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Trabalho final de economia

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CELER FACULDADES
XAXIM, SANTA CATARINA.
PROFESSOR: JOÃO MARCELO ISOTTON
CURSO: BACHAREL EM DIREITO
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A ECONOMIA
ACADEMICA: MARINA CAVALHEIRO DA SILVA JUNG
INTRODUÇÃO A ECONOMIA
XAXIM, SC, MAIO 2013
MARINA CAVALHEIRO DA SILVA JUNG
INTRODUÇÃO A ECONOMIA
Trabalho apresentado ao Curso de Direito da Associação Educacional Frei Nivaldo Liebel – Celer Faculdades – na disciplina de Introdução a Economia para obtenção de avaliação, realizado extraclasse. Sob a orientação do professor João Marcelo Isotton. 
MAIO, 2013.
Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego oikos (casa) e nomos (costume ou lei), ou seja, aquele que administra o lar.
Segundo definições de John Rathmell, Bem é um objeto, um artigo, um artefato, um material, e Serviços é um ato, uma ação, um esforço, um desempenho.
Economia é também uma ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre os grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas. Escassez significa que os recursos disponíveis são insuficientes para satisfazer todas as necessidades e desejos. A disciplina assim definida envolve, portanto, o estudo das escolhas uma vez que são afetadas por incentivos e recursos.
Lionel Robbins define economia como a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos.
Necessidades humanas: são estados de carência percebida. Podem se dividir em necessidades básicas físicas (alimentação, roupas, segurança), necessidades sociais (fazer parte de um grupo e ser querido) e necessidades individuais (conhecimento e auto-realização). Essas necessidades são básicas para a sobrevivência, não são criadas.
Desejos: são as necessidades humanas moldadas pela cultura e pelas características individuais e são os objetos que satisfazem as necessidades, e eles aumentam na medida em que a sociedade evolui.
Demandas: o homem tem desejos quase ilimitados, no entanto possui recursos limitados, o que não o permite comprar todos os seus objetos de desejo. Quando esses objetos podem ser comprados tornam-se demandas. Os consumidores escolhem o produto que melhor satisfaz os seus desejos diante de suas limitações financeiras.
Pode-se dizer que a economia iniciou com os primórdios da humanidade, onde os primeiros grupamentos humanos, que não podiam ser muito grandes, buscavam sobreviver caçando, pescando e pilhando, o que não era garantido a todos. Os primeiros problemas econômicos surgiram na era neolítica com o início da utilização de ferramentas para a agricultura, onde o homem passa a ser sedentário, começa o crescimento dos agrupamentos humanos, começam a surgir às primeiras cidades e acontece o crescimento da religião e da administração pública.
A teoria econômica iniciou-se de forma sistematizada, com a publicação de “A Riqueza das Nações” e Adam Smitth em 1776, até então a atividade econômica era tratada e estudada como parte da Filosofia Social, da Moral e da Ética. O pensamento econômico evoluiu junto com os períodos da historia da humanidade e nas primeiras trocas envolviam-se as “sobras”. O intercâmbio econômico rudimentar surgiu com a invenção da moeda, que passou por muitos estágios até os dias atuais. Após o surgimento da agricultura a aproximadamente 8 mil anos atrás, costuma-se assinalar cinco grandes períodos na história da humanidade que caracterizaram a evolução do pensamento econômico, são elas:
1. Antiguidade clássica: também conhecida como primeira fase, vai do ano 4.000 a.C. a 1.000 a.C. Nesta fase situam-se China, Babilônia, Egito, Assíria, Mesopotâmia entre outras civilizações. Muitos pontos desta fase podem ser encontrados na Bíblia, por exemplo, como compra e venda de terras e animais nos primeiros livros, o êxodo e seu sistema de administração e controle, os sistemas de governos, posse de riquezas, escravos, cobrança de tributos e principalmente institutos jurídicos como princípio do salário, direitos do primogênito, etc.
A civilização babilônica colaborou para o sistema jurídico com o código de Hamurabi, um dos primeiros textos legislativos conhecidos, estabelecendo os princípios do salário, recibos de pagamento, responsabilidades dos líderes. A civilização egípcia colaborou com sua capacidade de administrar e sustentar economicamente grandes obras de engenharia e agricultura, graças à ótima fertilidade do solo as margens do Rio Nilo, o excedente era comercializado fazendo os egípcios terem um movimentado comércio onde as trocas eram feitas em troca de metais. 
Os Chineses tinham uma economia forte na agricultura, cultivavam trigo, cevada, painço, sorgo e arroz, cultivavam amoreiras para a criação de bicho da seda, criaram diques, represas e canais de irrigação para melhorar sua agricultura, eles também se dedicavam à produção de cerâmica e sofisticada porcelana. Seu comércio era feito com indianos e árabes, a Rota da seda, foi como ficou conhecido os caminhos pelos quais as caravanas chinesas passavam vendendo e comprando mercadorias. Os Fenícios foram um povo que se destacou pelo comércio e navegações. São considerados os maiores navegadores da antigüidade.
2. Antiguidade: também conhecida como segunda fase, vai do ano 1.000 a.C. até a queda do império romano, em 476 d.C. Abrange as civilizações Greco Romanas e suas contribuições para a economia. Nessa fase pela primeira vez surgiram expressões como economia, econômico, valor e utilidade. Segundo Xenofonte, famoso pensador grego que viveu entre 440 e 355 a.C, a agricultura e as riquezas econômicas estão intimamente associadas as necessidades humanas. A expansão grega para o leste e oeste e as conquistas de Alexandre, o Grande, serviram para modificar o panorama político e econômico da época, e a fabricação de dinheiro foi adotada a partir do século VII a.C.
A economia dos gregos baseava-se no cultivo de oliveiras, trigo e vinhedos e o artesanato grego teve grande a aceitação no Mar Mediterrâneo. As ânforas gregas transportavam vinhos, azeites e perfumes para os quatro cantos da península. Com o comércio marítimo os gregos alcançaram grande desenvolvimento, chegando até mesmo a cunhar moedas de metal. Os escravos, devedores ou prisioneiros de guerras foram utilizados como mão-de-obra na Grécia e cada cidade-estado tinha sua própria forma político-administrativa, organização social e deuses protetores. Aristóteles e Platão elaboraram profundas análises sobre a teoria do dinheiro, as trocas, o valor e as funções da moeda.
Na história do império romano iremos encontrar muitos dos elementos que caracterizam o moderno capitalismo, como: valorização da propriedade privada e das multinacionais. Os romanos destacaram-se como estadistas, juristas e engenheiros e construtores. Antes da expansão, a economia romana era essencialmente agrícola, com base na produção de cereais, vinho, frutos, legumes e criação de gado, e após as conquistas, a economia passa a ser mercantil, apóia-se nas exportações a partir de cidades importantes, é facilitada pelas estradas romanas e pelo trabalho dos escravos, surge também à cunhagem de moedas. As grandes conquistas do Império Romano permitiram a esse um efetivo comércio de importação e exportação de mercadorias, criando assim as primeiras multinacionais, e sua principal força de trabalho era escravo, e tem-se os primeiros registros sobre inflação.
3. Idade Média: também conhecida como terceira fase, vai do ano 500 d.C. até 1.500 d.C, período também conhecido por era medieval ou feudalismo. A queda de Roma iniciou uma nova fase da história da cultura e da economia mundial, que se baseava principalmente na agricultura, asmoedas que existiam na época eram pouco utilizadas, já que se concentravam no escambo, o feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha mais terra possuía mais poder. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares, o arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura. Os 5 séculos seguintes a queda do império romano foram de grande ebulição, assinalados por migrações, guerras e absorção de povos conquistados, onde a igreja passa a exercer grande influencia civilizadora. E a partir do século VIII nasce o feudalismo com o crescimento da atividade rural.
No século XI um crescimento demográfico criou a oferta necessária de mão-de-obra, provocando um aumento de produção que desenvolveu o comércio e as cidades. Surgiu então um comércio internacional de longo alcance, que mobilizou grandes capitais, a indústria têxtil ganhou um papel fundamental, nela havendo uma certa especialização do trabalho. Os árabes medievais também fizeram contribuições para a compreensão da economia, como por exemplo Ibn Khaldun de Tunis (1332-1406), que escreveu uma teoria política e econômica em seu Prolegomena mostrando, como a densidade da população é relacionada com a divisão do trabalho, que leva ao crescimento econômico conduzindo a uma população maior, formando um círculo virtuoso. Os primórdios da Teoria Econômica ocorreram no fim da Idade Média quando a interferência da igreja nos assuntos econômicos caiu. Fase onde os mercadores obtiveram reconhecimento da comunidade e do Estado.
4. Mercantilismo: também conhecida como quarta fase, vai do século XVI ao século XVIII. Fase da Renascença é na qual começa a configurar-se o capitalismo, nas suas formas comercial e financeira. Pode ser considerada como a primeira escola econômica, as pessoas tinham preocupações explícitas com a acumulação de riquezas como metais preciosos. O Estado adquire um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar políticas Protecionistas, e em particular estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apóio à exportação, no Comércio Exterior.
5. Revolução Filosófica e Industrial: também conhecida como quinta fase, vai de 1.750 a 1.850. A economia teve grande crescimento com a revolução industrial, quando a produção em série e as inovações tecnológicas resultaram num novo modelo econômico e fizeram com que as organizações buscassem novos mercados. Nesta fase se estrutura o pensamento econômico, com base no racionalismo filosófico e nas invenções mecânicas, dando origem ao capitalismo industrial, surgem também os precursores da ciência econômica.
A economia originalmente fazia parte da ética, tratava-se das ações virtuosas do chefe de família em relação às suas atribuições na organização da casa, Adam Smith mudou isso em 1776 com o livro “Riqueza das Nações”, até então todos viam a economia mais ou menos da mesma forma com que Aristóteles a tratava, ou seja, como parte da filosofia ética. A agricultura, por exemplo, era vista como um dever divino. O homem tinha a responsabilidade, ou o dever moral, de "cuidar da terra". Deixar de fazê-lo era considerado indigno. Adam Smith foi o primeiro a defender que os interesses privados dos indivíduos produziam benefícios públicos. Porém, diferentemente do atual senso comum, nunca afirmou que o mercado independe do Estado, idéia esta difundida pelos neoliberais. Pelas suas contribuições é considerado o pai da economia moderna, e também o mais importante teórico do liberalismo econômico.
Thomas R. Malthus (1766-1834) colocou a economia em sólidas bases empíricas, foi o defensor da teoria do valor do trabalho, dizia que o excesso de população era a cauda de todos os males da sociedade, subestimou o ritmo tecnológico. David Ricardo (1772-1823) foi quem primeiro formatou a teoria do valor do trabalho de forma coerente, ele defendia que embora todas as mercadorias que tinham valor tivessem utilidade, a utilidade não estabeleceria o valor, tratou dos problemas do comércio internacional e defendeu o livre-cambismo.
Karl Marx (1818-1883) defensor da teoria do valor do trabalho, estudou o problema dos detentores dos meios de produção, exploração da mão-de-obra, lucro sobre o trabalhador e a mais-valia, fazia também duras críticas ao capitalismo e é considerado o pai do Socialismo. Ele queria descobrir a causa dos conflitos de classes provocadas pela revolução Industrial e o meio de resolvê-los. Em 1867 publicou o 1º volume de sua obra mais importante, “O Capital”, livro em que faz uma crítica ao capitalismo e a sociedade burguesa. Marx é o principal idealizador do socialismo e do comunismo revolucionário. O marxismo propunha a derrubada da classe dominante, a burguesia, através de uma revolução do proletariado.
Alfred Marshall (1842-1924) foi o fundador do grupo tradicional da economia neoclássica do século XX, que combina sua defesa do capitalismo com uma grande flexibilidade, contribuiu para a teoria do valor da utilidade, elaborando a noção de elasticidade do preço da demanda. John Mayard Keynes (1883-1946) apresentou um programa de ação para a promoção do pleno emprego, as suas idéias foram divulgadas pós-crise de 1929, ele propôs o fim do mercado livre (chavão do liberalismo), defendia a intervenção do Estado e acreditava no capitalismo.
Os Monetaristas (neoliberais) defendiam a baixa intervenção do Estado, os Fiscalistas defendiam a alta intervenção do Estado e recomendam o uso de políticas fiscais ativas e os Pós-Keynesianos defendem o papel ativo do Estado, alem de enfatizarem o papel da especulação financeira. A expressão humanismo significa o renascimento da arte do ser humano, através do seu dom da fala e de expressar seus sentimentos em músicas, teatro, poesia e poemas.
O problema econômico é uma das teorias econômicas fundamentais na operação de qualquer economia, ele propõe que existe uma escassez, que os recursos finitos disponíveis são insuficientes para satisfazer todos os desejos humanos. A premissa do modelo do problema econômico é que os desejos humanos são constantes e infinitos devido à demanda em constante mudança da população. No entanto, os recursos para satisfazer os desejos humanos são sempre limitados pela quantidade de recursos naturais ou humanos disponíveis, e os métodos para resolvê-lo, giram em torno da idéia da escolha em dar prioridades a que desejos serão satisfeitos.
O problema econômico revolve fundamentalmente em torno da idéia de escolha, devido à escassez dos recursos disponíveis, as empresas devem determinar o que produzir primeiro para satisfazer à demanda. Os consumidores são obviamente a maior influência nessa escolha, uma vez que os bens que desejam devem se encaixar nos seus orçamento e paridade do poder de compra. Em qualquer país, ou região, existe uma estruturação das inter-relações das partes constituídas que devem ser consideradas, a isto denominam de sistema econômico ou social. De forma geral, fala-se em sistema capitalista, ou socialista, ou até mesmo sistema misto. Para Holanda (1977), sistema é um conjunto de elementos, entre os quais se possa encontrar, ou definir alguma relação. Disposição das partes, ou dos elementos de um todo, coordenados entre si, e que funcionam como estrutura organizada. Lajugie (1964) explica que sistema econômico é um conjunto coerente de instituições jurídicas e sociais, no seio das quais são postos em ação, a fim de assegurar a realização do equilíbrio econômico, certos meios técnicos organizados na junção de certos móveis dominantes.
Elementos básicos de um Sistema Econômico: estoque de recursos produtivos ou fatores de produção, complexos de unidade de produção e conjuntos de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais, a base da organização da sociedade. Os sistemas econômicos podem ser classificados em sistema capitalista e sistema socialista. O sistema capitalista é aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. E o sistema socialista é aquele em que as questõeseconômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção.
Landauer (1966) define capitalismo como um sistema de propriedade privada dos bens de produção e consumo, liberdade de contrato e competição perfeita, com a intervenção governamental nos assuntos econômicos limitada essencialmente à proteção da propriedade, execução dos contratos e prevenção da fraude.
A propriedade privada é o direito que assegura ao seu titular uma série de poderes, sendo que seu conteúdo constitui objeto de estudo pelo direito civil, compreende na sua formulação clássica, os poderes de usar, gozar e dispor de uma coisa, a princípio de modo absoluto, exclusivo e perpétuo, mas não ilimitado para não colidirem com o direito dos outros. O mercado livre é um princípio capitalista pelo qual qualquer agente econômico é livre para praticar formas de troca mercadológica seguindo os princípios da livre concorrência, oferta e procura num mercado, esse princípio favorece o cliente, que pode escolher a melhor oferta, e tem a sua disposição comerciantes interessados em seu poder de compra. É o oposto do monopólio comercial. O trabalho assalariado é a relação de trabalho caracterizada pela troca da força de trabalho por salário. Difere-se das demais relações de trabalho por prescindir de relações de dependência extra-econômicas, caracterizando também a transformação da força de trabalho em mercadoria.
Encontramos a origem do sistema capitalista na transgressão da Idade Média para a Idade Moderna no final dos séculos XIII e XIV, com o surgimento na Europa, de uma nova classe social, a burguesia, que buscava o lucro através de atividades comerciais. Historiadores e economistas identificam na burguesia, e também nos cambistas e banqueiros que surgiram na época, ideais embrionários do sistema capitalista, como: lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios, e esses mesmos historiadores identificam 3 fases distintas do capitalismo, são elas:
1ª Fase Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo: período que estende-se do século XVI ao XVIII e inicia-se com as grandes navegações e expansões marítimas européias, na procura por metais preciosos como ouro, prata, especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Cujo objetivo principal era o enriquecimento e o acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identificar as seguintes características capitalistas: busca do lucros, uso de mão-de-obra assalariada, moeda substituindo o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e desigualdades sociais.
2ª Fase Capitalismo Industrial: iniciou-se no século XVIII com a Revolução Industrial na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. Ela modifica o sistema de produção colocando a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos, aumentando a margem de lucro, pois a produção acontecia mais rápido, mas trouxe o desemprego, diminuição dos salários e das condições de trabalho e poluição da água e de ar.
3ª Fase Capitalismo Monopolista-Financeiro: iniciado no século XX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado, as molas mestras de desenvolvimento e está em pleno funcionamento até os dias de hoje. Grande parte dos lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização permitiu as grandes corporações produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a redução de custos. Estas empresas vendem estes produtos para vários países, mantendo um comércio ativo de grandes proporções.
Landauer (1966) descreveu o sistema socialista como um sistema de completa coletivização dos instrumentos de produção; no há lucros particulares, mas, as rendas podem diferir de acordo com as habilidades individuais e o volume de trabalho feito; e a propriedade pessoal em bens que servem diretamente ao consumo, como casas e móveis, também é admitida.
Segundo a Teoria Marxista, meios de produção são conjuntos formados por meios de trabalhos e objetos de trabalho. Os meios de trabalho incluem os instrumentos de produção como: instalações prediais, infraestrutura, máquinas e ferramentas, etc. O socialismo moderno surgiu no final do Século XVIII tendo origem na classe intelectual e nos movimentos políticos da classe trabalhadora que criticavam os efeitos da industrialização e da sociedade sobre a propriedade privada. Para os socialistas, o capitalismo concentra injustamente a riqueza e o poder nas mãos de um pequeno segmento da sociedade que controla o capital e deriva a sua riqueza através da exploração, criando uma sociedade desigual, que não oferece oportunidades iguais para todos a fim de maximizar suas potencialidades. A mais bem sucedida experiência do Socialismo ocorreu com a revolução de outubro de 1917 que instaurou o socialismo na Rússia, que então passou a chamar-se União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Atualmente, somente Cuba, governada por Raul Castro (irmão de Fidel), mantém plenamente o sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio econômico dos Estados Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime, utilizando, muitas vezes, a repressão e a ausência de democracia.
Economia mista é uma economia em que o governo e o mercado compartilham decisões de o que, como e para quem produzir. O mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com pleno emprego dos seus recursos, necessitando de maior atuação do setor público na economia. O Brasil é um exemplo de economia mista. A maioria dos países do mundo, incluindo países com regimes políticos considerados democráticos, têm uma economia mista.
As áreas da economia podem ser classificadas de várias formas, no entanto uma economia é geralmente analisada através da microeconomia ou da macroeconomia. Prosperidade: a fase de um ciclo de negócios em que a produção e o nível de empregos são altos. Recessão: os consumidores “trancam” suas carteiras, a produção diminui e geralmente o desemprego aumenta. Recuperação: é a progressão do estágio de recessão para prosperidade, onde os níveis de produção e de emprego aumentam. Inflação: um aumento no nível de preços geral.
O conceito de valor parte originariamente da filosofia e aplica-se a outras ciências como a sociologia e a economia, isso tudo porque variam as condições do ambiente em que se realiza uma análise de valor. Os economistas consideram valor como sendo a utilidade por unidade de preço, isto é, utilidade/reais ou dólares. Os profissionais de marketing definem valor como sendo os benefícios percebidos por um cliente, em contraste com o preço pago por um produto ou serviço. O conceito atual predominante de valor provém da idéia de valor de troca cujo principal formulador foi Adam Smith (1723) que dizia que apesar de ser vulgar exprimir-se o rendimento de uma pessoa pelo montante em dinheiro que anualmente lhe é pago, isso só acontece porque tal montante regula a extensão do poder de compra dessa pessoa, ou seja, o valor dos bens que anualmente lhe é possível adquirir para consumo. Karl Max foi profundamente influenciado por Smith. Em seus trabalhos afirmava que a riqueza da burguesia aparece, à primeira vista, como uma imensa acumulação de mercadorias e a mercadoria, tomada isoladamente, como a forma elementar desta riqueza. Mas qualquer mercadoria se apresenta sob o duplo aspecto de valor de uso e de valor de troca.
Durante séculos os estudiosos afirmaram que as peças monetárias tinham valor, que era medido pela moeda. Essa afirmação, de que as peças monetárias tinham valor, implicava um direito de propriedade sobre tais peças monetárias, consideradas bens móveis fungíveis. Diferentemente do que ocorre com as coisas em geral, que podem ser objeto de propriedade, as peças monetárias são emitidas, em caráter de monopólio, por um poder central do Estado nacional e delas temos apenas a detenção, quenos permite liberarmo-nos das nossas obrigações através da transferência compulsória de mãos do dinheiro.
O que dá valor as coisas é a “utilidade” que as pessoas retiram delas e o valor foi encontrado não nas coisas em si, mas nas pessoas, e cada pessoa dá valor diferente à mesma coisa, retirando dela diferentes utilidades, e a economia baseia-se, assim, na subjetividade de cada um. Moeda é um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamento de bens, serviços e fatores de produção. Essa aceitação é garantida por lei, ou seja, a moeda tem curso forçado. Antes da criação da moeda, o fluxo de trocas de bens e serviços na economia ocorria através do escambo, com trocas diretas de mercadoria por mercadoria. Na Roma Antiga, o sal por ser escasso era usado como moeda de troca. Para exercer controle sobre os metais em circulação, foi implantada a “cunhagem” da moeda pelos governantes, o que deu origem a nossa atual moeda metálica. O papel moeda teve origem na moeda-papel. As pessoas de posse de ouro, por questões de segurança, o guardavam em casas especializadas onde os ourives emitiam certificados de depósito dos metais. Tipos de Moedas:
Moeda Metálica: é emitida pelo Banco Central e constitui pequena parcela da oferta monetária e visam facilitar operações de pequeno valor. Papel-moeda: também é emitido pelo Banco Central, representa parcela significativa da quantidade de dinheiro em poder do público. Moeda Escritural: É representada pelos depósitos a vista nos bancos comerciais.
A Macroeconomia estuda o comportamento da economia como um todo, examinando as forças que afetam o conjunto das empresas, dos consumidores e dos trabalhadores ao mesmo tempo. Estuda os preços, as quantidades e os mercados individualmente. Inclui as medições do produto nacional bruto (PNB), a taxa de desemprego, e inflação dos preços e subagregados como o consumo total e os gastos com investimentos e seus componentes. Também estuda os efeitos da política monetária e política fiscal.
A Microeconomia analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em mercados específicos. Enfoca o comportamento da Economia como um todo, considerando variáveis globais como consumo agregado, renda nacional e investimentos globais, preocupa-se com a formação de preços de bens de serviços e de fatores de produção em mercados específicos. Estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço no mercado, isto é, o preço obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço. A microeconomia é considerada a base da moderna teoria econômica, estudando suas relações fundamentais e divide-se em:
1. Teoria do Consumidor: Estuda as preferências do consumidor analisando seu comportamento, as suas escolhas, as restrições quanto a valores e a demanda de mercado. A partir dessa teoria se determina a curva de demanda.
2. Teoria da Firma: Estuda a estrutura econômica de organizações cujo objetivo é maximizar lucros. Estuda estruturas de mercado tanto competitivas quanto monopolísticas. A partir dessa teoria se determina a curva de oferta.
3. Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação de fatores adquiridos pela empresa em produtos finais para a venda no mercado.
A Microeconomia explica também as práticas de mercado, sendo estas divididas em: monopólio, monopsônio, oligopólio, oligopsônio, concorrência perfeita e concorrência monopolística ou imperfeita. Concorrência é a disputa entre produtores de um mesmo bem ou serviço, as principais variáveis são o preço, a qualidade do produto, a disponibilidade nos pontos de venda e a imagem de que o produto goza junto aos consumidores. Monopólio é como se denomina uma situação de concorrência imperfeita, em que uma única empresa detém o mercado de um determinado produto ou serviço, impondo preços aos que comercializam. Fontes de Monopólio:
1. Economias de Escala: Empresas novas tendem a entrar em mercados a níveis de produção menores do que empresas estabelecidas. Os custos médios dos produtos decrescem com o aumento no volume de produção. Assim, os custos da empresa nova serão mais altos do que os de uma empresa estabelecida, criando dificuldades para a mesma competir.
2. Proteção Legal: Direitos autorais e patentes garantem ao seu detentor exclusividade no mercado, e o dono da patente está protegido contra a concorrência de mercado.
3. Propriedade exclusiva de matéria prima: Empresas estabelecidas podem estar protegidas da entrada de novas empresas através do seu controle das matérias primas.
4. Lobby político: Por influencia política surgem as condições de um monopólio.
O monopólio natural é uma situação de mercado em que os investimentos necessários são muito elevados e os custos marginais são muito baixos, com muito pouca ou nenhuma concorrência.
Oligopólio é uma forma evoluída de monopólio, no qual um grupo de empresas promove o domínio de determinada oferta de produtos e/ou serviços, como empresas de mineração, alumínio, aço, setor automobilístico, cimento, laboratórios farmacêuticos, aviação, comunicação e bancos. Nos oligopólios há poucos fornecedores e cada um detém uma parcela grande do mercado, e qualquer mudança em sua política de vendas afeta a participação de seus concorrentes e os induz a reagir. Existem 4 formas básicas de oligopólio:
1. Cartel: É um acordo explícito ou implícito entre concorrentes para fixação de preços ou cotas de produção, divisão de clientes e de mercados de atuação ou, por meio da ação coordenada entre os participantes, eliminar a concorrência e aumentar os preços dos produtos, obtendo maiores lucros, em prejuízo do bem-estar do consumidor.
2. Truste: Designa empresas sob uma mesma orientação, mas sem perder a autonomia, se reúnem com o objetivo de dominar o mercado e suprimir a livre concorrência e também são grandes grupos ou empresas que controlam todas as etapas da produção, desde a retirada de matéria-prima até a distribuição das mercadorias.
3. Holding: É criada com o objetivo de administrar um grupo de empresas, possui a maioria das ações ou quotas das empresas componentes de determinado grupo, é muito utilizada por médias e grandes corporações e normalmente visa melhorar a estrutura de capital da empresa ou como parte de alguma parceria com outras empresas.
4. Conglomerado: Várias empresas que atuam em setores diversos se unem para tentar dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços, sendo em geral administradas por uma holding.
Monopsônio é uma forma de mercado com apenas um comprador e inúmeros vendedores, um monopsonista tem poder de mercado, devido ao fato de poder influenciar os preços de determinado bem, variando apenas a quantidade comprada. Os seus ganhos dependem da elasticidade da oferta. Oligopsônio é uma forma de mercado com poucos compradores e inúmeros vendedores, tem poder de mercado, devido ao fato de poderem influenciar os preços de determinado bem ou serviço, variando apenas a quantidade comprada. Concorrência perfeita corresponde a uma situação limite em que nenhuma empresa e nenhum consumidor têm poder suficiente para influenciar o preço de mercado. Concorrência imperfeita corresponde a uma estrutura de mercado onde existe pelo menos uma empresa ou consumidor com poder suficiente para influenciar o preço de mercado.
A oferta da moeda é também conhecida como criação monetária, que é a fabricação ou produção e emissão de dinheiro novo, seja em metal ou papel, é um estoque total dela no mercado, e como qualquer mercadoria, a moeda tem seu preço e quantidade determinados pela oferta e demanda. Atualmente a política governamental é o principal determinante da oferta da moeda. Diversos países possuem uma instituição que possui autoridade legal para imprimir dinheiro: o Banco Central. A oferta de moeda influencia várias variáveis financeiras e econômicas, como: taxas de juro, preço das açosna bolsa de valores, preço da habitação e taxas e câmbio. Meios de pagamento é a moeda que não esta rendendo juros, aquela que não está aplicada em contas ou ativos remunerados.
Desmonetização ocorre normalmente em processos inflacionários e consiste na redução da quantidade de moeda sobre o total de ativos financeiros. Já a monetização é o processo inverso, com a inflação baixa, as pessoas mantém mais moeda que não rende juros em relação aos demais ativos financeiros, incentivando a circulação da mesma.
Banco Central é o órgão responsável pela política monetária e cambial do país, é responsável por regular o montante de moeda, crédito, taxas de juros e câmbio de modo compatível com a atividade econômica do país. Entre as funções do Banco Central, destaca-se: a execução da política monetária nacional com o controle da oferta de moeda e crédito, banco emissor de moedas metálicas e papel moeda do país, recebe depósitos e concede crédito ao governo, controle da regulamentação da oferta de moeda, execução da política cambial e administração do câmbio, defesa da moeda nacional e fiscalização das instituições financeiras do país. Instrumentos da Política Monetária:
1. Incentivo/restrição ao crédito: são utilizados pelo governo como instrumentos de desenvolvimento microeconômico.
2. Compra/venda de títulos públicos: através da compra e da venda de títulos públicos, o Bando Central afeta diretamente a quantidade de dinheiro em circulação.
3. Depósitos compulsórios: tem o objetivo de diminuir o poder que os bancos comerciais possuem de multiplicar o dinheiro em circulação através dos empréstimos, possibilitando ao Banco Central manter o controle da quantidade de dinheiro em circulação.
4. Taxa do redesconto: taxa exigida pelo Banco Central para cobrir os eventuais “buracos” nos caixas dos bancos comerciais.
5. Taxa de Juros: tem efeito direto sobre a poupança, influenciando a remuneração do capital, e sobre os investimentos, influenciando o custo do capital.
Os bancos comerciais tem a prerrogativa de efetivar empréstimos com seu caixa próprio e com parte dos depósitos de seus clientes. Os saldos monetários que podem ser emprestados pelos bancos tem, portanto, função multiplicadora na economia.
Demanda de moeda: as pessoas demandam moeda por diversos motivos. Ao demandar moeda o indivíduo à retém, em vez de aplicá-la com fins de rendimento ou mesmo imóveis. A teoria da demanda da moeda explica os 3 motivos que levam as pessoas a retê-la:
1. Motivo de transação: a moeda é retida para efetuar pagamentos que vencem antes do recebimento da renda.
2. Motivo de precaução: neste conceito a retenção está ligada à incerteza quanto às datas de recebimentos e pagamentos.
3. Motivo de especulação: a demanda por meda não existe apenas para satisfazer as transações correntes, mas também para especular em títulos, imóveis, etc.
Taxa de juro é o chamado custo do dinheiro, o que é cobrado para emprestá-lo, basicamente. A taxa de juro básica de uma economia é fixada pelo Banco Central do país, através de títulos do Governo. Representa o preço do dinheiro no tempo, ou seja, é uma taxa de rentabilidade dos aplicadores, e o custo do empréstimo para os tomadores. Um aumento da taxa de juros provoca aumento no custo dos estoques, incentiva o ingresso de capital externo, reduz o consumo e a inflação, desestimulando o investimento e o aumento do custo da divida publica interna. A taxa de juros é classificada em:
1. Taxa de juros nominal: mede o preço pago ao poupador.
2. Taxa de juros real: mede o retorno de uma aplicação em termos de quantidades de bens, descontada a inflação.
Tipos de Taxa de juros:
1. Taxa Básica Financeira (TBF): foi criada em junho de 1995, para alongar o perfil das aplicações em títulos através da criação de uma taxa de juros superior à Taxa Referencial, É baseada numa amostra das 30 maiores instituições financeiras por volume de captação de depósitos a prazo.
2. Taxa Referencial (TR): foi criada no Plano Collor II, é a taxa básica referencial dos juros a ser praticada no mês iniciado, não funciona como um índice que reflita a inflação do mês anterior passa a ser o referencial para o rendimento da Caderneta de Poupança e do FGTS.
3. Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP): foi criada em novembro de 1994, para estimular os investimentos nos setores de infra-estrutura e consumo, é aplicada a 3 fundos compulsórios (PIS/PASEP, FAT e Fundo de Marinha Mercante) e nas linhas do BNDS. O cálculo é uma média ponderada de títulos da dívida externa federal e títulos da divida pública mobiliaria interna federal. A partir de janeiro de 1999 a TJLP passou a ser calculada com base na inflação média prevista para os próximos 12 meses acrescida de um prêmio de risco.
4. Taxa Oliver Selic: é a taxa Prime do mercado, e pode ser considerada como a Base do custo do dinheiro da economia. A partir de 1996 deixou de ser definida pelo Banco Central e passou a ser determinada pelos mecanismos de mercado a partir do conceito de oferta e demanda por liquidez. A partir de março de 1999 com a extinção das TBC e Tban a Taxa Selic voltou a ter sua função de taxa básica referencial do sistema financeiro.
5. Taxa Básica do Banco Central (TBC): foi criada para alterar o controle dos juros no mercado aberto, os bancos deveriam fazer ajustes das taxas do dia entre si dependendo das situações de liquidez do mercado, deveria corrigir os empréstimos de redesconto concedidos às instituições financeiras, balizava os custos dos financiamentos diários das carteiras de títulos públicos. Substituiu a Taxa Selic como piso de referencia para o mercado. Foi extinta em 05 de março de 1999.
Preço é o valor monetário expresso numericamente associado a uma mercadoria, serviço ou patrimônio.
Sistema econômico é a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas. Principais formas: capitalismo (economia de mercado) e socialismo (economia planificada). Laissez-faire: O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais, com um mecanismo de preço que promove o equilíbrio dos mercados, sem a intervenção do governo.
Sistema de concorrência pura: é à base da filosofia do liberalismo econômico, pois advoga a soberania do mercado, sem interferência do Estado. Este deve responsabilizar mais com justiça, paz, segurança, e deixar o mercado resolver as questões econômicas fundamentais.
Grande simplificação da realidade, os preços podem variar não devido ao mercado, mas em função da força de sindicatos, pelo poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado e com a intervenção do governo. O mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas. Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada e regular alguns mercados.
Sistema de mercado misto em relação ao papel econômico do governo: nos séculos XVIII a XIX era de predominância no mercado, próximo a concorrência pura, após o século XX o mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com pleno emprego dos seus recursos, necessitando de maior atuação do setor público na economia. Atuação do setor público com o objetivo de evitar distorções alocativas e distributivas sobre a formação de preços, o complemento da iniciativa privada, o fornecimento de serviços públicos, o fornecimento de bens públicos e a compra de bens e serviços do setor privado.
Na economia centralizada, a agência ou órgão central de planejamento decide a forma como resolver os problemas econômicos fundamentais. Atuação do setor público com o objetivo de evitar distorções alocativas e distributivas sobre a formação de preços, o complemento da iniciativa privada, o fornecimento de serviços públicos, o fornecimento de bens públicos e a compra de bens e serviços do setor privado.
Processo Produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das empresas. Distribuição do Produto: os preços dos bensde consumo são determinados pelo governo. Repartição do lucro: o governo investe na empresa e o lucro é dividido entre os administradores e os trabalhadores. Curva de Possibilidade de Produção: é a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. Lei dos custos de oportunidade crescentes: em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso. É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la.
Os deslocamentos positivos decorrem da expansão ou melhoria dos fatores de produção disponíveis, trazendo inovações tecnológicas com a mesma quantidade de insumos obtém-se maior quantidade de produtos. E os deslocamentos negativos decorrem da redução, sucateamento ou progressiva desqualificação dos fatores de produção disponíveis. Nas Declarações Positivas, os economistas tentam descrever o mundo como ele é e nas Declarações Normativas, os economistas prescrevem como o mundo deveria ser.
A Demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar, a dados preços. A escala de demanda indica quanto o consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço. A lei da demanda é quando o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada cai. O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos demais, a demanda é decrescente porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome. A demanda varia de acordo com a riqueza, renda, preço do bem, preço dos outros bens, fatores climáticos e sazonais, propaganda, hábitos, gostos, preferências dos consumidores, expectativas sobre o futuro e facilidades de crédito.
O efeito de substituição faz o bem ficar mais barato relativamente aos concorrentes, fazendo com que a quantidade da demandada aumente. E com o efeito de renda ocorre à queda do preço e o poder aquisitivo do consumidor aumenta, fazendo com que a quantidade demandada do bem deve aumentar. Bens normais: ocorre maior demanda quando a renda do consumidor aumenta. Bens superiores: aumento proporcional na demanda, maior que a variação na renda do consumidor. Bens inferiores: a demanda diminui à medida que a renda aumenta. Bens substitutos: ocorre uma relação direta entre a variação no preço do bem substituto e a variação na demanda do bem substituído. Bens complementares: ocorre uma relação inversa entre a variação no preço do bem complementar e a variação na demanda do outro bem. Mas essa classificação depende também da classe de renda dos consumidores, pois para consumidores de baixa renda não existem muitos bens inferiores, e com a renda mais elevada, o maior número de produtos passa a ser classificado como bem inferior. Hábitos, preferências ou gostos podem ser alterados e/ou “manipulados” por propaganda e campanhas promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de bens.
Excedente do consumidor: bem-estar gerado pela diferença entre a disposição máxima a pagar e o preço efetivamente pago por um bem ou serviço. Paradoxo (Bem) de Giffen: é uma exceção à “Lei Geral da Demanda”, onde o preço do produto aumenta e sua demanda também aumenta.
Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender, em função dos preços, em um determinado período. Produção é um processo de transformação de um conjunto de insumos em bens e serviços, com fatores produtivos (trabalho, capital e terra), objetivos do produtos (maiores lucros) e decisões básicas (quanto e como produzir). Tudo o mais constante se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais, e para produzirem mais, os custos serão maiores, e o preço do bem deve ser aumentado. Se o preço da mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, o mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, etc. Um aumento na tecnologia aumenta a oferta do bem. O aumento ou redução na produção depende dos objetivos e das metas dos empresários.
A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço. Na variação da oferta, ocorre o deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações na condição financeira do consumidor, e nas variações de quantidade ofertada, refere-se ao movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude da variação do preço do próprio bem, mantendo-se as demais variáveis constantes.
Excedente do produtor é um ganho em bem-estar pelo fato do produtor receber no mercado um preço maior que aquele mínimo que viabilizaria sua produção. O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda, e o equilíbrio se encontra onde as mesmas se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual à quantidade demandada.
Elasticidade é a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, é sinônimo de sensibilidade, resposta e reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. Exemplos na Microeconomia:
Elasticidade-preço da demanda é a variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem. Elasticidade-renda da demanda é a variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda. Elasticidade-preço cruzada da demanda é a variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem. Elasticidade-preço da oferta é a variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem. Demanda Elástica significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário. Demanda Inelástica significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário, porém muito pequena. E na demanda de elasticidade unitária, uma variação percentual no preço, implica na mesma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário. Os fatores que afetam a elasticidade-preço da demanda são principalmente, disponibilidade de bens substitutos, essencialidade do bem, importância relativa do bem no orçamento do consumidor e horizonte de tempo.
Nas economias modernas há três setores principais de atividade econômica, o setor primário compreende a extração e produção de materiais crus, como milho, carvão, madeira e ferro, o setor secundário compreende a transformação de materiais crus ou em grau de processamento intermediário em bens de produção ou de consumo, por exemplo, aço em carros, ou tecidos em roupas, e o setor terciário Compreende o fornecimento de serviços para as empresas e para os consumidores, como creches, cinemas e casas lotéricas. Também pode-se usar a uma divisão mais social ou jurídica como aquela que distingue o setor público do privado, ou ainda uma classificação mais moderna entre “primeiro setor”, o governo; “segundo setor", empresas que visam o lucro; e o “terceiro setor”, as chamadas organizações não-governamentais.
A estrutura da macroeconomia é dividida em 5 tipos de mercados são eles: Mercado de Bens e Serviços, que determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços, Mercado de Trabalho, que admite a existência de um tipo de mão-de-obra independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de emprego,Mercado Monetário, que analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros, Mercado de Títulos, que analisa os agentes econômicos superavitários que possuem um nível de gastos inferior a sua renda e deficitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda, e Mercado de Divisas, que depende das exportações e de entradas de capitaisfinanceiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.
A balança de pagamentos é um instrumento da contabilidade social referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo, registra o total de dinheiro que entra e sai de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços, capital financeiro, bem como transferências comerciais. Existem duas contas nas quais se resume as transações econômicas de um país, a Conta Corrente, que registra as entradas e saídas devidas ao comércio de bens e serviços, bem como pagamentos de transferência, e a Conta de Capital, que registra as transações de fundos, empréstimos e transferências.
O Produto Interno Bruto (PIB) é o total do valor monetário de todos os bens e serviços finais produzidos na economia durante um determinado tempo. É um fluxo variável e é medido em unidades como Real, Dólar, Libras, etc. representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região durante um determinado período. É um dos indicadores mais utilizados pela macroeconomia para analisar a economia de uma determinada região.
PIB Nominal é a soma dos serviços médicos, os cortes de cabelo, os sapatos, as bananas e tudo o mais que se produziu durante o ano. A única maneira de somarmos sapatos e bananas é expressando em reais o valor desses bens, através do preço a que foram vendidos. O PIB Real é calculado a preços constantes, onde é escolhido um ano-base onde é feito o cálculo do mesmo, eliminando assim o efeito da inflação.
O Produto Nacional Bruto (PNB) é uma expressão monetária dos bens e serviços produzidos por fatores de produção nacionais, independentemente do território econômico. A metodologia utilizada pelo Banco Mundial para medir o PNB dos países é baseada no método de conversão monetária Atlas, que atenua as flutuações cambiais ao utilizar uma média dos últimos 3 anos.
O valor per capita foi o primeiro indicador utilizado para analisar a qualidade de vida em um país. Países podem ter um PIB elevado por serem grandes e terem muitos habitantes, mas seu PIB per capita pode resultar baixo, já que a renda total é dividida por muitas pessoas, como é o caso da Índia ou da China. Países como a Suíça, Noruega e a Dinamarca exibem um PIB moderado, mas que é suficiente para assegurar uma excelente qualidade de vida a seus poucos milhões de habitantes.
O PIB não leva em consideração diferenças na distribuição de renda entre pobres e ricos, exclui atividades produtivas que não ocorrem dentro do mercado, tal como serviços voluntários não pagos, produção para consumo próprio, ou produtos e serviços de livre acesso trocados pela internet, não conta atividade que contribuem para a produção, mas que não passam pelo mercado oficialmente, como atividades de contrabando e venda de produtos ilegais e pequenos negócios e serviços não formalizados e registrados também não são registrados. O PIB ignora a presença de externalidades como, por exemplo, danos ao meio ambiente, e o PIB anual não é um indicador de longo prazo, apenas aponta para variações que podem vir de oscilações econômicas momentâneas, como ataques especulativos, bolhas de crescimento, descoberta de jazidas de recursos naturais.
O crescimento econômico é o aumento do produto de um país ao longo do tempo, e geralmente é medido pela variação percentual do Produto Nacional Bruto per capita. O crescimento de uma economia é fruto do crescimento qualitativo da força de trabalho, da maior proporção da receita nacional poupada e investida e do aperfeiçoamento tecnológico. Um dos países que mais tem crescido nas últimas décadas, de forma sustentada e é sempre olhado com inveja pelos demais, é a China, que manteve uma taxa de crescimento médio de seu PIB de 11,45% a.a. entre 1991 e 2003. No mesmo período o Mundo cresceu, em média, 4,41% a.a. e o Brasil apenas 1,98% a.a. As principais variáveis próximas crescimento econômico são: 
Capital físico: o conjunto de máquinas e equipamentos de uma determinada empresa compõe o chamado estoque de capital físico da mesma, e a soma do capital físico de cada empresa forma o estoque de capital físico total de uma economia. Trabalho e capital humano: está relacionado à capacidade de trabalho, ao valor adicionado pela educação e pelo treinamento da mão de obra, que afetam positivamente o crescimento econômico. E o Progresso tecnológico: definido como um conjunto de inovações materializadas em termos de bens, máquinas e equipamentos etc. Ele é importante, pois permite que se produza uma quantidade maior de bens e serviços, com a mesma ou até mesmo com uma quantidade menor de recursos.
A poupança nacional corresponde ao montante de recursos financeiros poupados por famílias, empresas e governo em um país. A poupança dá respaldo ao investimento, que corresponde soma da formação bruta de capital fixo com variação de estoques. Investimento interno são aquisições de empresas, máquinas, equipamentos e instalações no próprio país. E investimento externo são aquisições de empresas, equipamentos e instalações em outros países. Investimento externo direto é um investimento de capital estrangeiro aplicado na criação de novas empresas ou na participação acionária de empresas já existentes. Investimento externo indireto é um investimento de capital estrangeiro através de empréstimos e financiamentos ou através de investimentos de curto prazo nas bolsas de valores.
A convergência de renda é uma hipótese e diz que países com menores estoques de capitais deveriam crescer mais rápido, de tal forma que, comparando-se dois países com igual função de produção e taxas de poupança, o mais pobre cresceria mais rápido que o mais rico.
Crescimento econômico de um país é entendido como o aumento do PNB real per capita ao longo de um determinado período de tempo. E desenvolvimento econômico é um processo que envolve, além do crescimento econômico, a melhoria do padrão de vida de toda a população e alterações na estrutura de sua economia.
Fazem parte do grupo de desempregados os jovens ingressantes no mercado de trabalho, as pessoas que perderam seus empregos e aqueles em busca de melhores oportunidades de trabalho, ou seja, um conjunto de pessoas que procuram emprego, mas ainda não encontraram. É uma condição ou situação das pessoas incluídas na faixa da idade ativa, que estejam por determinado período, sem realizar trabalho em qualquer tipo de atividade econômica. Tipos de desemprego:
Desemprego involuntário: refere ao número de pessoas que aceitariam trabalhar mesmo com a remuneração corrente e, contudo, não conseguem emprego. Desemprego tecnológico: pode ser decorrente da substituição dos homens pelas máquinas. Desemprego conjuntural: tem um comportamento cíclico, acompanhando a conjuntura econômica do país, sendo afetado por recessão, crédito, risco país etc. Desemprego natural ou friccional: ocorre quando os trabalhadores mudam de emprego ou quando acabam de entrar no mercado de trabalho. Desemprego disfarçado: trabalhadores que estão subempregados, não são registrados e tem remunerações muito abaixo dos níveis aceitáveis. Desemprego sazonal: causado por variações na demanda de trabalho em diferentes momentos do ano.
A solução para o desemprego seria o aumento dos investimentos diretos, a expansão de créditos e os investimentos em educação fazem parte do conjunto de políticas de redução de desemprego chamadas políticas ativas, havendo, ainda, as chamadas políticas passivas, relacionadas ao mercado de trabalho, como o caso do seguro-desemprego.
Em economia, inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro. Isso é equivalente ao aumento no nível geral de preços. Inflação é o oposto de deflação. Inflação zero, ou muito baixa, é uma situação chamada de estabilidade de preços. E deflação é a diminuição do nível geral dos preços. Tipos de inflação:
Inflação aberta: livre aumento de preços dos produtos e dos insumos. Inflação reprimida: taxa de elevação dos preços inferior a taxa de expansão da moeda, devidoa controles governamentais sobre os preços. Inflação de demanda: excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços. Inflação de oferta: os custos de certos insumos importantes aumentam, sendo repassados aos preços dos produtos. Inflação inercial: perpetuação das taxas de inflação anteriores devido aos mecanismos de indexação formal ou informal. Inflação de expectativas: aumento de preços provocado pelas expectativas dos agentes de que o nível de preços tende a crescer. Inflação estruturalista: inflação relacionada às deficiências na estrutura econômica dos países, fortemente agrária, oligopolizada e com produção voltada para o comercio internacional.
A queda da inflação geralmente causa um aumento temporário no desemprego, dado que o combate à inflação requer uma política econômica contracionista, diminuindo a produção e elevando as taxas de desemprego. E o aumento da inflação geralmente causa uma diminuição temporário no desemprego.
Curva de Phillips é um conflito entre inflação e desemprego, que permite analisar a relação entre ambos, no curto prazo. Segundo esta teoria, desenvolvida pelo economista neozelandês Willian Phillips, quanto mais alta a taxa de desemprego, menor a de inflação, ou seja, menos desemprego pode ser alcançado obtendo-se mais inflação, e vice-versa. Essa relação, entretanto, não é válida no longo prazo, porque não há nenhuma troca significante entre inflação e desemprego, uma vez que a taxa de desemprego é basicamente independente da taxa de inflação conforme outras variáveis vão se alterando.
Causas da inflação:
Indexação ou correção monetária: instrumentos que surgem em decorrência de sucessivos períodos de elevada inflação. Indexação: correção das obrigações monetárias em dinheiro com base em índices oficiais do governo. Hiperinflação: caso especial de inflação, onde os preços aumentam exageradamente, desestimulando as pessoas a reter dinheiro.
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo): rendimento mensal entre 1 e 40 salários-mínimos, regiões urbanas das 11 áreas metropolitanas, preços coletados no mês civil (do primeiro ao dia 30 do mês de referencia). Índice usado pelo governo para definir sua meta anual de inflação. INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): rendimento mensal entre 1 e 6 salários-mínimos residentes nas regiões urbanas das 11 áreas metropolitanas e com os preços coletados no mês civil. IGP – DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna): IPA (índice de preços por atacado) que tem peso de 60%, IPC (índice de preço ao consumidor) que contribui com 30% e INCC (índice nacional de custos da construção) que contribui com 10%. Núcleo de inflação considera produtos influenciados pela demanda e desconsiderava as variações de choques de ofertas ou sazonais, isto é, produtos alimentícios e de energia.
Limitações dos índices de preços: podem não refletir mudanças de preços com maior precisão devido às mudanças de qualidade, é uma medida imperfeita do custo de vida, devido a problemas da substituição entre produtos, desenvolvimento e comercialização de novos bens, desconsiderando a qualidade dos bens.
Os planos econômicos antes do real tinham como características a redução das taxas inflacionárias imediatamente à implantação do plano, e dado ao fracasso de um plano de ajustamento, imediata substituição por outro, e a cada plano novo, o governo tentava impor medidas mais severas, faltava credibilidade nos planos. 
Dada a desvalorização das moedas, as pessoas não queria mais reter e transacionar com moeda corrente, procurando outros meios. Para resgatar a credibilidade da moeda os governos cortavam zeros e mudavam seus nomes. Entretanto, a causa principal da infla inflação não era combatida.
Metas de inflação: o Banco Central atua de forma que a inflação observada esteja em linha com uma meta pré-estabelecida, anunciada públicamente. Em 1º de julho de 1999, o Brasil adotou formalmente o regime de metas para a infla inflação como diretriz da política monetária. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): escolhido para meta de infla inflação no Brasil, por avaliar a evolução do poder aquisitivo da população, e por ser mais abrangente, chega domicílios com renda entre 1 e 40 salários-mínimos.
Seigniorage: receitas obtidas pelo setor público por meio da emissão de moeda é considerado imposto inflacionário rio para os usuários de moeda, porque a emissão de moeda gera inflação, que age como um imposto, retirando poder aquisitivo das pessoas. Os valores de seigniorage são usualmente calculados como uma razão entre os aumentos na base monetária.
A inflação é responsável por diversas distorções na economia. As principais distorções acontecem na distribuição de renda, balança de pagamentos, formação de expectativas, mercado de capitais e provoca a ilusão monetária. Um efeito da inflação de pequena escala é que se torna mais difícil renegociar alguns preços, e particularmente contratos e salários, para valores mais baixos - então com o aumento geral de preços é mais fácil para que os preços relativos se ajustem.
O estudo da Economia Internacional envolve todos os aspectos ligados a atividade econômica entre as nações. Suas regras de funcionamento, aspectos legais, trocas monetárias, fluxo de mercadorias e de serviços. Com o fenômeno da globalização cada vez mais a interação e interdependência entre as nações torna premente o perfeito funcionamento destas relações e, neste sentido, a solução comumente adotada é a criação de organismos inter e supranacionais que intercedam no sentido de equilibrar estas relações e promover o desenvolvimento de todos os participantes. O comércio internacional é a troca de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande parcela do PIB. O comércio internacional está presente em grande parte da história da humanidade, mas a sua importância econômica, social e política se tornou crescente nos últimos séculos.
Fazem parte do NAFTA os seguintes países: EUA, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos países membros vantagens no acesso aos mercados dos países. Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não é uma zona de livre comércio, porém reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil produtos.
O Mercosul foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É formado pelos seguintes países da América do Sul: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Pretendentes: Venezuela, Chile e Bolívia, com o objetivo principal do Mercosul é eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles, outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo, uma moeda única não só para as Américas, mas pra todo o mundo.
A União Européia (UE) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de Maastrich. Este bloco possui uma moeda única que é o Euro, um sistema financeiro e bancário comum. Os cidadãos dos países membros são também cidadãos da União Européia e, portanto, podem circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Européia. A União Européia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos: Comissão Européia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros.
Organizações Internacionais: ONU – Organização das Nações Unidas, OMC – Organização Mundial de Comércio, BID – Banco Internacional de Desenvolvimento, FMI – Fundo Monetário Internacional e BIRD – Banco Mundial.
O mercado de câmbio é onde se realizam as operações de câmbio entre os clientes e os agentes autorizados pelo Banco Central. É regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central e engloba as operações de compra e venda de moeda estrangeira, as operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no país e residentes, domiciliados ou com sede no exterior. Taxa de câmbio é a quantidade de moeda nacional necessáriapara se adquirir uma unidade de moeda estrangeira. A taxa de câmbio nominal é a relação de preços entre duas moedas quaisquer, e não fornece real impacto sobre as exportações e importações de um país. A taxa de câmbio real leva em consideração os níveis de preços nacionais e internacionais, é a comparação das cestas de bens entre países, convertidas para uma mesma moeda. Câmbio fixo corresponde à taxa de câmbio fixada pela autoridade monetária, câmbio flexível são as forças de mercado que determinam a taxa em que será realizada a troca entre moedas, e banda cambial é um regime cambial intermediário, com características do regime cambial fixo e flexível.
O crescimento econômico é uma condição necessária, mas não suficiente para se alcançar o desenvolvimento econômico, que requer necessariamente um aumento no padrão de vida da população. As desigualdades de renda decorrem, dentre outras coisas, da desigualdade de tratamento ou de oportunidades. Os objetivos do milênio lançados pela ONU são: erradicar a pobreza extrema e a fome, alcançar o ensino primário universal, promover à igualdade dos gêneros e capacitar as mulheres, reduzia a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater a AIDS, a malaria e outras doenças, assegurar a sustentabilidade ambiental, e promover uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Pobreza absoluta relaciona-se a uma situação de severa carência de comida, água tratada, saúde, moradia, educação, saneamento e informação. Pobreza relativa é aquela situação cuja renda é inferior a 40% da renda media. E exclusão social abrange, além da renda, restrições à mobilidade social intra e inter-relações, derivadas de condições como raça, sexo, tipo de ocupação, condições sociais, econômicas, além de fatores culturais institucionais e políticos.
Quando o déficit nominal é positivo, significa que o governo esta gastando mais do que arrecadando e necessita, portanto emitir mais divida. O déficit primário mede apenas os gastos não financeiros do governo frente à arrecadação de impostos, sem se preocupar com a dívida pública, pode-se identificar os focos de desequilíbrios por meio da discriminação dos fluxos de despesas e receitas. Divida líquida do setor público é a soma das dividas externas e internas do setor público contraídas com o setor privado, excluindo-se os ativos do setor publico, como reservas internacionais, créditos com o setor privado e os valores das privatizações. Divida do setor privado são todas as dívidas contraídas por empresas com outras instituições nacionais ou internacionais. Dívida pública interna corresponde aos compromissos assumidos pelo governo com seus credores internos, pela emissão de títulos para financiamento de seus déficits. Dívida pública externa corresponde aos compromissos assumidos pelo governo com seus credores externos.
Em meados do século XX ocorreu grande expansão das funções do governo na economia, devido à evolução dos princípios teóricos recomendando a intervenção do governo nas atividades econômicas, modificação nas preferências coletivas em função das guerras, e a necessidade de diminuir a concentração de renda. As funções passaram a ser alocativa, distributiva e estabilizadora.

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