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Processual Trabalhista Damásio 23do10

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Direito Processual do Trabalho – AULA 1
Organização art. 111 CF
-TST art. 111-A CF: 27 ministros, estes devem ser brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos e nomeados pelo presidente, após aprovação por maioria absoluta do senado.
-TRT art. 115 CF: formado por pelo menos 7 juízes, brasileiros, com mais de 30 anos e menos de 65 anos e nomeados pelo presidente.
No total são 24 TRTs, 4 estados não possuem TRTs (Tocantins, Acre, Roraima e Amapa).
OBS: TST E TRT são formados por juízes de carreira (aprovado em concurso) e 1/5 constitucional da OAB e MPT (Ministério Público do Trabalho), sendo necessário ter pelo menos 10 anos de prática jurídica.
-Juiz: ingresso através da aprovação em concurso público, sendo necessário ser bacharel em direito e ter 3 anos de prática jurídica.
O juiz fica vitalício após 2 anos. Não confundir com estabilidade do servidor público que ocorre após 3 anos.
Competência 
-Absoluta, que se divide em funcional e material.
-Relativa, que se divide em territorial e em razão do valor da causa (o valor da causa não se aplica na Justiça do Trabalho, o valor da causa apenas muda o procedimento, mas não a competência). 
-Competência Funcional, serve para definir qual órgão vai julgar a ação, regra geral, cabe a Vara do Trabalho, salvo se existir previsão legal autorizando a competência dos tribunais, como por exemplo, Ação Rescisória, Medida de Segurança, Dissídio Coletivo.
-Competência Material, tem como objetivo definir qual matéria a Justiça do Trabalho pode julgar. O Art. 114 da CF regulamenta o tema e prevê que é da Justiça do Trabalho a competência para relação de emprego e relação de trabalho (pessoa física que presta serviço).
 SV nº 23 STF: é da competência da Justiça do Trabalho julgar o interdito proibitório ajuizado pelo empregador em razão da greve.
 STF já decidiu que a Justiça do Trabalho não tem competência penal, ou seja, não julga crimes, ainda que decorram do contrato de trabalho.
SV nº 22 STF prevê que é da competência da Justiça do Trabalho julgar as indenizações decorrentes do contrato de trabalho, inclusive por acidente ou doença do trabalho, ainda que ajuizado pelos herdeiros da vítima. (Se for contra o INSS não compete a Justiça do Trabalho).
-Competência Territorial, tem como objetivo definir o local do ajuizamento da ação. Art. 651 da CLT regulamenta o tema e prevê que é da competência da Justiça do Trabalho para o local do ajuizamento o local da prestação de serviço, salvo o empregado viajante, o brasileiro transferido para o exterior ou na hipótese de empresa transitória. 
Direito Processual do Trabalho – AULA 2
Partes e Procuradores
Jus Postulandi: art. 791 CLT, empregado e empregador podem atuar na Justiça do Trabalho sem advogado, independente do valor da causa, salvo nas hipóteses da súmula 425 do TST que se refere à Ação Rescisória, Medida de Segurança, Cautelar e Recurso ao TST e do art. 855-b CLT que trata do acordo extrajudicial e exige a participação de advogado para ambas as partes, que não poderá ser o mesmo.
É a faculdade de atuar na Justiça do Trabalho sem advogado.
No acordo extrajudicial o juiz não é obrigado a homologar nenhum acordo, podendo se negar.
Honorários Advocatícios Sucumbênciais: art. 791-a CLT, são devidos honorários advocatícios sucumbênciais em qualquer ação trabalhista, ainda que o advogado esteja em causa própria, na reconvenção, nas ações contra a Fazenda Pública e ainda que a parte tenha justiça gratuita, em tal situação observa o procedimento do §4º.
São devidos no importe de 5 a 15% (Súmula 219 TST).
Honorário contratual: entre cliente e advogado.
Sucumbênciais: resultado do processo, perdeu, pagou.
Se possuir justiça gratuita, desconta do crédito que lhe é devido. Caso não lhe seja devido crédito, aguarda-se o prazo de 2 anos para esperar caso apareça algum credito em qualquer processo, mesmo que não seja na Justiça do Trabalho.
Atos processuais: Art. 770 CLT, os atos processuais são públicos e devem ser praticados em dias úteis, das 6h às 20h, salvo a penhora que poderá ocorrer em domingos ou feriados mediante autorização judicial. 
Deixa de ser público apenas de juiz declarar.
Prazo: art. 775 CLT a contagem do prazo ocorre em dias úteis, Súmula 1 e 262 do TST.
Na interrupção o prazo volta a contar do início (ex: embargos de declaração), já na suspensão o prazo voltar a contar de onde parou (ex: recesso forense e art. 775-a CLT).
Nulidade Processual: art. 794 a 798 CLT.
Principal característica: só tem nulidade se houver prejuízo (principio da transcendência).
Procedimento: Na Justiça do Trabalho são 4:
-Sumário: aplicado para as ações até 2 salários mínimos e tem como única peculiaridade que não cabe recurso, salvo se violada a CF.
-Sumaríssimo: ações até 40 salários mínimos, previsto no art. 852-A a 852-I CLT.
-Ordinário : ações acima de 40 salários mínimos, é a regra geral.
-Especial: aplicado em ação que possui regra própria (ex: rescisória, medida de segurança, inquérito judicial, dissídio coletivo).
Principais regras do sumaríssimo: 
- Não cabe para administração pública direta, autarquia e fundação.
- Não tem citação por edital.
- O pedido deve ser liquido.
- A sentença não tem relatório.
- Cada parte pode ouvir 2 testemunhas (ordinário pode 3 e inquérito 6).
- A intimação da testemunha ausente somente vai ocorrer se a parte provar o convite para a testemunha.
Petição Inicial:
O art. 840 §1º CLT, exige que toda petição inicial trabalhista tenha pedido certo, determinado e com a indicação do valor, se não respeitado tal requisito o parágrafo 3º determina a extinção sem resolução do mérito.
Defesa do Réu: o novo art. 800 CLT prevê que a exceção de incompetência territorial deve ser apresentada no prazo de 5 dias a contar da citação/notificação. Em tal hipótese o processo é suspenso até a decisão final que somente admite recurso na hipótese da súmula 214 alínea C do TST (caso de incompetência territorial e apenas quando o TRT é distinto).
Direito Processual do Trabalho – AULA 3
Audiência
Local: art. 813 CLT – deve ocorrer na sede do juízo, salvo situações especiais que podem ocorrer em outro local, devendo as partes ser intimadas com antecedência de 24horas. 
Horário: dias úteis, das 8h às 18h, não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo matéria urgente.
Designação: art. 841 CLT, as audiências são designadas respeitando o prazo mínimo de 5 dias do recebimento da citação.
Atraso: OJ245SDI-1 – não há previsão legal tolerando atraso das partes, para o juiz o art. 815 CLT prevê tolerância de 15 minutos. (CPC e estatuto OAB 30 minutos, não confundir).
Publicidade: as audiências são públicas, salvo segredo de justiça em que o acesso fica limitado às partes e os advogados do processo.
Poder de polícia: art. 816 CLT, o juiz pode retirar da sala de audiência quem estiver perturbando, inclusive mediante força policial. 
Ausência na audiência: 
-Reclamante
- Audiência Una/Inicial: nos termos do art. 844 CLT, ausência gera o arquivamento, sendo o reclamante condenado em custas, mesmo que tenha justiça gratuita, salvo se justificar em 15 dias. O reclamante pode ajuizar uma nova ação desde que recolha as custas da ação anterior. Na hipótese de um novo arquivamento, vai ocorrer a perempção, conforme art. 732 CLT.
Perempção: 6 meses sem poder entrar com a ação trabalhista, enquanto corre o prazo de prescrição.
- Audiência de Instrução: acorre a confissão (súmula 74 do TST). OBS: art. 843 §2º CLT prevê a representação do reclamante em audiência.
-Reclamada
- Audiência Una/Inicial: art. 844 CLT, ausência vai gerar a revelia e a confissão, salvo na hipótese do §4º do mesmo artigo. 
O novo §5º prevê que ausente a reclamada, mas presente o advogado, poderá ser entregue a contestação com os documentos.
- Audiência de Instrução: nos termos da súmula 74 TST, vai ocorrer a confissão. OBS: o art. 843 §1º
da CLT prevê que a reclamada poderá ser representada em audiência por um gerente ou preposto que tenha conhecimento dos fatos, o novo §3º prevê que o preposto não precisa ser empregado. (Prejudicas as súmulas 122 e 377 do TST)
Recursos: 
Prazo: 8 dias, salvo embargos de declaração 5 dias.
Efeito: art. 899 CLT - os recursos trabalhistas possuem efeito apenas devolutivo, sendo permitida a execução provisória até a penhora.
Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias: Decisão interlocutória não admite recurso, salvo as hipóteses da súmula 214 do TST. 
A parte inconformada protesta e recorre da decisão final. 
Direito Processual do Trabalho – AULA 4
Preparo: trata-se da despesa para recorrer.
Na hipótese de recurso do reclamante empregado o preparo será apenas o recolhimento de custas, caso a sentença seja de total improcedência, salvo se a parte goza da justiça gratuita.
Já no recurso da reclamada empregador, o preparo será o recolhimento das custas e do depósito recursal, tal depósito serve para garantia do juízo, sendo devido apenas nas condenações em pecúnia. 
Será realizado na conta judicial e vai observar a correção monetária da poupança.
O §9° do art. 899 CLT, trata de hipótese de redução pela metade, o §10º trata da isenção e o §11º trata da substituição. 
OBS: Ler súmula 128 (garantia do juízo) e OJ140SDI-1 (Se a parte fizer o preparo menor, agora é prazo para complementar).
Recursos em espécie
- Recurso Ordinário: art. 895 CLT, sendo cabível no prazo de 8 dias em face das decisões definitivas ou terminativas das varas ou TRTs em competência originária. Exige preparo e a parte pode alegar qualquer matéria da decisão recorrida. O §1º do artigo trata do rito sumaríssimo.
- Embargos de declaração: é cabível no prazo de 5 dias nas hipóteses do artigo 897-A CLT. Não exige preparo e será julgado pelo mesmo órgão que proferiu a decisão recorrida.
Interrompe o prazo recursal, salvo se é intempestivo, sem assinatura ou com irregularidade de representação.
§2º do art. 897-A autoriza as contrarrazões quando possuir efeito modificativo.
- Agravo de petição: nos termos do art. 897, “a” CLT, é cabível no prazo de 8 dias em face das decisões em execução. Exige preparo se ainda não garantir o juízo. Nos termos do §1º é necessário delimitar a matéria e o valor recorrido.
- Agravo de instrumento: nos termos do art. 897, “b” CLT, é cabível no prazo de 8 dias em face do despacho que negou seguimento a um recurso. Ou seja, serve para destrancar um recurso. Exige o depósito no importe de 50% do valor feito no recurso que se pretende destrancar.
- Recurso de Revista: cabível no prazo de 8 dias para o TST em face das decisões em recurso ordinário dos TRTs, nas hipóteses do art. 896 CLT. Não admite reexame de fatos e provas e exige prequestionamento e a transcendência (896-A CLT). Na execução somente cabe por violação a CF. No sumaríssimo é cabível apenas por violação de súmula do TST, súmula do STF e CF, não cabe por violação OJ.
- Embargos no TST: é cabível no prazo de 8 dias, dentro do TST nas hipóteses do art. 894 CLT. Aplicam-se as mesmas peculiaridades do Recurso de Revista (RR). 
OBS: nos termos da súmula 283 do TST o recurso adesivo previsto no art. 997 CPC é cabível na Justiça Trabalhista nas hipóteses de Recurso Ordinário, Recurso de Revista, Agravo de Petição e Embargos no TST.
Principais temas:
Execução: Ler art. 878, 879 §2º, 855-A, 884, 882 e 883-A CLT.
ECA Lei 8069/90 – AULA 1
Conceitos
Criança: pessoa com até 12 anos incompletos
Adolescente: pessoa entre 12 e 18 anos
Direito à vida e à saúde arts. 8º a 10º do ECA
Gestante e parturiente tem direito a um acompanhante de sua preferência (Art. 8º §6º)
Registros do parto devem ser mantidos por 18 anos. 
Parto preferencialmente deve ser natural, salvo indicação médica.
Deve haver alojamento conjunto para a mãe e o bebê. 
Direito a liberdade
Art. 16:
I - ir, vir e estar nos locais públicos e espaços comunitários, resalvadas restrições legais.
AT: Toque de recolher – trata-se da restrição a liberdade de locomoção de crianças e adolescentes, no período noturno, desacompanhados dos pais ou responsável. Isto é feito por portaria do juiz da infância. Para o STJ trata-se de restrição ilegal
Proibições do ECA – Arts. 77 ao 82 + 250
- Não pode vender álcool para criança e adolescente, é crime. Antes era infração administrativa.
- Fogos de artifício não podem ser vendidos, salvo se pelo reduzido potencial lesivo, não puderem causar dano em caso de uso inadequado.
- Criança e adolescente não podem comprar bilhetes de loteria ou similares.
- Criança e adolescente não podem ir para hotel, motel, pensão ou congênere (infração administrativa - 250), salvo: acompanhado dos pais ou responsável, com autorização por escrito dos pais ou responsável ou autorização judicial. 
- Criança e adolescente não pode frequentar local que explore comercialmente jogo de bilhar, mesmo com autorização dos pais.
- Locais que explorem jogos eletrônicos podem ser frequentados e depende de regulamentação do juiz da infância local.
Autorização para viajar – arts. 83 e 84
- Viagem Nacional: 
Adolescente não precisa de autorização para viajar. Criança precisa e autorização judicial é valida por 2 anos, salvo se acompanhado de ascendente, se acompanhado de colateral maior até o 3º grau ou se houver autorização dos pais ou responsável para pessoa maior (ex: excursão escolar).
- Viagem Internacional:
Criança e adolescente precisam de autorização judicial, salvo se estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável ou se estiver acompanhado de um dos pais, com autorização por escrito do outro com firma reconhecida.
ECA Lei 8069/90 – AULA 2
Conselho Tutelar – arts. 131 a 140
- Obrigatoriedade: deve haver no mínimo um conselho tutelar por município e cada conselho é composto por 5 conselheiros.
- Acesso ao cargo: por eleição municipal que ocorre de 4 em 4 anos no primeiro domingo de outubro do ano seguinte das eleições presidenciais.
- Requisitos para se candidatar: maior de 21 anos, idoneidade moral e deve residir no município.
Família
Modalidades de família:
- Natural: formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. (regra art. 25)
- Extensa ou Ampliada: Comunidade formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente tenha afinidade, afetividade e convivência. (art. 25 p.u.) 
Família extensa ou ampliada tem preferência na adoção.
- Família substituta: guarda, tutela e adoção. (art. 28)
Adoção é a única irrevogável. Estrangeiro só pode adotar, não pode ter guarda ou tutela.
Regras gerais da família substituta (art.28)
- Irmãos devem ficar preferencialmente juntos, salvo situação excepcional plenamente comprovada.
- O adotado, se maior de 12 anos, é imprescindível o consentimento dele.
Adoção
- Idade do adotante: deve ser maior de 18 anos, e deve haver 16 anos de diferença entre o adotante e o adotado.
- Proibições do ECA: 
Não pode adotar por procuração (art. 39, §1º);
Ascendente não pode adotar descendente (art. 42 §1º)
Irmão não podem se adotar (art. 42 §1º)
- Modalidades:
- Adoção conjunta (art. 42 §2º): duas pessoas só podem adotar conjuntamente se forem casadas ou se viverem em união estável.
- Adoção unilateral (art. 41 §1º): é a adoção do padrasto ou madrasta.
- Adoção póstuma (art. 42 §6º): é a adoção quando o adotante falece no curso da adoção, terá continuidade se ficou claro o desejo de adotar.
- Adoção internacional (art. 51): é aquela em que o adotante possui residência habitual fora do Brasil.
- Adoção união homoafetiva: Lei não prevê mas é possível segundo a jurisprudência.
- Registro:
- O registro original é cancelado e é lavrado um novo.
- O prenome pode ser mudado e se for maior de 12 anos é imprescindível o consentimento.
- Prazo máximo para
encerrar o processo de adoção é de 120 dias, podendo ter 1 prorrogação por igual período. 
- Os processos de adoção terão prioridade para criança e adolescente com deficiência ou com doença crônica.
- Estágio de convivência (art. 46):
- Prazo máximo de 90 dias.
- A simples guarda de fato não autoriza a dispensa do estágio de convivência.
- Se internacional o estágio de convivência será de 30 a 45 dias, permitida uma igual prorrogação e deve ser cumprida em território nacional.
Criança e adolescente tem direito de conhecer a origem biológica (art. 48).
ECA Lei 8069/90 – AULA 3
PENAL
Crimes do ECA: art. 225 até o art 244-B.
Generalidades destes crimes:
- Todos os crimes são de ação penal pública incondicionada (art. 227).
- Corrupção de menores (art. 244-B): crime formal, não importa se a criança ou adolescente já praticou atos inflacionários anteriormente ou não.
- Pornografia Infantil (art. 241-A até 241-E): I - qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividade sexual explicita real ou simulada ou II - exibição dos órgãos genitais para fins primordialmente sexuais.
- Pornografia Infantil (art. 241-B): adquirir, possuir ou armazenar conteúdo erótico infantil por qualquer meio. Pena de 1 a 4 anos. Causa de diminuição de pena: §1º - de 1 a 2/3 se pequena quantidade o material apreendido.
Atos infracionais e medidas socioeducativas :
- Criança não recebe medida socioeducativa. Apenas o adolescente recebe. Criança recebe medida de proteção.
Medidas socioeducativas:
- Advertência (art. 115): admoestação verbal, bronca.
Para aplicar advertência não precisa de prova da autoria.
- Obrigação de reparar o dano (art. 116): pode ser feita de varias formas, inclusive com a restituição da coisa.
- Prestação de serviço à comunidade (art. 117): 
Diferente de trabalho forçado que é proibido.
Prazo máximo de 6 meses. E máximo 8 horas semanais, preferencialmente aos finais de semanas e feriados para não afetar os estudos.
- Liberdade assistida (art. 118): prazo mínimo de 6 meses.
- Semiliberdade (art. 120): pode ser fixada inicialmente ou como forma de progressão.
- Internação (art.121 e ss):
Modalidades de internação:
- Internação provisória: aquela anterior à sentença.
Não diz quando cabe, mas diz que o juiz deve justificar o cabimento, demonstrar a imprescindibilidade da medida. Prazo máximo de 45 dias.
- Internação definitiva: aquela aplicada na sentença.
Internação definitiva (art. 122):
- 122, I: Cabe quando for ato infracional com violência ou grave ameaça, mas não é obrigatório, apenas possível.
- 122, II: Reiteração no cometimento de outras infrações graves. 
Súmula 492 STJ: se for trafico de drogas não necessariamente gera internação.
ECA Lei 8069/90 – AULA 4
Continuidade internação:
- 122,III: descumprimento reiterado e injustificado de medida anteriormente imposta.
Súmula 265 STJ: é obrigatória a oitiva do adolescente antes de se determinar a sua internação regressão. 
Prazo da internação definitiva: aos 21 anos a desinternação é compulsória. A internação não tem prazo definitivo.
Prazos máximos: 
- Incisos I e II, máximo de 3 anos com reavaliação máxima a cada 6 meses.
- Inciso III, máximo de 3 meses.
Procedimento:
Representação (art.182) > recebimento (art. 184) > cientificação dos pais/responsáveis do adolescente (art. 184) > audiência de apresentação (art. 186 e s. 342 STJ) > defesa prévia (art. 186) > audiência em continuação (art. 186).
A competência é SEMPRE da justiça estadual.
A representação independe de prova pré-constituída de autoria e materialidade.
O legitimado ativo é sempre o Ministério Público.
Se os pais não forem encontrados será nomeado pelo juiz um curador especial.
Se o adolescente não for encontrado, o juiz suspende o processo e expede mandado de busca e apreensão.
Na audiência de apresentação é ouvido o adolescente e os pais/responsável.
A súmula 342 STJ diz que é nula a desistência de outras provas em face da confissão do adolescente.
O prazo da defesa prévia é de 3 dias e ela é facultativa.
Recursos no ECA – Art. 198
Os recursos do ECA não tem preparo.
O prazo é de 10 dias.
Tem preferência de julgamento e não tem revisor.
A apelação no ECA tem juízo de retratação
- Nos casos envolvendo adoção (art. 199-A) o recurso não possui efeito suspensivo, salvo adoção internacional ou perigo de dano irreparável ou de difícil reparação. 
- 199-D: Prazo de 60 dias para o relator colocar o processo em mesa para julgamento.
Remissão – Perdão da medida socioeducativa (art. 127 e 128)
- Pode ser oferecido pelo Ministério Público como causa de exclusão do processo e pode fazê-lo até a representação.
- Pode ser oferecido pelo juiz como causa de suspensão ou extinção do processo e pode fazê-lo até a sentença. 
Juiz pode cumular a remissão com medida socioeducativa. Não pode cumular com a internação e nem com semiliberdade.
Aspectos finais do ECA
- Deve haver identificação plantar e digital do bebê e digital da mãe. 
- A criança em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada no máximo a cada 3 meses (art.19 §1º).
- O adolescente não pode ser transportado em compartimento fechado de veículo oficial.
- Não necessariamente a guarda gera o afastamento do contato com os pais biológicos.
- A guarda gera direitos previdenciários.
- Tutela (art. 36), é cabível ao menor de 18 anos e ela pressupõe a perda ou suspensão do poder familiar.
Direito do Trabalho – Aula 1
Relação de Trabalho e Relação de Emprego:
Toda relação de emprego é uma relação de trabalho porém nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego.
Requisitos caracterizadores do vinculo empregatício: (art. 2 e 3 CLT)
5 Requisitos: Subordinação, Habitualidade (não eventualidade), Onerosidade, Pessoalidade, Pessoa Física.
Principio da primazia da realidade.
Súmula 386 TST (Policial militar)
Grupo Econômico (art. 2º, §2 e 3 CLT, fruto da L. 13.467/2017 – Reforma Trabalhista)
A partir de duas empresas pode-se falar de grupo econômico.
Responsabilidade trabalhista solidária.
Em regra, único contrato individual de trabalho (súmula 129 TST).
Com a reforma trabalhista, a mera identidade de sócios não é suficiente para a caracterização do grupo econômico.
Para caracterização do grupo econômico há a necessidade da demonstração da atuação conjunta e da comunhão de interesse entre as empresas.
Teletrabalho - art. 6, 62 III, 75-A a 75-E
Conceito/caracterização:
- É obrigatório ter a utilização de tecnologia.
- Prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador.
Alteração de Regime ou Sistema de Trabalho: 
- Do presencial para o teletrabalho: da regra para a exceção, pode mudar dependendo de mútuo acordo e deve ter registro em aditivo contratual.
- Do teletrabalho para o presencial: da exceção para a regra, pode ser por determinação do empregador, transição mínima de 15 dias para adaptação com registro em aditivo contratual.
Trabalhador Hipersuficiente – art 444 §único
- Trabalhador que possui maior poder de negociação/contratação.
- Possui equivalência jurídica ao principio da prevalência do negociado sobre o legislado (art. 611-A).
Trabalhador Hipersuficiente: 2 requisitos cumulativos que são:
Portador de diploma de nível superior e, além disso, deve ter salário igual ou superior ao dobro do teto previdenciário. Teto atual: R$ 5.645,80.
Contrato individual de trabalho:
Contrato de experiência (art. 443 §2º, “c”, art. 445 §único e 451 CLT + Súmula 188 TST):
- Prazo máximo de vigência é de 90 dias (diferente de 3 meses).
- Prazo mínimo não existe.
- Prorrogação é facultativa, é possível uma única prorrogação dentro do prazo máximo de 90 dias, sendo que o segundo período poderá ser igual, superior ou inferior ao primeiro.
- Não
confundir com comprovação de experiência prévia (art. 442-A). Comprovação de experiência prévia é licita e tem limite de até 6 meses, no mesmo tipo de atividade.
Direito do Trabalho – Aula 2
Continuação Contrato individual de trabalho
Contrato individual de trabalho intermitente (art. 443, caput e §3º e 452-A):
- Objetivos: flexibilizar a contratação e “aumentar os postos de trabalho” segundo empresários.
- Possui vinculo empregatício, com subordinação jurídica, sem continuidade e com alternância de períodos (serviços x inatividade).
- Periodicidade pode ser por hora/dia/mês.
- Chamado de “bico legal ou oficial”.
 - Em relação ao período de prestação de serviços, o empregador deverá arcar com todos os direitos trabalhistas. Em contrapartida o empregador não possui qualquer responsabilidade sobre o período de inatividade.
Terceirização – súmula 331 TST e Lei 6019/1974 (com reflexos das leis 13.429/2017 e 13.467/2017)
- Formado pelo trabalhador terceirizado, a empresa prestadora de serviços e a empresa tomadora dos serviços.
Entre Trabalhador e empresa prestadora de serviços, relação de emprego.
Entre Trabalhador e empresa tomadora de serviços, relação de trabalho.
Entre prestadora e tomadora, relação contratual de natureza civil ou empresarial.
- Novidade da reforma: Quarteirização
Ocorre quando a empresa prestadora de serviços subcontrata outra empresa (art. 4-A, §1º, Lei 6.019/1974).
Responsabilidade trabalhista das empresas:
- Empresa prestadora de serviços: responsabilidade direta pela existência do vinculo empregatício.
- Empresa tomadora dos serviços: responsabilidade indireta e subsidiária.
- Novidade da Reforma:
Maiores possibilidades de terceirização lícita em atividade fim. (ex: universidade poderá terceirizar professor, hospital poderá terceirizar médico, banco poderá terceirizar bancário).
STF: Decidiu ser constitucional. 
Alteração do Contrato Individual de Trabalho 
- Fenômeno da Reversão (art. 468 § 1 e 2, fruto da lei 13.467/2017):
- Reversão: Pessoa que recebe e posteriormente vem a perder cargo de confiança, essa reversão é lícita.
Rebaixamento (ex: adv. junior que vira pleno, não pode ser rebaixado para junior novamente.) é ilícito.
Gratificação de função: com a reforma o trabalhador sempre perderá o valor de gratificação independentemente do tempo de exercício da função de confiança.
Antigamente: se ficava 10 anos ou mais no cargo, incorporava no salário. 
Transferência de empregados – 
Para ser transferência deve haver mudança de domicilio (conceito do art. 70 CC, residência com ânimo definitivo).
Adicional de transferência é de no mínimo de 25% sobre o salário efetivo ou contratual.
O TST entende que o pressuposto legal apto ao pagamento do adicional é a transferência ser provisória independentemente da condição do empregado (art. 469, §3º, CLT + OJ 113 SDI-1/TST).
OBS: Todas as despesas com a transferência correrão por conta do empregador (art. 470 CLT + Súmula 29 TST). Essas despesas possuem natureza jurídica indenizatória, equivale a ajuda de custa (art. 457 §2º).
Direito do Trabalho – Aula 3
Interrupção e Suspensão do Contrato Individual de Trabalho 
- Semelhanças, diferenças, exemplos e exceções.
Características da interrupção:
- Manutenção do vínculo empregatício: nesse período não sabe despedida sem justa causa.
- O empregado não presta serviços.
- Pagamento dos salários do período (É A MAIS IMPORTANTE).
- Computo do período no tempo de serviço.
- Depósitos do FGTS (fundo de garantia).
Exemplos de Interrupção: férias, feriados, descanso semanal remunerado, licenças remuneradas, ausências justificadas ou abonadas, aborto espontâneo ou não criminoso (art. 395 CLT, direito a 2 semanas).
Art. 473 CLT – Rol de ausências justificadas:
- Lista a licença falecimento (luto ou nojo) e dá até 2 dias consecutivos no caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa dependente economicamente declaras na CTPS).
- Licença casamento (gala ou bodas) e dá até 3 dias consecutivos.
- Doação voluntária de sangue devidamente comprovada, concede 1 dia a cada 12 meses.
Características da suspensão:
- Manutenção do vínculo empregatício.
- O empregado não presta serviços.
- Não há o pagamento dos salários (É A MAIS IMPORTANTE).
- Em regra, não há o cômputo do período.
- Em regra, não há o recolhimento do FGTS.
Exemplos de suspensão: licenças não remuneradas, ausências injustificadas ou não abonadas, greve (art. 7º lei 7.783/1989), aposentadoria por invalidez (art. 475 CLT + súmula 440 TST).
Hipóteses de Suspensão Atípica ou “sui generis” do contrato:
É realizado o cômputo do período e com depósito do FGTS.
Exemplos: Serviço militar obrigatório + acidente de trabalho após o 15º dia.
Duração do Trabalho e Intervalos
-Intervalo intrajornada para refeição e descanso (art. 71): 3 regras básicas
- até 4 horas diárias não possui intervalo
- se trabalha + de 4horas até 6 horas: 15 minutos de intervalo
- se trabalha + de 6horas até 8 horas: de 1 a duas horas.
Esses horários não são computados na jornada.
OBS¹: É possível a redução do intervalo mínimo de 1 hora:
- Por autorização do Ministério do Trabalho (art. 71 §3º CLT) 
- Por autorização do Sindicado (art. 611-A, III CLT), nesse caso deve respeitar o mínimo de 30 minutos.
- NÃO é possível acordo entre as partes.
OBS²: Desrespeito ao intervalo mínimo. 
- art. 71 §4º, CLT (Lei 13.467/2017), o empregador deverá pagar apenas o período suprimido como extra e isso terá natureza jurídica indenizatória e não salarial.
 
Direito do Trabalho – Aula 4
Regime ou Sistema 12h x 36h (art. 59-A)
É lícito para todas as atividades, pode ser realizado por acordo individual escrito, por acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho.
Com o acordo individual escrito não precisa mais do sindicato para permitir isso.
Compensação de Horário/Jornada
É uma forma de prestação de horas extras sem o pagamento do adicional.
Ex: pode ter compensação semanal/quinzenal/mensal/semestral/anual.
2 Novidades da Reforma Trabalhista:
- Criação do Banco de Horas Semestral (art. 59 §5º), bastando um acordo individual escrito, não precisa mais do sindicato.
- Possibilidade de Compensação Mental Tácita (art. 59 §6º), não precisa mais de acordo individual escrito desde que realizado a compensação dentro do mesmo mês.
Remuneração e Salário:
- Equiparação salarial (art. 461):
Requisitos cumulativos:
- Identidade de função;
- Trabalho de igual valor (envolve igual produtividade + mesma perfeição técnica);
- Diferença de tempo de serviço não superior: 4 anos no mesmo emprego + 2 anos na mesma função (critério da antiguidade);
- Mesmo empregador;
- Mesma localidade (deve envolver o mesmo estabelecimento empresarial);
- Inexistência de quadro de carreira ou plano de cargos e salários, pois nesse caso é adotado o critério da promoção. 
Com a reforma trabalhista, esse plano de cargos e salários poderá ser estipulado por norma coletiva ou norma interna, independente da homologação do Ministério do Trabalho.
Extinção do Contrato Individual de Trabalho:
- Novidades da Reforma Trabalhista:
- Alterações no art. 477 CLT que fala do pagamento das verbas rescisórias, dispensa da homologação do sindicato ou Ministério do Trabalho.
- Art. 474-A: extinção do contrato individual de trabalho por mútuo acordo (destrato).
Nesse caso, paga metade do aviso-prévio indenizado + metade da multa de 40% do FGTS. Porém paga integral as demais verbas e poderá levar até 80% dos depósitos do Fundo de Garantia, mas não tem direito ao seguro-desemprego. 
- Art. 507-A: possibilidade da arbitragem para conflitos individuais trabalhistas.
É possível a cláusula compromissória de arbitragem por iniciativa do empregado ou mediante sua concordância expressa desde que o trabalhador tenha remuneração superior
ao dobro do teto previdenciário, nesse caso não tem a exigência do diploma.
Direito Coletivo do Trabalho
Instrumentos de Negociação Coletiva (Convenção Coletiva de Trabalho ou Acordo Coletivo de Trabalho – CCT ou ACT) – Arts. 611 a 625.
No confronto entre CCT e ACT, sempre prevalecerá o ACT ainda que mais prejudicial ao trabalhador.
Remuneração abrange gorjeta, salário não. 
Direito Tributário – AULA 1
Competência tributária:
Sempre estará na CF, ela engloba a instituição, modificação e extinção de tributos.
A CF não cria tributos, apenas diz quem pode cria-los e quais podem ser criados.
STF classifica as espécies tributarias em 5 espécies (pentapartida):
- Impostos, que se subdivide em impostos Ordinários, e dentro dos ordinários podem ser classificados como: federais, estaduais ou municipais.
Federais estão previstos no art. 153 da CF, são da competência da União e são eles: Importo de Importação (II), Imposto de Exportação (IE), Imposto sobre renda e Proventos de qualquer natureza (IR), Importo de Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Operação Financeira (IOF), Imposto Territorial Rural (ITR), Imposto sobre grandes fortunas (IGF).
Estaduais estão no art. 155 da CF: Imposto sobre transmissão causa mortis e doações (ITCMD), Imposto de Circulação de Mercadorias e prestação de serviços de transporte, interestadual, intermunicipal e comunicação (ICMS) e (IPVA)
Se o transporte for intramunicipal não incide o ICMS e passa a incidir o Imposto sobre Serviço (ISS).
Municipais estão no art. 156 CF: IPTU, Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e o ISS.
Cuidado com o ITBI, pois apenas incide se a transmissão for onerosa, pois se for doação incide o ITCMD e é de competência do Estado e não municipal.
E também existem os Impostos Extraordinários: decorrem de situações incomuns, quem exerce a competência extraordinária é SEMPRE a UNIÃO e são eles:
Os Residuais: são novos impostos, que não possuem previsão na CF.
Devem observar os requisitos do art. 154, I da CF, sendo elas: por meio de lei complementar, não podem ser cumulativos, fato gerador e a base de calculo são diferentes dos impostos já previstos na CF.
Imposto Extraordinário de Guerra (IEG): art. 154, II, CF, esse pode ser criado por Lei Ordinária ou por Medida Provisória e pode adotar o mesmo fato gerador e base de calculo dos impostos já previstos na CF.
Imposto é um tributo cujo Fato Gerador independe de qualquer atividade estatal relativa ao contribuinte, ou seja, é um tributo não contraprestacional, não vinculado, ele não gera para a administração pública um dever de contraprestação. Além disso ele possui uma arrecadação não vinculada.
Principio exclusivo do imposto: principio da não afetação (art. 167, IV, CF), é vedado a receita de importo a qualquer espécie de fundo, órgão ou despesa. (Ex: o IPVA caro não ‘gera’ a obrigação das estradas serem melhoradas.)
Taxas: diferente do imposto, a taxa é um produto vinculado, ou seja, o Estado tem o dever de fornecer uma atividade especifica. A taxa pode ser criada por qualquer ente federativo.
Taxa possui duas categorias:
- Taxa de Polícia: Exercício regular do poder de polícia (é o poder de fiscalização administrativa – ex: vigilância sanitária).
- Taxa de Serviço: prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, serviços Ut Singuli – aquele o qual os usuários são determinados ou determináveis.
Ex. de taxas: custas processuais, serviço notarial e registral. 
Serviço Público Geral (indivisível): pode ser custeado por impostos ou contribuições especiais.
Serviço Público Específico (divisível): pode ser custeado por taxas ou tarifas (tarifa não é tributo, tem natureza contratual, contrato este que é firmado entre prestador do serviço e usuário).
Ex. de tarifas: pedágio, transporte coletivo, energia. 
Contribuição de Melhoria: pode ser criado por todos os entes.
Obra Pública que acarreta valorização imobiliária (ex: asfaltamento, praça, metro, hospital construído no bairro).
- Limite de Arrecadação é o custo total da obra (chamado de limite global).
Se cobrar a mais, enriquecimento sem causa do Estado.
Deve respeitar um limite individual de valorização (determinar a valorização é realizado pelo próprio poder público através da atualização do valor venal do imóvel). 
Direito Tributário – AULA 2
4ª Categoria de Imposto:
Empréstimos Compulsórios: art. 148, CF.
São tributos que apenas a União pode criar, apenas por Lei Complementar.
Não pode ser criado por medida provisória, pois no art. 62 §1º, III a CF diz que é vedada a criação de medida provisória sobre matéria reservada a Lei Complementar. 
2 tipos de empréstimos compulsórios: 
- Empréstimo Compulsório Emergencial: Possui finalidade de atentar situações de calamidade pública (em âmbito nacional) e guerra externa ou iminência de guerra. 
Este não se sujeita a anterioridade, ele terá sua exigência imediata.
- Empréstimo Compulsório de Investimento: decorre de situações de investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional. 
Se sujeita a anterioridade, tanto a comum como a nonagesimal. 
Característica mais marcante do empréstimo compulsório é a restituibilidade, é um produto restituível. 
A Lei Complementar vai estabelecer a forma, prazo e condições de sua restituição.
STF: RE 121.366: O empréstimo compulsório só pode ser restituído em dinheiro. 
Contribuições Especiais: 
Espécies:
- Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE)
- Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais e Econômicas
- Contribuições Sociais
- Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP)
Só podem ser criados por entes federativos.
Dentro da competência ainda é necessário o preenchimentos de determinados atributos.
Esses atributos da competência tributária são:
- Indelegabilidade, não pode ser delegada, não pode repassar para terceiros.
- Intransferibilidade, não podem transferir entre si. 
- Incadubilidade, imprescritibilidade. Não se perde competência por decorrer do tempo.
Não confundir competência (criar, modificar e extinguir tributo) com a capacidade tributária ativa (arrecadação e fiscalização de tributos).
De acordo com o STF, pode exercer a capacidade toda pessoa jurídica de direito público (Entes Federativos + autarquias e fundações públicas).
Todo aquele que tem competência, tem capacidade, porem nem todo que possui capacidade tem competência.
Atributos da Capacidade: 
- Delegabilidade, pode delegar para autarquias e fundações.
- Transferibilidade, art. 153, §4º, III CF, município pode arrecadar e fiscalizar o ITR apesar de ser da União, se o município toma essa responsabilidade, pelo art. 158, II CF, o município permanecerá com 100% da arrecadação. 
- Precariedade, a delegação da capacidade tributária pode ser revogada a qualquer tempo, por ato unilateral.
Limitações da CF ao poder de tributar (art. 150 a 152 da CF)
STF: são direitos fundamentais do contribuinte.
São divididas em 2 grupos:
- Princípios Tributários:
a- Legalidade (art. 150, I, CF) – Todo tributo existente pode ser instituído, aumentado, reduzido ou extinto se ocorrer por meio de uma lei. Pela regra basta ser lei ordinária. Já a lei complementar tem suas funções no art. 146 CF e tem seu uso obrigatório quando houver uma expressa determinação constitucional.
- Tributos que só podem ser criados por lei complementar: novos impostos, imposto sobre grandes fortunas, novas contribuições e empréstimo compulsório. 
a.1- Exceções ao principio da legalidade – tal possibilidade existe quando do uso de Decreto Executivo (não é lei, é ato administrativo). Usado nas hipóteses do art. 153, §1º, CF onde pode ser usado para alterar II, IE, IPI, IOF. E no art. 177, §4º, I, b, CF, onde pode ser usado para reduzir ou restabelecer as alíquotas da CIDE combustíveis. 
b- Principio Anterioridade: 
Anterioridade Comum:
tributo que foi instituído ou aumentado, ele só poderá ser exigido no exercício financeiro seguinte.
Anterioridade nonagesimal: se o tributo que foi instituído ou aumentado, só poderá ser exigido após decorridos 90 dias da publicação da lei.
Entre os exercícios financeiros deve se observar um prazo mínimo de 90 dias.
Direito Tributário – AULA 3
b.1 Exceções a Anterioridade: art. 150, §1º CF.
- Tributos Exigidos Imediatamente, ou seja, publicou hoje, amanha já cobra, não respeita anterioridade: II, IE, IOF, IEG e Empréstimo Compulsório Emergencial.
- Tributos que só observam o prazo mínimo de 90 dias (não importa se esse prazo de da no mesmo exercício ou no próximo): IPI, ICMS combustíveis, CIDE combustíveis e contribuições sociais.
- Tributos que só podem ser cobrados no ano seguinte, independente dos 90 dias: IR, Fixação da base de calculo do IPVA e do IPTU. 
- Imunidades Tributárias:
São vedações constitucionais que impedem a incidência de tributos. Atinge o fato gerador, impede que o fato gerador de aperfeiçoe. 
Por imunidade não ser um termo da lei, na CF essas imunidades a tributos aparecem com os termos: vedações, não incidência, isenção e gratuidade.
Imunidades Genéricas: art. 150, VI, CF.
As imunidades genéricas vedam a instituição de impostos. 
Principais:
- Recíproca, veda instituição de impostos entre entes federativos, ou seja, um não pode cobrar imposto do outro.
Estendem-se às autarquias e fundações publicas no atendimento de suas finalidades essenciais. 
STF julgou Recurso Extraordinário 407.099/RS, se uma empresa pública/sociedade de economia mista e for prestadora de serviço públicos essenciais ao funcionamento do Estado, estas entidades terão imunidades (ex: correios, Infraero, cada da moeda etc). Porém se essas entidades forem exploradoras de atividade econômica, essas entidades não possuem imunidade (ex: caixa econômica, bando do Brasil, Petrobras etc).
- Subjetiva/Condicional – art. 150, VI, c, CF: veda a constituição de impostos sobre partidos políticos e suas fundações, entidades sindicais dos trabalhadores (sindicato patronal não possui imunidade), instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos, atendidas as exigências da lei.
Chamada de subjetiva, pois recai sobre a pessoa (pessoa jurídica do direito privado) e não sobre o objeto.
Requisitos que essas entidades devem preencher estão inseridos no art. 14 CTN, as 3 exigências são: não distribuir qualquer parcela de suas receitas (deve ser aplicado na própria entidade), aplicar toda a receita recebida no país e manter uma regular escrituração fiscal. Se deixar de prestar qualquer dessas exigências, suspende o beneficio da imunidade.
Não se fala sobre as imunidades especificas pois não são exigidas na primeira fase.
Normas gerais em matéria tributária: 
- Obrigação tributária - art. 113 CTN. Obrigação tributária é uma relação jurídica que é estabelecida entre o Estado e o particular, essa relação da ensejo a 2 espécies de obrigação, sendo elas:
- Obrigação Principal: advém do dever de pagamento, o dever de se levar dinheiro aos cofres públicos, toda obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador. Toda obrigação principal é “ex lege”, ou seja, decorre de lei. 
Dá ensejo a um crédito tributário.
- Obrigação Acessória: surge do cumprimento de deveres administrativos (ex: emissão de nota fiscal, escrituração de livros, prestação de informações etc.). 
Não depende de lei para ser cumprida.
As obrigações principal e acessória são autônomas, ou seja, são independentes.
Sujeitos da Obrigação Tributária: 
- Sujeito ativo: aquele que tem o dever legal de exigir o cumprimento da obrigação tributária. 
Art. 119 CTN e STF: toda pessoa jurídica de direito publico pode ser sujeito ativo de obrigação tributária (Entes + autarquias e fundações)
- Sujeito Passivo: aquele que tem o dever legal de cumprir com a obrigação tributária.
1. Contribuinte: toda pessoa, física ou jurídica, que realiza o fato gerador, fazendo nascer à obrigação tributária. 
2. Responsável: sempre será uma 3ª pessoa, física ou jurídica, que é indicada por lei para assumir um encargo tributário. Essa 3ª pessoa não realiza o fato gerador porem possui um nexo de causalidade com a ocorrência desse fato.
Direito Tributário – AULA 4
Crédito Tributário: é o valor devido ao FISCO em decorrência de uma obrigação tributária principal válida. Esse valor é um direito subjetivo estatal.
- A exigibilidade do crédito tributário vai existir quando da ocorrência do lançamento.
Lançamento – 142 CTN: é um procedimento administrativo vinculado.
O lançamento é um procedimento que realiza a constituição do crédito tributário, ou seja, ele torna o crédito tributário exigível.
Existem 3 modalidades de lançamento: o lançamento de ofício (direto), onde o FISCO independe de qualquer informação do contribuinte – ex: IPVA, IPTU. O lançamento por declaração (misto), uma parte das informações o FISCO tem, e outra parte o contribuinte possui, nesse caso não existe antecipação de pagamento – ex: alguns Estados funcionam assim com o ITCMD e alguns municípios com o ITBI. E por ultimo o lançamento por homologação (autolançamento), nessa modalidade o contribuinte analisa o fato gerador, faz o calculo do tributo, antecipa o pagamento e declara o que pagou, nesse ponto o FISCO tem o papel de concordar ou discordar do pagamento, se o FISCO descorda ele faz um lançamento de oficio indicando o que acha correto, e se ele concorda, realizasse a homologação, que pode ser expressa (por escrito, dentro do prazo de 5 anos) ou tácita (silêncio do FISCO por pelo menos 5 anos), e sendo homologado ocorrerá a extinção do crédito – ex: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, ICMS, ISS, Contribuições sociais etc.
Questões OAB normalmente são sobre a Suspensão, Extinção e Exclusão do Crédito Tributário
Quando se fala de Suspensão, as hipóteses estão no art. 151 CTN.
Extinção, art. 156 CTN.
Exclusão, art. 175 CTN.
Focar em suspensão e exclusão, o que não pertencer a ambos, trata-se de extinção.
Suspensão: MODERECOPA – MOratória, DEpósito integral, REcursos administrativos, COncessão de liminar em mandado de segurança ou tutela antecipada nas demais ações e PArcelamento.
Exclusão: ANIS – ANistia, ISenção.
Distinção entre não incidência, imunidade, remissão, isenção e anistia 
I – Não incidência: Fato atípico, não esta determinada em lei, e tributo só pode ser exigido se estiver previsto em lei.
II – Imunidade: é uma vedação constitucional que impede a incidência do tributo.
III – Remissão: é o perdão da divida tributária, que pode ser de forma total ou parcial. 
IV – Isenção: é a dispensa legal do pagamento de tributo.
V – Anistia: é uma dispensa legal do pagamento de multa.
Distinção entre decadência e prescrição
I – Decadência (art. 173 CTN): perda do direito do FISCO constituir o crédito tributário.
Prazo para efetuar o lançamento é de 5 anos contados: se for de oficio ou por declaração, segue o prazo do art. 173, I, CTN, primeiro dia do exercício seguinte daquele em que o lançamento deveria ter sido efetuado. Se for de lançamento por homologação o prazo é o do art. 150, §4º do CTN, que é da data da ocorrência do fato gerador. 
Prazo decadencial não se interrompe e nem se suspende. 
A decadência deve ser arguida de oficio pelo juiz. 
II – Prescrição (art. 174 CTN): perda do direito do FISCO cobrar judicialmente o crédito tributário. 
Prazo: 5 anos contados da constituição definitiva do crédito tributário. 
Diferente do que acontece com a decadência, existe a suspensão do prazo prescricional, o que suspende a prescrição, são as mesmas hipóteses que suspendem a exigibilidade do credito (art. 151 CTN).
Também tem a possibilidade de UMA interrupção do prazo prescricional – art., 174 § único CTN: despacho do juiz na citação da execução fiscal, protesto judicial, ato judicial que constitua devedor em mora e o ato
extrajudicial que importe em confissão de dívida.
Direitos Humanos – AULA 1
Leitura: art. 1º a 5º, CF
Art. 1º, III – Dignidade da Pessoa Humana: garantir o mínimo para a existência do individuo. Ex: adoção do nome social (de acordo com o STF, não precisa de cirurgia e nem de autorização judicial), uso de algemas (justificado por escrito), audiência de custódia (o preso em flagrante deve ser apresentado de modo imediato ao juiz, já foi ampliado para as demais prisões provisórias). Importante ler a declaração universal de direitos humanos.
Art. 4º, II – Prevalência dos direitos humanos nas relações internacionais.
Art. 5º, destaque: Religião, Reunião, Pena de Morte.
Religião – recentemente o STF decidiu que nas escolas públicas, um professor pode aprofundar o estudo de uma religião. 
Entre religião e vida de criança em caso médico, prevalece a vida da criança.
Reunião – deve ser pacifica e sem armas; não precisa de prévia autorização do poder público, precisa apenas comunicar anteriormente. 
Pena de morte – existe em caso de guerra declarada. OBS: é possível uma emenda constitucional para retirar a pena de morte da constituição e se retirar, não pode ser reestabelecida (vedação do retrocesso).
Art. 12 CF – Nacionalidade, todos tem direito a nacionalidade pela dignidade da pessoa humana.
Art. 14 aos 17, direitos políticos.
Cuidado: preso em flagrante pode votar e ser votado, princípio da dignidade e presunção de inocência. 
O voto do analfabeto é facultativo, pode votar e não pode ser votado.
CF Art. 49 – Cabe ao congresso nacional referendar tratados.
CF Art. 84 – O presidente tem a competência e autorização constitucional para celebrar tratados.
CF Art. 102 – Extradição quem julga é o STF.
CF Art. 109 – Competência da Justiça Federal.
Direitos Humanos – AULA 2
CF - Título VIII – Da ordem social – Art. 193 em diante: Índios; saúde; família... 
Documentos internacionais:
- Declaração universal de direitos humanos – é uma resolução da ONU de nº 217 A III de 1948. Valoriza a dignidade da pessoa humana.
- Convenção Americana de Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa Rica – é um tratado de direitos humanos do sistema da OEA (organização dos estados americanos). Contido no decreto nº 678/1992. Arts. 3º ao 26, especialmente o 4, 7, 8, 13, 15, 18, 22, 25.
Mecanismos de monitoramento (fiscalização): I – comissão interamericana de direitos humanos, arts. 34, 41, 44, 46, 47, 48
Dicas: 
Qualquer pessoa sem advogado pode acionar a comissão, da mesma forma, grupo de pessoas ou ONGs.
A comissão pode receber petições, pedir informações, fazer visitas, fazer recomendações, fazer informes.
A comissão realiza função administrativa, em ultimo caso, não sendo atendida, a comissão pode denunciar o caso para a corte interamericana.
Corte interamericana de direitos humano – Art. 52, 61, 66 até 69.
É órgão jurisdicional do sistema da OEA.
O Brasil reconheceu a jurisdição da corte interamericana de direitos humanos em 1998.
Funções: 
- Não Contenciosa: a corte emite opinião consultiva.
- Função Contenciosa: a corte emite sentença, que pode ser moral (não financeiro, ex: fazer uma homenagem para a vitima da violência, reconhecer os abusos) ou pecuniária (indenização, ressarcimento). 
Se a moral não for cumprida, cabe comunicação à secretaria geral da OEA. 
Se a pecuniária não for cumprida voluntariamente, deve ser executada na justiça federal (art. 109) competente territorialmente.
Direitos Humanos, conceito mínimo: são os direitos do homem (inatos) e/ou fundamentais (constituição) previstos em documentos internacionais (tratados de direitos humanos).
Como ocorre a Incorporação de um tratado no Brasil:
- Negociação e assinatura > poder executivo (presidente da república)
- Referendo congressual > decreto legislativo aprovado pelo congresso nacional
- Promulgação do tratado (ratificação) > decreto do presidente da republica para promulgar o tratado.
Arts. 84, VIII CF e 49 I, CF.
Direitos Humanos – AULA 3
Natureza ou Status de um Tratado de Direitos Humanos no Brasil:
- De emenda constitucional.
http://www.neopets.com/halloween/braintree.phtml?type=accept

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