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APOSTILA COMPLETA INTRODUÇÃO A CIÊNCIAS DA SAÚDE 2018

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FACULDADE UNIÃO ARARUAMA DE ENSINO 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
 
Professor: Jorge Souza 
Disciplina: Introdução as Ciências da Saúde 
UNIDADE I: 
O HISTÓRICO DO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO 
Antecedentes do SUS Antes da criação do Sistema Único de Saúde 
(SUS), o Ministério da Saúde (MS), com o apoio dos estados e municípios, 
desenvolvia quase que exclusivamente ações de promoção da saúde e 
prevenção de doenças, com destaque para as campanhas de vacinação e 
controle de endemias. Todas essas ações eram desenvolvidas com caráter 
universal, ou seja, sem nenhum tipo de discriminação com relação à população 
beneficiária. Na área de assistência à saúde, o MS atuava apenas por meio de 
alguns poucos hospitais especializados, nas áreas de psiquiatria e tuberculose, 
além da ação da Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP) em 
algumas regiões específicas, com destaque para o interior do Norte e Nordeste. 
Essa ação, também chamada de assistência médico-hospitalar, era prestada à 
parcela da população definida como indigente, por alguns municípios e estados 
e, principalmente, por instituições de caráter filantrópico. Essa população não 
tinha nenhum direito e a assistência que recebia era na condição de um favor, 
uma caridade. A grande atuação do poder público nessa área se dava através do 
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) que depois passou a ser 
denominado Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social 
(INAMPS), autarquia do Ministério da Previdência e Assistência Social. O INPS 
foi o resultado da fusão dos institutos de aposentadorias e pensões (os 
denominados IAPs) de diferentes categorias profissionais organizadas 
(bancários, comerciários, industriários, dentre outros), que posteriormente foi 
desdobrado em Instituto de Administração da Previdência Social (IAPAS), 
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e Instituto Nacional de Assistência 
Médica da Previdência Social (INAMPS). Este último, tinha a responsabilidade de 
prestar assistência à saúde de seus associados, o que justificava a construção de 
grandes unidades de atendimento ambulatorial e hospitalar, como também da 
contratação de serviços privados nos grandes centros urbanos, onde estava a 
maioria dos seus beneficiários. 
A assistência à saúde desenvolvida pelo INAMPS beneficiava apenas os 
trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes, 
ou seja, não tinha o caráter universal que passa a ser um dos princípios 
fundamentais do SUS. Desta forma, o INAMPS aplicava nos estados, através de 
suas Superintendências Regionais, recursos para a assistência à saúde de modo 
mais ou menos proporcional ao volume de recursos arrecadados e de 
beneficiários existente. Portanto, quanto mais desenvolvida a economia do 
estado, com maior presença das relações formais de trabalho, maior o número de 
beneficiários e, conseqüentemente, maior a necessidade de recursos para 
garantir a assistência a essa população. Dessa forma, o INAMPS aplicava mais 
recursos nos estados das Regiões Sul e Sudeste, mais ricos, e nessas e em 
outras regiões, em maior proporção nas cidades de maior porte. Nessa época, os 
brasileiros, com relação à assistência à saúde, estavam divididos em três 
categorias, a saber: 
• Os que podiam pagar pelos serviços 
• Os que tinham direito a assistência prestada pelo INAMPS. 
• Os que não tinham nenhum direito. 
 
Pode-se verificar que proporcionalmente a Região Sudeste, mais rica, foi a 
que recebeu mais recursos e que as Regiões Norte e Nordeste, mais pobres, 
foram a que menos receberam. Esses recursos eram utilizados para o custeio 
das unidades próprias do INAMPS (Postos de Assistência Médica e Hospitais) e, 
principalmente, para a compra de serviços da iniciativa privada. Com a crise de 
financiamento da Previdência, que começa a se manifestar a partir de meados da 
década de 70, o INAMPS adota várias providências para racionalizar suas 
despesas e começa, na década de 80, a “comprar” serviços do setor público 
(redes de unidades das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde), 
inicialmente por meio de convênios. A assistência à saúde prestada pela rede 
pública, apesar do financiamento do INAMPS apenas para os seus beneficiários, 
preservou o seu caráter de universalidade da clientela. Também, nessa época, o 
INAMPS passa a dar aos trabalhadores rurais, até então precariamente 
assistidos por hospitais conveniados com o FUNRURAL, um tratamento 
equivalente àquele prestado aos trabalhadores urbanos. Mesmo com a crise que 
já se abatia sobre o INAMPS, essa medida significou uma grande melhoria nas 
condições de acesso dessa população aos serviços de saúde, particularmente na 
área hospitalar. No final da década de 80, o INAMPS adotou uma série de 
medidas que o aproximaram ainda mais de uma cobertura universal de clientela, 
dentre as quais se destaca o fim da exigência da Carteira de Segurado do 
INAMPS para o atendimento nos hospitais próprios e conveniados da rede 
pública. Esse processo culminou com a instituição do Sistema Unificado e 
Descentralizado de Saúde (SUDS), implementado por meio da celebração de 
convênios entre o INAMPS e os governos estaduais. Assim, podemos verificar 
que começava a se construir no Brasil um sistema de saúde com tendência à 
cobertura universal, mesmo antes da aprovação da Lei 8.080 (também conhecida 
como Lei Orgânca da Saúde), que instituiu o SUS. Isso foi motivado, por um lado, 
pela crescente crise de financiamento do modelo de assistência médica da 
Previdência Social e, por outro, à grande mobilização política dos trabalhadores 
da saúde, de centros universitários e de setores organizados da sociedade, que 
constituíam o então denominado “Movimento da Reforma Sanitária”, no contexto 
da democratização do país. 
 
ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO 
O sufixo “centrismo” destaca algo como central, a partir de uma determinada 
perspectiva. O radical “etn(o)”, por sua vez, corresponde à cultura. Unindo “etno” e 
“centrismo”, temos uma cultura que está no centro. Trata-se de uma perspectiva de 
compreensão da diversidade que coloca uma cultura no centro para a compreensão do 
universo plural. 
O conceito de “etnocentrismo” parte de uma lógica de interpretar as diferenças culturais 
humanas, estabelecendo critérios de superioridade e inferioridade para a classificação 
dos povos. A questão central é a estranheza que se estabelece com o encontro de duas 
ou mais referências culturais. O etnocentrismo se afirma quando há algum choque entre 
os “diferentes”; nesse contexto, surgem as ideias de “meu grupo” e de “grupo do outro” e 
a definição de categorias hierárquicas. Normalmente, o “meu grupo” é visto como o 
melhor, o superior, enquanto os outros são vistos como menores, inferiores. 
 
 
RELATIVISMO 
O relativismo cultural é essa noção que permite ver os diferentes hábitos, traços e 
valores de um indivíduo na relevância de seus valores culturais.Todas as nações 
apresentam suas crenças específicas de valores e normas culturais e étnicas. E, todos 
esses valores culturais diferem de um grupo étnico ou nacionalidade do outro. 
O relativismo cultural concede essa flexibilidade onde nenhuma cultura passa a ser 
denominada como superior ou inferior. Todos os valores, normas e traços podem ser 
vistos na relevância cultural. 
E é, perfeitamente, entendida que se um valor é apropriado para uma cultura específica, 
ele também pode ser inapropriado para outra. Assim, essa mesma noção não se 
propaga tornando-se julgadora ou áspera em relação a qualquer valor cultural e normas 
específicas. 
ANTROPOLOGIA E SAÚDE – Cultura, sa e doença 
A antropologia classicamentetem sido definida como o “estudo do ser humano”. Ela tem 
se ocupado, de maneira geral, de todos os fenômenos relacionados com o ser humano, 
suas origens, a vida em sociedade, as formas como ele se relaciona com os outros seres 
humanos e com outros grupos sociais, suas religiões, enfim, sua cultura. Na sociedade 
moderna, embora se tenha uma cultura dominante (a famosa “cultura de massa”), há 
uma série de subculturas que possuem seus próprios valores e crenças. Pertencemos a 
sociedades multiculturais, com diferentes grupos sociais convivendo muito proximamente 
e interagindo entre si. Não se pode concluir que, por pertencerem ao mesmo território, 
falarem a mesma língua, usarem roupas semelhantes, as pessoas pertençam a mesma 
cultura. Essa diversidade cultural tem exigido dos médicos de qualquer especialidade, 
mas particularmente dos profissionais que atuam em Atenção Primária à Saúde, um 
entendimento profundo sobre o contexto sociocultural dos indivíduos com os quais 
trabalham, pois se sabe que esse contexto exerce uma influencia decisiva nas 
manifestações das doenças, na busca de tratamento e na relação que as pessoas 
estabelecem com os serviços de saúde. Ha uma relação direta da cultura com o corpo, 
ou seja, são as ideias que as pessoas tem sobre o corpo que vão determinar, por 
exemplo, o que e considerado “normal” e “anormal”, sua lógica de funcionamento, suas 
comunicações internas e trocas com o meio externo e os cuidados a ele dispensados. E 
essas ideias variam de acordo com o grupo social (subcultura). A cultura e tão 
importante que e possível dizer que se “aprende a ficar doente”. Dessa forma, para 
melhor intervir sobre os indivíduos, e fundamental conhecer o universo sociocultural no 
qual estes se encontram inseridos. As ciências sociais, e mais
especificamente a antropologia, possuem ferramentas que podem auxiliar os 
profissionais da área da saúde a compreender melhor esses universos. Um conceito 
chave para esse entendimento é o de cultura. A cultura pode ser definida como um 
sistema de crenças e valores compartilhados que influenciam decisivamente o 
comportamento das pessoas. A cultura indica aos indivíduos padrões que dizem respeito 
aos modos mais apropriados de comportamento diante de diferentes situações. Alem 
disso, a cultura dá significado as praticas e pensamentos envolvidos na vida em 
sociedade. As regras que formam a cultura permitem a relação de indivíduos entre si e 
do próprio grupo com o ambiente onde vive. Assim, ela terá, por exemplo, implicações 
no gosto das pessoas, nas suas posturas corporais, na forma como as pessoas 
percebem e manipulam os seus corpos. Mesmo sem perceber, esse conjunto de noções 
é incorporado e passa a orientar a maneira como se vê o mundo e se interage com ele, a 
língua que se fala, o jeito de vestir, o que se come, como se relaciona com as outras 
pessoas, etc. Por esse motivo, e muito perigoso falar-se de uma “cultura brasileira” ou 
uma “cultura regional única”. O melhor seria dizer “culturas”, no plural. CRENCAS E 
PRATICAS SOBRE CORPO, SAUDE E DOENCA desde que a antropologia se constituiu 
como disciplina, os antropólogos se preocuparam em elucidar os aspectos relacionados 
com a saúde nos grupos sociais que estudavam, já que isso e, em geral, uma parte 
importante da dinâmica social, assim como a religião e as relações comerciais. 
Antropologia medica é a área que trata, mais especificamente, das questões vinculadas 
ao corpo, a saúde e a doença. Pode-se dizer que a antropologia medica “trata de como 
as pessoas, nas diferentes culturas e grupos sociais, explicam as causas das doenças, 
os tipos de tratamento em que acreditam e a quem recorrem se ficam doentes. Também 
é o estudo de como essas crenças e práticas estão relacionadas com as mudancas 
biológicas e psicológicas no organismo humano, tanto na saúde quanto na doenca”. Os 
estudos da antropologia médica tem ajudado, sobretudo, a relativizar valores. E 
relativizar e perceber as diferenças enquanto tal, não as colocando em uma escala 
hierárquica. Relativizar e buscar entender a diferença e o outro a partir de sua própria 
cultura. Essa e a posição contrária ao etnocentrismo, visão do mundo em que o próprio 
grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos por 
meio dos próprios valores, modelos e definições do que e a existencia. O etnocentrismo 
confronta, então, o grupo do eu com o grupo do outro, separando os dois e 
hierarquizando os grupos sociais a partir dessas diferenças, entre “bons” e “maus”, 
“cultos” e “ignorantes”, “avançados” e “atrasados”. Essa é uma noção importante
também na área da saúde, porque, sob alguns aspectos, pode-se considerar a prática 
médica como estando, em geral, muito impregnada de etnocentrismo, ou seja, muitas 
vezes, analisam-se e julgam-se os pacientes a partir da perspectiva exclusivamente 
médica, sem considerar suas crenças e valores. É evidente, então, que há perspectivas 
diferentes em relação à saúde e a doença, dependendo da cultura a qual se esta 
referindo, se do médico ou do paciente (leigo). Para dar conta dessas perspectivas 
distintas, a antropologia médica se utiliza da diferença entre as noções de disease e 
illness. Disease, que corresponderia, em português, ao termo Patologia (ou doença), é a 
visão médica da doença, isto é, a doença vista como um problema físico-biológico. E a 
forma como a experiência da doença é interpretada pelos profissionais de saúde à luz de 
seus modelos teóricos e que os orienta em seu trabalho clínico. E, portanto, uma 
definição de disfuncão, assentada em um substrato essencialmente biomédico. A noção 
de illness, que poderia ser traduzida por problema ou perturbação, refere-se ao modo 
como as pessoas percebem a sua doença, ou seja, a resposta subjetiva do indivíduo 
e/ou de sua rede de relações (familiares, amigos, vizinhos) frente à situação de doença. 
E um fenômeno que engloba aspectos individuais, sociais e culturais da experiência de 
doença. A illness contempla ainda o significado atribuído à doença, isto é, as respostas 
que o indivíduo e seu meio social dão a um conjunto de perguntas. É importante 
compreender que não existem duas formas de experienciar a doença que sejam iguais, 
ou seja, não se repete, cada pessoa experiencia o adoecimento de uma forma, não 
podendo ser, assim, generalizada. Por outro lado, a disease é o que pode ser 
generalizado, e o que as pessoas com a mesma doença apresentam em comum, são os 
critérios diagnósticos dasdoenças. 
SAÚDE E SOCIEDADE 
O Estado tem a obrigação de oferecer serviços acessíveis a toda à população e serviços 
que resolvam o problema, ou seja, eficientes. Em relação ao medicamento, além de 
garantir o acesso do medicamento à população deve garantir que este chegue à 
população com qualidade e dentro dos padrões estipulados nos regulamentos. E que 
através das fiscalizações faça se cumprir o poder de polícia das Vigilâncias Sanitárias, 
com o intuito de prevenção e não punição, para evitar as falsificações e ainda produtos 
de má qualidade no mercado, que possam causar prejuízo à saúde de uma população. 
A saúde e doença são objetos ao mesmo tempo sociais e biológicos. As pessoas são 
sadias, ficam doentes e morrem não apenas por causas biológicas, mas também por 
razõessociais. 
Em Sociologia, uma sociedade “é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, 
preocupações e costumes, e que interagem entre si”, onde estão politicamente 
organizadas partilhando objetivos comuns, dando sentido como um ser de relações, 
capaz de fazer sua própria vida. Portanto, o histórico sócio-econômico e cultural de uma 
comunidade tem relação com a determinação social das doenças. Assim, quando 
avaliamos as questõesepidemiológicas no Brasil, nos deparamos com um quadro que 
compreende doenças do atraso e do desenvolvimento, por exemplo, das parasitoses às 
doenças cérebro-vasculares, da desnutrição à obesidade, da febre amarela às 
cardiovasculares. Para isso, os serviços brasileiros de saúde devem estar organizados 
para prevenir, tratar e recuperar com a mesma eficácia estes problemas de saúde 
pública. 
É importante destacar que os determinantes sociais têm forte inter-relação, pois mantêm 
as relações de propriedade, garantem a acumulação e produzem a desigualdade. Outros 
determinantes na má qualidade de vida e de saúde da população são os diferentes 
níveis de desenvolvimento regional, o salário das classes trabalhadoras e a 
concentração deterra . 
As condições precárias de trabalhar a terra, em função dos latifúndios e ausência de 
incentivos agrícolas, produzem o inchaço populacional nas cidades. Com isso, a 
produção e a oferta de empregos na indústria, comércio e setor de serviços, são 
inversamente proporcionais à demanda. Para os que conseguem ocupação no mercado 
de trabalho, os salários são pequenos, o que impede o acesso aos bens essenciais. Esta 
desigualdade é mais freqüente nas regiões Norte e Nordeste. Daí a ocorrência dos 
piores indicadores de saúde, já que é nestas regiões que a fome, a desnutrição e a 
mortalidade infantil são, em média, duas vezes superiores às verificadas no Sul e 
Sudeste. Além de que em algumas cidades nordestinas, a esperança de vida é de até 30 
anos menor em relação às encontradas nas regiões Sul e Sudeste (ROSA,1997).A 
compreensão da relação entre saúde e sociedade é essencial para que possamos 
entender as contradições e o insucesso das políticas de saúde implantadas no Brasil, até 
omomento. 
 
CONSTRUÇÃO SOCIAL DA SAÚDE 
Nos últimos 50 anos, a construção social da doença tornou-se uma área de pesquisa 
importante no subcampo da sociologia da medicina e contribuiu significativamente para a 
compreensão das dimensões sociais da doença. Neste artigo, nós traçamos brevemente 
as raízes da abordagem construcionista social da doença e apresentamos algumas das 
descobertas-chave dessa corrente sociológica, organizadas sob três temas: o significado 
cultural da doença, a experiência da doença como socialmente construída e o saber 
médico como socialmente construído. Complementarmente, apontamos as implicações 
centrais para políticas de saúde de cada uma dessas descobertas e diretrizes 
proveitosas para pesquisas relevantes a essas políticas sob uma tradição construcionista 
social. O construcionismo social é um arcabouço conceitual que enfatiza os aspectos 
culturais e históricos de fenômenos amplamente considerados exclusivamente naturais. 
A ênfase é dada ao modo como os significados dos fenômenos não estão 
necessariamente inerentes a esses fenômenos em si, e sim como se desenvolvem 
através de interações dentro de um contexto social. Em outras palavras, o 
construcionismo social examina como indivíduos e grupos contribuem para a produção 
da realidade social percebida e do conhecimento (BERGER; LUCKMANN, 1966). Uma 
abordagem construcionista social da doença está arraigada na distinção conceitual 
largamente reconhecida entre enfermidade (disease) – condição biológica –e doença 
(illness) – significado social dessa condição (EISENBERG,1977). Embora haja críticas e 
limitações referentes a essa distinção (TIMMERMANS; HAAS, 2008), ela é, ainda assim, 
uma ferramenta conceitual extraordinariamente útil. 
Conforme observamos, certas doenças passam a ter significados culturais que não são 
redutíveis à biologia, e esses significados sobrecarregam ainda mais os indivíduos 
afligidos. Em um plano geral, os insights dessa linha de pesquisa sugerem um 
deslocamento de ênfase, distanciando-se de um foco exclusivo, no tratamento biomédico 
de indivíduos e aproximando-se de uma mudança no contexto social e cultural que dá a 
determinadas doenças seu significado negativo. Por exemplo, há implicações para 
políticas de saúde tanto no caso das doenças estigmatizadas, quanto no das 
contestadas. As primeiras podem fazer com que uma doença seja muito mais difícil de 
ser tratada e administrada. Se uma doença como a epilepsia ou o HIV/AIDS possui um 
estigma poderoso, ele pode fazer com que as pessoas sintam-se desestimuladas a 
procurar tratamento, por medo de maus-tratos por parte dos atendentes de saúde e de 
ser publicamente associado a uma condição degenerada. Mulheres obesas relatam 
evitar exames ginecológicos de rotina, apesar de possuírem taxas mais elevadas de 
cânceres ginecológicos do que mulheres não-obesas, devido ao estigma da obesidade e 
as correspondentes atitudes negativas de profissionais de saúde em relação a pessoas 
acima do peso (AMY et al., 2006). Por essa razão, uma política de saúde efetiva, 
baseada na triagem precoce do câncer, teria que superar essa barreira. No caso das 
doenças contestadas, o fato de os sintomas dos portadores não serem prontamente 
associados a uma anormalidade biomédica discernível muitas vezes dificulta que eles 
tenham seus sintomas reconhecidos ou tratados, e levanta suspeitas de que seus 
problemas estejam “todos em suas cabeças”. Alguns médicos recusam-se a tratar 
pacientes diagnosticados com doenças contestadas e algumas companhias de seguro 
de saúde não arcam com tais tratamentos. Por outro lado, os desejos dos pacientes por 
um diagnóstico médico que confirme que seus sintomas são “reais” frequentemente 
levam a uma demanda excessiva por procedimentos diagnósticos desnecessários e 
custosos. Frente a essa situação, as organizações de saúde podem considerar que 
fornecer o diagnóstico de uma doença contestada e paliativos baratos aos pacientes é o 
meio mais efetivo de conter gastos. Em consequência, há preocupações reais de que 
esses diagnósticos estariam sendo excessivamente usados para lidar com pacientes 
difíceis e potencialmente caros (BARKER, 2005). 
 
UNIDADE II 
 
Os estados de saúde e seus determinantes sociais: Relação ciência saúde. 
 
As diversas definições de determinantes sociais de saúde (DSS) expressam, com maior 
ou menor nível de detalhe, o conceito atualmente bastante generalizado de que as 
condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos da população estão 
relacionadas com sua situação de saúde. Para a Comissão Nacional sobre os 
Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), os DSS são os fatores sociais, econômicos, 
culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência 
de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. A comissão homônima da 
Organização Mundial da Saúde (OMS) adota uma definição mais curta, segundo a qual 
os DSS são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham. Nancy Krieger 
(2001) introduz um elemento de intervenção, ao defini-los como os fatores e 
mecanismos através dos quais as condições sociais afetam a saúde e que 
potencialmente podem ser alterados através de ações baseadas em informação. Tarlov 
(1996) propõe, finalmente, uma definição bastante sintética, ao entendê-los como as 
características sociais dentro das quais a vida transcorre. 
As diversas definições de determinantes sociais de saúde (DSS) expressam, com maior 
ou menor nível de detalhe, o conceito atualmente bastante generalizado de que as 
condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos da população estão 
relacionadas com sua situação de saúde. Para a Comissão Nacional sobre os 
Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), os DSS são os fatores sociais, econômicos, 
culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência 
de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. A comissão homônimada 
Organização Mundial da Saúde (OMS) adota uma definição mais curta, segundo a qual 
os DSS são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham. Nancy Krieger 
(2001) introduz um elemento de intervenção, ao defini-los como os fatores e 
mecanismos através dos quais as condições sociais afetam a saúde e que 
potencialmente podem ser alterados através de ações baseadas em informação. Tarlov 
(1996) propõe, finalmente, uma definição bastante sintética, ao entendê-los como as 
características sociais dentro das quais a vida transcorre. 
“Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a 
ausência doença” (OMS). 
“Ciência é o corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, 
identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e 
formulados metódica e racionalmente”. 
 
RELAÇÃO ESTADOS E SOCIEDADES NA SAÚDE 
Tantas vezes citado, o conceito adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 
1948, longe de ser uma realidade, simboliza um compromisso, um horizonte a ser 
perseguido. Remete à ideia de uma “saúde ótima”, possivelmente inatingível e utópica já 
que a mudança, e não a estabilidade, é predominante na vida. Saúde não é um “estado 
estável”, que uma vez atingido possa ser mantido. A própria compreensão de saúde tem 
também alto grau de subjetividade e determinação histórica, na medida em que 
indivíduos e sociedades consideram ter mais ou menos saúde dependendo do momento, 
do referencial e dos valores que atribuam a uma situação. Diversas tentativas vêm sendo 
feitas a fim de se construir um conceito mais dinâmico, que dê conta de tratar a saúde 
não como imagem complementar da doença e sim como construção permanente de 
cada indivíduo e da coletividade, que se expressa na luta pela ampliação do uso das 
potencialidades de cada pessoa e da sociedade, refletindo sua capacidade de defender 
a vida. Assumido o conceito da OMS, nenhum ser humano (ou população) será 
totalmente saudável ou totalmente doente. Não se pode compreender ou transformar a 
situação de saúde de um indivíduo ou de uma coletividade sem levar em conta que ela é 
produzida nas relações com o meio físico, social e cultural. Intrincados mecanismos 
determinam as condições de vida das pessoas e a maneira como nascem, vivem e 
morrem, bem como suas vivências em saúde e doença. Entre os inúmeros fatores 
determinantes da condição de saúde, incluem-se os condicionantes biológicos (idade, 
sexo, características pessoais eventualmente determinadas pela herança genética), o 
meio físico (que abrange condições geográficas, características da ocupação humana, 
fontes de água para consumo, disponibilidade e qualidade dos alimentos, condições de 
habitação), assim como o meio socioeconômico e cultural, que expressa os níveis de 
ocupação e renda, o acesso à educação formal e ao lazer, os graus de liberdade, 
hábitos e formas de relacionamento interpessoal, a possibilidade de acesso aos serviços 
voltados para a promoção e recuperação da saúde e a qualidade da atenção por eles 
prestada. 
O conceito de “Cidade Saudável”, originado no Canadá na década de 80, serve hoje 
como parâmetro para nortear projetos de saúde que vêm se desenvolvendo em diversas 
partes do mundo, a partir da sua incorporação pela OMS. Considera-se que uma 
“Cidade Saudável” deve ter: 
• Uma comunidade forte, solidária e constituída sobre bases de justiça social, na 
qual ocorre alto grau de participação da população nas decisões do poder público; 
• Ambiente favorável à qualidade de vida e saúde, limpo e seguro; satisfação das 
necessidades básicas dos cidadãos, incluídos a alimentação, a moradia, o trabalho, o 
acesso a serviços de qualidade em saúde, à educação e à assistência social; 
• Vida cultural ativa, sendo promovidos o contato com a herança cultural e a 
participação numa grande variedade de experiências; 
• Economia forte, diversificada e inovadora. 
No Brasil, na última década, vem se incorporando progressivamente à cultura e à 
legislação a concepção do Artigo 196 da constituição federal de 1988. “A saúde é direito 
de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que 
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Entretanto, 
as políticas públicas para o setor favorecem a cultura de que a saúde se concretiza 
mediante o acesso a serviços, particularmente ao tratamento médico. A implementação 
de modelos centrados em hospitais, em consultas médicas e no incentivo ao consumo 
abusivo de medicamentos vem resultando, historicamente, numa atenção à saúde 
baseada principalmente em ações curativas, desencadeadas apenas quando uma 
doença já está instalada e o indivíduo precisa de socorro. Um passo importante foi dado 
ao se promulgar a Constituição de 1988, que prevê a implantação do Sistema Único de 
Saúde (SUS). Conforme definido em lei, o SUS tem caráter público, é formado por uma 
rede de serviços regionalizada, hierarquizada e descentralizada, com direção única em 
cada esfera de governo e sob controle dos usuários por meio da participação popular 
nas Conferências e Conselhos de Saúde. A concepção abrangente de saúde assumida 
no texto constitucional aponta para “uma mudança progressiva dos serviços, passando 
de um modelo assistencial, centrado na doença e baseado no atendimento a quem 
procura, para um modelo de atenção integral à saúde, onde haja incorporação 
progressiva de ações de promoção e de proteção, ao lado daquelas propriamente ditas 
de recuperação”. A Constituição legitima o direito de todos, sem qualquer discriminação, 
às ações de saúde, assim como explicita o dever do poder público em prover pleno gozo 
desse direito. Trata-se de uma formulação política e organizacional para o 
reordenamento dos serviços e ações de saúde, baseada em princípios doutrinários que 
dão valor legal ao exercício de uma prática de saúde ética, que responda não a relações 
de mercado, mas a direitos humanos: 
 Universalidade: garantia de atenção à saúde a todo e qualquer cidadão. 
 Equidade: direito ao atendimento adequado às necessidades de cada indivíduo e 
coletividade. 
 Integralidade: a pessoa é um todo indivisível inserido numa comunidade. O SUS, 
na forma como é definido em lei, segue a mesma doutrina e os mesmos princípios 
organizativos em todo o País, prevendo atividades de promoção, proteção e recuperação 
da saúde. 
Por sua vez, a Lei nº 8.080/90 define que a saúde tem como fatores determinantes e 
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio 
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e 
serviços essenciais. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pelaConstituição Federal de 1988 e 
regulamentado pelas Leis n.º 8080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e nº 8.142/90, com a 
finalidade de alterar a situação de desigualdade na assistência à Saúde da população, 
tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão. 
 
UNIDADE III 
POLITICAS PÚBLICAS NA SAÚDE 
As políticas públicas podem ser definidas como conjuntos de disposições, medidas e 
procedimentos que traduzem a orientação política do Estado e regulam as atividades 
governamentais relacionadas às tarefas de interesse público. São também definidas 
como todas as ações de governo, divididas em atividades diretas de produção de 
serviços pelo próprio Estado e em atividades de regulação de outros agentes 
econômicos. As políticas públicas em saúde integram o campo de ação social do Estado 
orientado para a melhoria das condições de saúde da população e dos ambientesnatural, social e do trabalho. Sua tarefa específica em relação às outras políticas 
públicas da área social consiste em organizar as funções públicas governamentais para 
a promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da coletividade. No 
Brasil, as políticas públicas de saúde orientam-se desde 1988, conforme a Constituição 
Federal promulgada neste ano, pelos princípios de universalidade e equidade no acesso 
às ações e serviços e pelas diretrizes de descentralização da gestão, de integralidade do 
atendimento e de participação da comunidade, na organização de um sistema único de 
saúde no território nacional. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, 
ao adotar o modelo de seguridade social para assegurar os direitos relativos à 
previdência, saúde e assistência social, determina que a saúde é direito de todos e dever 
do Estado. 
As ações do Estado são definidas por leis ou por atos de governo, que visam às 
execuções de tarefas de interesse público e que se realizam pela administração pública. 
Esse ordenamento da sociedade com base em um sistema jurídico que garanta as 
liberdades fundamentais faz surgir o Estado de direito e esse mesmo ordenamento com 
base em um sistema de proteção social que garanta o acesso a direitos como 
a saúde, educação, habitação, entre outros, como direitos de todo cidadão). 
Existem duas teorias que procuram dar conta do conceito de sociedade: a teoria 
organicista, cujas origens podem ser encontradas desde a filosofia grega, que entende 
que o homem é um ser eminentemente social e por isso não pode viver fora da 
sociedade, entendendo o indivíduo como uma parte “orgânica” da sociedade; e a teoria 
mecanicista, que entende o homem como um ser primário que vale por si mesmo e do 
qual todos os ordenamentos sociais emanam como derivações secundárias. Para os 
primeiros, a Sociedade é definida como “o conjunto das relações mediante as quais 
vários indivíduos vivem e atuam solidariamente em ordem a formar uma entidade nova e 
superior” (BONAVIDES, p. 64). Já os mecanicistas entendem a Sociedade como um 
grupo derivado de indivíduos que buscam objetivos em comum, mas que, 
individualmente, seriam impossíveis de serem alcançados. 
Os mecanicistas criticam essa visão “biologizante” da sociedade, pois, segundo eles, na 
sociedade ocorrem fenômenos que não acham equivalente no corpo humano: as 
migrações, a mobilidade social e o suicídio, por exemplo. Além disso, dizem: as partes 
do organismo não vivem por si mesmas, sendo impossível imaginá-las fora do ser que a 
integram e nem podemos admiti-las noutra posição que não seja aquela que a natureza 
lhes determinou, bem diferente do que pode suceder com os indivíduos na sociedade. 
Qualquer que seja a visão de Sociedade, mecânica ou orgânica, é preciso fazer uma 
distinção entre Sociedade e Estado. O Estado é produto da Sociedade, mas não se 
confunde com ela. A Sociedade vem primeiro, o Estado vem depois: o estado é uma 
ordem política da Sociedade. “O estado moderno se constitui de um conjunto de 
instituições públicas que envolvem múltiplas relações com o complexo social num 
território delimitado” (RODRIGUES, 2011, p. 17), dessa forma, o Estado deve ser 
entendido como a ordem jurídica, o corpo normativo, “exterior” à Sociedade. 
As políticas públicas ocupam um lugar central no mundo dos gestores públicos, 
fornecendo-lhes potencialmente tanto a legitimidade quanto os recursos de que 
necessitam para executar suas tarefas em um alto nível de inteligência, sofisticação e 
competência. No entanto, os gestores públicos e o processo de políticas públicas 
processo de políticas públicas é, em ocasiões, repleto de irracionalidade, inconsistências 
e falta de coordenação, que podem tornar-se grandes fontes de tensão e sofrimento para 
esses agentes. Em particular, se os gestores públicos não estiverem familiarizados com 
a natureza e o funcionamento do processo de políticas, eles podem não ser capazes de 
elaborar estratégias eficazes para influenciar sua direção e garantir que resulte em um 
conjunto integrado de resultados. 
Para elaboração e prática das políticas públicas, existe um ciclo com 5 paços a serem 
seguidos, sendo ele: Formulação da agenda; formulação de políticas; tomada de 
decisões; implementação e avalição. 
A Política Pública possui dois elementos fundamentais: a) Intencionalidade pública – 
motivação para o estabelecimento de ações para tratamento ou para resolução de um 
problema; b) Problema público – diferença entre uma situação atual vivida (status quo) e 
uma situação ideal possível à realidade coletiva. 
O Ministério da Saúde é o órgão do Poder Executivo Federal responsável pela 
organização e elaboração de planos e políticas públicas voltados para a promoção, 
prevenção e assistência à saúde dos brasileiros.É função do ministério dispor de 
condições para a proteção e recuperação da saúde da população, reduzindo as 
enfermidades, controlando as doenças endêmicas e parasitárias e melhorando a 
vigilância à saúde, dando, assim, mais qualidade de vida ao brasileiro. 
A saúde pública tem por objetivo, promover a melhoria e bem-estar da saúde dos 
cidadãos. Segundo a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, Art. 2, a saúde é um 
direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições 
indispensáveis ao seu pleno exercício. 
No Brasil, a o sistema de saúde pública é o conhecido SUS (Sistema Único de Saúde). 
Foi criado em 1988, e é responsável por prestar atendimento aos mais de 180 milhões 
de brasileiros. Por ser um sistema gratuito, há uma grande parte da população que 
depende exclusivamente desse sistema para receber atendimento. O SUS oferece 
atendimento gratuito em qualquer posto de saúde, hospitais públicos, clínicas, e todos os 
outros estabelecimentos de saúde do governo. Além disso, o cidadão tem direito a 
medicamentos gratuitos, internações, transplantes e diversas outras coisas. Porém, 
como há uma grande demanda, tudo isso só é possível com agilidade, se o governo 
investir todas as verbas corretamente. 
Exemplos de Políticas Públicas brasileiras, abaixo seguem duas listas de política 
públicas nacionais, divididas em: 
*Regulamentadas em legislações específicas: 
a) Política Nacional do Meio Ambiente - Lei Federal n.º 6.938/1981 
b) Política Nacional de Recursos Hídrico - Lei Federal nº 9.433/1997 
c) Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – Lei Federal nº 12.305/2010 
d) Política Nacional de Educação Ambiental – Lei Federal nº 9.795/1999 
e) Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) – Decreto Federal nº 
6.047/2007 
f) Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) – Lei Federal 12.608/2012 
 g) Política Nacional do Idoso - Lei Federal nº 8.842/1994 
h) Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas – Decreto Federal nº 
5.948/2006 
i) Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Lei Federal 
nº 7.853/1989 
 j) Política Nacional de Cultura Viva - Lei nº 13.018/2014 k) Política Nacional Sobre 
Drogas - Resolução nº3/GSIPR/CH/CONAD/2005 
 l) Política Nacional de Desenvolvimento Urbano – Resoluções da 2a Conferência 
Nacional das Cidades/2005 Políticas Públicas: conceitos básicos 8 
*Não regulamentadas em legislação específica: a) Política Nacional de Assistência 
Social – 2004 
b) Política Nacional de Enfretamento à Violência contra as Mulheres – 2011 
c) Política Nacional de Educação Infantil d) Política Nacional de Saúde Bucal – 2004 
e) Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva – 2007 
f) Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão da Saúde - 2004 
g) Política Nacional de Controle do Tabaco – 2005h) Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) i) Política Nacional de Assistência 
Técnica e Extensão Rural - 2004 
j) Política Nacional de Educação Popular em Saúde no Sistema. Único de Saúde - 2012 
k) Política Nacional de Habitação - 2004 
l) Política Nacional de Juventude -2010 
 
MOVIMENTOS SOCIAIS E SAÚDE COLETIVA 
Movimento social se refere à ação coletiva de um grupo organizado que objetiva 
alcançar mudanças sociais por meio do embate político, conforme seus valores e 
ideologias dentro de uma determinada sociedade e de um contexto específicos, 
permeados por tensões sociais. 
As lutas populares que elegeram a saúde como objeto de reivindicação podem ser 
situadas, em várias cidades brasileiras, desde fins da década de 70. Os movimentos 
sociais têm tido historicamente um papel muito importante na saúde, como a própria 
contribuição na construção do Sistema Único de Saúde – SUS. Estes se caracterizam 
pela busca de visibilidade dos problemas de desigualdade e da injustiça vigentes na 
sociedade, assim como pela luta por projetos, significados e orientações. É composto 
por formas de organização e de lutas bastante diversas e heterogêneas, congregando 
múltiplos modos de operar na relação com o Estado e com a sociedade. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do 
mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de 
órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. 
Amparado por um conceito ampliado de saúde, o SUS foi criado, em 1988 pela 
Constituição Federal Brasileira, para ser o sistema de saúde dos mais de 180 milhões de 
brasileiros. Um dos maiores movimentos sociais da história da saúde pública no Brasil, 
foi o encontro que ocorreu em Brasília no ano de 1986, a VIII conferência Nacional de 
Saúde para a votação da criação deste sistema de saúde, estavam presente 
sindicalistas de vários setores, profissionais da área de saúde, bem como representantes 
da população. Assim, podemos verificar que começava a se construir no Brasil um 
sistema de saúde com tendência à cobertura universal, mesmo antes da aprovação da 
Lei 8.080 (também conhecida como Lei Orgânica da Saúde), que instituiu o SUS. Isso foi 
motivado, por um lado, pela crescente crise de financiamento do modelo de assistência 
médica da Previdência Social e, por outro, à grande mobilização política dos 
trabalhadores da saúde, de centros universitários e de setores organizados da 
sociedade, que constituíam o então denominado “Movimento da Reforma Sanitária”, no 
contexto da democratização do país. 
Sabe-se que a implantação de um sistema público de saúde no Brasil, envolvendo os 
prestadores de serviços de entidades estatais, filantrópicas e privadas contratadas, 
acarretou, devido à crise fiscal do Estado e à deterioração da qualidade do atendimento, 
o fortalecimento do setor privado autônomo. Diferenciou-se, em consequência, a 
demanda social por saúde, excluindo-se da atenção do sistema público as camadas 
mais bem pagas do proletariado urbano. 
Para simplificar os termos de uma questão razoavelmente complexa, considere-se que 
as políticas sociais, em especial na área da saúde, expandiram-se fundamentalmente 
com base na capacidade contributiva dos trabalhadores. Mas tal capacidade foi a 
persiste sendo desigual. As camadas mais bem pagas, ligadas aos setores "dinâmicos" e 
"modernos" da economia, sustentaram os fundos indispensáveis para o atendimento das 
camadas mais mal remuneradas dos trabalhadores, tanto nas cidades como no campo. 
E aquelas camadas mais bem pagas estabeleceram, historicamente, uma relação 
“adversa” com o sistema público de saúde: passaram a privilegiar e utilizar os convênios 
com empresas médicas, descrendo de qualquer capacidade dos serviços públicos de 
contemplar suas necessidades. 
Para esta camada social, o mercado passou a ter um papel central na provisão de 
diferentes tipos de seguro de saúde, papel intermediado pelos acordos sindicais com os 
empregadores. O seguro de saúde "com cobertura sindical" é, segundo Navarro (1993), 
um dos mecanismos que promovem divisões na classe trabalhadora. 
O conceito de saúde coletiva é o efeito das interações socioeconômicas de uma 
sociedade com o ambiente e o quanto isso pode influir a salubridade de uma região ou 
comunidade. Ao contrário das demais áreas de saúde que tendem a possuir um caráter 
de tratamento, a saúde coletiva tem como objetivo principal prevenir o desenvolvimento 
ou a disseminação de patologias e demais problemas de saúde por meio da implantação 
de perfis sanitários condizentes com a cultura e a necessidade de uma região. A saúde 
coletiva é formada pelas ciências sociais e humanas em saúde; epidemiologia, política e 
planejamento. 
Define-se, então, a Saúde Coletiva como uma área do saber que toma como objeto 
as necessidades sociais de saúde (e nãoapenas as doenças, os agravos ou os riscos) 
entendendo a situação de saúde como um processo social (o processo saúde-doença) 
relacionado à estrutura da sociedade e concebendo as ações de atenção à saúde como 
práticas simultaneamente técnicas e sociais. 
 
CIDADANIA 
Cidadania é uma condição de cada indivíduo que nasce em um país, tendo ele ou ela de 
seguir regras, regimes, diretrizes, bem como, possuindo o direito de vir e ir dentro das 
normas estabelecidas do país. São os direitos e deveres de cada um.Todo ser humano 
natural do Brasil, deve seguir as seguintes diretrizes para ser um bom cidadão. 
 Cumprir as leis do país. 
 Respeitar as sinalizações de trânsito. 
 Votar. 
 Respeitar os direitos sociais de outras pessoas. 
 Proteger o meio ambiente. 
 Ser colaborativo com as autoridades. 
 
 
SAÚDE PÚBLICA 
Saúde Pública é o conjunto de medidas executadas pelo Estado para garantir o bem-
estar físico, mental e social da população. 
Em nível internacional, a saúde pública é coordenada pela Organização Mundial de 
Saúde 
OMS, composta atualmente por 194 países. O órgão consiste em uma agência 
especializada da ONU (Organização das Nações Unidas) que trabalha lado a lado com o 
governo dos países para aprimorar a prevenção e o tratamento de doenças, além de 
melhorar a qualidade do ar, da água e da comida. 
Além do contexto político-administrativo, a saúde pública também é o ramo da ciência 
que busca prevenir e tratar doenças através da análise de indicadores de saúde e sua 
aplicação nos campos da biologia, epidemiologia e outros campos relacionados. 
A saúde pública tem por objetivo, promover a melhoria e bem-estar da saúde dos 
cidadãos. Segundo a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, Art. 2, a saúde é um 
direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições 
indispensáveis ao seu pleno exercício. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do 
mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de 
órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. 
Amparado por um conceito ampliado de saúde, o SUS foi criado, em 1988 pela 
Constituição Federal Brasileira, para ser o sistema de saúde dos mais de 180 milhões de 
brasileiros. 
A Lei nº 8.080/90, 19 de setembro de 1990, foi sancionada pelo presidente da República, 
Sr. Fernando Collor, e decretada pelo Congresso Nacional, foi publicada no Diário Oficial 
da União em 20 de setembro de 1990. 
A Lei dispõem das condições para a promoção e recuperação da saúde, a organização e 
o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Vigorando em 
todo território nacional, para qualquer ação ou serviços de saúde realizado por pessoasou empresas. 
Todos os Seres Humanos têm direito a prestação dos serviços de saúde básica e de 
especialidades, sendo esse fornecido pelo Estado. O dever do Estado de garantir a 
saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à 
redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições 
que assegurem acesso universal e igualitário ás ações e aos serviços para a sua 
promoção, proteção e recuperação. Entretanto, o dever do Estado não exclui o dever 
das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 
A saúde tem como fatores determinantes a alimentação, a moradia, o saneamento 
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o 
acesso aos bens e serviços essenciais: os níveis de saúde da população expressam a 
organização social e econômicas do País, com a condição de promover o bem-
estarfísico, mental e social. 
É de competência do Sistema Único de Saúde (SUS) as ações e os serviços de saúde 
de instituições públicas federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal, das 
Administrações diretas e indiretas e Fundações mantidas pelo Poder Público. Essas 
ações têm como objetivo 
 – Identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes da saúde. 
 – Formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômicos e 
social, o dever do Estado de garantir a saúde. 
 – Assistência ás pessoas por intermediário de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, com a realização integra das ações assistenciais e das 
atividades preventivas. 
Já o campo de atuação do SUS, é a execução de ações de vigilância sanitária, 
epidemiologia, farmacêutica, de saúde do trabalhador e de assistência terapêutica 
integral, inclusive farmacêutica, a organização de políticas e ações de saneamento 
básico; sangue e hemoderivados; recursos humanos na saúde; vigilância nutricional; 
proteção ao meio ambiente; de medicamentos e insumos de interesse; de fiscalização 
(alimentos, produtos, transporte, guarda). Desenvolvimento cientifico e tecnológico. 
São necessárias comissões permanentes de integração entre os serviços de saúde e as 
instituições de ensino profissional e superior, cuja finalidade é propor prioridades, 
métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos 
do SUS. 
Cabe a União, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. Foram 
estabelecidos o atendimento domiciliar e a internação domiciliar, que são componentes 
do SUS, bem como o cumprimento obrigatório da presença, junto à parturiente, de 1 
(um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto 
imediato. 
A porta de entrada do sistema de saúde deve ser preferencialmente a atenção básica 
(postos de saúde, centros de saúde, unidades de Saúde da Família, etc.). A partir desse 
primeiro atendimento, o cidadão será encaminhado para os outros serviços de maior 
complexidade da saúde pública (hospitais e clínicas especializadas). 
Trata-se de uma formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços 
e ações de saúde, baseada em princípios doutrinários que dão valor legal ao exercício 
de uma prática de saúde ética, que responda não a relações de mercado, mas a direitos 
humanos: 
 Universalidade: garantia de atenção à saúde a todo e qualquer cidadão. 
 Equidade: direito ao atendimento adequado às necessidades de cada indivíduo e 
coletividade. 
 Integralidade: a pessoa é um todo indivisível inserido numa comunidade. O SUS, 
na forma como é definido em lei, segue a mesma doutrina e os mesmos princípios 
organizativos em todo o País, prevendo atividades de promoção, proteção e recuperação 
da saúde. 
Os programas que antecediam ao SUS, só davam direito a atendimento médico que 
possuía carteira assinada, as pessoas que não tinham vínculos empregatícios e dinheiro 
dependiam das SantaCasa espalhadas pelo pais. A saúde era ligada com a previdência 
social o que promoveu a grande falência desse setor. 
 
Carta Magna 
Constituição é um conjunto de leis que regem um país, um governo, um estado. 
Também chamada de Carta Magna, A primeira constituição brasileira foi proclamada em 
25 de Março de 1824.Dada a relevância da redemocratização do Brasil após a 
promulgação da carta magna em 1988, assim como a valorização dos direitos humanos 
e a elevação da dignidade da pessoa humana ao cerne do texto constitucional. 
A Constituição de 1988. É a que rege o país até os dias de hoje. É conhecida como a 
“Constituição Cidadã”. Promove o estado democrático, autolimitando o poder do Estado. 
Qualquer cidadão pode participar da vida política. 
A constitucionalização do direito à saúde na atual Carta Magna possui duas 
características principais: o seu reconhecimento como direito fundamental e a definição 
dos princípios que regem a política pública de saúde. 
Estudar, compreender as Constituições de nosso país faz-nos entender nossa própria 
história, a vida política de nossa nação, os direitos, os deveres, e acima de tudo, avaliar 
nosso passado faz-nos abrir os olhos, conhecer nossos direitos e defendê-los. 
O Artigo 196 da constituição Federal de 1988 dispões a saúde é direito de todos e dever 
do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do 
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e 
serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
Ainda na mesma contituição em seu artigo 198, define as ações e serviços públicos de 
saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, 
organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
1. Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
2. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo 
dos serviços assistenciais; 
3. Participação da comunidade. 
Assim a carta magna possibilitou trilhar caminhos para sancionalização do Sistema de 
Saúde brasileiro que hoje está em curso no país. 
 
Pacto Pela Vida 
O pacto pela vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades 
que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira. 
A definição de prioridades deve ser estabelecida por meio de metas nacionais, 
estaduais, regionais ou municipais. Prioridades estaduais ou regionais podem ser 
agregadas às prioridades nacionais, conforme pactuação local. Os 
estados/região/município devem pactuar as ações necessárias para o alcance das metas 
e dos objetivos propostos. 
 São seis, as prioridades pactuadas: 
1. Saúde do idoso (60 anos ou mais). 
2. Controle do câncer de colo de útero e de mama. 
3. Redução da mortalidade infantil e materna. 
4. Fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, 
com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza. 
5. Promoção da Saúde. 
6. Fortalecimento da Atenção Básica. 
 
 
Saúde Publica e Meio Ambiente 
A saúde pública é trata da proteção da saúde a nível populacional. Neste sentido, 
procura melhorar as condições de saúde das comunidades através da promoção de 
estilos de vida saudáveis, das campanhas de sensibilização, da educação e da 
investigação. 
meio ambiente é um sistema formado por elementos naturais e artificiais relacionados 
entre si e que são modificados pela acção humana. Trata-se do meio que condiciona a 
forma de vida da sociedade e que inclui valores naturais, sociais e culturais que existem 
num determinado local e momento, um ambiente limpo é essencial para a saúde e bem-
estar das pessoas. No entanto, as interacções entre a saúde humana e o ambiente são 
muito complexase difíceis de avaliar, o que torna a utilização do princípio de precaução 
especialmente útil. Os impactos na saúde mais conhecidos estão relacionados com a 
poluição atmosférica, a fraca qualidade da água e as condições sanitárias insuficientes, 
grandes influenciadoras e causadoras de doenças e agravos de saúde. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de 
doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social. A VIII 
Conferência Nacional de Saúde Pública, realizada em 1986, marco importante na 
discussão no Brasil da relação saúde/doença, ampliou esse conceito, incluindo na 
definição de saúde o acesso a condições de vida e trabalho, bem como o acesso 
igualitário de todos aos serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, 
colocando como uma das questões fundamentais a integridade da atenção à saúde e a 
participação social. 
O conceito de “Cidade Saudável”, originado no Canadá na década de 80, serve hoje 
como parâmetro para nortear projetos de saúde que vêm se desenvolvendo em diversas 
partes do mundo, a partir da sua incorporação pela OMS. Considera-se que uma 
“Cidade Saudável” deve ter: 
• Uma comunidade forte, solidária e constituída sobre bases de justiça social, na 
qual ocorre alto grau de participação da população nas decisões do poder público; 
• Ambiente favorável à qualidade de vida e saúde, limpo e seguro; satisfação das 
necessidades básicas dos cidadãos, incluídos a alimentação, a moradia, o trabalho, o 
acesso a serviços de qualidade em saúde, à educação e à assistência social; 
• Vida cultural ativa, sendo promovidos o contato com a herança cultural e a 
participação numa grande variedade de experiências; 
• Economia forte, diversificada e inovadora. 
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Básicos. Rio de Janeiro. 2001. 342 p. Disponível em 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sistema_saude.pdf 
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EPU. 
RIZZOTTO, M. L. F. História da Enfermagem e suas Relações com a Saúde Pública. 
Goiânia: AB, 1999. 
GARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 1986. 
GUIMARÃES, R. B. Saúde e Medicina no Brasil: contribuição para um debate. 4. ed. Rio de 
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GERMANO, R. M. Educação e ideologia da Enfermagem no Brasil (1955 – 1980) 4. ed. São 
Paulo: Yendis, 2007. 
 
WHITE, L. A. O. O conceito de cultura. Rio de Janeiro: contraponto. 2009. 
 
WELMAN, C. G. Cultura, Saúde e doença. 5. ed. Porto Alegra: ARTMED. 2009. 
 
LAPLANTINE, F. Antropologia da Doença. 3. ed. São Paulo: Martin Fonta. 2004

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