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GENÉTICA Profa. Elisa Corrêa Fornari Baldo ALELOS MÚLTIPLOS - Indivíduos diplóides sempre apresentam dois alelos de cada gene, um proveniente do pai e outro proveniente da mãe. - Para algumas características podem existir três ou mais alelos diferentes na população. • -Neste caso, falamos de ALELOS MÚLTIPLOS ou polialelia. Numa população, podem existir mais de dois genes relacionados com uma mesma característica Herança determinada por 3 ou mais genes alelos que condicionam um só caráter, obedecendo os padrões mendelianos (diferentes aspectos da mesma característica biológica). Cada indivíduo tem, no genótipo, apenas dois alelos, um de origem paterna e outro de origem materna. Novos alelos surgem por mutações que provocam alterações na proteína original. Ex: cor da pelagem de coelhos e Sistema Sanguíneo ABO. ALELOS MÚLTIPLOS Cor da pelagem Em coelhos A= Chinchila B= Aguti C= himalaia D= albina Cor da pelagem em coelhos (4 alelos) - C selvagem (aguti). - cch chinchila. - ch himalaia. - ca albino. C > cch > ch > ca C _ cch _ ch _ caca Hierarquia de dominância Cor da pelagem em coelhos Fenótipo Genótipos Aguti CC, Ccch, Cch, Cca Chinchila cchcch , cchch , cchca Himalaia ch ch , ch ca albina caca Existe uma hierarquia de dominância entre os alelos Grupos Sanguíneos Determinado por proteínas ou polissacarídeos presentes nas hemácias ou no plasma. Conhecimento importante nas transfusões, medicina legal, transplantes, etc. Transfusões baseadas nas relações antígeno/anticorpo. - A herança obedece os padrões mendelianos: Sistema ABO Polialelia e co-dominância. Sistema Rh Monoibridismo com dominância. DETERMINAÇÃO DOS GRUPOS SANGUINEOS NA ESPÉCIE HUMANA: SISTEMA ABO HISTÓRICO • Início do sec XX – Landsteiner verifica a incompatibilidade sanguínea entre as pessoas. • Quando havia a mistura de sangue poderia ocorrer a aglutinação. • 1902 – Landsteiner consegue classificar o sangue humano em quatro tipos: A, B, AB e O. • A incompatibilidade estava relacionada a uma reação imunológica entre substâncias do plasma e substâncias presentes na membrana das hemácias. • Hemácias - superfície externa encontram-se glicoproteínas denominadas de antígenos ou aglutinogênios. Induzem a uma reação de defesa ao serem introduzidas em um organismo. podem ser do tipo A ou B. • Plasma – “líquido” do sangue. Nele encontram-se os anticorpos de defesa de natureza protéica. São denominados de anticorpos naturais (ou aglutininas) pois ocorrem normalmente sem que haja imunização anterior*. Conhecer os fenótipos com seus antígenos e aglutininas é fundamental em transfusões. A incompatibilidade entre doador e receptor pode levar à morte. Reação de aglutinação - aderência das hemácias formando verdadeiros grumos. Hemácias do doador se aglutinam na circulação do receptor destruindo capilares, o que poderia ocasionar o óbito do receptor. Antígeno A Antígeno B Antígenos A e B Sem antígenos Sangue tipo A Sangue tipo B Sangue tipo AB Sangue tipo O O QUE DETERMINA A PRODUÇÃO DESSES ANTÍGENOS? • Três alelos, o que caracteriza o sistema ABO como um caso de polialelia, co-dominância e dominância. • IA. Determina a produção do antígeno A • IB. Determina a produção do antígeno B • i. não condiciona produção de antígeno (recessivo) • Relação entre os alelos IA = IB > i FENÓTIPOS E GENÓTIPOS DO SISTEMA ABO Fenótipo Genótipo Antígeno ou aglutinogênio (nas hemácias) Anticorpo ou aglutinina (no plasma) Grupo A IAIA ou IAi Antígeno A Anti-B Grupo B IBIB ou IBi Antígeno B Anti-A Grupo AB IAIB Antígenos A e B Sem anticorpos Grupo O ii Sem antígenos Anti-A e Anti-B Transfusão no sistema ABO Doador universal Receptor universal Sistema Rh • Esse sistema sanguíneo recebeu esse nome por ter sido o resultado de pesquisas feitas com uma espécie de macacos, a MACACA Rhesus (macaca reso). • Por volta de 1940, Landsteiner e Wiener , injetando sangue desse macaco em cobaias, verificaram que elas produziam anticorpos a algum antígeno do sangue do macaco. Sistema Rh • Trata-se de outro sistema de tipagem sanguínea, baseado na presença ou ausência de um outro antígeno na membrana da hemácia: O FATOR Rh. • Tratando-se de outro antígeno, evidentemente, estão envolvidos outros genes. Neste caso, os genes são R e r, com dominância, seguindo o modelo mendeliano de 1ª Lei. • Indivíduos RR ou Rr produzem o fator, sendo, portanto, Rh+. Não produzem anticorpos anti-Rh. • Indivíduos rr, não produzem o fator, sendo, portanto, Rh-. Produzirão anticorpos anti-Rh, se sensibilizados. Fator Rh Proteína encontrada nas hemácias que pode agir como antígeno se for inserida em indivíduos que não a possuam. Rh+ indivíduos que possuem a proteína. Rh- indivíduos que não possuem a proteína. Fenótipos Genótipos Rh+ RR ou Rr Rh- rr Observação importante: Os anticorpos anti-Rh não existem naturalmente no plasma das pessoas Rh negativas (Anticorpos imunes). Somente são produzidos em decorrência de uma sensibilização anterior. Exemplo: rompimento de vasos sanguíneos da placenta, podendo ocorrer a passagem de sangue do filho (Rh+) para a circulação da mãe (Rh-). A mãe começará a produzir anti Rh. Doença hemolítica do recém nascido - Eritroblastose Fetal Condição: pai Rh+, mãe Rh- e filho Rh+. 1) Mãe Rh- é sensibilizada (exposta ao fator Rh por uma transfusão ou primeira gestação de filho Rh +) 2) Mãe começa a produzir anti Rh 3) Em uma segunda gestação de filho Rh +, os anti Rh produzidos passarão através da placenta atingindo o sangue da criança Rh+. Ocorrerá a destruição das hemácias do feto (icterícia, anemia hemolítica, insuficiência hepática, hepatoesplenomegalia e liberação de eritroblastos). Procedimento após o parto: administração de injeção intravenosa com anticorpos anti-Rh que provocarão a destruição das hemácias fetais presentes na circulação sangüínea materna. Sistema MN • Dois antígenos nas hemácias: antígeno M e antígeno N (alelos codominantes) Grupo (Fenótipo) Genes Genótipos M LM LM LM N LN LN LN MN LM e LN LMLN ± não é muito importante para transfusões de sangue (sensibilização é praticamente nula) com produção muito baixa de anticorpos. Porém pode ser importante na exclusão de paternidade.
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