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Banco do Nordeste BNB 2018 - Conhecimentos Bancários - Parte 1 (2)

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Banco do Nordeste – BNB – 2018 – Conhecimentos Bancários – Parte 1
Prof. Cid Roberto
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Banco do Nordeste – BNB – 2018 – Conhecimentos Bancários – Parte 1
Prof. Cid Roberto
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SUMÁRIO
1. Introdução e Esclarecimento ....................................................................4
2. Instituições do Sistema Financeiro Nacional – Tipos, Finalidades e Atuação .....5
3. Liquidez.................................................................................................8
4. Noções de Política Econômica e Monetária ..................................................8
5. Instrumentos de Política Monetária ............................................................9
6. Mercado Primário e Secundário .................................................................9
7. Mercado Bancário ...................................................................................9
8. Spread Bancário ...................................................................................10
9. Conselho Monetário Nacional I ................................................................12
10. Conselho Monetário Nacional II .............................................................16
11. Banco Central do Brasil – BCB ou Bacen .................................................17
12. COPOM – Finalidade e Atribuições .........................................................20
13. Instituições Financeiras Oficiais Federais – Papel e Atuação .......................22
14. Banco do Brasil S.A. ............................................................................23
15. Caixa Econômica Federal ......................................................................26
16. BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social .............27
17. BNB – Banco do Nordeste do Brasil ........................................................30
18. BASA – Banco da Amazônia S.A. ...........................................................33
19. Bancos Comerciais ..............................................................................35
20. Bancos de Investimento .......................................................................36
21. Bancos de Desenvolvimento .................................................................37
22. Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento ..............................38
23. Sociedades de Arrendamento Mercantil ..................................................39
24. Sociedades de Crédito Imobiliário ..........................................................40
25. Bancos Múltiplos .................................................................................40
26. Associações de Poupança e Empréstimo .................................................41
Banco do Nordeste – BNB – 2018 – Conhecimentos Bancários – Parte 1
Prof. Cid Roberto
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27. Cooperativas de Crédito .......................................................................41
28. Bancos Cooperativos ...........................................................................42
29. Instituições Financeiras Monetárias e Não Monetárias ...............................43
Exercícios ................................................................................................43
Gabarito ................................................................................................ 131
Banco do Nordeste – BNB – 2018 – Conhecimentos Bancários – Parte 1
Prof. Cid Roberto
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CID ROBERTO
O professor Cid Roberto é profissional da atividade bancária desde 
1968. Ministra aulas de Conhecimentos Bancários para concursos de 
instituições financeiras públicas em vários cursinhos do Brasil. Atua 
como Educador Corporativo na Universidade Corporativa do Banco 
do Brasil desde 1987. Possui as certificações profissionais da ANBID 
– Associação Nacional dos Bancos de Investimento CPA-10 e CPA-20. 
Aposentado desde 2005, por tempo de serviço, após 30 anos no Ban-
co do Brasil e três anos em banco particular. É bacharel em Ciências 
Contábeis pela Faculdade Morais Júnior, do Sindicato dos Contabilis-
tas do Rio de Janeiro, e em Administração pela Universidade de Bra-
sília – UnB. Fez o curso de especialização “Financial Markets” na Yale 
University (Connecticut) – 2014, “Bank Management for Superior 
Results” na University of Texas (Austin) e DePaul University (Chica-
go) e “Engenharia Financeira, Produtos e Serviços” no Citibank (Fort 
Lauderdale e New York). Cursou o MBA – Executivo em Finanças do 
Ibmec – Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Brasília – DF).
1. INTRODUÇÃO E ESCLARECIMENTO
Seja muito bem-vinda(o) ao curso de Conhecimentos Bancários para o concurso 
do BNB 2018, para o cargo de Analista Bancário 1.
Este curso foi elaborado levando em conta o conteúdo exigido no Edital Cespe 
nº 1 BNB, de 14/09/2018.
O período de inscrições é das 10 h do dia 24/09/2018 às 18 h do dia 15/10/2018. 
A prova está marcada para o domingo, 25/11/2018, no período da tarde.
Esta apostila não contempla todo o conteúdo programático de Conhecimentos 
Bancários que consta do Edital. É a primeira parte, abordando 29 dos 77 itens soli-
citados, alcançando quase 40% dos assuntos elencados no Conteúdo Programático 
no Edital para Conhecimentos Bancários.
Mais para a frente, disponibilizarei novo material contemplando os 48 itens que 
aqui não serão tratados.
Estão inseridos 300 exercícios gabaritados que envolvem somente os assuntos 
que constam no Edital. As primeiras 142 questões caíram em provas anteriores do 
BNB, elaboradas por outras bancas examinadoras. As demais 158 questões foram 
aplicadas pelo Cespe em vários concursos para instituições financeiras públicas.
Estarei à disposição em sala de aula e também no meio virtual. Participem da 
minha comunidade Conhecimentos Bancários no Facebook, acessando facebook.
com/ConhecimentoBancario.
Banco do Nordeste – BNB – 2018 – Conhecimentos Bancários – Parte 1
Prof. Cid Roberto
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Estude e realize os seus sonhos!
Conte com a minha experiência profissional, pois trabalho em bancos desde 
1968, com o meu auxílio e com a minha parceria.
Fique na paz!
2. INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – TIPOS, FINALI-
DADES E ATUAÇÃO
Entende-se a palavra “estrutura” como o modo pelo qual as diferentes partes 
de um todo estão dispostas.
O termo “financeiro” tem a ver com finanças e está associado à circulação e à 
gestão do dinheiro e de outros recursos líquidos, segundo o Dicionário Aurélio.
Ainda segundo o mesmo dicionário, “nacional” significa de, pertencente ou 
relativo a uma nação, ou próprio dela.
A palavra “sistema” é entendida como o conjunto de partes, componentes, que 
interagem entre si, de forma ordenada, a fim de atingir um objetivo comum.
De acordo com o conceito, todos os sistemas têm partes que interagem entre 
si, possuem ordem ou normas e visam a um objetivo comum.
Assim, poderíamos fazer as seguintes associações: 
SISTEMA PARTES ORDENAMENTO/NORMAS OBJETIVO
Solar planetas, estrelas, satélites etc.
leis da gravidade, física 
etc.
manter o equilíbrio 
dos corpos celestes.
Transporte vias, veículos, passageiros etc. código de trânsito.
transportar cargas e 
passageiros.
Financeiro 
Nacional
órgãos normativos, 
entidades 
supervisoras, 
entidades financeiras, 
entidades auxiliares, 
PF e PJ etc.
leis, decretos, resoluções, 
normas, códigos etc.
circular as finanças 
da nação brasileira;
encontro dos 
superavitários com 
os deficitários.
O Sistema Financeiro Nacional – SFN tem a função básica de fazer o encontro dos 
superavitários (doadores de recursos) com os deficitários (tomadores de recursos).
Para que isso ocorra, existem intermediários financeiroslegalmente autoriza-
dos a fazerem esses encontros. São os operadores do SFN. Eles fazem com que os 
Banco do Nordeste – BNB – 2018 – Conhecimentos Bancários – Parte 1
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que têm sobra de dinheiro encontrem alternativas nas quais aplicar seus recursos 
financeiros.
Esses recursos são repassados para os agentes econômicos que necessitam de 
dinheiro para atender às suas necessidades de consumo, que podem ser de caráter 
pessoal bem como para ampliação da capacidade produtiva das empresas.
A intermediação financeira implica em captar os recursos dos superavitários, 
repassando-os para os deficitários.
Os intermediários financeiros ganham juros ou comissões, dependendo da ope-
ração financeira que estiver realizando.
Os superavitários, ao aplicarem seus recursos, em geral, esperam auferir rendi-
mentos positivos. Os deficitários pagam juros pelos recursos que tomam emprestados.
Como consta no sítio do Banco Central do Brasil (bcb.gov.br), o SFN é composto 
por três grandes ramos:
 – Moeda (monetário), crédito, capitais e câmbio;
 – Seguros Privados; e 
 – Previdência Fechada.
O principal ramo do SFN lida diretamente com quatro tipos de mercado:
 – mercado monetário: é o mercado que fornece à economia papel-moeda 
e moeda escritural, aquela depositada em conta-corrente;
 – mercado de crédito: é o mercado que fornece recursos para o consumo 
das pessoas em geral e para o funcionamento das empresas; 
 – mercado de capitais: é o mercado que permite às empresas em geral 
captar recursos de terceiros e, portanto, compartilhar os ganhos e os riscos;
 – mercado de câmbio: é o mercado de compra e venda de moeda estran-
geira.
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Composição e Segmentos do Sistema Financeiro Nacional
Moeda, crédito, capitais e câmbio Seguros Privados1
Previdência 
Fechada
Órgãos 
normativos Conselho Monetário Nacional – CMN
Conselho Nacional 
de Seguros 
Privados – CNSP
Conselho Nacional 
de Previdência 
Complementar – 
CNPC
Entidades 
supervisoras
Banco Central 
do Brasil – Bacen
Comissão 
de Valores 
Mobiliários – CVM
Superintendência 
de Seguros 
Privados – Susep
Superintendência 
Nacional de 
Previdência 
Complementar – 
Previc
Operadores
Bancos e Caixas 
Econômicas Corretoras e Distribuidoras
2 Seguradoras e 
Resseguradores
Entidades Fechadas 
de Previdência 
Complementar 
(fundos de pensão)
Cooperativas de 
Crédito
Administradora 
de Consórcios
Bolsas de 
Valores4
Entidades Abertas 
de
Previdência 
Complementar
Instituições de 
pagamento3
Demais 
instituições não 
bancárias
Bolsas de 
mercadorias e 
futuros4
Sociedades de
Capitalização
1 Aqui estão inseridas a previdência complementar aberta e os títulos de capitalização.
2 Dependendo de suas atividades, corretoras e distribuidoras também são fiscalizadas pela CVM.
3 As Instituições de Pagamento não compõem o SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo BCB, conforme diretrizes 
estabelecidas pelo CMN.
4 A única bolsa de valores e a única bolsa de mercadoria e futuros em funcionamento no Brasil é a “B3 S.A. - Brasil, 
Bolsa, Balcão”.
Fonte: bcb.gov.br/pre/composicao/composicao.asp
Ainda segundo o BCB, o SFN está estruturado basicamente em três subsiste-
mas: órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores.
Órgãos Normativos
Têm a atribuição de traçar as linhas gerais que devem ser observadas na parte do 
Sistema Financeiro que está a cargo de cada uma delas. Não executam coisa alguma.
São os seguintes:
 – Conselho Monetário Nacional – CMN;
 – Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; e
 – Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC.
Entidades Supervisoras
Executam o que foi determinado pelos órgãos normativos, cabendo supervisio-
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nar, fiscalizar, acompanhar e punir os operadores do Sistema Financeiro, dentro das 
atribuições definidas para cada uma delas.
São os seguintes:
 – Banco Central do Brasil – Bacen;
 – Comissão de Valores Mobiliários – CVM;
 – Superintendência de Seguros Privados – Susep; e
 – Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc.
Operadores (Intermediários Financeiros)
São todos aqueles que fazem efetivamente o Sistema Financeiro Nacional alcan-
çar o seu objetivo de proporcionar o encontro dos superavitários com os deficitá-
rios, cabendo-lhes observar as regras definidas pelos órgãos normativos e que são 
implementadas pelas entidades supervisoras.
3. LIQUIDEZ
Três conceitos:
 – quantidade de dinheiro na economia;
 – capacidade de honrar compromissos financeiros; e
 – possibilidade de transformar algo em dinheiro.
4. NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA E MONETÁRIA
A política econômica consiste no conjunto de ações governamentais que são 
planejadas para atingir determinadas finalidades relacionadas com a situação eco-
nômica do Brasil.
Os instrumentos da política econômica são:
 – política fiscal – relacionada com os gastos públicos e os impostos;
 – política monetária – diz respeito à moeda nacional e aos títulos públicos 
(dívida pública interna);
 – política cambial – relacionada com as moedas estrangeiras;
 – política creditícia – diz respeito à concessão de créditos.
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5. INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA
São três, basicamente, os instrumentos utilizados pelo governo:
 – compra e venda de títulos públicos (operações do mercado aberto) – 
quando o governo vende (lança) títulos no mercado, ele retira moeda da 
economia e, quando compra títulos, ele coloca moeda na economia;
 – depósitos compulsórios – corresponde a um percentual das captações 
que os bancos são obrigados a recolher ao Banco Central; quanto maior o 
percentual do compulsório, menos moeda na economia e vice-versa; e
 – controle da taxa de juros – quanto maior a taxa de juros, menos pesso-
as estarão dispostas a tomar dinheiro emprestado, resultando em menos 
moeda na economia.
Alguns defendem que o redesconto e a emissão de moeda também são instru-
mentos de política monetária.
6. MERCADO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
Mercado primário
As empresas ou o governo emitem títulos e valores mobiliários para captar no-
vos recursos diretamente de investidores.
Mercado secundário
É composto por títulos e valores mobiliários previamente adquiridos no mercado 
primário, ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto é, a compra e venda. Não 
envolve mais o emissor e nem a entrada de novos recursos de capital para quem o 
emitiu. Seu objetivo é gerar negócios, isto é, dar liquidez aos títulos.
7. MERCADO BANCÁRIO
As instituições financeiras e bancárias pouco utilizam recursos financeiros pró-
prios para fazerem suas operações.
São chamadas de intermediárias financeiras exatamente porque captam recur-
sos de um lado e emprestam do outro lado.
Banco do Nordeste – BNB – 2018 – Conhecimentos Bancários – Parte 1
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Os bancos ganham dinheiro fazendo operações financeiras e operações acessórias.
As operações financeiras podem ser classificadas de duas formas: 
 – passivas – captações; e
 – ativas – empréstimos.
As operações acessórias são as prestações de serviços realizadas pelos bancos.
Nas operações passivas e ativas, há incidência de juros. Nas acessórias, a co-
brança de tarifas.
Operações Passivas depósitos a vista (conta-corrente), depósitos a prazo, cadernetas de poupança, letras de câmbio.
Operações Ativas
cheque especial, crédito direto ao consumidor(cdc), 
financiamentos do sistema financeiro da habitação, crédito rural, 
adiantamento a depositantes, abertura de crédito fixo, abertura de 
crédito rotativo.
Operações 
Acessórias
ordem de pagamento, cheque de viagem, cobrança de títulos, 
arrecadação de tributos, cartão de crédito, administração de 
fundos de investimento, administração de consórcios, prestação de 
garantias, compra e venda de moeda estrangeira.
8. SPREAD BANCÁRIO
Em termos simplificados, o Spread Bancário é a diferença entre a taxa de juros co-
brada aos tomadores de crédito e a taxa de juros paga aos depositantes pelos bancos.
Em outras palavras, é a diferença entre a remuneração que o banco paga ao 
aplicador para captar um recurso e o quanto esse banco cobra para emprestar o 
mesmo dinheiro.
O cliente que deposita dinheiro no banco, em poupança ou outra aplicação está 
de fato fazendo um empréstimo ao banco. Portanto, o banco remunera os depósitos 
de clientes a uma certa taxa de juros (chamada de taxa de juros de captação ou 
simplesmente taxa de captação).
Analogamente, quando o banco empresta dinheiro a alguém, cobra uma taxa 
pelo empréstimo – uma taxa que será certamente superior à taxa de captação.
A diferença entre as duas taxas é o chamado Spread Bancário.
O Spread Bancário pode ser apurado em sua forma bruta e líquida.
Na forma bruta, leva em conta somente a taxa de aplicação financeira, o custo 
para o tomador do empréstimo, e a taxa de captação, o custo da instituição finan-
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ceira para captar o recurso financeiro.
Na forma líquida, leva em conta os impostos, a inadimplência, as despesas ope-
racionais e as provisões do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido (CSLL).
Vejamos o exemplo abaixo:
SPREAD BANCÁRIO
Taxa de Aplicação Financeira 10,0%
(-) Taxa de Captação -3,0%
Spread Bruto 7,0%
(-) Impostos sobre Operações -0,3%
(-) Inadimplência -2,0%
(-) Despesas Operacionais -0,7%
Spread antes do IR 4,0%
Provisão para IR e CSLL -0,3%
Spread Líquido 3,7%
Taxa de Aplicação Financeira – corresponde às receitas (taxas de retorno) 
auferidas pela instituição decorrentes das aplicações de seus recursos próprios e 
de terceiros em operações de crédito, cambiais, prestação de serviços e tesouraria, 
entre outras.
Taxa de captação – são todas as despesas (custos) de captação de recursos 
financeiros (próprios e de terceiros) processados pelo banco para lastrear suas 
aplicações.
Impostos sobre operações – compreendem os impostos diretos de responsa-
bilidade da instituição financeira, como PIS, Cofins, ISS e outros.
Inadimplência – percentual das aplicações financeiras, centradas principal-
mente em títulos adquiridos e operações de crédito, consideradas como de realiza-
ção duvidosa.
Despesas Operacionais – envolvem despesas de pessoal, administrativas, 
judiciais e outras realizadas no período.
Provisão para IR e CSLL – alíquota dos tributos incidentes sobre os resultados 
do banco.
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9. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL I
O Conselho Monetário Nacional (CMN) foi instituído pela Lei n. 4.595, de 
31/12/1964.
É o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional.
Tem a responsabilidade de expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento 
do SFN.
Dentre suas funções estão:
• fixar a meta anual de inflação;
• adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da econo-
mia e seu processo de desenvolvimento;
• regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os sur-
tos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depres-
sões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;
• regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do 
País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira;
• orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, 
quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, con-
dições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;
• propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros;
• zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
• coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida 
pública interna e externa;
• autorizar as emissões de papel-moeda;
• estabelecer condições para que o Banco Central emita moeda-papel de curso 
forçado, bem como emita as normas reguladoras do meio circulante;
• aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central, por meio 
dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito;
• determinar as características gerais das cédulas e das moedas;
• fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à compra e 
venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em 
moeda estrangeira;
• disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias 
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em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer 
garantias por parte das instituições financeiras;
• regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem ati-
vidades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades pre-
vistas;
• limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e 
qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou 
financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central, assegurando taxas 
favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover benefícios nas 
atividades rurais;
• determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financei-
ras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
• estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e 
outras relações patrimoniais a serem observadas pelas instituições financei-
ras;
• expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pe-
las instituições financeiras;
• delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos, o capital mínimo das 
instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como 
a localização de suas sedes e agências ou filiais;
• determinar recolhimento de até 60% do total dos depósitos e/ou outros tí-
tulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de 
letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pú-
blica Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos 
entregues ao Banco Central do Brasil, na forma e condições que o Conselho 
Monetário Nacional determinar, podendo este:
a) adotar percentagens diferentes em função:
das regiões geoeconômicas;
das prioridades que atribuir às aplicações;
da natureza das instituições financeiras;
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido 
reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras 
condições fixadas pelo Conselho Monetário Nacional;
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• estabelecer, para as instituições financeiras públicas, a dedução dos depósitos 
de pessoas jurídicas de direito público que lhes detenham o controle acio-
nário, bem como dos das respectivas autarquias e sociedades de economia 
mista, no cálculo do depósito compulsório;
• enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último dia do mês sub-
sequente, relatório e mapas demonstrativosda aplicação dos recolhimentos 
compulsórios;
• regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de re-
desconto e de empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições financeiras 
públicas e privadas de natureza bancária;
• estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central em suas transa-
ções com títulos públicos e de entidades de que participe o Estado;
• autorizar o Banco Central e as instituições financeiras públicas federais a efe-
tuarem a subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de 
responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas do Estado;
• disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos 
públicos;
• estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para 
preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei;
• decidir da estrutura técnica e administrativa do Banco Central e fixar seu qua-
dro de pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e vantagens de seus 
funcionários, servidores e diretores, cabendo ao Presidente deste apresentar 
as respectivas propostas;
• aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas vedações 
ou restrições equivalentes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em re-
lação a bancos brasileiros ali instalados ou que nelas desejem estabelecer-se;
• baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando 
limites, taxas, prazos e outras condições; e
• regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e demais sociedades 
autorizadas a funcionar pelo Banco Central, inclusive entre aquelas sujeitas 
ao mesmo controle acionário ou coligadas.
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Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito − Comoc, 
composta por 10 membros, a saber:
• presidente do Banco Central do Brasil;
• presidente da Comissão de Valores Mobiliários;
• secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão;
• secretário-executivo do Ministério da Fazenda;
• secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda;
• secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda; e quatro diretores 
do Banco Central do Brasil, indicados pelo seu presidente.
A Comoc possui as seguintes competências:
• propor a regulamentação das matérias tratadas na presente Lei, de compe-
tência do Conselho Monetário Nacional;
• manifestar-se, na forma prevista em seu regimento interno, previamente, 
sobre as matérias de competência do Conselho Monetário Nacional, especial-
mente aquelas constantes da Lei n. 4.595, de 31/12/1964;
• outras atribuições que lhe forem cometidas pelo Conselho Monetário Nacional.
Estão previstas de funcionar também junto ao CMN as seguintes Comissões 
Consultivas:
• de Normas e Organização do Sistema Financeiro;
• de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros;
• de Crédito Rural;
• de Crédito Industrial;
• de Crédito Habitacional, e para Saneamento e Infraestrutura Urbana;
• de Endividamento Público; e
• de Política Monetária e Cambial.
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10. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL II
O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda (Presidente), pelo Mi-
nistro de Estado do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e pelo Ministro de 
Estado Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen).
Os seus membros reúnem-se ordinariamente uma vez por mês e extraordina-
riamente por convocação do seu presidente para deliberarem sobre assuntos rela-
cionados com as competências do CMN.
Participam das reuniões do CMN: 
• os conselheiros;
• os membros da Comoc;
• os diretores do Banco Central do Brasil, não integrantes da COMOC;
• representantes das Comissões Consultivas, quando convocados pelo Presi-
dente do CMN.
Poderão assistir às reuniões do CMN:
• assessores credenciados individualmente pelos conselheiros;
• convidados do presidente do conselho;
• funcionários da secretaria-executiva do conselho, credenciados pelo Presi-
dente do Banco Central do Brasil.
Somente aos conselheiros é dado o direito de voto.
As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções, normativo 
de caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da União e na página de nor-
mativos do Banco Central do Brasil. 
De todas as reuniões são lavradas atas, que informarão o local e a data de sua 
realização, nomes dos conselheiros presentes e demais participantes e convidados, 
resumo dos assuntos apresentados e debates ocorridos e as deliberações tomadas, 
cujo extrato é publicado no Diário Oficial da União – DOU.
As decisões de caráter confidencial serão comunicadas somente aos interessados.
Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo Bacen.
As metas de inflação e os respectivos intervalos de tolerância serão fixados pelo 
Conselho Monetário Nacional – CMN, mediante proposta do Ministro de Estado da 
Fazenda. As metas de inflação para até o ano de 2019 tinham que ser fixadas até 
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30 de junho de cada segundo ano imediatamente anterior ao da meta. As metas 
de inflação para os anos a partir de 2020 passaram a ser fixadas até 30 de junho 
de cada terceiro ano imediatamente anterior ao da meta. Atualmente, o CMN deve 
estipular as metas anuais com três anos de antecedência.
Segundo essas regras, as metas de inflação para 2018 e 2019 foram definidas 
até 30 de junho de 2016 e 2017, respectivamente. Para 2020 e 2021, essas metas 
foram fixadas em 2017 e 2018, respectivamente.
11. BANCO CENTRAL DO BRASIL – BCB OU BACEN
Trata-se de uma autarquia1 federal vinculada ao Ministério da Fazenda, admi-
nistrado por uma diretoria colegiada de nove membros, um dos quais será seu Pre-
sidente, todos nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros de ilibada 
reputação e notória capacidade em assuntos econômico-financeiros, sendo demis-
síveis ad nutum, ou seja, a qualquer momento.
O presidente e os diretores do Banco Central precisam ser previamente aprova-
dos pelo Senado Federal após arguição pública.
É o principal órgão executivo do Sistema Financeiro Nacional.
O Bacen faz cumprir todas as determinações do CMN (Conselho Monetário Nacio-
nal). É por meio do Bacen que o governo intervém diretamente no Sistema Finan-
ceiro.
As principais atribuições do Bacen são:
• executar as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as diretrizes do 
Governo Federal;
• regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional;
• administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB);
• administrar e sanear o meio circulante;
• emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites autorizados 
pelo Conselho Monetário Nacional;
• exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades 
previstas;
• conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam:
1 Autarquia – entidade de direito público, com autonomia econômica, técnica e administrativa, embora fiscalizada e tutelada pelo Estado, o 
qual eventualmente lhe fornece recursos, e constitui órgão auxiliar de seus serviços.
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• funcionar no País (as instituições financeiras estrangeiras dependem de pré-
via autorização do Poder Executivo);
• instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior;
• ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;
• praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívi-
da pública federal, estadual ou municipal, ações Debêntures, letras hipotecá-rias e outros títulos de crédito ou mobiliários;
• ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;
• alterar seus estatutos;
• alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.
• estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de 
administração de instituições financeiras privadas, assim como para o exer-
cício de quaisquer funções em órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, se-
gundo normas que forem expedidas pelo Conselho Monetário Nacional;
• efetuar o controle do fluxo de capitais estrangeiros;
• ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira;
• exercer o controle do crédito sob todas as suas formas;
• executar os serviços de meio circulante;
• determinar o recolhimento de até 100% do total dos depósitos à vista e de 
até 60% de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma 
de subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de tí-
tulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em 
ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, a forma e condições 
por ele determinadas, podendo:
a) adotar percentagens diferentes em função:
das regiões geoeconômicas;
das prioridades que atribuir às aplicações;
da natureza das instituições financeiras;
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido 
reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras 
condições por ele fixadas.
• receber os recolhimentos compulsórios dos bancos;
• realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras 
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bancárias;
• determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem os cadas-
tros das firmas que operam com suas agências há mais de um ano;
• prover os serviços de Secretaria do Conselho Monetário Nacional;
• efetuar, como instrumento de política monetária, a compra e venda títulos 
públicos federais; e 
• regular o serviço de compensação de cheques e outros papéis.
O Banco Central do Brasil operará exclusivamente com instituições financeiras 
públicas e privadas, vedadas operações bancárias de qualquer natureza com outras 
pessoas de direito público ou privado, salvo as expressamente autorizadas por lei.
Os encargos e serviços de competência do Banco Central, quando por ele não 
executados diretamente, serão contratados de preferência com o Banco do Brasil, 
exceto nos casos especialmente autorizados pelo Conselho Monetário Nacional.
Constituem receita do Banco Central as rendas:
• de operações financeiras e de outras aplicações de seus recursos;
• das operações de câmbio, de compra e venda de ouro e de quaisquer outras 
operações em moeda estrangeira; e
• eventuais, inclusive as derivadas de multas e de juros de mora aplicados por 
força do disposto na legislação em vigor.
Monopólio de Emissão (Banco Emissor)
• Envolve as atividades referentes ao meio circulante e destina-se a satisfazer a 
demanda de dinheiro indispensável à atividade econômico-financeira do país, e
• Cuida do orçamento monetário, emissão e saneamento do meio circulante.
Banco dos bancos
• Mantém contas nas quais são depositadas as reservas voluntárias e compulsó-
rias do sistema financeiro (conta Reservas Bancárias e Conta de Liquidação),
• Fornece crédito a instituições com necessidades transitórias de liquidez,
• Intervém, em casos de problemas maiores, como prestamista de última ins-
tância, e
• Atua como vigilante do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e operador 
do Sistema de Transferência de Reservas (STR).
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Banqueiro do Governo
• Detém as contas mais importantes do Governo,
• Recebe em depósito as disponibilidades de caixa da União,
• Participa ativamente do manejo do seu fluxo de fundos, e
• É o depositário e administrador das reservas nacionais e internacionais do país,
• Atua, em nome do Tesouro Nacional, nos leilões de títulos públicos federais, e
• Representa o país junto a organismos internacionais.
Supervisor do Sistema Financeiro
• Regula e supervisiona o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as demais enti-
dades por ele autorizadas a funcionar, com vistas à sua crescente eficiência, 
zelando por sua liquidez e solvência e buscando a adequação dos instrumen-
tos financeiros, e
• Emite normas, concede autorizações, fiscaliza e intervém.
Executor da Política Monetária
• Controla a liquidez (meios de pagamento), e
• Utiliza os instrumentos de política monetária.
Executor da Política Cambial
• É responsável pelo funcionamento regular do mercado de câmbio, a estabili-
dade relativa das taxas de câmbio e o equilíbrio do balanço de pagamentos.
12. COPOM – FINALIDADE E ATRIBUIÇÕES
O Comitê de Política Monetária (Copom) foi instituído, em 20 de junho de 1996, 
com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa 
de juros. A criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual 
adequado ao processo decisório, a exemplo do que já era adotado pelo Federal 
Open Market Committee (FOMC), do Banco Central dos Estados Unidos, e pelo Cen-
tral Bank Council, do Banco Central da Alemanha.
Em junho de 1998, o Banco da Inglaterra também instituiu o seu Monetary Po-
licy Committee (MPC), assim como o Banco Central Europeu, desde a criação da 
moeda única em janeiro de 1999. Atualmente, uma vasta gama de autoridades 
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monetárias em todo o mundo adota prática semelhante, facilitando o processo de-
cisório, a transparência e a comunicação com o público em geral. 
Formalmente, as competências do Copom são:
• definir a meta da Taxa Selic e
• divulgar o Relatório de Inflação.
A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa Selic (taxa 
média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sis-
tema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre 
reuniões ordinárias do Comitê. 
As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em duas sessões, sendo a primeira 
sessão reservada às apresentações técnicas de conjuntura econômica e a segunda 
destinada à decisão da meta da Taxa Selic.
Além do Presidente e dos Diretores do Banco Central, membros do Comitê, par-
ticipam da primeira sessão da reunião os chefes dos seguintes departamentos do 
Banco Central:
• Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban),
• Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), 
• Departamento Econômico (Depec), 
• Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), 
• Departamento das Reservas Internacionais (Depin) e 
• Departamento de Assuntos Internacionais (Derin).
A primeira sessão dos trabalhos poderá contar, ainda, com a presença de outros 
servidores do Banco Central, quando autorizados pelo Presidente. 
No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento apresentam uma aná-
lise técnica de conjuntura abrangendo inflação, nível de atividade, evolução dos 
agregados monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos, economia inter-
nacional, mercado de câmbio, reservas internacionais, mercado monetário, ope-
rações de mercado aberto e expectativas gerais para variáveis macroeconômicas. 
Já no segundo dia da reunião, além dos membros do Copom, participa, sem di-
reito a voto, o chefe do Depep, que realiza apresentação técnica contendo avaliação 
prospectiva da inflação.
Em seguida, os membros do Copom, com base na avaliação do cenário macro-
econômico e dos principais riscos associados, deliberam, por maioria simples de 
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votos, a meta da Taxa Selic. 
Os comunicados das decisões do Copom são divulgados após o término da se-
gunda sessão da reunião ordinária, a partir das 18 h.
As atas do Copom, em português, são divulgadas às 8h00 da terça-feira da se-
mana posterior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de seis dias úteis. Já 
as apresentações técnicas de conjuntura referentes ao primeiro e segundo dia de 
reunião são disponibilizadas, respectivamente, após 4 e 8 anos. 
O calendário anual das reuniões ordinárias será divulgado mediante Comuni-
cado do Diretor de Política Monetária até o fim do mês de junho do ano anterior, 
admitindo-se ajustes até o último dia do ano de sua divulgação. 
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom 
publica o documento “Relatório de Inflação”, que analisa detalhadamente a con-
juntura econômica e financeira do País, bem como apresenta suas projeções para 
a taxa de inflação.
13. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OFICIAIS FEDERAIS – PAPEL E ATUAÇÃO
O Art. 17 da Lei n. 4.595, de 31/12/1964, define Instituições Financeiras, para 
os efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que te-
nham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de 
recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e 
a custódia de valor de propriedade de terceiros.
O Art. 22 da citada Lei reza que as instituições financeiras públicas são órgãos 
auxiliares da execução da política de crédito do Governo Federal.
O § 1º, do Art. 22, da Lei n. 4.595, diz que o Conselho Monetário Nacional re-
gulará as atividades, a capacidade e as modalidades operacionais das instituições 
financeiras públicas federais, que deverão submeter à aprovação daquele órgão, 
com a prioridade por ele prescrita, seus programas de recursos e aplicações, de 
forma que se ajustem à política de crédito do Governo Federal.
Os Presidentes e Diretores das instituições financeiras públicas federais deverão 
ser pessoas de reputação ilibada e notória capacidade. A escolha dos Diretores ou 
Administradores dessas instituições, a nomeação dos respectivos Presidentes e a 
designação dos substitutos será feita pelo Presidente da República, após aprovação 
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do Senado Federal.
As substituições eventuais do Presidente das instituições financeiras públicas 
federais não poderão exceder o prazo de trinta dias consecutivos, sem que o Presi-
dente da República submeta ao Senado Federal o nome do substituto.
As instituições financeiras públicas não federais ficam sujeitas às disposições 
relativas às instituições financeiras privadas, assegurada a forma de constituição 
das existentes na data da publicação da Lei n. 4.595.
As Instituições Financeiras Oficiais Federais em funcionamento são:
• Banco do Brasil S. A.,
• Caixa Econômica Federal,
• Banco Nacional de Desenvolvimento Nacional – BNDES,
• Banco do Nordeste do Brasil S. A., e
• Banco da Amazônia S. A.
O BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social é o principal 
instrumento de execução de política de investimentos do Governo Federal.
14. BANCO DO BRASIL S.A.
O Banco do Brasil S.A., é uma sociedade anônima (companhia) aberta de direito 
privado, de economia mista, regida, sobretudo, pela legislação aplicável às socie-
dades por ações, controlada pelo Governo Federal, e sua matriz está localizada em 
Brasília (DF).
Organizado sob a forma de banco múltiplo, o BB atua com as seguintes car-
teiras: comercial, de arrendamento mercantil (leasing), crédito financiamento e 
investimento (financeira) e crédito imobiliário.
Tem por objeto a prática de todas as operações bancárias ativas, passivas e 
acessórias, a prestação de serviços bancários, de intermediação e suprimento fi-
nanceiro sob suas múltiplas formas, inclusive nas operações de câmbio e nas ativi-
dades complementares, destacando-se:
• seguros,
• previdência privada,
• capitalização,
• corretagem de títulos e valores mobiliários,
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• administração de cartões de crédito/débito,
• consórcios,
• fundos de investimentos e carteiras administradas e
• o exercício de quaisquer atividades facultadas às instituições integrantes do 
Sistema Financeiro Nacional.
Como agente, como instrumento de execução da política creditícia e financeira 
do Governo Federal, compete ao BB, de modo a contribuir para o interesse público 
que justifica sua criação, exercer as seguintes funções atribuídas nas leis brasilei-
ras, especificamente as previstas no art. 19 da Lei n. 4.595/1964:
• ser o agente financeiro do Tesouro Nacional, recebendo as importâncias pro-
venientes da arrecadação de tributos ou rendas federais;
• realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento 
Geral da União e leis complementares, de acordo com as autorizações que 
lhe forem transmitidas pelo Ministério da Fazenda, vedada a concessão, pelo 
Banco, de créditos de qualquer natureza ao Tesouro Nacional;
• conceder aval, fiança e outras garantias, consoante expressa autorização legal;
• adquirir e financiar estoques de produção exportável;
• executar a política de preços mínimos dos produtos agropastoris;
• ser o agente pagador e recebedor fora do País, como representante financeiro 
do Tesouro Nacional;
• executar o serviço da dívida pública consolidada;
• ser o principal executor dos serviços bancários de interesse do Governo Fede-
ral, inclusive suas autarquias;
• arrecadar depósitos voluntários, à vista, das instituições financeiras;
• executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis;
• realizar operações de compra e venda de moeda estrangeira por conta pró-
pria e, nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, por 
conta do Banco Central do Brasil;
• realizar recebimentos ou pagamentos e outros serviços de interesse do Banco 
Central do Brasil;
• dar execução à política de comércio exterior;
• financiar a aquisição e instalação da pequena e média propriedade rural;
• financiar as atividades industriais e rurais, estas de forma favorecida;
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• difundir e orientar o crédito, inclusive às atividades comerciais suplementan-
do a ação da rede bancária:
a) no financiamento das atividades econômicas, atendendo às necessidades 
creditícias das diferentes regiões do País;
b) no financiamento das exportações e importações.
Nas relações com o Governo Federal, o BB contratará, na forma da lei ou regu-
lamento, diretamente com a União ou com a sua interveniência:
• a execução dos encargos e serviços pertinentes à função de agente financeiro 
do Tesouro Nacional e às demais funções que lhe forem atribuídas por lei;
• a realização de financiamentos de interesse governamental e a execução de 
programas oficiais mediante aplicação de recursos da União ou de fundos de 
qualquer natureza; e
• a concessão de garantia em favor da União.
Com mais de 200 anos, o BB atua de forma responsável para promover a inclu-
são social por meio da geração de emprego e renda.
O BB financia o custeio da produção e a comercialização de produtos agrope-
cuários, estimula os investimentos rurais como armazenamento, beneficiamento, 
industrialização de produtos agrícolas e modernização de máquinas e implementos, 
além da adequação de propriedades rurais à legislação ambiental.
Assim, o Banco apoia o agronegócio brasileiro em todas as etapas da cadeiaprodutiva. O Banco oferece às Micro e Pequenas Empresas (MPE) soluções de ca-
pital de giro, financiamentos de investimentos e comércio exterior, além de várias 
outras opções relacionadas a fluxo de caixa, seguridade, previdência e serviços.
Os vários segmentos de Pessoas Jurídicas, incluindo Microempreendedores In-
dividuais (MEI), encontram desde alternativas financeiras até modelos de negócios 
que promovem a transição para uma economia inclusiva.
No financiamento ao comércio exterior, o Banco opera instrumentos de política 
pública de desenvolvimento produtivo, empreendedorismo, inclusão social e finan-
ceira, entre eles o Programa de Geração e Renda (Proger) e o Programa de Expor-
tação e o Programa de Financiamento às Exportações (Proex), no qual é agente 
exclusivo do Governo Federal.
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15. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
A Caixa Econômica Federal (Caixa) é a única caixa econômica em funcionamen-
to no país.
Trata-se de uma instituição financeira sob a forma de empresa pública vinculada 
ao Ministério da Fazenda, apresentando um objetivo claramente voltado para o social.
É instituição integrante do SFN e auxiliar da execução da política de crédito do 
Governo Federal.
Sujeita-se às decisões e à disciplina normativa do órgão competente e à fiscali-
zação do Banco Central do Brasil.
Trata-se de instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar de-
pósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços.
Não é banco comercial nem banco múltiplo, embora possua algumas das cartei-
ras dos bancos múltiplos. É caixa econômica.
Um atributo da Caixa é o seu cunho social, caracterizando-se cada vez mais 
como a instituição financeira de apoio ao trabalhador de baixa renda.
Ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e proje-
tos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos 
e esporte.
É a instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do 
governo federal para habitação popular e saneamento básico.
Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo 
duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem 
como tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e da venda de 
bilhetes de loteria federal.
Centraliza o recolhimento e a posterior aplicação de todos os recursos oriundos 
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro de 
Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
É o principal agente do SFH – Sistema Financeiro da Habitação, atuando no fi-
nanciamento da casa própria, principalmente no segmento de baixa renda.
Os recursos previstos para o SFH são originados, principalmente, do Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), cadernetas de poupança e de fundos pró-
prios dos agentes financeiros.
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A Caixa tem alternado diversos programas de financiamento a aquisição ou 
construção da casa própria ao longo do tempo, procurando melhor viabilizar o aces-
so da população mais pobre à moradia.
16. BNDES – BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
E SOCIAL
O BNDES foi criado pela Lei n. 1.628, de 20/06/1952. Atualmente, o BNDES é 
uma empresa pública federal, com sede e foro em Brasília (DF) e escritório no Rio 
de Janeiro, sendo o principal instrumento de execução da política de investimento 
do Governo Federal e tem por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras 
e serviços que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do País.
Para isso, apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas, 
na realização de seus planos de modernização, de expansão e na concretização de 
novos negócios, tendo sempre em vista o potencial de geração de empregos, renda 
e de inclusão social para o País.
Propósito, Valores, Princípios, Missão e Visão
O seu propósito é “transformar a vida de gerações de brasileiros, promovendo 
desenvolvimento sustentável”.
Tem como valores: ética, espírito público e compromisso com o desenvolvimento.
Assume os seguintes princípios: transparência, efetividade, diálogo, cooperação 
e busca pela excelência.
Sua missão é “viabilizar soluções financeiras que adicionem investimentos para 
o desenvolvimento sustentável da nação brasileira”.
Com relação ao Brasil, tem a visão de “torná-lo um país desenvolvido até 2035”, 
e, quanto a si mesmo, o BNDES tem a visão de “ser reconhecido como o banco de 
desenvolvimento do Brasil pela sua relevância e efetividade”.
O BNDES exercitará suas atividades, visando a estimular a iniciativa privada, sem 
prejuízo de apoio a empreendimentos de interesse nacional a cargo do setor público.
O BNDES, diretamente ou por intermédio de empresas subsidiárias, agentes fi-
nanceiros ou outras entidades, exercerá atividades bancárias e realizará operações 
financeiras de qualquer gênero, relacionadas com suas finalidades, competindo-
-lhe, particularmente:
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• financiar, nos termos da Constituição da República, programas de desenvolvi-
mento econômico, com os recursos do Programa de Integração Social – PIS e 
do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP e
• promover a aplicação de recursos vinculados ao Fundo de Participação PIS-
-PASEP, ao Fundo da Marinha Mercante – FMM e a outros fundos especiais 
instituídos pelo Poder Público, em conformidade com as normas aplicáveis a 
cada um dos citados fundos.
Nessas operações e em sua contratação, o BNDES poderá atuar como agente 
da União, de Estados e de Municípios, assim como de entidades autárquicas, em-
presas públicas, sociedade de economia mista, fundações públicas e organizações 
privadas.
As operações do BNDES observarão as limitações consignadas em seu orçamen-
to global de recursos e dispêndios.
O BNDES poderá também:
• contratar operações, no País ou no exterior, com entidades estrangeiras ou 
internacionais, sendo lícita a aceitação da forma e das cláusulas usualmente 
adotadas nos contratos internacionais, inclusive o compromisso de dirimir por 
arbitramento as dúvidas e controvérsias;
• financiar a aquisição de ativos e investimentos realizados por empresas de 
capital nacional no exterior, desde que contribuam para o desenvolvimento 
econômico e social do País;
• financiar e fomentar a exportação de produtos e de serviços, inclusive servi-
ços de instalação, compreendidas as despesas realizadas no exterior, asso-
ciadas à exportação;
• efetuar aplicações não reembolsáveis em projetos ou programas de ensino e 
pesquisa, de natureza científica ou tecnológica, inclusive mediante doação de 
equipamentos técnicos ou científicos e de publicações técnicas a instituições 
que se dediquem à realização dos referidos projetos ou programas ou tenham 
dele recebido colaboração financeira com essa finalidade específica;
• efetuar aplicações não reembolsáveis, destinadas especificamente a apoiar 
projetos e investimentos de caráter social, nas áreas de geração de emprego 
e renda, serviços urbanos, saúde, educação e desportos, justiça, alimenta-
ção, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, desenvolvimento rural e 
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outras vinculadas ao desenvolvimento regional e social, bem como projetos 
de natureza cultural, observadas as normas regulamentares expedidas pela 
Diretoria;
• contratar estudos técnicos e prestar apoio técnico e financeiro,inclusive não 
reembolsável, para a estruturação de projetos que promovam o desenvolvi-
mento econômico e social do País;
• realizar, como entidade integrante do Sistema Financeiro Nacional, quaisquer 
outras operações no mercado financeiro ou de capitais, em conformidade com 
as normas e diretrizes do Conselho Monetário Nacional; e
• utilizar recursos captados no mercado externo, desde que contribua para o 
desenvolvimento econômico e social do País, para financiar a aquisição de 
ativos e a realização de projetos e investimentos no exterior por empresas 
brasileiras, subsidiárias de empresas brasileiras e empresas estrangeiras cujo 
acionista com maior capital votante seja, direta ou indiretamente, pessoa físi-
ca ou jurídica domiciliada no Brasil, bem como adquirir no mercado primário, 
títulos de emissão ou de responsabilidade das referidas empresas.
Nos casos de garantia do Tesouro Nacional a créditos obtidos no exterior, o BN-
DES prestará a garantia na qualidade de agente financeiro da União, fiscalizando a 
execução do contrato.
Para a concessão de colaboração financeira, o BNDES procederá:
• ao exame técnico e econômico-financeiro de empreendimento, projeto ou pla-
no de negócio, incluindo a avaliação de suas implicações sociais e ambientais;
• à verificação da segurança do reembolso, exceto nos casos de colaboração 
financeira que, por sua natureza, envolva a aceitação de riscos naturais ou 
não esteja sujeita a reembolso; e
• à apuração da eventual existência de restrições à idoneidade da empresa 
postulante e dos respectivos titulares e administradores, a critério do BNDES.
A colaboração financeira do BNDES será limitada aos percentuais que forem 
aprovados pela Diretoria para programas ou projetos específicos.
O BNDES possui duas subsidiárias integrais, cujas atuações básicas são descri-
tas a seguir:
• Finame – Agência Especial de Financiamento Industrial – tem por ob-
jetivo primordial apoiar programas, projetos, obras e serviços que se rela-
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cionem com o desenvolvimento econômico do setor industrial, inclusive por 
meio de financiamento a operações de:
 – compra e venda de máquinas e equipamentos de produção nacional, abran-
gendo serviços associados à comercialização dos itens financiados, tais 
como frete, instalação e treinamento, bem como seguro e capital de giro 
associado; e
 – exportação e importação de máquinas e equipamentos.
• BNDESPar – BNDES Participações S.A. – dedicada ao fomento por meio 
de investimentos em valores mobiliários. Tem por objetivo o desenvolvimento 
econômico e social por meio do fomento ao mercado de capitais, bem como 
o incentivo e o apoio a empreendimentos e operações, abrangidos por seu 
objeto social.
17. BNB – BANCO DO NORDESTE DO BRASIL
O Banco do Nordeste foi criado pela Lei n. 1.649, de 19/07/1952, para atuar no 
chamado Polígono das Secas, designação dada ao perímetro do território brasileiro 
atingido periodicamente por prolongados períodos de estiagem. O BNB assumia, 
então, a atribuição de prestação de assistência às populações dessa área, por meio 
da oferta de crédito.
O BNB é organizado sob a forma de sociedade de economia mista, de capital 
aberto e tem mais de 90% de seu capital sob o controle do Governo Federal. Desde 
sua criação, tem sede na cidade de Fortaleza, no Ceará.
Sua área de atuação abrange todos os nove estados da Região Nordeste: Ma-
ranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe 
e Bahia, além do norte de Minas Gerais (incluindo os Vales do Mucuri e do Jequiti-
nhonha) e o norte do Espírito Santo.
Organizado sob a forma de banco múltiplo, o BNB atua com as seguintes car-
teiras: comercial, de arrendamento mercantil (leasing), crédito financiamento e 
investimento (financeira), investimento e desenvolvimento.
Embora no seu Estatuto Social se caracterize como um banco de desenvolvi-
mento, o BNB, segundo as normas legais que tratam do assunto e como consta 
no site do Banco Central do Brasil, não é um banco de desenvolvimento, mas um 
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banco múltiplo, com várias carteiras, inclusive a carteira de desenvolvimento.
Reforçando, o BNB faz sim operações próprias, típicas de desenvolvimento, mas 
não é um banco de desenvolvimento. Repetindo: é um banco múltiplo com carteira 
de desenvolvimento.
O BNB tem por objeto social a promoção do desenvolvimento e a circulação de 
bens por meio da prestação de assistência financeira, de serviços, técnica e de ca-
pacitação a empreendimentos de interesse econômico e social.
A missão do BNB é “atuar como o banco de desenvolvimento da Região Nordes-
te”. Sua visão é a de “ser o banco preferido do Nordeste, reconhecido pela sua ca-
pacidade de promover o bem-estar das famílias e a competitividade das empresas 
da Região”.
Possui os seguintes valores organizacionais: justiça, governança, honestidade, 
sustentabilidade, igualdade, democracia, transparência, compromisso, respeito, 
cooperação, confiança, disciplina e civilidade.
O FNE – Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste é a principal fonte 
de recursos utilizada pelo BNB. Sua aplicação volta-se à redução da pobreza e das 
desigualdades inter e intrarregionais por meio do financiamento de setores pro-
dutivos, em consonância com o plano regional de desenvolvimento, instrumento 
elaborado de forma conjunta por órgãos federais e estaduais.
A contratação de financiamentos de interesse governamental e a execução de 
programas oficiais, mediante a aplicação de recursos da União ou de fundos de 
qualquer natureza, fica condicionada conforme o caso:
• à colocação dos recursos correspondentes à disposição do BNB e ao estabe-
lecimento da devida remuneração;
• à prévia e formal definição da remuneração dos recursos a serem aplicados 
em operações objeto de equalização entre os custos de captação do BNB e os 
encargos financeiros cobrados do tomador; e
• à prévia e formal definição da remuneração pelos serviços prestados, a qual 
nunca poderá ser inferior aos custos neles incorridos.
O BNB manterá, com recursos próprios, órgão técnico de estudos econômicos, fi-
cando autorizado a aceitar contribuições de entidades públicas e privadas, bem como a:
• atribuir a instituições, órgãos ou técnicos especializados a execução parcial 
de estudos e pesquisas;
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• celebrar convênios e termos de parceria para a realização de estudos, pes-
quisas e outras atividades de interesse mútuo, com entidades públicas e pri-
vadas; e
• cooperar com outros órgãos e entidades vinculados aos problemas da Região 
para a execução de projetos que contribuam para o seu desenvolvimento eco-
nômico, social e cultural.
A atividade que define uma instituição financeira é a concessão de crédito. Po-
rém, para cumprir a missão de desenvolvimento em uma região com muitas po-
tencialidades ainda não exploradas, o BNB entende que o crédito é necessário, mas 
não deve ser o único serviço oferecido.
Com esta convicção, o BNB criou diversos instrumentos que lhe possibilitaram 
atuar mais próximo dos clientes e ampliar suas atividades, indo além da interme-
diação financeira, buscando contribuir para garantir a sustentabilidade dos empre-
endimentos financiados, associada à melhoria das condições de vida da população 
nordestina.
São ações antecedentes e subsequentes à concessão de crédito que vêm contri-
buindo para maior efetividade dos recursos aplicados, seja por darem maior capila-
ridade ao BNB, possibilitando maior aproximação com o cliente e conhecimento de 
seu negócio,seja por favorecerem a identificação de parceiros para implementação 
de iniciativas conjuntas, por exemplo, nas áreas de pesquisa, assistência técnica e 
apoio à comercialização.
Dentre as ações e instrumentos criados pelo BNB, destacam-se:
• os Agentes de Desenvolvimento, 
• as Agências Itinerantes, 
• as Políticas de Desenvolvimento Territorial, 
• o Crediamigo e 
• o Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste – PRODETUR, no 
apoio à infraestrutura turística regional.
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18. BASA – BANCO DA AMAZÔNIA S.A.
O Banco da Amazônia S.A., instituição financeira pública federal, constituída 
sob a forma de sociedade anônima aberta, de economia mista, e prazo de duração 
indeterminado, tem domicílio, sede e foro em Belém, capital do Estado do Pará, 
podendo manter representação em todas as capitais da Região Amazônica, bem 
como agências, escritórios de representação e correspondentes em outras praças 
do País, observados os requisitos legais.
A atuação do Banco da Amazônia abrange toda a Amazônia Legal Brasileira, que 
representa 60% (5.088.668,5 km²) do território nacional e é composta pelos Esta-
dos do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins 
e parte do Maranhão.
Seus pontos de atendimento, distribuídos em dez unidades da Federação, abran-
gem as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. A jurisdição dos pontos 
de atendimento está distribuída de forma a abranger 100% dos municípios da 
Amazônia Legal.
O Basa tem por objetivo:
• executar a política do Governo Federal na Região Amazônica relativa ao cré-
dito para o desenvolvimento econômico-social;
• prestar serviços e realizar todas as operações inerentes à atividade bancária; e
• exercer as funções de agente financeiro dos órgãos regionais federais de de-
senvolvimento.
Ao Basa é vedado, além das proibições estabelecidas por lei:
• realizar operações com garantia exclusiva de ações de outras instituições fi-
nanceiras;
• abrir crédito, emprestar, comprar ou vender bens de qualquer natureza a 
membros dos Conselhos de Administração e Fiscal, da Diretoria Executiva e 
do Comitê de Auditoria; e
• emitir debêntures ou partes beneficiárias.
Sua missão é “desenvolver uma Amazônia Sustentável com crédito e soluções 
eficazes”. Possui a visão de “ser o principal Banco de fomento da Amazônia, moder-
no, com colaboradores engajados e resultados sólidos”.
Possui os seguintes valores institucionais: integridade – ética e transparência, 
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meritocracia, desenvolvimento sustentável, valorização do cliente, decisões técni-
cas e colegiadas além de eficiência e inovação.
O Basa administra o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), ca-
racterizando-se como uma fonte estável de recursos de longo prazo para o crédito 
de fomento.
Para cumprir sua missão institucional o Basa detém exclusividade do FNO, cria-
do pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei n. 7.827/1989. O 
FNO representa o principal instrumento econômico-financeiro para o financiamento 
das atividades econômicas desenvolvidas em bases sustentáveis na Região Norte. 
Seus recursos são oriundos de 0,6% da arrecadação do imposto sobre a renda e 
proventos de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados.
Outras fontes de recursos de fomento do Banco têm como funding recursos do 
BNDES, Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), Fundo da Marinha Mercan-
te (FMM), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), OGU, FAT, Recursos Obri-
gatórios, Caderneta de Poupança Rural e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
Os financiamentos concedidos têm contribuído, decisivamente, para:
• a redução do êxodo rural;
• a criação de novas oportunidades de trabalho;
• a mitigação da pobreza e a inclusão social;
• o fortalecimento da economia de base familiar;
• o crescimento das micro e pequenas empresas;
• o incremento do valor bruto da produção e do PIB regionais;
• a elevação da arrecadação tributária estadual;
• a diminuição das desigualdades intra e inter-regionais, entre outros benefícios.
Como administrador do Fundo Constitucional do Norte (FNO), o Basa tem o 
desafio de aplicar o crédito de fomento em bases sustentáveis numa região reco-
nhecida por sua extensão territorial e abundante biodiversidade. O FNO abrange os 
sete estados da Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima 
e Tocantins), abrangendo 45,3% do território brasileiro. É operacionalizado através 
de seis programas de financiamento, que são:
• Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (FNO – Pronaf);
• Programa de Financiamento do Desenvolvimento Sustentável da Amazônia 
(FNO – Amazônia Sustentável);
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• Programa de Financiamento para Manutenção e Recuperação da Biodiversida-
de Amazônica (FNO – Biodiversidade);
• Programa de Financiamento às Micro e Pequenas Empresas e Microempreen-
dedores Individuais (FNO – MPEI);
• Programa de Financiamento em Apoio à Agricultura de Baixo Carbono (FNO 
– ABC); e
• Programa de Financiamento Estudantil (FNO – FIES).
As diretrizes estratégicas do FNO priorizam os segmentos produtivos de menor 
porte como:
• agricultura de base familiar;
• empreendimentos que utilizem matérias primas e trabalho local;
• produção de alimentos básicos para consumo da população e projetos sus-
tentáveis.
Os recursos do FNO contribuem para a redução das desigualdades intra e inter-
regionais, possibilitam geração de mais oportunidades de trabalho e renda à popu-
lação local, corroborando para o crescimento da economia regional.
19. BANCOS COMERCIAIS
É instituição financeira privada ou pública.
Seu objetivo principal é proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos 
recursos necessários para financiar, a curto e médio prazos, o comércio, a indústria, 
as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral.
A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica 
do banco comercial.
Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e, na sua denominação 
social, constar a expressão “Banco”.
É vedado o uso da palavra Central na denominação social.
Podem:
• captar depósitos à vista, de poupança e a prazo fixo; 
• descontar títulos;
• realizar operações de abertura de crédito simples ou em conta-corrente (con-
ta garantida/cheque especial);
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• realizar operações especiais, inclusive do crédito rural, de câmbio e comércio 
internacional;
• obter recursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes;
• obter recursos externos para repasse; e
• efetuar a prestação de serviços, inclusive mediante convênio com outras ins-
tituições.
20. BANCOS DE INVESTIMENTO
São os grandes municiadores de crédito de médio e longo prazos no mercado, 
suprindo os agentes carentes de recursos para investimento em capital de giro e fixo.
Especializados em operações de participação societária de caráter temporário, 
de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e 
de administração de recursos de terceiros.
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima.
Na sua denominação deve constar a expressão “Banco de Investimento”.
As atividades inerentes à consecução de seus objetivos são:
• praticar operações de compra e venda, por conta própria ou de terceiros, de 
metais preciosos, no mercado físico, e de quaisquer títulos e valoresmobiliá-
rios, nos mercados financeiros e de capitais;
• operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em mercados de 
balcão organizados, por conta própria e de terceiros;
• operar em todas as modalidades de concessão de crédito para financiamento 
de capital fixo e de giro;
• participar do processo de emissão, subscrição (underwriting) para revenda e 
distribuição de títulos e valores mobiliários;
• operar em câmbio, mediante autorização específica do Banco Central do Brasil;
• coordenar processos de reorganização e reestruturação de sociedades e con-
glomerados, financeiros ou não, mediante prestação de serviços de consulto-
ria, participação societária e/ou concessão de financiamentos ou empréstimos;
• realizar outras operações autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
Os bancos de investimento podem empregar em suas atividades, além de recur-
sos próprios, os provenientes de:
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• depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado;
• recursos oriundos do exterior, inclusive por meio de repasses interbancários;
• repasse de recursos oficiais;
• depósitos interfinanceiros;
• outras formas de captação autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
Os bancos de investimento podem manter contas, sem juros e não movimentá-
veis por cheque, relativas a recursos de terceiros destinados a aplicações ou pres-
tação de serviços.
Podem dedicar-se também à prestação de vários tipos de serviços, tais como:
• avais;
• custódias;
• negociação no mercado de capitais;
• administração de carteiras de títulos e valores mobiliários e de fundos de in-
vestimento, underwriting etc;
• administração de empresas cujo objeto social esteja diretamente vinculado a 
operações praticadas no âmbito do mercado financeiro, abrangendo o exer-
cício de atividades necessárias ao seu funcionamento, inclusive escrituração, 
administração de ativos e passivos e custódia.
21. BANCOS DE DESENVOLVIMENTO
Os Bancos de Desenvolvimento são instituições financeiras públicas não fede-
rais, constituídas sob a forma de sociedade anônima, com sede na Capital do Esta-
do da Federação que detiver seu controle acionário (Res. CMN 394).
Adotam, obrigatória e privativamente, em sua denominação, a expressão “Ban-
co de Desenvolvimento”, seguida do nome do Estado em que tenham sede.
O objetivo precípuo dos Bancos de Desenvolvimento é proporcionar o supri-
mento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e 
longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento 
econômico e social dos respectivos Estados da Federação onde tenham sede, ca-
bendo-lhes apoiar prioritariamente o setor privado.
Excepcionalmente, quando o empreendimento visar a benefícios de interesse 
comum, os Bancos de Desenvolvimento podem assistir a programas e projetos de-
senvolvidos fora dos respectivos Estados.
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Para atender a seu objetivo, os Bancos de Desenvolvimento podem apoiar ini-
ciativas que visem a:
• ampliar a capacidade produtiva da economia;
• incentivar a melhoria da produtividade;
• assegurar melhor ordenação de setores da economia regional e o saneamen-
to de empresas;
• incrementar a produção rural por meio de projetos integrados;
• promover a incorporação e o desenvolvimento de tecnologia de produção.
Podem dar seu apoio financeiro a:
• pessoas físicas residentes e domiciliadas no País;
• pessoas jurídicas de direito privado; e 
• pessoas jurídicas de direito público ou entidade direta ou indiretamente por 
elas controladas.
Podem praticar as seguintes modalidades de operações:
• empréstimos e financiamentos;
• prestação de garantias;
• investimentos.
Podem praticar as seguintes modalidades de operações passivas:
• depósitos a prazo;
• operações de crédito, inclusive as provenientes de empréstimos e financia-
mentos obtidos no País ou no exterior; e
• operações de crédito ou contribuições do setor público federal, estadual ou 
municipal.
22. SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
São as financeiras, que têm por finalidade conceder crédito pessoal e financiar 
bens duráveis às pessoas físicas ou jurídicas (usuários finais) por meio do conheci-
do crediário ou CDC – crédito direto ao consumidor (Res CMN 45).
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e na sua denomina-
ção social deve constar a expressão “Crédito, Financiamento e Investimento”.
Podem captar recursos por meio de aceite ou colocação de Letra de Câmbio no 
mercado e de depósito a prazo na forma de RDB.
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23. SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando obrigato-
riamente em sua denominação social a expressão “Arrendamento Mercantil” (Res. 
CMN 2.309).
Estão sujeitas, no que couber, às mesmas condições estabelecidas para o fun-
cionamento de instituições financeiras na Lei n. 4.595, de 31/12/1964, e legislação 
posterior relativa ao Sistema Financeiro Nacional.
Suas fontes de recursos (operações passivas) são:
• de emissão pública ou particular;
• empréstimos contraídos no exterior;
• empréstimos e financiamentos de instituições financeiras nacionais, inclusive 
de repasses de recursos externos;
• instituições financeiras oficiais, destinados a repasses de programas especí-
ficos;
• debêntures de emissão pública ou particular;
• cessão de contratos de arrendamento mercantil, bem como dos direitos cre-
ditórios deles decorrentes;
• depósitos interfinanceiros;
• outras formas de captação de recursos, autorizadas BCB.
Têm a finalidade de realizar operações de arrendamento mercantil – leasing 
(operações ativas). 
Surgiram com o reconhecimento de que a propriedade de um bem não gera lu-
cro, mas sim a sua utilização econômica.
As empresas que necessitam de um determinado bem em sua atividade pro-
dutiva e não possuem recursos para a compra, arrendam o bem para uso em seu 
negócio.
Diferença entre aluguel e arrendamento mercantil:
• aluguel – uso do bem para o prazer próprio, e
• arrendamento mercantil – uso do bem com objetivo de obter ganhos.
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24. SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando obrigatoria-
mente em sua denominação social a expressão “Crédito Imobiliário” (Res. CMN 2.735).
São instituições financeiras criadas pela Lei n. 4.380, de 21/08/1964, para atuar 
no financiamento habitacional.
Suas operações passivas são os depósitos de poupança, a emissão de letras e 
cédulas hipotecárias e depósitos interfinanceiros.
Suas operações ativas são: financiamento para construção de habitações, aber-
tura de crédito para compra ou construção de casa própria, financiamento de capi-
tal de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de 
construção.
25. BANCOS MÚLTIPLOS
É a instituição financeira privada ou pública que realiza as operações ativas, 
passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das se-
guintes carteiras:
• comercial,
• de investimento e/ou de desenvolvimento,
• de crédito imobiliário,
• de arrendamento mercantil e
• de crédito, financiamento e investimento.
O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo 
uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob 
a forma de sociedade anônima.
Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares

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