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Resposta inflamatória

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Resposta inflamatória
	Inflamação é o termo utilizado para referir-se à série de eventos que acompanham uma resposta imune e apresentam diversas características, incluindo edema local, eritema (devido à dilatação capilar), dor e calor. Essas características constituem a consequência coletiva da liberação de citocinas, quimiocinas e aminas vasoativas dos macrófagos e mastócitos em resposta ao encontro inicial com um patógeno. Os subprodutos da ativação do complemento (i. e., C3a e C5a), que serão discutidos adiante, também contribuem para a resposta inflamatória, promovendo a quimiotaxia dos neutrófilos, bem como a ativação dos mastócitos. Todos esses mediadores inflamatórios ajudam a recrutar os neutrófilos e as proteínas plasmáticas ao local de infecção, induzindo vasodilatação dos vasos sanguíneos próximos ao local de infecção e atuando como fatores quimiotáticos para os neutrófilos do sangue circulante. As células e o líquido adicionais que se acumulam no local de uma infecção (e que contribuem para o edema observado), o aumento da vermelhidão da pele na área e a hipersensibilidade associada constituem a reação inflamatória clássica.
ROITT, IVAN M, DELVES, PETER JMARTIN, SEAMUS J. Roitt, fundamentos de imunologia. 13. ed. Rio de Janeiro: Grupo Gen - Guanabara Koogan, 2014.
Tratamento da infecção por EBGA
A penicilina é o antibiótico de escolha para o tratamento da faringite por EBGA.
Uma revisão da literatura da Cochrane concluiu que a penicilina é o antibiótico de primeira escolha para pacientes com infecções agudas de garganta. A penicilina é um antibiótico econômico, bem tolerado e com um espectro razoavelmente estreito. A terapia oral requer uma duração de 10 dias, embora um regime com múltiplas doses diárias por esse período possa ser questionável em termos de aderência. Uma alternativa razoável é uma dosagem de 500 mg de penicilina V administrada 2 vezes ao dia durante 10 dias em pacientes adultos (em oposição à dosagem de 250 mg, 3 a 4 vezes ao dia). Para os casos de pacientes em que a aderência pode ser um aspecto preocupante, uma injeção intramuscular (IM) de 600.000 unidades de benzatina penicilina G em pacientes com peso corporal menor que 27 kg (1,2 milhões de unidades, se o paciente pesar mais que 27 kg) é outra opção, embora envolva o in- cômodo da administração de uma injeção e, mais significativamente, não possa ser revertida nem descontinuada em caso de efeito adverso. Todos os pacientes, seja qual for o diagnóstico final, devem ser tratados adequadamente com analgésicos e tran- quilizados. Foi demonstrado que os indivíduos que buscam tratamento antibiótico podem, na verdade, desejar apenas o alívio da dor.
Embora seja controverso, alguns médicos recomendam o uso de esteroides como agentes anti-inflamatórios para a diminuição da dor e do inchaço associados ao EBGA. Uma metanálise envolvendo mais de mil pacientes demonstrou que os es- teroides promoveram uma melhora 4,5 horas mais rápida em comparação ao obser- vado no grupo-controle, no qual houve redução mínima dos escores de dor. Desde que seja clinicamente indicado, o agente-padrão é a dexametasona (0,6 mg/kg até o máximo de 10 mg, via oral [VO] ou IM).
EBGA= Estreptococos β-hemolítico do Grupo A (Streptococcus pyogenes neste caso seria o mais provável)

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