Aula 7

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Legislação Aduaneira
Aula 7 - O Entreposto Aduaneiro, o Depósito
Especial e a Loja Franca
INTRODUÇÃO
Já sabemos que o objetivo dos Regimes Aduaneiros Especiais é permitir a entrada ou a saída de mercadorias do
território aduaneiro brasileiro com suspensão, isenção ou até, redução de tributos. 
Outra característica é facilitar as operações dos exportadores e importadores, incentivando o desenvolvimento de
determinadas regiões do país ou de setores especí�cos da economia. 
Além disso, melhorar a competitividade de seus produtos e, consequentemente, aumentar a balança comercial com o
ingresso de divisas devido ao aumento das exportações. 
Vamos conhecer mais algumas destas formas de incentivar o comércio exterior brasileiro? 
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Nesta aula, trataremos das diversas formas de entrepostar produtos, os vários depósitos especiais e de um Regime
Especial dedicado aos viajantes internacionais. 
Vamos começar?
OBJETIVOS
Reconhecer o Entreposto Aduaneiro: seus objetivos e funcionalidade. O Entreposto Aduaneiro na Importação,
Exportação e Industrial.
Identi�car os diversos Depósitos Especiais: seus objetivos e legislação especí�ca.
Compreender o Regime Aduaneiro Especial denominado Loja Franca
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O ENTREPOSTO ADUANEIRO: SEUS OBJETIVOS E FUNCIONALIDADES.
O ENTREPOSTO ADUANEIRO NA IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E
INDUSTRIAL
O Regime Especial de Entreposto Aduaneiro na importação e na exportação permite o armazenamento de mercadorias,
sob o controle �scal, em recintos alfandegados de uso público, com suspensão dos tributos incidentes (impostos
federais, Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação).
Este regime permite aos empresários que as mercadorias depositadas (armazenadas), ainda sem os impostos pagos,
possam ser submetidas às seguintes operações:
Exposição,
demonstração e
testes de
funcionamento.
Industrialização nas
suas diversas
modalidades.
Manutenção ou
reparo.
Praticamente todos os países utilizam este tipo de regime aduaneiro especial porque confere agilidade e custos
reduzidos aos empresários locais.
Os impostos só necessitam ser pagos quando ocorrer a circulação econômica dos bens, mediante a venda ou
transferência para terceiros, por exemplo.
Essas operações permitem melhor alocação dos recursos, sem necessidade de se “estocarem tributos” junto com as
mercadorias, dando: 
• maior liquidez às operações e capital de giro; 
• condições para a competitividade e 
• lucratividade nos negócios.
ENTREPOSTO ADUANEIRO NA IMPORTAÇÃO
Os Recintos Alfandegados de uso público são a base operacional do entreposto aduaneiro na importação onde os
produtos �cam armazenados com a suspensão dos impostos. 
Tais recintos, normalmente, �cam dentro dos Portos Secos na Zona Secundária.
Atenção
, Não podemos confundir:, ,
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RECINTO ALFANDEGADO REGIME ADUANEIRO
É, simplesmente, um local.
É o tratamento que se dá, por força
legal, ao material que entra ou sai
do país.
O regime permite a permanência de mercadoria estrangeira nas seguintes hipóteses:
• Bens de natureza técnica ou cultural destinados a feiras, congressos, mostras ou eventos semelhantes, realizados em
recinto de uso privativo, previamente alfandegado para esse �m, por período que alcance não mais que os 30 dias
anteriores e os 30 dias posteriores aos �xados para início e término do evento, que poderão ser, excepcionalmente,
acrescidos de até 60 dias, mediante justi�cativa; 
• Mercadorias armazenadas em instalações portuárias de uso privativo misto, de acordo com as normas da Receita
Federal do Brasil. 
• Plataformas destinadas à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural em construção ou conversão no país,
contratadas por empresas sediadas no exterior; 
• Estaleiros navais ou em outras instalações industriais localizadas à beira-mar, destinadas à construção de estruturas
marítimas, plataformas de petróleo e módulos para plataformas. 
Quando se tratar de industrialização de produtos, poderão ser utilizados recintos em áreas especí�cas que apresentem
vantagens logísticas ao processo: 
• aeroporto industrial; 
• plataforma portuária industrial; 
• porto seco industrial. 
De uma forma simpli�cada, a própria fábrica pode ser instalada dentro dos recintos alfandegados permitindo a
importação dos insumos, partes e peças com a transferência imediata para a linha de produção, reduzindo custos no
transporte, riscos e atrasos.
QUEM SÃO OS BENEFICIÁRIOS DO REGIME DE ENTREPOSTO
ADUANEIRO NA IMPORTAÇÃO?
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O promotor do evento,
no caso feiras,
congressos, mostras ou
eventos semelhantes;
A empresa contratada
por pessoa jurídica
sediada no exterior que
opera as plataformas
destinadas à pesquisa
e lavra de jazidas de
petróleo e gás natural
ou aquela que
administra os estaleiros
navais ou outras
instalações industriais
localizadas à beira-mar;
O consignatário da
mercadoria
entrepostada, nos
demais casos.
 As mercadorias admitidas no regime poderão ser importadas com ou sem cobertura cambial e poderão ser
nacionalizadas com posterior despacho para consumo ou exportação, pelo consignatário ou pelo adquirente.
 O prazo de permanência no regime de entreposto aduaneiro na importação é de até 1 ano, prorrogável por período
não superior, no total, a 2 anos, contados da data do desembaraço aduaneiro de admissão. Em situações especiais,
poderá ser concedida nova prorrogação, respeitado o limite máximo de 3 anos.
 Quando o regime for concedido a empresas que explorem jazidas minerais ou a construção de estruturas navais,
será pelo prazo previsto no contrato �rmado com o cliente estrangeiro.
 Nos casos de entreposto aduaneiro especí�co para plataformas de petróleo ou estaleiros navais e instalações
semelhantes, se ocorrer rescisão de contrato ou sua não prorrogação, por motivos alheios à vontade do bene�ciário, a
Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá autorizar a permanência das mercadorias no regime até que haja
formalização de novo contrato com empresa sediada no exterior.
 Será limitado ao prazo de até 2 anos, contado da data de rescisão ou do termo �nal do prazo de vigência não
prorrogado.
 A Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá estabelecer restrições operacionais ao regime enquanto não
formalizado novo contrato, com o mesmo ou com novo contratante.
Após o término do contrato do regime, a mercadoria entrepostada deverá ter uma das seguintes destinações, no prazo
de 45 dias, sob a pena de ser considerada abandonada: 
• Despacho para consumo; 
• Reexportação; 
• Exportação; 
• Transferência para outro regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais.
O ENTREPOSTO ADUANEIRO NA EXPORTAÇÃO
Depois de conhecermos o Entreposto Aduaneiro na Importação, �ca mais fácil, entendermos o da Exportação. 
Esse Regime Especial permite a armazenagem de mercadoria destinada à exportação, nas modalidades: 
• COMUM, em recinto de uso público, com suspensão do pagamento dos impostos federais ou 
• EXTRAORDINÁRIO, em recinto de uso privativo, quando se tratar de empresas comerciais exportadoras, também
conhecidas comotrading companies, com direito à utilização dos benefícios �scais e de incentivo à exportação antes






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do embarque para o exterior. 
O entreposto aduaneiro na exportação subsiste nas modalidades:
Regime comum
A partir da data da entrada da mercadoria na unidade de armazenagem;
Regime extraordinário
A partir da data da saída da mercadoria do estabelecimento do produtor-vendedor.
O regime extraordinário tem como objetivo favorecer o exportador que poderá usar os incentivos �scais da operação
antes da saída dos bens do país, desde que tenham sido enviados para o local do entreposto. 
Trata-se de uma antecipação de benefícios sob a condição ulterior à efetiva exportação.
A mercadoria poderá permanecer no regime de entreposto aduaneiro na exportação pelo prazo de:
1 ANO
Prorrogável por período não superior, no total, a 2 anos, na
modalidade de regime comum, podendo, excepcionalmente,
obter mais uma prorrogação não excedendo o limite máximo de 3
anos.
180 DIAS
Na modalidade de regime extraordinário, podendo ser admitida
no regime comum, prevalecendo o prazo deste regime (o
comum).
O bene�ciário do regime terá o prazo de 45 dias, após o encerramento do regime, para adotar uma das seguintes
providências: 
• Iniciar o despacho de exportação; 
• No caso de regime comum, reintegrá-la ao estoque do seu estabelecimento; ou 
• Em qualquer outro caso, pagar os tributos suspensos e ressarcir os benefícios �scais fruídos em razão da admissão
da mercadoria no regime.
A autoridade aduaneira que jurisdiciona o regime poderá: 
• exigir a apresentação da mercadoria submetida ao regime de entreposto aduaneiro; 
• proceder aos inventários que entender necessários, a título de auditoria das quantidades e estoques.
Em caso de extravio ou avaria de mercadoria, o depositário será responsável pelo pagamento:
Dos tributos suspensos Dos tributos que deixaram de
ser pagos
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Da multa, de mora ou de ofício, e dos
demais acréscimos legais cabíveis,
quando se tratar de mercadoria
submetida ao regime de entreposto
aduaneiro na importação, ou na
modalidade de regime comum, na
exportação.
E dos benefícios fiscais de qualquer
natureza acaso auferidos, da multa de
mora ou de ofício, e dos demais
acréscimos legais cabíveis, no caso de
mercadoria submetida ao regime de
entreposto aduaneiro, na modalidade
de regime extraordinário, na
exportação.
À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete estabelecer, mediante ato de sua competência, regras adicionais
relativamente ao regime de entreposto aduaneiro, na importação e na exportação, quanto aos requisitos e condições
para sua aplicação, natureza das operações comerciais, industrializações e outros serviços admitidos e formas de
extinção de sua aplicação.
Podemos falar do Entreposto Industrial?
RECOF – entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado 
O RECOF é o regime que permite ao seu bene�ciário importar mercadorias, com ou sem cobertura cambial, e com
suspensão do pagamento de impostos, sob controle aduaneiro informatizado, que, depois de submetidas à operação
de industrialização, sejam destinadas a exportação. 
É permitido, ainda que parte da mercadoria admitida no regime, no estado em que foi importada ou depois de
submetida a processo de industrialização, ser despachada para consumo (venda no mercado interno). 
O RECOF é um regime aduaneiro especial utilizado por empresas com patrimônio líquido mínimo de R$10 milhões para
indústrias e R$5 milhões para empresas prestadoras de serviços. 
As empresas que não atenderem a este requisito poderão ser habilitadas ao regime ou nele permanecer, desde que
mantenham garantia em favor da União, sob a forma de depósito em dinheiro, �ança bancária ou seguro aduaneiro, a
seu critério, no valor, ou equivalente à diferença entre o valor exigido e o seu patrimônio líquido. 
A �scalização das mercadorias admitidas no regime é realizada de forma individual, por estabelecimento importador
de cada empresa mediante análise das informações lançadas no sistema informatizado integrado aos respectivos
controles corporativos e �scais da empresa. 
O RECOF traz como vantagens especí�cas a agilidade e a redução dos custos relativos ao despacho aduaneiro porque
as mercadorias admitidas possuem tratamento diferenciado, proporcionando mais rapidez nos procedimentos de
importação. 
A compensação do benefício consiste, na empresa, o compromisso especí�co de exportar. Podemos dizer que o
RECOF é um regime agregado comtemplando as vantagens do Drawback e do entreposto aduaneiro. 
Como já foi comentado, parte dos produtos integrantes do regime poderá ser despachada para consumo no estado em
que foi importada ou após sofrer algum processo de industrialização. 
Os produtos que não sofrerem qualquer alteração podem ser exportados, reexportados, transferidos para outro
bene�ciário, a qualquer título, retorno ao mercado interno de mercadoria nacional, no estado em que foi admitida no
regime, ou após incorporação a produto acabado ou destruídas para extinção do regime. 
A competência para autorizar a operação do regime é da Receita Federal do Brasil, cuja habilitação deve obedecer aos
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termos, limites e a condições por ela �xadas na Instrução Normativa 1291/2012, na qual constam: 
• As mercadorias a serem admitidas no regime; 
• As operações de industrialização autorizadas; 
• O percentual de tolerância para efeito de exclusão da responsabilidade tributária do bene�ciário, no caso de perda
inevitável no processo produtivo; 
• O percentual mínimo da produção destinada ao mercado externo; 
• O percentual máximo de mercadorias importadas destinadas ao mercado interno no estado em que foram
importadas; 
• O valor mínimo de exportações anuais. 
O RECOF é um regime cujo objetivo é incentivar as exportações, permitindo assim, que os tributos incidentes na
importação sejam suspensos por um ano, podendo ser prorrogados por mais um ano. Após este período deve ser dada
à mercadoria um dos destinos já mencionados. 
Excepcionalmente, o regime poderá ser concedido por até cinco anos, mediante justi�cativa do interessado e
deferimento pelas autoridades aduaneiras. 
Após o prazo �xado para a permanência dos produtos no RECOF, se ainda existirem estoques, os impostos suspensos
deverão ser pagos com os acréscimos legais, a eles referentes. 
A admissão no regime de mercadoria importada, com ou sem cobertura cambial, terá por base Declaração de
Importação (DI) especí�ca formulada pelo importador no Siscomex. 
A admissão de mercadoria nacional terá por base a nota �scal emitida pelo fornecedor. Poderão ser admitidas no
regime mercadorias transferidas de outro regime aduaneiro especial, vedado o procedimento inverso. As mercadorias
admitidas no regime poderão ser armazenadas em:
Porto seco
Centro Logístico e
Industrial
Aduaneiro (CLIA)
que reserve área
própria para essa
finalidade
Depósito fechado do
próprio beneficiário
Os resíduos industriais remanescentes, se os houver e que não tenham utilização econômica, superiores ao limite de
tolerância, poderão ser destruídos sem a exigência dos tributos. Caso tenham utilização econômica deverão ser
despachados para consumo com o pagamento dos tributos, nas alíquotas das respectivas mercadorias, tomando-se
como base de cálculo o valor apurado em laudo especí�co.
Atualmente, o RECOF abrange: 
• produtos da indústriaaeronáutica e dos setores automobilístico, 
• informática e telecomunicações e 
• de semicondutores e componentes de alta tecnologia para estas áreas
Atenção
, A empresa bene�ciária do regime assume a condição de �el depositária das mercadorias importadas após o desembaraço
aduaneiro de acordo com os controles estabelecidos pela Receita Federal do Brasil. 
Clique aqui (galeria/aula7/docs/aula07_pdf01.pdf) para ler Novidades sobre o Recof.
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OS DIVERSOS DEPÓSITOS ESPECIAIS E SEUS OBJETIVOS
Os Depósitos Especiais estão divididos em quatro. Vamos conversar sobre cada um deles.
Depósito Especial
O regime aduaneiro de depósito especial permite a estocagem de partes, peças,
componentes e materiais de reposição ou manutenção, com suspensão do pagamento dos
impostos quando destinados a: 
• veículos; 
• máquinas; 
• equipamentos; 
• aparelhos e instrumentos, estrangeiros, nacionalizados ou não, e nacionais em que tenham
sido empregados partes, peças e componentes estrangeiros, nos casos de�nidos pelo
Ministro de Estado da Fazenda. 
 
As mercadorias admitidas no regime deverão ser importadas sem cobertura cambial e o
prazo de permanência no regime será de até cinco anos, contados da data do seu
desembaraço para admissão, salvo os casos de interesse econômico relevante. 
 
O Ministro da Fazenda poderá autorizar, excepcionalmente, a importação de bens com
cobertura cambial e com permanência superior a cinco anos. 
 
A mercadoria que se encontra sob o Regime “Depósito Especial” poderá adotar uma das
seguintes providências, para a extinção do mesmo: 
• Reexportação; 
• Exportação, inclusive quando as mercadorias forem aplicadas em serviços de reparo ou
manutenção de veículos, máquinas, aparelhos e equipamentos estrangeiros, de passagem
pelo país; 
• Transferência para outro regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais; 
• Despacho para consumo; 
• Destruição, mediante autorização do consignante, a expensas do bene�ciário do regime. 
 
O controle aduaneiro da entrada, da permanência e da saída de mercadorias será efetuado
mediante processo informatizado, com base em software desenvolvido pelo bene�ciário,
que atenda ao estabelecido em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil, à
qual deve ser assegurado o livre acesso pelo bene�ciário.
Depósito A�ançado
O regime aduaneiro especial de depósito a�ançado permite a estocagem, com suspensão
do pagamento dos impostos: 
• de materiais importados sem cobertura cambial, destinados à manutenção e ao reparo de
embarcação ou 
• de aeronave pertencentes a empresa autorizada a operar no transporte comercial
internacional, inclusive o modal rodoviário. 
 
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Os depósitos a�ançados das empresas estrangeiras de transporte marítimo ou aéreo
poderão ser utilizados inclusive para provisões de bordo. 
 
Praticamente, todas as grandes companhias aéreas internacionais que atuam no Brasil
possuem Depósitos A�ançados nos principais aeroportos. Isto facilita a oferta a bordo da
aeronave de produtos de procedência estrangeira (bebidas, alimentos) além do suprimento
de peças e sobressalentes para manutenção e reparos das próprias aeronaves, sem o
pagamento dos impostos. 
 
A autorização para empresa estrangeira operar no regime compete à autoridade aduaneira, é
condicionada à previsão em ato internacional �rmado pelo Brasil, ou quando é comprovada
a reciprocidade de tratamento no exterior, para empresas brasileiras que exerçam a mesma
atividade. 
 
O prazo de permanência dos materiais no regime será de até cinco anos, contados da data
do desembaraço aduaneiro para admissão. 
 
O controle aduaneiro da entrada, da permanência e da saída de mercadorias será efetuado
mediante processo informatizado, de acordo com os termos estabelecidos pela Receita
Federal do Brasil.
Depósito Alfandegado Certi�cado
Este regime permite considerar exportada, para todos os efeitos �scais, creditícios e
cambiais, a mercadoria nacional depositada em recinto alfandegado, vendida a pessoa
sediada no exterior, mediante contrato de entrega no território nacional e à ordem do
adquirente. 
 
Este regime contempla a “exportação sem saída dos bens do país” (a chamada exportação
�cta), utilizado como forma de incentivo à aquisição de produtos nacionais. 
 
O regime poderá ser operado em recinto alfandegado de uso público ou em instalação
portuária de uso privativo misto, atendidas as condições estabelecidas pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil. 
 
Operacionalmente, a admissão no regime ocorre com a emissão, pelo depositário, de
conhecimento de depósito alfandegado, que comprova o depósito, a tradição e a
propriedade da mercadoria. 
 
A data da emissão do conhecimento, também marca, para efeitos �scais, creditícios e
cambiais, o início da contagem do tempo de permanência da mercadoria no regime que não
poderá ser superior a um ano. 
 
Quando ocorre a extinção da aplicação do regime? 
 
Nas seguintes condições: 
• A comprovação do efetivo embarque, ou da transposição da fronteira, da mercadoria
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destinada ao exterior. 
• O despacho para consumo. 
 
A transferência para um dos seguintes regimes aduaneiros: 
• Drawback; 
• Admissão temporária, inclusive para as atividades de pesquisa e exploração de petróleo e
seus derivados (REPETRO); 
• Loja Franca; 
• Entreposto Aduaneiro; 
• RECOF.
Depósito Franco
O regime permite, em recinto alfandegado, a armazenagem de mercadoria estrangeira para
atender ao �uxo comercial de países limítrofes com terceiros países. 
 
Este regime, por envolver questões de soberania e segurança do país, será concedido
somente, quando autorizado em acordo ou convênio internacional �rmado pelo Brasil. 
 
Por exemplo: O Paraguai possui Depósitos Francos no Porto de Santos e Paranaguá, assim
as importações e exportações do Paraguai poderão ser realizadas através destes portos. A
transferência das mercadorias destes portos para o Paraguai é realizada pelo regime
Aduaneiro “Trânsito Aduaneiro” internacional. 
 
Normalmente, considerando o princípio da soberania, as mercadorias admitidas em
“Depósito Franco” não serão vistoriadas, a não ser nos casos especiais: 
• Permanência no recinto por prazo superior ao estabelecido pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil; 
• Quando houver fundada suspeita de falsa declaração de conteúdo.
O Regime Aduaneiro Especial denominado Loja Franca
É o que permite a estabelecimento instalado em Zona Primária de porto ou de aeroporto alfandegado vender
mercadoria nacional ou estrangeira a passageiro em viagem internacional, cujo pagamento poderá ser realizado em
moeda nacional ou estrangeira (inclusive cheques de viagem e cartões de crédito).
As lojas francas �cam localizadas nos recintos de embarque e desembarque dos principais aeroportos internacionais. 
O Brasil é um dos poucos países que tem lojas francas no desembarque, onde vende produtos importados com
isenção tributária, embora, já há algum tempo também venda produtos nacionais nas lojas francas de embarque para
quem sai do país.
Nos demais países, as chamadas “Duty Free Shops” ou “Free Shops”, sempre tiveram o objetivo de vender produtos de
fabricação nacional aos passageiros que deixam o país, por este motivo, as lojas se localizam no embarque de
passageiros internacionais e, em alguns casos, como já foi mencionado, também no desembarque.
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Os produtos estrangeiros importados diretamente pelos concessionários das lojas francas permanecerão com
suspensão do pagamento de tributos até a sua venda aos viajantes internacionais, momento em que o crédito
tributário será declarado isento.
Quando se tratar de aquisição de produtos nacionais, estes sairão do estabelecimento industrial ou equiparado já com
isenção de tributos, desde que seja comprovada, posteriormente, a utilização integral dos produtos no regime. 
As lojas francas também poderão receber as mercadorias nacionais submetidas ao regime de Depósito Alfandegado
Certi�cado (regime já visto anteriormente).
A importação para admissão no regime, em qualquer caso, será feita em consignação, permitindo o pagamento ao
consignante no exterior somente após a efetiva venda da mercadoria na loja franca. Este fato representa uma enorme
vantagem para o concessionário que explora o negócio, uma vez que o pagamento ao exterior só será realizado após a
efetiva venda do produto.
De acordo com a legislação vigente, poderão ser realizadas vendas, observando a regulamentação a cargo do
Ministério da Fazenda, a: 
• Tripulantes e passageiros em viagem internacional. 
• Missões diplomáticas, repartições consulares, representações de organismos internacionais de caráter permanente e
a seus integrantes e assemelhados. 
• Empresas de navegação aérea ou marítima, para uso ou consumo de bordo de embarcações ou aeronaves, de
bandeira estrangeira, aportadas no país.
OBS.: Os passageiros internacionais que desembarcam nos portos ou aeroportos do Brasil podem adquirir nas lojas
francas produtos até ao limite de US$500,00 (quinhentos dólares americanos). 
Este valor é individual e independente do limite de US$500,00 a que todos os passageiros internacionais têm direito,
em compras no exterior, trazidos como bagagem acompanhada.
Atenção
, Em 2014, a Receita Federal instituiu o Regime Aduaneiro Especial de Loja Franca de Fronteira Terrestre. Isto permite a
estabelecimentos instalados em cidade gêmea de cidade estrangeira, na linha de fronteira do Brasil, vender mercadoria nacional
ou estrangeira a pessoa em viagem terrestre internacional, contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira.
O limite de valor total da isenção, para a venda de mercadoria importada em Loja Franca de Fronteira Terrestre é de
US$300,00 (trezentos dólares americanos) ou o equivalente em outra moeda, por pessoa, a cada intervalo de 1 mês.
OBS.: Existe o Regime Aduaneiro Especial chamado Loja Franca, mas o espaço onde ele é aplicado também pode ser
denominado Loja Franca (em português). Assim, há que prestar atenção quando o mesmo se refere ao regime ou ao
espaço físico onde este é aplicado.
Saiba mais
, Cidades Gêmeas: os municípios cortados pela linha de fronteira seja esta seca ou �uvial e articulada ou não por obra de
infraestrutura, que apresentem grande potencial de integração econômica e cultural. 
Recinto Alfandegado: Local declarado pela SRF sob controle aduaneiro, onde toda a movimentação de mercadoria, veículos e
pessoas se subordina às normas aduaneiras. Existem recintos alfandegados na zona primária (pátios, armazéns, terminais,
dependências de lojas francas etc.) e na zona secundária (entrepostos, depósitos, terminais, dependências alfandegadas de
remessas postais internacionais etc.).
ATIVIDADE
A empresa brasileira Mr. Carro & Acessórios pretende importar veículos de luxo blindados que além de caros, sofrem
altíssimos impostos na importação. Estes automóveis destinam-se à venda no mercado interno. 
Como os impostos são muito altos, o desencaixe é bastante elevado. Assim sendo, resolveu importá-los sob um
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regime aduaneiro especial. 
a) Como analista de comércio exterior, qual o regime que melhor atenderia a este cliente? 
b) Justi�que a sua indicação. 
c) Quando e como se extingue o regime indicado?
Resposta Correta
O Regime Especial de Entreposto Aduaneiro na importação e na exportação permite o armazenamento de mercadorias,
sob o controle �scal, em recintos alfandegados de uso público. Mencione dois dos objetivos do entreposto aduaneiro.
Resposta Correta
EXERCÍCIOS
Questão 1: O entreposto aduaneiro na importação permite a permanência de mercadoria estrangeira nas hipóteses
mencionadas. Sinalize a única opção FORA do contexto.
Bens de natureza técnica ou cultural destinados a feiras, congressos, mostras ou eventos semelhantes, realizados em recinto
de uso privativo, previamente alfandegado para esse �m.
Mercadorias armazenadas em instalações portuárias de uso privativo misto, de acordo com as normas da Receita Federal do
Brasil.
Plataformas destinadas à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural em construção ou conversão no país,
contratadas por empresas sediadas no exterior.
Navios destinados ao transporte de mercadorias em viagens de longo curso.
Estaleiros navais ou em outras instalações industriais localizadas à beira-mar, destinadas à construção de estruturas
marítimas, plataformas de petróleo e módulos para plataformas.
Justi�cativa
Questão 2: Após o término do contrato do regime “Entreposto Aduaneiro na Importação”, a mercadoria entrepostada
deverá ter um dos destinos mencionados nas opções sugeridas, no prazo de 45 dias, sob a pena de ser considerada
abandonada. Sinalize a opção que NÂO é verdadeira, dentro deste contexto.
Despacho para consumo.
Reexportação.
Reimportação.
Exportação.
Transferência para outro regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais.
Justi�cativa
Questão 3: No RECOF, parte dos produtos integrantes do regime poderá ser despachada para consumo no estado em
que foram importadas ou após sofrerem algum processo de industrialização. Os produtos que não sofrerem qualquer
alteração podem ser: 
Marque a única opção que NÃO é verdadeira.
16/11/2018 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2388103&classId=981467&topicId=2652878&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 14/14
Exportados.
Transferidos para outro bene�ciário.
Retornados ao mercado interno no estado em que foram admitidos no regime.
Destruídos para extinção do regime.
Transferência para outro regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais.
Justi�cativa
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