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LEMBRAR: a exuberância visual do Barroco está ligada à reavaliação contra- reformista, ao luxo absolutista e à emergência dos aspectos emocionais e subjetivos na experiência da arquitetura. NO BRASIL, o barroco chega com os missionários jesuítas, franciscanos, beneditinos e carmelitas que vêm ao Brasil para construir colégios, conventos e igrejas e catequizar os povos aqui existentes. Teve influência não só portuguesa mas também de alguns outros países da Europa. No início a arquitetura religiosa era sóbria, com fachadas e plantas retilíneas e de grande simplicidade ornamental. Mais tarde o barroco se frutifica em escolas regionais e aparecem edifícios religiosos com fachadas e decorações internas mais ornamentadas. ... adentrar no templo Barroco significava adentrar no reino do bem, no reino do belo. Através de um discurso espiritualizado, que pregava a conformação e o respeito às instituições, esse “reino do bem” dissimulava uma verdade maior: as estratégias de poder, como maneira de controle social. É justamente nesse contexto de afirmação e de perpetuação do poder europeu nas Américas que as cidades brasileiras serão pontilhadas de monumentos barrocos. De que forma a Igreja pôde contribuir para a manutenção da ordem política no Brasil Colonial? Disciplinarização dos fiéis, não apenas submissos à estrutura e hierarquia eclesiásticas, mas também submissos ao poder político... Pregação de sermões, epístolas (escrituras sagradas) e encíclicas (documentos doutrinais) e, por fim, a realização das obras arquitetônicas e iconográficas. As ‘bandeiras’ paulistas também contribuíram para a instalação e difusão dos principais núcleos e exemplares barrocos pelo país. Nas edificações religiosas e civis barrocas foram utilizadas amplamente a madeira, a taipa, as pedras, a argila, as argamassas, o vidro e o ferro. ... utilizam o dinamismo plástico, a suntuosidade, a imponência, as sinuosidades, os elementos contorcidos, as volutas e espirais... as plantas possuem formas curvas e elípticas... as colunas são retorcidas, os frontões são compostos ou interrompidos, as fachadas ganham movimento e jogos de luz e sombra... ...os tetos das edificações sacras são geralmente abobadados, elevados e elaborados com elementos de pintura e escultura, dando uma dimensão ‘ilusionista’ do infinito... Arquitetura religiosa em Minas Gerais Um dos mais expressivos conjuntos barrocos do Brasil. Nesta igreja Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho) esculpiu em pedra sabão as imagens de 12 profetas, em tamanho real. Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa em Minas Gerais Em 1749, já existia uma capela dedicada à São Francisco de Assis, mas, em 1772, essa capela encontrava-se em péssimas condições, o que fez com que a Ordem Terceira Franciscana desse início a um novo templo. Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa em Minas Gerais De traçado circular, a autoria de sua planta é desconhecida mas o desenho do frontispício e da empena é atribuído a Manuel Francisco de Araújo. Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa em Minas Gerais Construída em 1766, sua fachada foi toda obra do Aleijadinho, com os detalhes entalhados em pedra sabão. O forro da nave tem pintura tridimensional de Nossa Senhora da Conceição cercada de anjos, todos com feições de mulatos. Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa em Minas Gerais Arquitetura religiosa na Bahia Esta igreja começou a ser construída em 1708. Usa uma grande variedade de materiais nobres em sua decoração como ouro, azulejaria e jacarandá. Arquitetura religiosa na Bahia Arquitetura religiosa em Pernambuco Arquitetura religiosa em Pernambuco Arquitetura religiosa em Pernambuco João Pessoa: séculos XVI e XVII Fonte: PAIVA C. Roberta, 2009. • Convento São Francisco; • Igreja N. S. das Neves; • Mosteiro de São Bento; • Convento do Carmo; • Igreja da Misericórdia; • Igreja de São Gonçalo; • Igreja de São Pedro Gonçalves. Arquitetura religiosa na Paraíba Arquitetura religiosa na Paraíba Arquitetura religiosa na Paraíba Arquitetura religiosa na Paraíba Arquitetura religiosa na Paraíba Arquitetura religiosa na Paraíba Arquitetura civil no Brasil Arquitetura civil no Brasil Alcântara (MA) São Sebastião (SP) Arquitetura civil no Brasil Conceição do Mato Dentro (MG) Porto Seguro (BA) Arquitetura civil no Brasil Salvador (BA) Santos (SP) Arquitetura civil no Brasil O NEOCLÁSSICO NO BRASIL TEORIA DO URBANISMO I PROFESSOR: FERNANDO VAN WOENSEL Expansão do Império Napoleônico; Corte portuguesa entre as principais potências políticas e militares da época: Inglaterra (supremacia marítima) e a França (poderio terrestre); opção pela coligação com a Inglaterra pelo temor de um ataque às colônias portuguesas (dependência portuguesa em relação às riquezas brasileiras); A partir de 1808... se inaugura um novo momento na História do Brasil; Contexto Histórico D. João em solo baiano... Partida de Portugal: Nov.1807 Chegada a Salvador: Jan.1808. D. João e família hospedaram-se no Palácio do Governador; os demais membros da comitiva real instalaram-se na Casa da Relação. Providências oficiais tomadas em solo baiano: reforço militar necessário à defesa; criação da Escola de Cirurgia sediada no Hospital Militar; permissão para instalação de indústrias e seguradoras no Brasil; aprovação de orçamento para abertura de uma estrada ligando o Rio de Janeiro a Salvador; inauguração de uma cadeira de Ciência Econômica; assinatura do Decreto de Abertura dos Portos do Brasil; Como estava o Brasil... A decadência açucareira; Grandeza e Miséria do Ouro; Crise da colonização (1789-1808); Rebeliões internas: Inconfidência Mineira (1789) e Conjuração Baiana (1798); Crise da Mineração e retorno da prosperidade agrícola com técnicas rudimentares (ampliação dos mercados consumidores e da necessidade de matéria prima para as fábricas inglesas); o algodão como produto de destaque no cenário nacional (independência das colônias inglesas e francesas: América do Norte e Antilhas); Minas converte-se em centro de criação de gado e produção de laticínios. A Corte no Rio de Janeiro... Chegada ao Rio de Janeiro: Mar.1808 a cidade já era capital da colônia desde 1763. A monarquia no Rio de Janeiro: revolução de hábitos dos que chegavam e dos que aqui estavam; distância social entre portugueses e brasileiros; particularidades e excentricidades da Corte Portuguesa; As principais acomodações da Corte no Rio de Janeiro: a Quinta da Boa Vista (São Cristóvão) e o Paço Real, antiga sede do vice-reino (Centro); Arquitetura do improviso... Principais construções após 1808: Três chafarizes (do Campo de Santana, da Rua Frei Caneca e da Rua Riachuelo); o prédio da Academia de Belas Artes; o do Quartel Militar no Campo de Santana (atual Palácio Duque de Caxias); a reforma do Museu de História Natural („Casa dos Pássaros‟) para abrigar a Casa da Moeda e o Erário Real; as reformas da Quinta da Boa Vista e da Fazenda de Santa Cruz; Principaisobras urbanas: Urbanização da Cidade Nova; ajardinamento do Campo de Santana; e melhoramentos no Largo do Rocio; Arquitetura do improviso... Iniciativas particulares: embaixadas, comerciantes, artistas, ricos produtores rurais etc; construção de palacetes em São Cristóvão, na Glória, no Catete, nas Laranjeiras, em Botafogo e nas proximidades do Jardim Botânico; A criação/reestruturação de importantes órgãos administrativos, educacionais e militares, como: o Arquivo Militar; a Real Casa de Obras; a Intendência Geral da Polícia; a Imprensa Régia; a Academia Militar; a Academia Real da Marinha; a Academia de Belas Artes; a Academia de Medicina; a Real Fábrica de Pólvora; a Real Biblioteca Pública, entre outros. A Quinta da Boa Vista (São Cristóvão-RJ) O Paço Real (Centro-RJ) A “Missão Artística Francesa” Napoleão é derrotado (1815) e Portugal retoma relações diplomáticas com a França. Em março de 1816, chega a “Missão Francesa” ao Rio de Janeiro com a função de formar uma nova geração de artistas, ensinando os cânones do estilo neoclássico, adotado como “estilo” oficial da Corte e do Império. D João VI cria a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios Principais artistas franceses no Brasil : Joaquim Lebreton (líder), Jean Baptiste Debret (pintor), Nicolas Antoine Taunay (pintor), Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny (arquiteto), Charles de Lavasseur (arquiteto), Auguste Marie Taunay (escultor), além de outros profissionais carpinteiros, ferreiros etc. A “Missão Artística Francesa” A Arquitetura Neoclássica no Brasil alcançou elevados padrões de correção formal e construtiva, mas os recursos para a sua produção e uso eram importados do continente europeu. Por essa razão, ficou restrita apenas ao meios oficiais e às camadas mais abastadas do litoral. O escravo continuava a ser mão-de-obra para a construção, como para o funcionamento das casas, desprovidas ainda mesmo de serviços de água e esgoto. A “Missão Artística Francesa” A arquitetura elaborada sob influência da Imperial Academia de Belas Artes (1826) era caracterizada pela clareza construtiva e simplicidade de formas. Apenas alguns elementos construtivos como cornijas e platibandas eram explorados como recursos formais. Os corpos de entrada compunham-se de escadarias, colunatas e frontões de pedra aparente, formando conjuntos, cujas linhas severas evidenciavam um rigoroso atendimento às normas clássicas. A “Missão Artística Francesa” A austeridade e rusticidade dos interiores dos tempos coloniais são substituídos por tendências de grande valorização decorativa uso de objetos mais refinados. Os estratos sociais mais elevados procuravam criar ambientes com características urbanas e européias. A “Missão Artística Francesa” Nos grandes centros litorâneos nível mais complexo de influência na arte e na arquitetura. Nas províncias transformação superficial, como imitação da arquitetura dos grandes centros. Palácio do Catete (RJ), José M. Rebello Grandjean de Montigny (1776-1850) Jean Baptiste Debret (1768-1848) Nicolas Antoine Taunay (1755-1830) Rio de Janeiro (RJ) Teatro São João (1813) Arquitetura Neoclássica Rio de Janeiro (RJ) Praça do Comércio/ Alfândega, de Montigny (1819-21) Arquitetura Neoclássica Rio de Janeiro (RJ) Academia Imperial de Belas Artes, de Montigny (1816-26) Arquitetura Neoclássica Rio de Janeiro (RJ) Biblioteca Imperial, de Montigny (1842) Arquitetura Neoclássica Rio de Janeiro (RJ) Paço do Senado, de Montigny (1848) Arquitetura Neoclássica Rio de Janeiro (RJ) Casa da Marquesa de Santos, de P. Pézérat (1820?) Arquitetura Neoclássica Rio de Janeiro (RJ) Academia Militar, de P.J. Pézérat (1820?) Arquitetura Neoclássica Rio de Janeiro (RJ) Palácio do Itamarati, de J. Rebelo (1850?) Arquitetura Neoclássica Rio de Janeiro (RJ) Hospital da Santa Casa, de D. Monteiro e J. Rebelo (1840-52) Arquitetura Neoclássica Rio de Janeiro (RJ) Hospital Pedro II, de D. Monteiro, J. Rebelo e Guillobel (1842-52) Arquitetura Neoclássica Rio de Janeiro (RJ) Asilo Pedro II (1842-?) Arquitetura Neoclássica Rio de Janeiro (RJ) Casa da Moeda, de Teodoro de Oliveira (1853) Arquitetura Neoclássica Petrópolis (RJ) Palácio Imperial, de Guillobel (1840?) Arquitetura Neoclássica Salvador (BA) Teatro São João (1812) Arquitetura Neoclássica Salvador (BA) Associação Comercial, de Cosme Damião Fidié (1813-16) Arquitetura Neoclássica Salvador (BA) Casa da Alfândega (1843-61) Arquitetura Neoclássica Salvador (BA) Asilo Santa Isabel, de João Bloem (1848) Arquitetura Neoclássica Recife (PE) Palácio do Governo (1841) Arquitetura Neoclássica Recife (PE) Teatro Apolo (1839-42) Arquitetura Neoclássica Recife (PE) Teatro Santa Isabel, de Louis Vauthier (1840-50) Arquitetura Neoclássica Recife (PE) Teatro Santa Isabel, de Louis Vauthier (reinaugurado 1876) Arquitetura Neoclássica Recife (PE) Solar Rodrigues Mendes (1870?) Arquitetura Neoclássica Recife (PE) Solar Visconde de Suassuna (1850?) Arquitetura Neoclássica Recife (PE) Solar rua do Benfica (1870?) Arquitetura Neoclássica Recife (PE) Ginásio Pernambucano, de Mamede Ferreira (1855-66) Arquitetura Neoclássica Recife (PE) Casa de Detenção, de Mamede Ferreira Arquitetura Neoclássica Recife (PE) Assembléia Legislativa, de J. T. Pereira Magalhães (1870-75) Arquitetura Neoclássica Belém (PA) Teatro da Paz, de J.T. Pereira Magalhães (1869-75) Arquitetura Neoclássica Belém (PA) Palacete Azul (1860-85) Arquitetura Neoclássica
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