir material controlado são: somente poderão adquirir material controlado se estiverem com a autorização de funcionamento e o certificado de segurança válidos. Com base na Portaria 3.233/2012 – DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012, as empresas especializadas e as que possuem serviço orgânico de segurança que desejarem transportar armas e munições entre estabelecimentos da mesma empresa ou para suprimento de postos de serviço, ou em outras situações que se fizerem necessárias, deverão apresentar requerimento à Delesp ou CV. Os itens que devem constar no requerimento para transporte de armas e munições são: I. A descrição das armas e munições a serem transportadas. II. A descrição dos endereços de origem e destino, bem como o motivo da necessidade de transporte. III. O trajeto do material a ser transportado, quando entre municípios não contíguos IV. Comprovante de recolhimento da taxa de autorização para transporte de arma, munições, explosivos e apetrechos de recarga. As empresas também possuem autorização para transportar os coletes à prova de balas entre a empresa e os seus postos de serviços. O transporte de coletes à prova de balas, entre as instalações da empresa e para seus postos de serviço, não necessita de autorização da Delesp ou CV, dispensando-se a expedição de guia de tráfego, e quando os coletes forem adquiridos por outra empresa de segurança privada ou forem encaminhadas para destruição, seu transporte dependerá de autorização da Delesp ou CV. As armas, munições, coletes de proteção balística e demais produtos controlados de propriedade das empresas especializadas e das que possuem serviço orgânico de segurança serão guardados em local seguro, em seu estabelecimento, de 7 acesso restrito a pessoas estranhas ao serviço. Considerando a Portaria 3.233/2012 – DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012, os equipamentos e até cinco armas de fogo que estejam sendo empregados na atividade de segurança privada poderão ser guardados em local seguro aprovado pela Delesp ou CV, no próprio posto de serviço, não podendo o tomador do serviço ter acesso ao material, cuja responsabilidade pela guarda cabe exclusivamente à empresa especializada. As empresas de vigilância patrimonial, conforme a Portaria 3.233/2012 – DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012, e as que possuem serviço orgânico de segurança poderão utilizar cães em seus serviços, desde que possuam autorização de funcionamento e certificado de segurança válido. As regras para que se tenha um cão para trabalhar na área de segurança privada são: I. Ser adequadamente adestrado por profissionais comprovadamente habilitados em curso de cinofilia. II. Ser de prioridade da empresa de vigilância patrimonial ou da que possui serviço orgânico de segurança, ou de canil de organização militar, de Kanil club ou particular. A conduta do vigilante é um ponto primordial para a segurança do cliente e a imagem da empresa. Considerando a Portaria 3.233/2012 – DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012, sobre a apuração das condutas dos vigilantes, caso ocorra algum ato ilícito ou não pertinente a função, o procedimento das empresas diante do ocorrido deve ser: I. Comunicar imediatamente à Delesp ou CV de sua circunscrição a ocorrência de ilícitos penais com o envolvimento de seus vigilantes, quando no exercício de suas atividades, e colaborar nas investigações; II. Apurar o fato em procedimento interno, juntando cópias do boletim de ocorrência e de outros documentos esclarecedores do fato, encaminhando cópia do procedimento apuratório à Delesp ou CV, para conhecimento. Mediante a Portaria 3.233/2012 – DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012, é punível com a pena de proibição temporária de funcionamento entre três a trinta dias, conforme a gravidade da infração e suas consequências, ainda que potenciais, a reincidência e a condição econômica do infrator, a empresa especializada e a que 8 possui serviço orgânico de segurança, são condutas que resultarão nas punições mencionadas: I. Incluir estrangeiro na constituição societária ou na administração da empresa, sem amparo legal. II. Ter na constituição societária, como sócio ou administrador, pessoas que tenham condenação criminal registrada. III. Não possuir pelo menos dois veículos especiais em condições de tráfego, para as empresas que exerçam a atividade de transporte de valores. As atividades de vigilância patrimonial, de transporte de valores, de escolta armada e de segurança pessoal poderão ser executadas por uma mesma empresa, desde que devidamente autorizadas em cada uma destas atividades, conforme a Portaria 3.233/2012 – DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012. A empresa especializa nas atividades de segurança privada, poderá adotar firma ou razão social se observar a seguintes regras: I. A não utilização de nomede fantasia. II. A não utilização de firma ou razão social idêntica ou similar a uma outra já autorizada. III. E não utilizará de termos de uso exclusivo pelas instituições militares ou órgãos de segurança pública IV. A não utilização de termos contraditórios, nocivos ou perigosos ao bem público, à segurança do Estado e à coletividade. A formação do vigilante é essencial para a prestação dos serviços com qualidade e agindo dentro das exigências legais são os objetivos gerais do Curso de Formação de Vigilantes: a) Dotar o aluno de conhecimentos, técnicas, habilidades e atitudes que o capacitem para o exercício da profissão de vigilante, em complemento à segurança pública, incluída as atividades relativas à segurança física de estabelecimentos financeiros e outros, preparo para dar atendimento e segurança às pessoas e manutenção da integridade do patrimônio que guarda, bem como o adestramento para o uso de armamento convencional e o emprego de defesa pessoal; b) Elevar o nível do segmento da segurança privada a partir do ensino de seus vigilantes. 9 A Portaria nº. 346/2006 DG/DPF, de 03 de agosto de 2006, instituiu o Sistema de Gestão Eletrônica de Segurança Privada – GESP e dá outras providências. Tendo o sistema GESP a finalidade de informatizar os processos administrativos relativos à área de segurança privada em todo o território nacional, a ser utilizado no âmbito das empresas e instituições do setor e nas Delesps e Comissões de Vistoria do Departamento de Polícia Federal-DPF. A Portaria nº 3.559, de 31 de maio de 2013, altera a Portaria nº 3.233, de 10 de dezembro de 2012, no Departamento de Polícia Federal, modificando o prazo de início da exigência de qualificação do vigilante no `curso de extensão em segurança para grandes eventos, a ser exigido para os eventos esportivos em geral a formação destes profissionais e os períodos a serem respeitados são: Considerando a impossibilidade prática de que as empresas de curso de formação de vigilantes capacitem profissionais no “curso de extensão em segurança para grandes eventos” em quantidades suficientes e a qualificação do vigilante na referida extensão, será exigida a partir de dez meses para eventos esportivos em geral, e a partir de dezoito meses para os demais, contados a partir desta Portaria nº 3.233, de 10 de dezembro de 2012. A Portaria nº 12.620, de 13 de dezembro de 2012, dispõe sobre as normas relacionadas ao credenciamento de instrutores dos cursos voltados à formação, reciclagem e especialização dos profissionais de segurança privada. Os interessados em se credenciar para ministrar aulas deverão solicitar seu credenciamento mediante requerimento escrito, acompanhado da documentação comprobatória dos requisitos para a instrução na disciplina requerida, dirigido ao Chefe da Delegacia de Controle de Segurança Privada – Delesp ou ao Presidente da Comissão de Vistoria. A Portaria nº 12.620, de 13 de dezembro de 2012, dispõe sobre as normas relacionadas ao credenciamento de instrutores dos cursos voltados à formação, reciclagem e especialização dos profissionais de segurança privada. O credenciamento pela Delesp ou CV não estabelece qualquer espécie de vínculo trabalhista ou funcional com a Polícia Federal. 10 Conforme a Portaria nº 12.620, de 13 de dezembro de 2012, existe um período que valida o credenciamento do instrutor para os cursos de formação. Lembrando que o credenciamento é válido por quatro anos, renováveis, sucessivamente, por iguais períodos.