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História das Instituições Juridicas

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História das Instituições Jurídicas
15/08 – Pré-História
Grupos de caça e coleta:
Eram nômades, pois não haviam desenvolvido a técnica de agricultura, mas precisavam sobreviver e por isso iam migrando de local em busca de alimento. Não possuíam propriedades, todos utilizavam o mesmo local, apenas para se abrigarem do tempo. Eles não produziam, apenas utilizavam o que encontravam e quando acabava migravam para outros locais. Seus papeis sociais eram caçadores e coletores.
Agricultores/ Estado Agrário:
A partir de agora possuem residência fixa, pois aprenderam a agricultura e plantavam para colher os seus alimentos, não precisando ir em busca de alimento. Passaram a possuir propriedades, cada família vivia num local. Como esses grupos plantavam seu próprio alimento, começaram com ideias de armazenagem, troca e venda do alimento que produziam a mais (excedente). Nesse período se permitia a divisão de funções (sacerdotes, agricultores...).
Obs.: a escrita é fundamental para o surgimento das primeiras normas codificadas, surgindo com os sumérios por volta de 3000 a. C. Ainda que o costume prevaleça este passa a ser normatizado por meio da escrita, adquirindo uma maior duração temporal e estabilidade em relação a transmissão oral. Com a escrita torna-se possível o desenvolvimento de vários povos, entre eles os egípcios e as civilizações mesopotâmicas.
EGÍPCIOS
A religião foi um meio legitimador do direito desde o início dos tempos. Por tanto o faraó era considerado um semideus na terra, onde tudo que ele fazia era como se fosse Deus que tivesse mandado.
Os egípcios eram uma organização social muito bem definida, sendo a sociedade organizada de modo estratificado (com várias divisões de classes, muito bem, definidas). Nela as classes sociais são identificadas pela divisão entre realeza, sacerdotes, nobres, escribas e mercadores, bem como classes inferiores identificadas como agricultores, artesãos e servos. Os egípcios desenvolvem normas escritas bem como criam uma estrutura contratual igualmente dependente da escrita, sendo visível a existência de um sistema jurídico extremamente sofisticado, porém não codificado.
Os egípcios se preocupavam muito com a justiça. O faraó e os sacerdotes exerciam a jurisdição naquela época.
Jurisdição é dizer o direito, esta vinculada ao poder Judiciário. É a aplicação do direito.
 Além da aplicação das leis pelo faraó, desenvolve-se no Egito uma jurisdição exercida pelos sacerdotes, a qual desvincula-se parcialmente da vontade do soberano. Eles tinham uma ampla atividade internacional, foram o primeiro povo que fez um tratado internacional. Existência de atividade diplomática, identificando-se o primeiro tratado internacional de que se tem notícia. Tal tratado se caracterizou como uma aliança defensiva celebrada entre egípcios e hititas em 1280 a. C.
MESOPOTÂMICOS
Vários povos se instalaram na mesopotâmia, como os babilônicos, caldeus, emitas... foram os primeiros a elaborarem um conjunto de normas num código único, como por exemplo o Código de Hamurabi, que é o código mais antigo conhecido, tendo surgido em 2040 a. C. na Suméria, e tinha a prescrição de penas pecuniárias, prevalência de reparabilidade por danos (reparação de um dano). O Código de Ur-Nammu é um código desorganizado, mas traz uma serie de previsões quanto a situações concretas do nosso dia a dia, ou seja, a família, ao casamento, a escravidão, etc., é um código genérico que abrange questões fundamentais para a sociedade Suméria, como tais questões relacionam-se com a continuidade da família, adultério, propriedade, herança, escravidão, etc.
O código de Hamurabi possui leis sobre a justiça, família, casamento, divórcio, adoção e sucessão. Possui a lei de Talião, a partir da qual se garantia a ideia de reciprocidade entre o delito realizado e a pena a ser imposta.
JUSTIÇA
- Justiça a uma jurisdição leiga e sacerdotal, sendo o rei considerado o juiz supremo.
- Existência de um sistema avançado de provas, sendo amplamente utilizadas provas testemunhais, depoimentos ou ordálios (utilizado ate 1812 em algumas regiões da Ásia, é um meio onde se emprega uma “vontade divina” para se julgar os culpados, podemos pegar como exemplo, o fato de jogar uma pessoa na água, se ela se afogar é considerada culpada, caso contrario é inocente).
- há a possibilidade de desconstituição da sentença parcial bem como a destituição e a condenação ao pagamento de multa pelo juiz venal.
FAMILIA
**existência de uniões monogâmicas, como regra geral, sendo admitidas as uniões poligâmicas (poligamia) em situações específicas, quando a mulher não pudesse ter filhos. Tal direito é assegurado unicamente ao marido que nos casos de novas uniões atribuía as esposas posteriores um caráter secundário.
Proibição de incesto (relacionamento entre parentes próximos e animais), com punições severas, pena de morte pelo fogo quando o incesto é entre mãe e filho, banimento quando é entre pai e filha, e morte por afogamento quando o incesto é entre sogro e nora.
CASAMENTO
- Exigência de prova escrita para sua validade.
- A realização do acordo entre o futuro marido e o pai da noiva.
- o casamento só é consumado quando o pai entrega a filha ao noivo. O marido é o Senhor da mulher.
- Se admite a dissolução do casamento em dois casos: pela morte do cônjuge e pelo divorcio, com maiores possibilidades aos homens que as mulheres.
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12/09
Adoção: A adoção é amplamente defendida e praticada pelos babilônicos. Tal instituto jurídico tem por objetivo solucionar a falta de descendentes naturais. Para os babilônicos o filho adotado deveria ser tratado como se biológico fosse, não havendo qualquer distinção entre estes. A adoção poderia ser cancelada em duas situações, a primeira delas quando o filho adotado não fosse tratado igualmente em relação aos biológicos, a segunda delas ocorria quando a criança adotada houvesse sido retirada mediante violência de sua família originária.
Direito Sucessório:
Código Hitita
A família é extremamente protegida pelo Código Hitita, não possuindo, porém a mesma proteção constante no Código de Hamurabi. Tal codificação proíbe o casamento entre parentes próximos.
Os hititas são conhecidos pela sua intensa atividade diplomática, sendo ainda possível o tratado de Kadesh, onde os hititas souberam classificar três ordens de tratados: o primeiro é o tratado de aliança (onde um ajuda o outro, normalmente entre dois povos fortes), o segundo ao tratado de protetorado (onde um dos povos é protegido por um povo mais forte, mas sempre submetido ao povo mais forte), e o tratado de vassalagem (o estado dominado submete-se a prestações mais rígidas 
Direito Romano
Um conjunto de regras que vigoraram no império romano, por cerca de doze séculos, compreendendo o período que vai da fundação de Roma em 753 a. C. ate a morte de Justiniano em 65 d.C.
As normas de direito privado desenvolvidas em Roma. Eis que o direito público não foi amplamente desenvolvido pelos Romanos.
O direito Romano pode ser visto também como o conjunto de regras presentes no Corpus Juris Civilis.
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Ius Scriptum (direito escrito): lei, constituições imperiais, editos dos magistrados, entre outras.
Iues non Scriptum (direito não escrito): somente os costumes.
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26/09/2014
1ª fase do direito Romano: a Realeza vai de 753 a.C. a 510 a.C.
Organização social:
	-Patrícios: os mais ricos
	-Plebeus: os trabalhadores
-Clientes: são estrangeiros que vivem no reino, e são recolhidos pelos patrícios, eram refugiados.
Organização política:
	-Rei (Rex)
	-Senado (Senatus)
	-Povo (populus Romanus)
Fontes do direito:
	**-Leis:
	A lei nesse período não é geral e abstrata. A lei romana é umalei particular. Aproxima-se da concepção atual de contrato. Essa lei particular e não abstrata, e subdividida conforme a forma de produção dela, e não é escrita, e é subdividida em:
-Lex Curiata: não possui uma organização rígida, são o que hoje chamamos de pequenas comunidades.
São leis de iniciativa do rei e votadas pelos patrícios, reunidos em “cúrias” (pequenos agrupamentos de pessoas, reunidas em fazendas, e pequenos comunidades)
		-Lex Centuriata: são organizadas, possuem força armada própria.
São aquelas 0votadas pelos patrícios reunido em “centúrias”, propostas pela iniciativa do rei (centúria é uma unidade politica e militar, definida conforme a capacidade econômica).
-Costumes:
É a ideia de costume dos patrícios que são seguidas pelo resto do povo
2ª fase do direito Romano: República que vai de 510 a.C. a 27 a.C.
**A situação da Plebe:
Bem como do interesse por parte da plebe, em que a lei fosse geral e abstrata aplicando-se suas disposições indistintamente a patrícios e plebeus, a plebe rebela-se retirando-se de Roma, e com isso paralisando as atividades produtivas e econômicas da cidade. A partir dessa pressão os plebeus conseguem um acordo com os patrícios, possibilitando a criação do Tribuno da Plebe, figura máxima e inviolável, que representava os plebeus no senado, possuindo inclusive poder de veto sobre as decisões de outros senadores.
Fontes do Direito:
	-Lei:
Criar normas jurídicas aplicáveis a todo o povo, passa a ser uma lei geral e abstrata. A primeira reunião de normas num corpo único, ou seja, as leis passaram a ser escritas, e acessíveis a todo o povo.
		-Lei das XII Tábuas:
-Leges Data: primeiro mecanismo de participação direta da população, onde todos podiam votar nas leis, que seriam passadas para o senado e pelo soberano para serem efetivadas, mas sem a necessidade de efetivação.
-Leges Rogata: não há participação da população na elaboração da lei, onde somente o soberano ou o senado propõe as leis.
	
-Costume:
É dependente dos patrícios, que utilizavam o costume para se beneficiar, já que seus direitos que foram tirados pela lei das XII Tábuas, já que os mesmos deveriam fazer as mesmas coisas que os plebeus, ou seja, tinham os mesmos direitos.
O costume é aquela fonte do direito que depende de um contexto histórico, sendo mais flexível que a lei, por ser um instrumento jurídico incerto quanto ao seu conteúdo, torna-se uma poderosa arma utilizada pelos patrícios contra os plebeus.
	
-Plebiscito:
O plebiscito é aquela medida por meio da qual um magistrado plebeu, propõe medidas que serão votadas pela plebe. Sem a intervenção dos patrícios. E esta mesma medida pode ser revogada pela própria plebe, já que a mesma adquire status de lei.
	-Interpretação dos Prudentes:
Pode ser entendida como doutrina, como uma complementação da lei. Os Prudentes são os doutrinadores Romanos.
Jurisprudentes ou Prudentes são juris cunsultus encarregados de preencher as lacunas da lei. Sua atuação aproxima-se do que hoje é denominado doutrina.
-Éditos dos Magistrados:
São proclamações feitas por magistrados expondo seus planos de administração ao povo.

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