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Peça Simulada Resposta a acusação Josafá.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIR EITO DA 3ª VARA CRIMINAL DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CUIABÁ ESTADO DO... 
JOSAFÁ DA SILVA, já qualificado nos autos da ação penal nº ..., que lhe move a justiça pública, por seu advogado que esta subscreve (procuração em anexo), vem, respeitosamente perante vossa excelência, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com funda mento nos artigos 396 e 396 -A, do Código de Processo Penal, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos
! – DOS FATOS.
Costa de denúncia apresentada pelo Ministério Público, que o Sr. JOSAFÁ DA SILVA, cometera o crime de estelionato, descrito no art. 171, VI do Código Penal Brasileiro, conforme autos da denúncia, com continuação delitiva por ter emitido 2 (dois) cheques, sem provisão de fundos, nos valores de R$ 1.000,00 (um mil reais), cada, no comércio local, e o breve relatório. Cabe esclarecer que o Sr. JOSAFÁ DA SILVA, é pessoa trabalhadora, de idoneidade reconhecida na sociedade e homem de honra imaculada. 
Ocorreu que o Sr. JOSAFÁ DA SILVA, fora vitima de coação feita por meliantes que sequestraram sua família e ameaçaram de morte sua mulher e filhos caso o acusado não lhes desse a quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais), diante da ameaça iminente, o acusado viu-se obrigado a fazer o que os bandidos exigiram. 
Ciente de que não havia em sua conta corrente o valor exigido pelos bandidos, recorreu a seu talão de cheques, foi ao comércio local, onde trocou o titulo por dinheiro em espécie nos estabelecimentos descritos nos autos da denúncia, com a finalidade de livrar seus entes da ameaça dos delinquentes.
A apresentação dos títulos na agencia bancária resultou infrutífera, uma vez que não havia provisão de saldo para a liquidação dos títulos. Indignados, os portadores dos cheques, que, são conhecidos de longa data do acusado, prestaram queixa na Delegacia de Polícia.
Cônscio da queixa, o Sr. JOSAFÁ DA SILVA, procurou os reclamantes e saldou o débito com os credores JOSUÉ e JOSIAS. Em seguida apresentou os cheques na Delegacia de Polícia onde fora registrada a queixa. E somente após a liquidação do débito fora oferecida a denúncia pelo Ministério Público.
II – DO DIREITO
O caso em epígrafe é de absolvição sumária e rejeição da denúncia, porquanto manifesta excludente de culpabilidade e falta de pressuposto processual vejamos.
De acordo com a Súmula nº 554 do STF, “Pagamento do cheque sem fundos antes de recebida a denúncia extingue a punibilidade, após a denúncia mantém-se o prosseguimento da ação penal” (grifo nosso) sendo este o procedimento tomado pelo acusado ao ter conhecimento de que havia queixa em curso em detrimento seu. 
Destarte Excelência, o acusado agarra-se nesse sumulado da Suprema Corte para evocar sua inocência.
Ainda faz- se uso de outro sumulado do Supremo Tribunal Federal, disposto na Súmula nº 246, na qual, fixou entendimento de que: “comprovado não haver fraude, não se configura o crime de emissão de cheque sem fundo”
Dessa forma Excelência, o acusado está escudado por estes dois sumulados da Suprema Corte desde país, por haver comprovado que liquidou o débito antes do oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, e ainda por ter comprovado que não ocorreu fraude de sua parte, considerando que praticou o ato mediante coação irresistível conforme dispõe o caput do art. 22 do Código Penal, “Se o fato é cometido sob coação irresistível, ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.” 
A esse respeito, o art. 39 5, II, do Código Processo Penal dispõe sobre rejeição da denúncia, sendo observado no caso concreto a falta de condição e pressupostos para a ação penal, ficando configurado no caso em tela a falta de condição por motivos de quitação demonstrados pelo acusado, onde restou estabelecida a boa-fé, por ter praticado o crime por coação irresistível como já descrito alhures, ensejando desta feita a rejeição da denúncia. Assim, em vista da incidência da excludente de culpabilidade da coação irresistível, de rigor a absolvição sumária do réu, com base no artigo 397, II, do Código Processo Penal, a excludente de ilicitude previstas na Súmula 554 do Supremo Tribunal Federal, bem como a rejeição da denúncia com fulcro no art. 395, II, do CPP
Não resta dúvida de que o acusado fora coagido irresistivelmente pelos meliantes diante da ameaça de morte de seus entes queridos, não lhe restando outra saída, senão, a de recorrer a trocar por dinheiro em espécie, as 2 (duas) folhas de cheques.
III- DOS PEDIDOS 
Ante exposto, pugna-se pela absolvição sumária de Josafá da Silva, com fundamento no artigo 397, II, do Código Processo Penal e caso assim não entenda vossa excelência, requer a rejeição da denúncia do parquet com lastro no artigo 395, II, do mesmo Código e Súmula 554 do Supremo Tribunal Federal.
Caso o entendimento de vossa excelência seja pelo prosseguimento do processo, pugna -se pela oitiva das testemunhas ao final arroladas. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local..., data... 
Advogado... 
OAB... 
 
Rol de Testemunhas: 
1.Nome..., qualificação..., endereço... 
2.Nome..., qualificação..., endereço... 
3.Nome..., qualificação..., endereço... 
4.Nome..., qualificação..., endereço...

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