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Aprendizagem e Estrutura da Matéria

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
INSTUTUTO POLITÉCNICO
FORMAÇÃO DE INSTRUTORES TREINADORES
PROFª. MARCIANE OLIVEIRA
FORMAÇÃO DE INSTRUTORES TREINADORES
I – INTRODUÇÃO - APRENDIZAGEM COMO OBJETO DE ESTUDO
A aula expositiva, a mera transmissão de informações, a aprendizagem entendida somente como acumulação de conhecimentos, não subsistem mais nos dias atuais, entretanto, isso não quer dizer abandono dos conhecimentos sistematizados sobre o assunto a ser estudado. O que estamos afirmando é que o instrutor deve propiciar a relação ativa do participante com os conteúdos próprios do assunto ou tema em questão, levando em consideração a experiência e os conhecimentos que esses participantes trazem à sala de aula: o nível de seus conhecimentos, suas capacidades e interesses, seus modos de pensar e de trabalhar. Ao mesmo tempo, o Instrutor ajuda no questionamento dessas experiências e significados e orientando-os para o atingimento dos objetivos.
É importante que o Instrutor perceba que ele não transmite conhecimento, mas, sim, disponibiliza informações, elos que favorecem um trabalho de construção individual do conhecimento pelos participantes.
O participante não está mais reduzido a olhar, ouvir, copiar e prestar contas. Ele cria, modifica, constrói, relaciona, acrescenta e, assim, torna-se co-autor no processo de ensino-aprendizagem. 
O Instrutor configura as informações em situações potenciais a serem analisadas pelos participantes, proporcionando situações de aprendizagem que possibilitem a apropriação do conhecimento pelo participante, levando em consideração que:
O que as pessoas ouvem, esquecem
O que as pessoas vêem, lembram
O que as pessoas fazem, aprendem
Usamos o termo aprender sem dificuldades, pois sabemos que se somos capazes de fazer algo que antes não fazíamos, é porque aprendemos.
No entanto, para a Psicologia o conceito de aprendizagem não é tão simples assim. Há diversas possibilidades de aprendizagem, ou seja, há diversos fatores que nos levam a apresentar um comportamento que anteriormente não apresentávamos, como o crescimento intelectual, as descobertas, as tentativas e erros, o ensino, etc. 
São muitas as questões que têm sido levantadas pelos teóricos da aprendizagem:
1. Qual o limite da aprendizagem?
2. Quais são as condições que ajudam a produzir essa aprendizagem?
3. Qual a participação do aprendiz no processo?
4. Qual a natureza da aprendizagem?
5. Há ou não motivação subjacente ao processo?
6. Quais as condições que dificultam a aprendizagem ou produzem mudanças indesejáveis?
7. Por que ao ocorre mais aprendizagem
8. Por que os treinandos aparentemente, não fazem bom uso de muitas coisas que aprendem durante a instrução? 
Para responder a estas e muitas outras perguntas semelhantes e possíveis, será conveniente examinar: 
Os fatores, em situações de instrução, que influenciam e modificam os processos de aprendizagem;
Algumas das principais características desses processos de aprendizagem;
Os métodos de instrução; e,
Os efeitos do que foi aprendido.
APRENDIZAGEM
O processo de organização das informações e de integração do material à estrutura cognitiva é denominado aprendizagem. E esta pode ser compreendida como:
Aprendizagem mecânica - refere-se à aprendizagem de novas informações com pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes na estrutura cognitiva. O conteúdo do que está sendo aprendido não se relaciona com nada. Ocorre, apenas, o ato de “decorar” a informação.
Aprendizagem significativa - pelo contrário, processa-se quando um novo conteúdo (idéias ou informações) relaciona-se com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assim, assimilado por ela. Estes conceitos disponíveis são os pontos de ancoragem para a aprendizagem.
A ESTRUTURA DA MATÉRIA
A aprendizagem, que deve ser sempre capaz de nos levar adiante, está na dependência de como se domina a estrutura da matéria estudada, isto é, a natureza geral do fenômeno; as idéias mais gerais, elementares e essenciais da matéria. Para se garantir este “ir adiante” é necessário ainda o desenvolvimento de uma atitude de investigação.
Para se dar conta do primeiro aspecto (estrutura da matéria) propõe-se que os especialistas nas disciplinas auxiliem a estruturar o conteúdo de ensino a partir dos conceitos mais gerais e essenciais da matéria e a partir daí desenvolvam-no como uma espiral – sempre partindo dos conceitos mais gerais para os particulares, aumentando gradativamente a complexidade das informações.
Quanto à atitude de investigação, sugere-se que seja utilizado o MÉTODO DA DESCOBERTA como ferramenta básica do trabalho instrucional. O treinando tem plenas condições de percorrer o caminho da descoberta, investigando, fazendo perguntas, experimentando e descobrindo.
A instrução deve estar voltada para a compreensão. A compreensão das relações entre os fatos e entre as idéias, é a única forma de se garantir a transferência do conteúdo aprendido para novas situações.
O erro deve ser instrutivo. O instrutor deverá reconstituir com o aprendiz o caminho de seu raciocínio para encontrar o momento do erro e a partir daí reconduzi-lo ao raciocínio correto. O trabalho do instrutor é um verdadeiro trabalho de tradução: da linguagem do conhecimento para a linguagem da prática.
Se um treinando tem pouca experiência de uma coisa que lhe pedem para estudar, tal estudo poderá não ter qualquer significação para ele. Se não se proceder a uma retificação, toda a aprendizagem que ocorrer será, em sua grande parte, decorada. Mas como os esforços para memorizar envolvem usualmente, a obtenção de certo significada, o treinando a quem faltavam antecedentes apropriados poderá agarrar-se a qualquer indício ou associação, por mais tênue que seja.
Quando não existe um significado ao alcance do treinando, este não dispõe de meios para ajuizar sobre a propriedade da resposta.
II - MOTIVAÇÃO 
 O estudo da motivação considera três tipos de variáveis:
1. o ambiente;
2. as forças internas do indivíduo, como necessidade, desejo, vontade, interesse, impulso e instinto.
3. o objeto que atraí o indivíduo por ser fonte de satisfação, da força interna que o mobiliza.
A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que na base da motivação está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. Na motivação está também incluído o ambiente que estimula o organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objeto que aparece como a possibilidade de satisfação da necessidade.
Podemos dizer que a motivação é um processo que relaciona necessidade, ambiente e objeto, e que predispõe o organismo para a ação em busca da satisfação da necessidade. E quando esse objeto não é encontrado, falamos em frustração.
MOTIVAÇÃO E O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
A preocupação do ensino tem sido a de criar condições tais para que o treinando “fique a fim” de aprender. Sem dúvida, não é fácil, pois acabamos de dizer que precisa haver uma necessidade ou desejo, e o objeto precisa surgir como solução para a necessidade. Duplo desafio: criar a necessidade e apresentar um objeto adequado para sua satisfação.
Resolver este problema é, sem dúvida, a tarefa mais difícil que o instrutor enfrenta. Consideraremos abaixo alguns pontos:
a) uma possibilidade é que o trabalho instrucional parta sempre das necessidades que o treinando já traz, introduzindo ou associando a elas outros conteúdos ou motivos;
b) outra possibilidade, não excludente, é criar novos interesse no aluno.
E como podemos pensar em criar interesses?
1) Propiciando a descoberta. O treinando deve ser desafiado,para que deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar a ele a possibilidade de descobrir.
2) Desenvolver nos treinandos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de saber e de querer saber sempre. Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa atitude pode ser desenvolvida com atividades muito simples, que começam pelo incentivo à observação da realidade próxima do aluno – sua vida cotidiana – os objetos que fazem parte de seu mundo físico e social. Essas observações sistematizadas gerarão dúvidas (por que as coisas são como são?) e aí é preciso investigar, descobrir.
3) Falar ao treinando sempre numa linguagem acessível, de fácil compreensão.
4) Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefas muito difíceis, que geram fracasso, e tarefas fáceis que não desafiam levam à perda do interesse. O treinando não “fica a fim”.
5) Compreender a utilidade do que se está aprendendo é algo também fundamental, Não é difícil para o professor estar sempre retomando em suas aulas a importância e utilidade que o conhecimento tem e poderá ter para o aluno. Somos “sempre a fim” de aprender coisas que são úteis e têm sentido para nossa vida.
III - TRABALHANDO COM ADULTOS EM SALA DE AULA
Para trabalhar com adultos em sala de aula, é importante:
Criar um ambiente tranqüilo e estimulante próprio para o ensino. A atmosfera deve ser agradável, propiciando um ambiente acolhedor que favoreça o comprometimento dos participantes com as atividades desenvolvidas.
Criar e manter o interesse dos participantes. A apresentação das informações básicas – calcadas em atividades do cotidiano dos participantes e com utilização de recursos audiovisuais – permitirá que o Instrutor desperte e mantenha o interesse.
Aproveitar as experiências anteriores dos participantes. Estabelecer assim relações com o que está sendo ensinado. O adulto tem uma riqueza de experiências a partir das quais pode-se relacionar a informação. Esse campo de experiências em comum, é que precisa ser encontrado para facilitar a aprendizagem efetiva dos participantes. Essas experiências podem ser o elo necessário para ensinar um conceito novo, mesmo quando aparentemente não estejam relacionadas diretamente com o conteúdo apresentado.
Apresentar aos participantes os objetivos a serem atingidos. Os adultos gostam de saber a finalidade de suas atividades. Assim, quando o participante conhece os objetivos do curso poderá diferenciar as informações, dando o devido destaque ao que está diretamente relacionado ao alcance dos objetivos.
Dizer aos participantes o que se espera do seu desempenho. O Instrutor deve dizer antecipadamente aos participantes como o curso será desenvolvido, descrevendo a participação esperada. Isso servirá para orientar o comportamento dos participantes durante as atividades.
Satisfazer as necessidades de informações dos participantes. As informações devem ser significativas para os participantes. Cabe ao instrutor propiciar condições para que os participantes estabeleçam as relações com seus conhecimentos anteriores.
IV -RESULTADOS
Existem cinco categorias primordiais nos resultados da aprendizagem. 
São: informação verbal, habilidades intelectuais, estratégicas cognitivas, atitudes e habilidades motoras.
INFORMAÇÃO VERBAL - Todos nós adquirimos vastas quantidades de informações verbais durante o curso de nossas vidas. Grande parte desta informação se adquire na escola ou em alguns outros programas educacionais. Outra boa parte se adquire da palavra, por meio da leitura e dos meios de comunicação. Informação verbal se constitui o método essencial do qual o homem depende para transmitir o conhecimento acumulado para as gerações futuras.
A aprendizagem da informação verbal como uma habilidade, significa que o indivíduo está apto para expor aquilo que já aprendeu. Pode falar, escrever, ou representar de alguma outra maneira o que aprendeu. 
A informação, particularmente, quando é produzida como, conhecimento organizado, tem uma expressiva quantidade de funções que resultam úteis para o treinando, já que algumas classes de informações possuem uma importância prática para o indivíduo durante toda a sua vida.
É possível crer que os conjuntos organizados e associados de conhecimento proporcionam um veículo para o pensamento. Quando um indivíduo trata de resolver um problema novo, “pensa” em muitas coisas na busca da solução.
Nesta etapa dos processos que envolvem o pensamento, não está empregando lógica – que aparecerá posteriormente. No lugar dela, está realizando questionamentos entre os diversos pontos das informações – tanto organizadas, como dispersas – que tem à sua disposição na memória. O imenso acúmulo de informações que a maior parte de nós possuímos proporciona possibilidades ilimitadas para a flexibilidade de pensamentos.
HABILIDADES INTELECTUAIS - Expostas de forma simples, estas constituem os conhecimentos práticos em contrate com os conhecimentos teóricos da informação.
As habilidades intelectuais podem ser divididas em várias subcategorias, e estas podem ser ordenadas de acordo com a complexidade da operação mental que implicam. Ainda mais, estão relacionadas umas com as outras no sentido de que as habilidades mais complexas requerem aprendizagem prévia de habilidades mais simples.
ESTRATÉGIAS COGNITIVAS - São capacidades internamente organizadas, das quais o treinando utiliza para guiar sua própria atenção, aprendizagem, recordação e pensamento.
As estratégias cognitivas governam o próprio comportamento do aluno: quando presta atenção a várias características do que está lendo; quando usa uma delas para selecionar e utilizar uma “chave” para o que aprende, e outra para recuperar na memória o que aprendeu; e, o mais importante, é que se utiliza delas para pensar acerca do que aprendeu buscando resolver problemas que surgem.
ATITUDES - As atitudes representam outra classe diferente de resultados de aprendizagem.
Como capacidades aprendidas, as atitudes se associam – no pensamento – com os valores. Uma atitude constitui um estado interno adquirido que exerce influência sobre a seleção da ação pessoal diante de algumas classes de coisas, pessoas ou situações – obviamente, as atitudes variam em sua “força” ou intensidade e também na direção.
HABILIDADES MOTORAS - Integram um tipo definido de resultado de aprendizagem e devem ser incluídas, com toda a certeza, como componentes essenciais de um repertório de capacidades aprendidas que o indivíduo possui.
A função das habilidades motoras como capacidades aprendidas se tornam, imediatamente, evidentes. Tornam possível a execução precisa, tranqüila e exatamente preparada das atividades em que é necessário utilizar movimentos musculares de forma mecânica e contínua.
V - TREINANDOS
Quer seja chamado aluno, estudante, discípulo, treinando ou mesmo pessoa, cada indivíduo que toma assento numa sala de aula difere de todos os demais na mesma situação, de um modo que está relacionado com o que ele ali aprende.
Uma das mais destacadas características de qualquer investigação de aprendizagem é a ampla variação de rendimento registrada entre os treinandos, mesmo dentro de grupos expostos às mesmas experiências. Os traços individuais parece desempenharem um papel importante nessas variáveis, e uma compreensão dessas diferenças individuais pode ajudar a entendermos os processos de aprendizagem.
Desses traços, os mais facilmente compreendidos como forças na aprendizagem são as chamadas aptidões. 
Supõe-se com freqüência que os treinandos têm ou não têm aptidão para realizar certo trabalho já instruído, e que essa aptidão é, essencialmente, aquilo a que chamamos de inteligência.
Entretanto, uma breve reflexão sugerirá que devem existir muitas aptidões parcialmente diferentes, certo número das quais está relacionado com as amplas diferenças de rendimento e desempenho que se registram emqualquer processo de instrução.
VI - ANSIEDADE
Em geral, as medidas de ansiedade não poderão, por si mesmas, prever o grau de aproveitamento. São mais úteis para entender os resultados de determinadas situações de aprendizagem.
O fracasso, por exemplo, é uma situação causadora de ansiedade para a maioria dos indivíduos, e alguns instrutores mantêm a ameaça de fracasso suspensa diante dos alunos.
Logo, ao que parece, o nível de ansiedade é uma importante variável na aprendizagem, e existem diferenças estáveis em ansiedade entre indivíduos. Mas, ao contrário da inteligência, cuja relação com o desempenho é quase uniforme em todos os tempos e lugares, e para todas as disciplinas, a ansiedade mostra diferentes relações com o desempenho e a aprendizagem, para diferentes matérias e situações. Em geral, a alta ansiedade prejudica o desempenho, mas não uniformemente.
VII - DIFERENÇAS SOCIAIS EM RELAÇÃO COM A INSTRUÇÃO
As aptidões, atitudes, interesses e valores que um treinando leva para a sala são um produto de aprendizagem, em grande medida. O lar, a vizinhança, a comunidade, a família, possuem cada um a sua cultura ou subcultura única e singular.
Fornecem um certo número de oportunidades de aprendizagem e exercem pressão sobre o indivíduo para que aprenda algumas coisas e não aprenda outras, mesmo quando se apresente a oportunidade de fazê-lo.
A questão de oportunidade de instrução é mais importante mesmo no seio de uma única comunidade, do que por vêzes gostamos de reconhecer. Na nossa sociedade, alguns grupos estão severamente limitados em suas oportunidades de aprenderem muitos dos conceitos e habilitações que constituem requisitos prévios para o êxito na vida. Essas variações de oportunidade resultam, em primeiro lugar, das condições no lar e na vizinhança, sendo os maiores contrastes entre as áreas
residenciais metropolitanas e as comunidades carentes dos nossos grandes centros urbanos.
VIII - ELEMENTOS FACILITADORES DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Alguns aspectos facilitam o processo ensino-aprendizagem, dentre eles destacam-se:
Proximidade no tempo
Quanto mais tempo passar entre o momento em que recebemos a informação e o momento em que tentamos fazer uso dela, mais difícil será transformá-la em conhecimento.
É importante estabelecermos a relação teoria-prática, evitando a apresentação de definições desvinculadas da realidade. Recomenda-se a utilização de algum tipo de exercício ou situação prática, para que se vivencie a aplicação dos conhecimentos construídos.
Repetição
Ë necessário repetir os aspectos mais importantes do conteúdo apresentado. Para isso deve-se utilizar oportunidades que surjam ao longo do curso, adotando uma abordagem nova a cada repetição, por meio de exemplos, perguntas, situações etc.
Diversificação sensorial
Todos os sentidos têm papel importante no processo de aprendizagem. A diversificação de abordagem aumenta interesse do treinando, evitando a monotonia.
Ausência de fadiga
O cérebro tem suas defesas contra a fadiga. Em média conseguimos nos concentrar, por mais interessante que seja o assunto, por 20 minutos apenas. Após esse tempo, começamos a divagar, pensar em outras coisas. Para manter o participante atento, podemos contar, por exemplo, um caso engraçado ligado ao assunto, fazer uma pergunta, estabelecer associações com fatos cotidianos, procurando manter a aula interessante, estimulante e, principalmente, participativa.
IX - EFICIÊNCIA DO INSTRUTOR
Poucas pessoas discordam da noção de que o instrutor “eficiente” é aquele que produz mudanças desejáveis – por exemplo, a instrução de seus alunos. Por outro lado, Paulo Freire (Pedagogia do Oprimido) explicita que “... só haverá ensino, se houver aprendizagem”.
Por fim, desejamos neste momento, apenas considerar a influência da personalidade do instrutor sobre os treinandos.
As seguintes hipóteses parecem dignas de observação:
1. A personalidade do instrutor – suas aptidões, atitudes e valores – em conjunção com a pressão ambiente, determina o estilo de ensino (e, possivelmente, o seu método também);
2. O estilo de um determinado professor é um fator influente na pressão ambiente recebida pelos treinandos;
3. Os elementos comuns nos estilos dos vários componentes de um corpo docente, tomado como um grupo, provavelmente pode exercer efeitos muito mais fortes no ambiente instrucional;
4. Um determinado instrutor, portanto, só estimulará mudanças no aproveitamento e no desenvolvimento da personalidade de um determinado treinando se o seu estilo de ensino alterar a pressão sentida por este. E a personalidade deste determina qual será o gênero da mudança.
X - PAPEL DO INSTRUTOR
Alguns cuidados devem ser observados pelo instrutor para promover a eficiência e eficácia do processo ensino-aprendizagem, quanto à (ao):
Abertura do curso:
- apresentar-se à turma
- solicitar que os participantes se apresentem
- apresentar os objetivos do curso
- dizer como o curso está estruturado
Linguagem a ser utilizada:
- usar vocabulário adequado
- manter um ritmo que facilite a compreensão
- evitar gírias em excesso
- evitar cacoetes, expressões como “né”, “entendeu?” etc.
Uso da voz:
- usar a voz com eficiência, evitando falar de forma monótona
- controlar o volume
- variar o ritmo da apresentação
- usar a modulação e o volume para enfatizar um aspecto
- mostrar entusiasmo
Movimentação do instrutor:
- Movimentar-se natural e comedidamente pela sala, aproximando-se dos participantes
- usar as mãos para reforçar as palavras, sem exagerar na gesticulação
- manter nas mãos objetos, a menos que pretenda usá-los
Uso do olhar:
- distribuir sua atenção, olhando para todos com a mesma freqüência
- evitar olhar o teto, o chão, a paisagem externa
Administração da aula:
- chegar antes do início da aula, verificando se está tudo em ordem
- exercitar-se antecipadamente na operação dos equipamentos
- dirigir-se aos participantes chamando-os pelo próprio nome, durante a aula
- organizar previamente o material didático
- administrar o tempo, para que não falte ou seja excessivo
XI - CUIDADOS QUE O INSTRUTOR DEVE TER
Conheça o público-alvo. Se o grupo estiver familiarizado com o tema, não simplifique as informações.
Nada de tecnofobia. Mostre quanto você está antenado com as tecnologias e vá direto ao computador. Com o sistema data show, você dá um clique cada vez que quer mudar a página. E se o computador pifar? Leve umas cartolinas com as principais informações da palestra.
Atenção com a comunicação. Corrija problemas de dicção com dois exercícios bem simples. Morda o dedo indicador e leia em voz alta o mais claro possível. Dois minutos por dia bastam. Outro: leia poesias em voz alta. Além de melhorar a dicção, pode ser muito romântico.
Se você fala rápido demais, repita as mensagens mais importantes usando outras palavras. Quem não entendeu da primeira vez entenderá da segunda. Se fala devagar, não desvie o olhar da turma nos instantes de pausas mais prolongadas. Após o intervalo, volte a falar com mais ênfase.
A comunicação é o processo de transmitir e receber idéias, impressões e imagens com o objetivo de se alcançar um perfeito entendimento. 
Dentro do processo de aprendizagem, a comunicação é fundamental e se apresenta sob duas formas básicas: Verbal e Não-Verbal.
No trabalho do instrutor, espera-se que a comunicação verbal e a não-verbal estejam sincronizadas, e que a linguagem adotada por ele seja objetiva e precisa, evitando-se com isso, os possíveis ruídos ou barreiras por parte do instrutor ou dos próprios treinandos.
Alguns aspectos da comunicação deverão ser levados em consideração:
Sobrecarga de informação – As informações devem ser transmitidas paulatinamente, se os treinandos não estiverem familiarizados com o assunto, pois caso contrário, serão perdidas – não havendo,portanto, o aprendizado.
Concentração de informações – Carga maciça sobre um mesmo assunto.
Domínio do assunto sendo transmitido – Há necessidade de fluência verbal, ter firmeza no que diz e não se omitir perante questionamentos por parte dos treinandos.
Não ser chato - Uma história interessante é sempre uma excelente maneira de tornar uma conversa agradável, desde que não consuma muito tempo. Procure resumir os fatos e evitar os detalhes que não fariam falta ao entendimento da sua narrativa.
Como lidar com o “branco” do esquecimento - Tudo está indo muito bem. As idéias estão concatenadas, o vocabulário fluente, os pensamentos organizados e num determinado momento, sem motivos aparentes, a palavra não aparece e o raciocínio não consegue prosseguir - deu o branco na comunicação. Ninguém está livre desse embaraço. Até os oradores mais traquejados,
vez ou outra são surpreendidos por esse terrível adversário. Se ocorrer o branco procure manter a tranqüilidade e haja da seguinte maneira: insista apenas uma vez para tentar descobrir qual é a palavra ou informação de que está precisando, se não encontrar nessa primeira tentativa não persista, pois poderá começar a se pressionar e ficará ainda mais nervoso.
A tática é repetir a última frase, de preferência com palavras diferentes, falando com mais energia, como se quisesse dar ênfase àquela mensagem. Ao chegar ao ponto onde o branco tinha ocorrido provavelmente a informação aparecerá.
Se mesmo assim não conseguir se lembrar do que deveria dizer, continue calmo e diga aos treinandos que mais à frente voltará a comentar sobre o assunto. É quase certo que sem a pressão do momento do branco e mais tranqüilo irá se lembrar da informação. Caso não se lembre, nada de mal ocorrerá, e, possivelmente, ninguém irá cobrar essa mensagem dizendo - "Você disse que voltaria a falar sobre esse tema e não voltou". Dependendo do envolvimento da turma, poderão imaginar que eles é que não entenderam bem a informação.
Finalmente, você poderá usar uma expressão que quase sempre dá excelente resultado - se der o branco diga: "na verdade o que eu quero dizer é que". Faça o teste e verifique como a necessidade de explicar a informação de outra maneira acaba trazendo a mensagem à tona novamente.
Se você sempre se preocupa com a possibilidade de esquecer a seqüência da apresentação, faça um roteiro com todas as etapas que pretende cumprir, assim, se não se lembrar de alguma poderá consultar os tópicos relacionados. Só o fato de saber que poderá contar com o roteiro provavelmente não se esquecerá de nada.
Como responder perguntas da turma - Quando estamos falando em público e alguém levanta o braço, demonstrando o desejo de fazer uma pergunta, nós nos sentimos desafiados, por mais que conheçamos o assunto, por mais que nos tenhamos preparado para a apresentação e por mais que tenhamos previsto a possibilidade de que as pessoas pudessem nos questionar.
Nós nos sentimos desafiados porque aquele gesto carrega uma série de fatores que precisam ser considerados, em um tempo muito rápido, em poucos segundos, antes, durante e depois de a pergunta ser formulada.
Por que uma pessoa, resolve se expor fazendo uma indagação, mesmo correndo o risco, por menor que seja, de ser mal interpretada, de não conseguir concatenar bem suas idéias e formular mal a questão, de parecer despreparado pelo fato de a pergunta não estar no nível da exposição, de ser considerada inconveniente e tantos outros motivos que poderiam prejudicar sua imagem?
Algumas pessoas até nem chegam a se preocupar com esses perigos quando fazem uma pergunta, mas que eles existem, existem.
Por que as pessoas perguntam - Vamos analisar alguns dos motivos que levam uma pessoa a fazer perguntas:
por dúvida - quando não compreende perfeitamente o que está sendo transmitido;
por vontade de aprender - quando assimila as informações fornecidas, mas deseja saber mais sobre o assunto;
por necessidade de se destacar no ambiente - quando deseja ser notado pelas outras pessoas da turma, independentemente de ter entendido ou não o que está ouvindo;
para provocar - quando deseja atrapalhar o desenvolvimento da apresentação por causa da hostilidade que nutre contra o tema ou contra o próprio instrutor;
para testar os conhecimentos de quem fala - quando deseja certificar-se da segurança do instrutor sobre a matéria;
para projetar e valorizar a sua imagem - quando deseja demonstrar que é uma pessoa inteligente ou bem preparada e está acompanhando o raciocínio do orador ou que possui outras informações sobre a matéria.
Entender qual o motivo que leva uma pessoa a fazer uma pergunta é importante também para que possamos analisar se a questão é adequada ou não ao assunto da apresentação, ou aos objetivos da turma (demais treinandos).
Quando uma pergunta é feita motivada por dúvida ou vontade de aprender, as chances de que ela seja apropriada são maiores; quando, entretanto, é feita motivada por necessidade de se destacar no ambiente, para provocar, para testar os conhecimentos de quem fala, ou para se projetar ou valorizar a imagem, são grandes as possibilidades de que ela seja inadequada.
Uma pergunta pertinente, apropriada ao tema da exposição e aos interesses da turma, ajuda a promover maior interação entre o instrutor e a turma. Ao contrário, uma pergunta inadequada, sem relação com o assunto apresentado e distante das razões que levaram os treinandos aquele curso, poderá afastá-los do instrutor e prejudicar a concentração do grupo.
Por esta pergunta eu não esperava - Cuidado com essa filosofia de sinceridade que recomenda ao instrutor confessar que não sabe a resposta para determinadas perguntas. Essa atitude, em algumas circunstâncias, poderá comprometer a imagem do instrutor e pior, desmotivar os participantes que teriam muito a ganhar se continuassem acompanhando a exposição. É evidente
que você jamais deverá inventar respostas, pois se for apanhado na mentira jogará por terra sua credibilidade.
Mas atenção, se julgar que o momento é desfavorável para adotar essas táticas e que durante a exposição poderá encontrar a resposta, diga ao grupo que mais à frente voltará ao assunto. Você ganha tempo para dar uma resposta mais apropriada, ou até para no final, a sós com quem fez a pergunta dizer que irá procurar a resposta. Agora, se concluir que esse caminho não será apropriado para a circunstância, use o último recurso - confesse que não sabe a resposta.
Essa pergunta foi provocativa - Se um treinando tentar agredi-lo com uma pergunta provocativa, não perca a calma e muito menos reaja emocionalmente. Ao fazer a pergunta agressiva ele estará fazendo o papel do bandido e você será a vítima. Essa sua condição de agredido conquistará a solidariedade dos demais. Se você reagir com agressão os papéis se inverterão. O treinando passará a ser a vítima e você o bandido. Por isso, por mais agressiva que tenha sido a atitude daquele participante, não demonstre aborrecimento ou contrariedade, para continuar tendo a vantagem da situação. Assim que perceber que se trata de uma provocação, sorria. Esse comportamento demonstrará que você percebeu a intenção, mas que está tranqüilo, sem se abalar, pois os ataques são gratuitos e sem fundamento. Em seguida agradeça a oportunidade que ele está proporcionando para que você esclareça o assunto que é tão relevante. Ao demonstrar que está satisfeito com a chance de falar sobre o tema deixará claro que não tem nada a temer. Finalmente, antes de iniciar a resposta, procure parafrasear a pergunta, eliminando, ou pelo menos reduzindo a sua agressividade. 
Por exemplo, se alguém perguntar por que as vendas caíram tanto depois que você assumiu a direção comercial da empresa, poderá parafrasear a pergunta dirigindo-se à platéia, e não à pessoa que a formulou, dizendo: — O que está sendo perguntado é como se deu a minha promoção como diretor comercial e qual o comportamento do mercado consumidor para o nosso segmento de produtos.Desta forma a provocação da pergunta teria sido afastada e você poderia falar sobre cada uma das partes da questão como se fossem independentes.
Precisamos ficar atentos para não sermos repetitivos e não valorizarmos as perguntas sempre da mesma forma todas às vezes, dizendo por exemplo, "Muito importante esta questão", ou "em colocada esta pergunta". Se pensarmos melhor poderemos encontrar maneiras diferentes e criativas de valorizar as perguntas.
Se a pergunta for hostil e agressiva, o fato de iniciarmos a resposta valorizando a iniciativa do treinando poderá contribuir para o sucesso da nossa explanação. Nesta circunstância, depois de repetir a pergunta, com o cuidado de reformulá-la para suprimir as expressões agressivas, poderíamos aumentar nossas chances de sucesso valorizando o questionamento e demonstrando assim que estamos tão confiantes e tranqüilos de nossa posição que ficamos satisfeitos com a oportunidade de falar sobre o tema.
Poderíamos dizer por exemplo: "Foi muito importante o senhor ter levantado esta questão porque assim me dá a oportunidade de esclarecer alguns pontos que não foram divulgados de maneira conveniente e que levaram algumas pessoas a tirar conclusões totalmente distorcidas".
Quando responder (ou não) uma pergunta - Quando uma pergunta é feita quase sempre temos a tendência de respondê-la, ou porque julgamos que por ter sido formulada deveria ser respondida de qualquer maneira, ou porque, até por vaidade às vezes, se tivermos as informações, somos inclinados a respondê-la para demonstrar à turma que estávamos preparados para superar esses "desafios".
Se a pergunta for apropriada é lógico que deverá ser respondida, pois estaria, conforme vimos, possibilitando maior interação com a turma. Se, entretanto, a pergunta for inadequada, podemos tentar uma adaptação, reformulá-la e torná-la apropriada para o assunto da nossa exposição e respondê-la.
Agora, se não for possível fazer essa reformulação e tivermos consciência de que de nenhuma maneira ela se tornaria apropriada, para o benefício do bom resultado da aula, temos que ter a lucidez e até a humildade de não dar a resposta, e de
uma forma delicada dizer que a questão foge um pouco da seqüência planejada para a exposição, mas que seria possível conversar sobre o novo tema no final, depois de encerrar a aula.
Essa é uma circunstância que precisa ser vista com muita seriedade e até com rigor, pois se acumulam os exemplos de experiências onde as pessoas começam a formular questões sem nenhuma relação com o assunto, e os outros ouvintes entediados, se interrogam até quando continuarão com aquelas perguntas descabidas.
Como enfrentar a pergunta - Independentemente de a pergunta ser apropriada ou não, é importante ouvi-la atentamente até o final (exceto nos casos em que a pessoa transforma a pergunta num discurso, pois nesta circunstância, precisamos interrompê-la para que não afaste a concentração da turma) e demonstrar na fisionomia e na expressão corporal uma atitude serena, atenta e interessada em resolver as dúvidas dos ouvintes.
Nunca devemos menosprezar alguém com observações depreciativas pelo fato de ter feito perguntas indevidas. Se agirmos assim poderemos ser tomados por alguém prepotente, arrogante e angariar a antipatia do restante do grupo. 
Sempre que julgarmos necessário devemos repetir a pergunta para nos certificar de que compreendemos bem a questão e para dar outra oportunidade para que os treinandos também possam entender de forma correta o que foi questionado.
Uma dica - Quando alguém faz uma pergunta, se expressa com volume de voz muito baixo e nós temos a tendência de nos aproximarmos para tentar ouvir melhor o que ele está dizendo. Quanto mais nós nos aproximamos, mais baixo será o volume da sua voz.
Ora, como é importante que a turma ouça a pergunta para poder se interessar pela questão, precisamos refrear essa tendência natural e nos afastarmos do treinando que nos questiona, pois assim ele se obrigará a falar mais alto e todos poderão ouvir o que está dizendo.
Como se comportar ao dar a resposta - Depois de termos ouvido atentamente a pergunta, repetido para nos certificarmos de que a compreendemos bem, julgado sua propriedade para o assunto e valorizado a iniciativa de quem a formulou, devemos iniciar a resposta olhando na direção de quem fez o questionamento; em seguida nossa comunicação visual tem de ser distribuída para todos os treinandos, para que fique claro que a explanação é feita para a turma em geral e no momento de encerrar devemos voltar a falar na direção do autor da questão, simbolizando com esta atitude que a sua pergunta foi respondida.
Outra dica - Não existe nada mais desagradável numa aula do que o orador instrutor com a turma para que façam perguntas e os treinandos parados, sem a mínima vontade de perguntar. Às vezes, o instrutor insiste tanto que alguém na assistência, até como atitude de solidariedade, levanta uma questão sem nenhuma ligação com o assunto, só para participar e atender aos apelos que chegam da tribuna. Devemos perguntar uma ou duas vezes, no máximo três se alguém deseja levantar alguma questão. Se ninguém se manifestar o melhor que temos a fazer é continuar dentro do nosso esquema planejado.
Podemos sim, induzir a turma a pensar que estamos respondendo perguntas se dissermos antes de começarmos o desenvolvimento do raciocínio; "Vocês devem estar perguntando", ou "Uma pergunta que me fazem com freqüência é", ou se fizermos outras colocações semelhantes.
E quando bate o nervosismo? Se você ficar nervoso no momento de falar comece a desconfiar que pertence ao clube dos seres humanos. É perfeitamente normal que você sinta o nervosismo no momento de falar. Por isso, se ficar nervoso saiba que é natural e não entre em pânico. Algumas pessoas ficam desesperadas quando percebem que estão nervosas, como se o fato fosse anormal. O nervosismo é maior no início quando ocorre a descarga de adrenalina provocada pelo medo. Com o transcorrer do tempo a adrenalina vai sendo metabolizada e o nervosismo diminui. Se você se surpreender e se assustar com o nervosismo irá se pressionar ainda mais e realimentar o medo. Procure se movimentar na sala para se dirigir à frente do grupo.
O movimento do corpo ajudará a queimar a adrenalina. Não tenha pressa de iniciar, respire com a maior calma que puder, ajeite as folhas com as anotações que pretende usar. Esses instantes iniciais são preciosos para conquistar um pouco de tranqüilidade. Comece falando um pouco mais baixo e devagar, para que a instabilidade provocada pelo nervosismo não seja percebida pela platéia. Cumprimente as pessoas devagar, pausadamente, para regular a respiração e se acostumar com o som da própria voz. Esses cuidados aliados a um bom conhecimento do assunto e a correta ordenação das informações ajudarão a combater o nervosismo inicial.
Desculpe a nossa falha - Se eventualmente cometer um engano, deve corrigir o erro ou continuar falando? Depende do tipo de erro cometido. Se transmitir uma informação incorretamente e este fato prejudicar a compreensão do assunto, deverá corrigir o erro. Se pronunciar de maneira equivocada uma determinada palavra e essa falha não provocar prejuízo no entendimento da turma deverá continuar falando sem se interromper.
Mais uma vez é preciso dedicar cuidado especial à sua reputação. Embora não ocorra prejuízo na compreensão da turma, os treinandos poderão acreditar que a palavra foi pronunciada incorretamente por desconhecimento do orador; assim, é recomendado encontrar uma forma de encaixar a mesma palavra em uma das frases seguintes, para demonstrar que se tratou mesmo de um engano.
Deu problema no equipamento - Mesmo testando tudo com bastante antecedência, os problemas com equipamentos podem surgir. Às vezes é a lâmpada do projetor que queimou ou, a configuração do computador que não é compatível com o sistema de multimídia...
Primeiro conselho - Planeje sua apresentação com outros recursos e até sem nenhumdeles. Por exemplo, se você pretende usar o power point, não custa nada reproduzir as telas do programa também em transparência e deixá-las de reserva para uma eventualidade. Sempre poderá contar com um aparelho de retro projeção para contornar o transtorno de uma falha no equipamento. Além de transparência procure planejar também a apresentação sem nenhum visual. É difícil acontecer que nada funcione, mas não é impossível - aí você contará só com você mesmo.
Ouvir e Escutar - Pesquisas recentes indicam que, de maneira geral, usamos apenas 25% da nossa capacidade de audição, e segundo estudo realizado pelo pesquisador Larry Barker, depois de dois meses, se a comunicação for de muito boa qualidade, do total ouvido só 25% serão lembrados.
Porque temos dificuldade para escutar - Existe uma grande diferença entre ouvir e escutar. Ouvir é apenas uma atividade biológica, que não exige maiores esforços do nosso cérebro, enquanto que escutar pressupõe um trabalho intelectual, pois após ter ouvido, é preciso interpretar, avaliar e reagir à mensagem.
Por que é importante escutar - Só o fato de saber que muito do que conhecemos foi aprendido ouvindo as pessoas já justificaria mais dedicação para escutar melhor. S. Moss e S. Tubbs revelam uma pesquisa que mostra como dividimos o tempo em que passamos acordados - 17% lendo, 16% falando, 14% escrevendo e 53% ouvindo. É muito tempo para ser desperdiçado. A maneira como escutamos pode interferir de forma decisiva no sucesso profissional e na qualidade do nosso relacionamento pessoal. As pessoas que têm dificuldade para escutar apresentam baixa produtividade no trabalho e dificuldade para se relacionar. Se você tiver que se submeter a um processo de seleção de emprego, por exemplo, o fato de saber escutar irá se constituir num importante diferencial para perceber, de maneira correta, quais são as intenções da empresa e o que ela espera de você.
Como escutar melhor - Para aprimorar a habilidade de escutar dedique-se à prática de algumas regrinhas muito simples e que dão excelente resultado:
Procure entender antes de interpretar ou criticar - O primeiro passo para escutar melhor é refrear a tendência de interpretar ou criticar uma mensagem, antes mesmo que ela tenha sido concluída ou perfeitamente entendida. Nas primeiras tentativas poderá parecer meio desanimador, porque ao prestar atenção em toda mensagem e tê-la entendido bem concluirá, às vezes, que o resultado foi muito semelhante ao que tinha suposto no primeiro momento e que o esforço talvez não tenha valido tanto a pena.
Com o tempo, entretanto, verificará que em alguns casos você estava equivocado e que esses enganos poderiam trazer irreparáveis prejuízos a sua capacidade de julgar as situações.
Meça a sua compreensão - Pelo fato de termos, de maneira geral, uma audição passiva, quase sempre não nos preocupamos em saber quanto do que ouvimos efetivamente conseguimos lembrar. Um bom exercício para escutar melhor é procurar lembrar quais as informações que ouviu e quanto da mensagem conseguiu guardar. Com o tempo a quantidade de informações retidas passa a aumentar e naturalmente a habilidade de escutar também. Durante alguns dias procure fazer uma revisão das pessoas que falaram com você, o que pretendiam e de como se comportou ao ouvi-las.
Faça anotações - Um bom método para se concentrar nas informações que ouve é fazendo anotações dos tópicos que julgar mais importantes. É evidente que esse exercício deverá ser reservado para a participação em palestras, aulas e reuniões, pois, por incrível que possa parecer, já vi pessoas conversando em situações informais e fazendo anotações.
Saia um pouco de si mesmo - De maneira geral, ficamos tão preocupados conosco que acabamos nos esquecendo que as outras pessoas necessitam ser reconhecidas e consideradas. Por isso, para melhorar sua capacidade de escutar, procure aceitar as pessoas como elas são e não como você gostaria que fossem. Reconheça que existe a possibilidade de estar enganado em algumas opiniões e dê um voto de confiança para a maneira de pensar dos outros. Prepare-se para se empenhar nessa empreitada porque, com freqüência, poderá ficar tentado a desistir e se voltar novamente para si mesmo.
XII - EQUÍVOCOS QUE DEVEM SER EVITADOS DURANTE UMA APRESENTAÇÃO
Os equívocos não obedecem a qualquer ordem de importância ou seqüência. Isto porque a importância da “equívoco” pode variar conforme o ambiente.
Olhar demais para determinado(s) participante(s), ou só manter contato visual com quem fez a pergunta;
Ficar parado num só ponto da sala, dar volta de 360º no mesmo lugar ou andar demais (“leão enjaulado”);
Olhar freqüentemente para o chão, para o teto, para o relógio de pulso ou olhar vagamente para algum ponto fora da sala;
Usar excessivamente gírias e palavras inadequadas (há lugares em que nem gíria pode ser usada);
Usar jargão profissional ou regional que pode ser desconhecido por parte do auditório, como também usoar excessivamente termos estrangeiros;
Falar com voz baixa ou alta demais, rápido ou devagar demais, monotonamente, etc;
Não aumentar a voz quando se virar para a tela ou quadro;
Embaralhar as palavras por falar depressa demais ou por problemas de dicção;
Repetir-se em demasia;
Fazer gestos repetitivos com as mãos ou guardá-las dentro do bolso;
Evitar cacoetes de dicção : “tá”, “ok”, “então”, “né” , etc, como interromper frases com “eee”, “aaa” , etc;
Repetir palavras não-cacoetes (basicamente, por exemplo);
Não fazer perguntas, como não deixar espaço para o participante perguntar, não colhendo, assim, a experiência do grupo;
Usar a ponteira (apontador) como espada (“esgrimista”) ou mantê-la na mão sem nunca usá-la para apontar;
 Manter a mão cheia ou ficar mexendo em coisas que não são necessárias no momento: (caneta, transparência, ponteira, ... ou tudo isto junto !);
Usar óculos que dificultem ou impeça o contato visual;
Dizer que vai responder depois, mesmo que a resposta esteja na seqüência prevista;
Não informar, sobre a duração da aula ou ultrapassar o tempo / previsto sem dar satisfação ao grupo;
Ir falando por cima do participante antes que este termine de expor sua dúvida;
Usar visuais excessivamente cheios, pouco legíveis, incoerentes, contendo erro de ortografia;
Ler com as mesmas palavras o que estiver sendo apresentado;
O apresentador concorrer com seu próprio visual ou expor visuais que ofereçam concorrência um com o outro;
Projetar imagens fora de foco ou não enquadrar as imagens na tela;
Deixar de elogiar uma pergunta bem formulada e/ou uma resposta adequada;
Declarar que não teve tempo ou que preparou mal a apresentação, que os visuais estão horríveis, que está nervoso, etc;
Ficar na frente de alguém ao mostrar visual ou deixar um objeto obstruindo a visão;
Operar aparelho audiovisual sem conhecê-lo razoavelmente;
Perder o controle das intervenções entre os participantes;
Ser agressivo com um participante ou com o grupo;
Usar “eu” demais durante a apresentação ou “vocês” em vez de nós;
Não mostrar objetos / tópicos no início da apresentação;
Iniciar resposta com “Como já tinha dito...” ou “Como é obvio...”;
“Encher lingüiça” para não antecipar o término da apresentação;
Portar-se inadequadamente (mascando chicletes, comendo, barba por fazer, sapatos e/ou roupas sujas, etc);
Não arrumar a sala prevendo sua melhor utilização quanto à movimentação e facilidade de uso de recursos audiovisuais;
Usar expressões do tipo: “Conseguiram entender?”, “Compreenderam a verdade?”, no lugar de “Fui claro?”, “Devo repetir?”, “Consegui me explicar?”;
Usar de expressão verbal “pobre”, com poucos sinônimos e pouca variedade;
Usar de expressões incorretas, com erros de concordância, regência e número, por exemplo;
Usar frases incompletas;
Responder em voz baixa a uma pergunta feita por um participante, quando se suspeita que nem todos a ouviram, sem antes repetir a mesmapergunta em voz alta.
XIII - PLANEJAMENTO DE ENSINO
O plano de ensino organiza as ações do instrutor, pois representa uma estruturação seqüencial de decisões sobre sua atuação, evitando a improvisação e a rotina, com a finalidade de tornar o processo ensino-aprendizagem mais eficiente e eficaz.
Planejar é racionalizar a ação educativa, antecipando o delineamento dos acontecimentos que vão ocorrer durante o processo. O planejamento é a etapa intermediária entre o conhecimento teórico construído e refletido nas diversas experiências dos Instrutores e a ação docente. É um trabalho personalizado, pois cada instrutor tem características próprias de atuação em sala de aula e contextualizado, pois cada turma tem características próprias, peculiares àquele grupo de pessoas.
Para planejar é essencial saber:
Por quê? A necessidade real, a causa A razão da existência daquele treinamento (Diagnóstico)
Para quem? O público a quem se destina. O participante é o elemento central de um curso e devemos atuar para atender às suas necessidades
Para quê? Os objetivos a serem atingidos. O objetivo deve direcionar todo o curso. Ele determina o conteúdo a ser trabalhado, bem como a metodologia e a avaliação a serem utilizadas.
Onde? Local onde o curso será realizado É importante que o instrutor tenha conhecimento, também, dos recursos materiais que ele poderá contar.
Quando? Período e duração do curso. A carga horária e o período de realização são informações fundamentais para o planejamento do curso, no que se refere à seleção das informações e das estratégias a serem planejadas.
Ter Início, Meio e Fim - Toda fala, seja simples conversa ou numa apresentação para uma grande platéia, precisa ter esta seqüência.
O Início - No início procure conquistar os ouvintes desarmando suas resistências e conquistando seu interesse e atenção. Para isso poderá usar algumas das seguintes "dicas":
. Conte uma pequena história que tenha estreita relação com o conteúdo da sua mensagem. Histórias normalmente despertam o interesse
. Elogie sinceramente os ouvintes
. Use uma frase que provoque impacto
. Diga que não irá consumir muito tempo
. Faça uma citação de autor respeitado pelos ouvintes
. Use um fato bem humorado. Entretanto, evite piadas
. Levante uma reflexão
. Demonstre sutilmente que conhece o assunto e possui experiência
. Aproveite uma circunstância fazendo um comentário sobre alguém
presente ou que tenha falado há pouco, ou ainda sobre um acontecimento conhecido dos ouvintes
No início você não deverá:
- Pedir desculpas por estar com problemas físicos (gripes, resfriados, dor de cabeça, etc.) ou por não estar devidamente preparado para falar
- Contar piadas
-Tomar partido sobre assuntos polêmicos
- Começar com "chavões" ou frases muito usadas. Por exemplo: A união faz
a força, uma andorinha só não faz verão, etc.
- Fazer citações de autores muito polêmicos
Saiba ainda que o início deverá ser breve, neutro e guardar interdependência com o restante da fala.
O Meio –
Na primeira parte do meio, prepare o tema a ser abordado: 
. Conte numa única frase sobre a matéria que irá abordar. Por exemplo: 
" Vou falar sobre o lazer do homem moderno"
. Em seguida, faça um relato histórico do tema, ou levante um problema para o qual dará solução
. Finalmente, fale sobre as etapas do assunto que irá desenvolver. Por exemplo: se o tema fosse lazer, as etapas poderiam ser: o lazer no campo, o lazer na praia e o lazer no clube.
Na Segunda parte, desenvolva o assunto principal atendendo ao que foi preparado. Se fez um relato histórico, agora fale do presente; se levantou um problema, agora dê a solução; se dividiu o tema, agora cumpra as etapas prometidas. Use comparações, exemplos, estatísticas, testemunho, enfim, tudo que puder para confirmar o conteúdo da sua exposição. Se sentir que alguém poderia fazer alguma objeção às suas afirmações, este é o momento de refutá-la.
O Fim - No final, faça uma breve recapitulação.
Em apenas uma ou duas frases, faça um resumo do que apresentou. Em seguida, para encerrar, use os mesmos recursos sugeridos para iniciar: elogiar o auditório, fazer uma citação, aproveitar uma circunstância, um fato bem-humorado, levantar uma reflexão, etc. Além disso, poderá pedir que ajam de acordo com suas propostas.
Não encerre dizendo "era isso que eu tinha para falar" ou outras formas vazias, sem objetividade.
PLANO DE AULA
O	planejamento do instrutor não pode se ater a uma relação de slides, onde todos os conteúdos abordados estão escritos, planejar não é só elaborar os slides do curso. A apresentação do instrutor não pode se limitar a uma mera leitura de slides ou transparências. É importante que o instrutor elabore o Plano de Aula, onde estão descritos: objetivo, o conteúdo a ser abordado, as estratégias que serão utilizadas, os recursos, o tempo previsto e como se dará a avaliação. Não existe um modelo padrão, cada docente deve usar o mais adequado para o seu trabalho. 
Segue um exemplo:
CURSO:
Unidade:
Objetivo:
Conteúdo Estratégias Recursos Tempo
Avaliação
OBJETIVOS
Objetivos do ensino servem para direcionar a ação do instrutor. São os objetivos que vão nortear a seleção dos conteúdos, a escolha das estratégias e dos materiais didáticos, bem como das formas de avaliação.
Os Objetivos devem partir da premissa: “Ao final do treinamento, o participante deverá ser capaz de:..”
CONTEÚDO
A seleção de conteúdos consiste em organizar um conjunto de informações a serem disponibilizadas aos participantes.
Deve ser realizada uma intensa pesquisa que permita fundamentar um sólido conhecimento teórico, além de conter assuntos que permitam a ocorrência de vivências dos temas a serem abordados.
Para a organização seqüencial dos conteúdos recomenda-se a observância de critérios: seqüência lógica coerente com a estrutura e o objetivo da disciplina; continuidade que proporcione a articulação entre os conteúdos; integração entre as diversas disciplinas do curso.
A forma de organização do conteúdo tem uma influência sobre a aprendizagem, dentro de duas perspectivas: motivadora e da própria compreensão. Nem sempre a ordem lógica de organização do conteúdo é a melhor ordem para apresentá-lo aos participantes. Cabe ao instrutor verificar qual a ordem que vai favorecer os processos mentais de reflexão, análise, solução de problemas e, ao mesmo tempo, motivar o participante para trabalhar com aquele conteúdo.
A elaboração do material didático. 
É importante observar alguns cuidados básicos na elaboração de material didático:
Antes de começar a escrever o texto:
_ É conveniente ter a estrutura global do curso e a estrutura de cada unidade. Isto supõe ter sido determinado com clareza quais são os vínculos que seguram todo o material.
_ Selecione previamente a bibliografia de apoio que vai ser utilizada.
_ É importante ter pronto um banco de exemplos, relatos de experiências, estatísticas e gráficos.
Estrutura do material:
_ Sumário
_ Introdução
_ Unidades
_ Conclusão
_ Referências bibliográficas
Cuidados quanto ao conteúdo
_ Relacionar o conteúdo com as experiências anteriores e os interesses dos participantes.
_ Contextualizar o tema, organizando-o em blocos, entremeando com perguntas que propiciem a antecipação de um novo conhecimento ou a recordação dos itens apresentados anteriormente.
_ Usar frases curtas, em ordem direta, de forma clara e objetiva.
_ Evitar, sempre que possível, parágrafos longos.
_ Ilustrar o texto com a ajuda de exemplos, gravuras, quadros, gráficos e diagramas.
_ Utilizar a itemização como recurso de clareza e objetividade.
_ Rever o material produzido, tendo em vista os objetivos propostos.
XIV - TÉCNICAS DE ENSINO
Exposição Dialogada
Na exposição dialogada o instrutor conduz a aula dando explicações através do diálogo com os participantes,fazendo e respondendo perguntas.
O desenvolvimento do assunto é feito através de perguntas aos participantes, fazendo com que eles próprios cheguem às conclusões antecipadas pelo instrutor ou a novas conclusões.
É importante que estas perguntas sejam planejadas, num sentido geral, para que o diálogo não se perca. Os participantes também podem formular perguntas dentro do assunto, que serão respondidas pelo próprio instrutor ou pela classe.
As perguntas formuladas pelo instrutor devem encaminhar o pensamento dos participantes para fazer comparações, análises, resumos e não simplesmente favorecer respostas mecânicas.
O instrutor deve preocupar-se em obter respostas do maior número possível de participantes para que não apenas alguns tenham oportunidade de pensar e responder. Deve-se fazer a pergunta e pedir que todos pensem antes de se dirigir a um em especial para ouvi-lo.
O instrutor não deve fazer um arremedo de aula dialogada, onde ele mesmo faz e responde as perguntas, sem dar espaço à participação dos participantes.
Em determinados momentos o instrutor faz pequenas sínteses dos aspectos relevantes já abordados. Ao final do trabalho o instrutor faz uma síntese do assunto com as conclusões finais. Esta síntese deve ser feita em conjunto com os participantes.
Técnicas para formulação de perguntas:
Perguntas dirigidas - O Instrutor escolhe previamente um participante e dirige-lhe, especificamente, a pergunta a ser respondida. Muitas pessoas simplesmente não participarão, a não ser que uma pergunta lhe seja dirigida. Por outro lado, há outras pessoas que tentarão responder a todas as perguntas, independentemente do fato de não lhes serem dirigidas. A formulação de perguntas dirigidas pode tornar-se perigosa se usada exageradamente, pois poderá inibir o potencial para a participação espontânea.
Perguntas gerais - O Instrutor pergunta, permitindo que qualquer participante tente respondê-la. Esta técnica possibilita que você conheça seus participantes pelas suas participações: os mais inibidos, os que gostam de aparecer, os mais brincalhões etc. Alguns participantes não responderão voluntariamente a não ser que a pergunta lhe seja diretamente dirigida. A formulação de perguntas gerais incentiva a atenção do participante para a busca de soluções para o problema apresentado, pois ele não sabe a quem você irá dirigir a pergunta.
Revezamento - O Instrutor faz uma pergunta a alguém e depois prossegue com a mesma pergunta a outros ou seja, faz a mesma pergunta a diferentes pessoas. Assim,você tem oportunidade de conhecer melhor os participantes e suas experiências relativas ao assunto abordado, comparando os diferentes pontos de vista apresentados, além de mantê-los envolvidos.
Inversão - O participante faz uma pergunta sobre um assunto relacionado e o Instrutor remete a pergunta à turma. Esta técnica ajuda os participantes a pensarem por si sós.
Como trabalhar com perguntas:
Tenha uma atitude positiva em relação ao que estão perguntando - As perguntas dos participantes demonstram interesse pelo conteúdo ensinado, como também revelam a existência de um ambiente liberal, propício para discussões. O Instrutor não pode ter uma atitude defensiva. Quando um participante formula uma pergunta em relação a algo que está sendo ensinado, em geral outros participantes também têm a mesma dúvida.
Entenda a pergunta - Certifique-se de que está entendendo a pergunta que lhe está sendo feita. Quando você ouve a pergunta, muitas vezes deve aproveitar para introduzir e/ou reforçar algum aspecto do assunto a ser abordado. É responsabilidade do Instrutor dar sentido ao que foi perguntado, e não ao participante. Para isso costuma-se reafirmar, isto é, repetir, de outro modo, a pergunta feita, para confirmar se o que você entendeu corresponde ao que foi perguntado pelo participante. Uma vez que ele concorde com a reafirmação da pergunta, você pode dar sua resposta.
Formule perguntas caso ainda não tenham ainda sido feitas - Os participantes, muitas vezes, ainda não estão prontos a levantar questionamentos. Sua tarefa como Instrutor é livrá-los desse desconforto e promover a integração. Saber lidar com perguntas de seus participantes proporciona muitas recompensas: credibilidade aumentada, oportunidade para envolver os participantes e a criação de um clima favorável ao treinamento, ao compartilhamento das idéias.
Não descarte ou desencoraje perguntas - Ë necessário que você encontre algum valor naquilo que o participante está perguntando. Algumas vezes, isso pode ser um desafio, mas o resultado faz com que valha a pena enfrentá-lo. Os participantes sabem quando você tem empatia por eles. Isso às vezes, quase se torna uma questão de ter que responder se um copo com água até a metade, está metade cheio ou metade vazio... Mesmo que o Instrutor receba perguntas que ele não pode relacionar com qualquer coisa que já tenha dito, deve procurar valorizar a pergunta, como um incentivo à participação.
Não se preocupe com as perguntas sem respostas - Um dos maiores medos de um Instrutor é não saber responder a uma pergunta feita por um participante. O Instrutor não precisa saber tudo sobre o tema, mas precisa saber muito mais do que sabe a maioria dos seus participantes. Não é esperado que você saiba tudo, mas em nenhuma circunstância, invente uma resposta para uma questão à qual você não sabe responder. Isto destruirá sua credibilidade.
Painel Simples
O Painel Simples ou Painel Aberto tem por objetivo estimular a participação individual nos pequenos grupos; analisar um texto ou situação; problema com maior profundidade; fazer um levantamento dos diversos pontos de vista sobre o texto ou problema.
Inicialmente, distribuem-se os participantes em subgrupos de 3 a 6 pessoas, para leitura e análise de um texto, ou estudo de uma situação problema.
Cada subgrupo analisa um aspecto ou parte de um determinado texto; ou todos analisam o mesmo texto ou situação problema.
Num segundo momento, todos se reúnem em grupo aberto (grupão), onde cada subgrupo apresenta suas idéias, seguindo-se o debate para as conclusões do grupão.
Essa técnica permite aos participantes: exercitar o diálogo e a discussão de pontos de vista divergentes; enriquecer o conhecimento sobre um texto ou situação-problema, mediante levantamento das diversas sugestões e críticas; desinibir as pessoas não habituadas ao debate em grupo.
Alguns cuidados devem ser considerados:
objetividade – cuidar para que todos leiam (e entendam) o texto por inteiro, mesmo quando se vai estudar apenas um de seus aspectos ou partes, e evitar que no debate os participantes se afastem muito do assunto que está sendo tratado;
participação – chamar a atenção dos participantes para o fato de que todos os membros do grupo devem ter uma participação equilibrada (principalmente nos pequenos grupos);
clareza – verificar, ao final, se as idéias centrais foram bem compreendidas por todos os participantes;
motivação – efetuar perguntas para incentivar os debates.
Painel Integrado
O painel integrado tem por objetivo aprofundar a discussão de um tema ou problema, chegando a conclusões (consenso) ou apropriar-se de uma grande quantidade de informações em pouco tempo.
Alguns cuidados devem ser considerados:
solicitar que os subgrupos, no primeiro momento, sintetizem as mensagens centrais dos textos (ou dos núcleos de discussão), antes de emitir juízos de valor ou conclusões mais gerais, a fim de garantir uma transmissão (segundo momento), que dê aos outros uma visão geral que tem em paralelo com as sínteses de grupo;
insistir para que as conclusões a serem transmitidas estejam redigidas, evitando-se possíveis lapsos de memória comprometedores da comunicação;
observar, buscando interferir o mínimo possível na dinâmica dos grupos;
definir o tempo das etapas e coordenar a integração.
Estudo Dirigido
O estudo dirigido é uma atividade realizada pelos participantes,com roteiros previamente traçados pelo instrutor. O estudo parte da leitura de um texto escolhido pelo instrutor, tratando-se, porém, de uma leitura ativa e não passiva. No estudo dirigido, o participante, seja individualmente, seja em grupo, terá que trabalhar bastante no texto entregue pelo instrutor, usando sua própria criatividade na interpretação e na extrapolação do conteúdo do texto. 
O planejamento do Estudo Dirigido compreende três etapas:
Solicitar do participante uma visão global, sincrética, do texto, mediante normas simples oferecidas pelo instrutor. Os participantes observam os títulos e subtítulos, adquirindo uma visão da estrutura ou organização do trabalho a estudar.
Formular questões claras e simples para serem respondidas seja com base no texto, seja interpretando a idéia ou intenção do autor, associando idéias, exercitando o raciocínio e a imaginação e desenvolvendo a criatividade.
Propor problemas práticos a serem resolvidos, com base no que os participantes leram e assimilaram. Além disso, solicitar conclusões dos participantes, sobretudo quando for possível a pesquisa complementar.
Estudo de Casos
O Estudo de Casos consiste em apresentar de forma sucinta uma situação real ou fictícia, para ser analisada e discutida pelo grupo. Tem por objetivos:
proporcionar oportunidade de discutir as várias soluções que podem ser dadas a problemas apresentados;
examinar as conseqüências das decisões;
selecionar a solução ou as soluções mais adequadas.
Brainstorming
O Brainstorming é utilizado para geração de uma razoável quantidade de idéias/alternativas acerca de um fato, questão ou problema. Ela poderá ajudá-lo a:
Encorajar o pensamento criativo e gerar entusiasmo nas pessoas;
Encorajar a participação dos membros das equipes na identificação de problemas, causas e na geração de soluções;
Construir idéias a partir de idéias dos outros (carona);
Gerar idéias revolucionárias e polêmicas possibilitadas pela ausência de julgamento das sugestões
Incentivar a turma a participar da ação de geração de idéias, a partir de uma questão. Os participantes devem expressar, em frases curtas, todas as idéias sugeridas pela questão proposta, sem emitir juízo. A geração das idéias se dá por ação espontânea do grupo através de um processo administrado e conduzido.pelo Instrutor.. Escrever todas as idéias apresentadas pelos participantes em um quadro ou flip-chart evitando, tanto quanto possível, modificar sua redação. Interromper o processo quando um número suficiente de idéias for gerado ou não haja mais produção de novas idéias. Eliminar as idéias iguais e juntar, quando possível, idéias complementares com a finalidade de elaborar um rol consistente de idéias. Todo este trabalho deverá ser realizado com a participação e aceitação do grupo, procurando sempre atingir o consenso.
XV - TRABALHANDO COM GRUPOS
O grupo é entendido como um conjunto de pessoas que são interdependentes na tentativa de realização de objetivos comuns. Por isso, o Instrutor no trabalho de grupo deve ficar atento e informar aos participantes, de forma clara, os objetivos da tarefa e o tempo necessário para a sua execução.
Mas, por que trabalhar com grupos heterogêneos? Uma das vantagens do trabalho em grupo é a sinergia gerada pela diversidade de habilidades e pensamentos. O poder de inovar e de trazer significativas contribuições ao trabalho está associado ao grau de heterogeneidade do grupo. 
Um grupo heterogêneo permitirá a:
visão de formas diferentes de se abordar o problema.
oportunidade de se chegar ao consenso, respeitando as opiniões contrárias.
observação de modos diferentes de se estruturar o raciocínio.
verificação mais detalhada das idéias apresentadas.
redução mais efetiva das barreiras às mudanças.
XVI - AVALIAÇÃO
Avaliação é um ato de investigar a qualidade dos resultados intermediários ou finais de uma ação, contribuindo sempre para sua melhoria.
Para a avaliação final das disciplinas do curso deverão ser utilizadas questões objetivas de múltipla escolha.
As questões de múltipla escolha possibilitam maior cobertura dos assuntos e servem para medir conhecimento. Essas questões podem ser de diferentes tipos e os mais usados são:
_ Questão de resposta única - Consiste de uma sentença incompleta seguida de uma única alternativa correta e de outras incorretas, mas plausíveis.
_ Questão de resposta múltipla - Apresentam-se três ou quatro afirmativas, dentre as quais os examinandos devem julgar cada afirmação como falsa ou verdadeira e responder de acordo com as combinações propostas nas instruções. É necessário cuidado especial para evitar alternativas que sejam mutuamente exclusivas.
Algumas orientações são necessárias para elaborar questões de múltipla escolha:
Quanto ao conteúdo avaliado
_ Selecionar o conteúdo que constituirá o tema de cada questão.
_ Verificar se o conteúdo selecionado pode comportar a estrutura estabelecida nas questões de múltipla escolha.
_ Limitar a questão a um único assunto.
Quanto à organização do suporte da questão
_ O suporte da questão deve constituir uma indagação expressa de modo completo, claro e objetivo, evitando-se enunciados vagos.
_ Utilizar as informações relacionadas diretamente ao tema da questão, não sobrecarregando com elementos inúteis.
_ Evitar, sempre que possível, suportes negativos.
_ As palavras eventualmente repetidas em todas as alternativas devem fazer parte do suporte e não das opções.
_ Não retirar frases textuais de livros, revistas ou apostilas para usá-las nas questões.
Quanto à resposta
_ Selecionar e expressar a resposta que se adapte ao suporte, de tal modo que não restem dúvidas a respeito de sua veracidade e pertinência.
_ A resposta correta não deve ser a mais longa, a mais curta, a mais bem elaborada ou a que apresente maior número de informações.
_ A resposta não pode ser a única que complete o suporte
_ A resposta e as demais alternativas devem ser plausíveis.
_ Alguns termos, expressões e formas gramaticais usados no suporte podem fornecer inadvertidamente uma série de pistas.
Quanto à linguagem
_ Deve haver precisão e clareza na formulação das questões.
_ Deve-se empregar o português correto.
_ As alternativas devem concordar gramaticalmente com o suporte.
_ É necessário selecionar a linguagem mais conveniente para o assunto que está sendo examinado.
_ Questão de associação - A questão de associação possui uma série de alternativas que devem ser associadas a várias perguntas ou afirmações, dispostas ao lado. O examinando responderá, assinalando uma letra ou número da chave apresentada.
_ Questão com ilustração - Este tipo de questão baseia-se em tabela, mapa, gráfico, fotografia, desenho ou diagrama.
XVII - RECURSOS DIDÁTICOS
Os recursos didáticos são meios utilizados pelo Instrutor para facilitar a aprendizagem dos participantes. Eles não devem, no entanto, substituir sua desejável interação com os participantes.
Os recursos didáticos que poderão ser utilizados são:
Quadro branco
Utilidade
apresentar esquemas, resumos, quadros sinóticos;
registrar dados;
orientar tarefas a serem desempenhadas.
Diretrizes de uso
evitar fazer uso do quadro e falar ao mesmo tempo;
escrever apenas as informações necessárias, planejando sua disposição;
deve-se apagá-lo após a exposição.
Retroprojetor ou Data show
Utilidade
facilitar a observação coletiva de roteiros, figuras, gráficos, documentos etc;
possibilitar a apresentação por etapas significativas que atestem um processo dinâmico em evolução ou
Desenvolvimento;
possibilitar a realização de exercícios de fixação, integração e acompanhamento da aprendizagem.
 
Diretrizes de uso
organizar os dados, possibilitando maior eficiência;
evitar utilizar número excessivo de transparências/slides.Estes devem conter o “esqueleto” da exposição com as palavras-chave do conteúdo;
evitar poluir as transparências/slides com excesso de informações;
evitar limitar-se apenas à leitura do conteúdo das transparências/slides, pois são recursos e devem funcionar como tal, não substituindo o expositor;
testar o aparelho e preparar antes, quando se tratar de retroprojetor, a distância em que ele deve ficar, regulando o foco;
utilizar, de preferência, na própria transparência, um “apontador”.
Flip-chart
Utilidade
apresentar o roteiro da aula;
contribuir para a fixação do tema;
permitir a visualização da estrutura do assunto.
Diretrizes de uso
usar letras de mesmo tamanho e tipo;
utilizar cores fortes (preto, vermelha, azul, verde);
utilizar o menor número de palavras possível, pois isso facilita a leitura;
distribuir bem as letras e os espaços.
DVD
A utilização adequada do DVD requer atenção para uma série de cuidados a serem tomados antes de seu uso, em relação :
ao ambiente e à estrutura física da sala;
à acústica;
à iluminação;
ao tempo disponível;
ao domínio do uso pelo instrutor
ao teste do equipamento.
O instrutor deve fazer um planejamento para utilização adequada do vídeo/DVD, constando de um roteiro de observação. É importante ter em vista a adequação do vídeo/DVD não só ao assunto proposto e ao grupo de participantes,como também às técnicas que deverão ser adotadas para a sistematização de sua apresentação. 
O vídeo pode ser para introduzir um assunto de uma só vez ou em partes, distribuído em várias apresentações e servir para a sistematização de conteúdos, ao final de um assunto.
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