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CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE (CNEC) FACULDADE CNEC SANTO ANGELO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA – 4° SEMESTRE ÉVELIN EDUARDA MOREIRA GABRIELA SCHNEIDER GABRIELLA COPETTI SARTOR THAÍS SALDANHA LERSCH PROJETO INTEGRADOR DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) AVALIAÇÃO E ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO CINÉTICO FUNCIONAL E PLANO DE TRATAMENTO DE PACIENTES EM ATENDIMENTO NA CLÍNICA ESCOLA Santo Ângelo 2018 2 ÉVELIN EDUARDA MOREIRA GABRIELA SCHNEIDER GABRIELLA COPETTI SARTOR THAÍS SALDANHA LERSCH PROJETO INTEGRADOR 4° SEMESTRE ACOMPANHAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE UM RELATO DE CASO BASEADO NA VIVÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA Projeto integrador à(s) disciplina(s) de Cinesioterapia, Eletrotermofototerapia, Farmacologia, Hidroterapia e Semiologia Fisioterapêutica sob a orientação dos professores Carine Eloise Prestes Zimmermann, Darlene Bittencourt, Juliana Barbosa Sarturi Chiusa, Mauro Henrique Moraes Vargas e Thais do Nascimento Gomes. Santo Ângelo 2018 3 SUMÁRIO 1.CONSIDERAÇÕES INICIAIS ......................................................................................................... 4 2. DESCRIÇÃO DO PACIENTE ............................................................................................................... 6 3. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO ........................................................................................................ 7 3.1 Cinesioterapia................................................................................................................................ 7 3.2 Eletrotermofototerapia ............................................................................................................... 10 3.3 Farmacologia ............................................................................................................................... 12 3.4 Hidroterapia ................................................................................................................................ 18 3.5 Semiologia Fisioterapêutica ........................................................................................................ 21 4. PLANO DE TRATAMENTO .............................................................................................................. 25 5.CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................. 27 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 28 4 1.CONSIDERAÇÕES INICIAIS A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é definida como limitação do fluxo aéreo através da obstrução que ocorre progressivamente devido uma resposta inflamatória a partículas e gases nocivos. A inalação de partículas e gases tóxicos produz uma resposta inflamatória nos pulmões, sendo esta resposta proporcional ao total da inalação ocorrida. A inalação de fumaça do cigarro, exposições ocupacionais, fumaça de lenha e gases irritantes são os mais conhecidos como agentes produtores de DPOC. (BAGATIN, 2006.) Sendo assim a doença possui quatro estágios: O primeiro estágio (I) é considerado de gravidade leve, se caracterizando por uma leve restrição ao fluxo aéreo. O paciente apresenta uma produção crônica de expectoração seguida de tosse e nem sempre percebe o prejuízo em relação a sua função pulmonar. (OLIVEIRA,2017) O segundo estágio (II) da DPOC é descrito como moderado, definido por uma limitação média ao fluxo aéreo. Nesse estágio, o paciente possui uma maior percepção dos sintomas quando comparado ao grau leve da doença. (OLIVEIRA,2017) O terceiro estágio (III) é classificado como estágio grave e neste ocorre uma limitação mais intensa do fluxo aéreo, hipoxemia, episódios de dispneia grau 2 ou 3. A partir deste estágio, os quadros de exacerbações ocorrem com maior frequência e gravidade e a qualidade de vida do indivíduo já se encontra bastante comprometida.(OLIVEIRA,2017) O quarto estágio (IV) caracteriza-se como de maior gravidade, ocorre hipercapnia, e/ou sinais clínicos de cor pulmonale, conhecido também como insuficiência cardíaca direita. Nesse estágio, o paciente já se encontra debilitado, ocorre uma maior incapacidade quanto as tarefas da vida diária, gerando uma maior dependência e dispnéia de grau 4, sendo esse o estágio mais avançado da doença. (OLIVEIRA,2017) Os sintomas estão ligados a duas doenças que se manifestam, sendo elas, enfisema pulmonar definida como destruição da parede alveolar local onde ocorre a troca gasosa causando dispneia e bronquite crônica sendo caracterizada como a inflamação dos brônquios gerando tosse e expectoração. 5 A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma importante causa de mortalidade por doenças crônicas em todo o mundo, sendo, segundo a Organização Mundial da Saúde, a quarta principal causa de morte no mundo. A prevalência tem aumentado progressivamente nas últimas décadas e estima-se que no Brasil haja cerca de sete milhões e meio de portadores de DPOC. Contudo, o número de pacientes portadores dessa doença pode ser significativamente maior, por se tratar de uma doença silenciosa, ou seja, assintomática ou com sintomas, no início, de pouca relevância para o paciente (PAULIN, et, al , 2008) O diagnóstico clínico de DPOC deve ser considerado em pacientes com os sintomas, juntamente com a espirometria onde deve apresentar ,VEF1/CVF < 0,7 para que a limitação ao fluxo aéreo seja confirmada. (PICOLLOTO, 2016). O quadro não é reversível, mas através do tratamento farmacológico ou a reabilitação, objetiva prevenir a progressão da doença, aliviar sintomas, melhorar a tolerância ao exercício, prevenir e tratar as complicações, reduzir a mortalidade, melhorar a qualidade de vida gerando mais autonomia e desempenho físico. (IUNES FILHO; et al ,2006) Os principais objetivos deste trabalho é demonstrar a realidade do profissional fisioterapeuta no seu dia a dia, e auxiliar o desenvolvimento do acadêmico durante o curso de Fisioterapia. Ele proporciona o contato visual com diversas técnicas fisioterapêuticas de reabilitação e patologias que são atendidas pelo profissional, e que serão estudadas durante o curso de formação. 6 2. DESCRIÇÃO DO PACIENTE O paciente A.A.V.F., 75 anos, sexo masculino, farmacêutico bioquímico, casado e reside na rua Paulo Afonso Rodrigues, na cidade de Santo Ângelo, diagnosticado com DPOC moderado, é hipertenso e a queixa principal é a dispneia, sendo tratado pelo Dr. Júlio César Sarturi juntamente com os trabalhos fisioterapêuticos realizados na clínica escola de fisioterapia do CNEC-IESA. Diagnóstico de DPOC, não fuma atualmente, porém foi fumante por 45 anos, parou de fumar a 12 anos. Não é obeso, faz exercícios de pilates periodicamente. Faz uso de medicamentos como: Relvar Ellipta, Miflonide 400, Aerolin, Escitalopram 10mg, Sinvastatina, Candesartana, Anlodipino. O uso da bombinha é conforme a necessidade do paciente. Apresenta-se lúcido e independente. Apresentou exames clínicos, laboratoriais e radiográficos, no laudo médico consta para o exame radiográfico estrias na base do pulmão direito e não possui lesões consolidativas. Conduta fisioterapêutica: são realizados exercícios aeróbicos na bicicleta, sem carga por 8 minutos, cicloergômetro com 2 minutos de pausa a cada 5 minutos por 3 vezes, respiron por 10 minutos, treino de MMII com caneleira de 4kg, treino de resistência na bicicleta 5-7-10 minutos, com descanso de 4 minutos, fortalecimento de quadríceps e isquiotibiais com o uso de caneleiras de 4kg, 3 séries de 10 repetições, cicloergômetro em MMSS por 10 minutos com um intervalo de 2 minutos, flexão de ombro com bastão associado a expiração, 10 minutos de esteira, pompagem de trapézio fibras superiores, esplênio, esternocleidomastoideo e alongamentos. 7 3. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO 3.1 Cinesioterapia A utilização da terapia do movimento através de atividades físicas com finalidade terapêutica, são de grande relevância para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, pois a patologia prejudica sua qualidade de vida e condicionamento físico. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se pela obstrução ou limitação crônica do fluxo aéreo, gerando uma desvantagem mecânica, causando fraqueza muscular e recrutamento da musculatura inspiratória acessória. A disfunção muscular esquelética é uma importante manifestação extrapulmonar, que leva à diminuição da capacidade funcional. (TREVISSAN,2010) A mecânica pulmonar do DPOC é prejudicada devido à presença da hiperinsuflação pulmonar, que altera a forma e a geometria da parede torácica e leva a uma redução crônica da zona da aposição do diafragma, que tende a se retificar, prejudicando sua ação (PAULIN et al., 2003). O exercício respiratório deve ser incluído no programa de reabilitação pulmonar com o objetivo de aliviar a dispneia através da redução da hiperinsuflação dinâmica e melhora da troca gasosa, aumento da força e endurance dos músculos respiratórios e otimização do padrão toracoabdominal. (FERNANDES, 2009 apud MACHADO) Assistência ventilatória durante o exercício pode reduzir a dispneia e aumentar os efeitos do treinamento, pois transfere parte do trabalho respiratório para o ventilador. Intervalos de treinamento, intercalando curtos períodos de atividade intensa com período de atividade de baixa intensidade ou repouso, também reduzem a dispnéia e aumentam a intensidade do treinamento. (FERNANDES apud MADOR,2009). A reabilitação pulmonar aumenta a capacidade para o exercício e promove a atividade física. (OLIVEIRA, 2017 ). De acordo com Pomidori (2009, apud FERNANDES,2009 p. 71-78) para redução da dispneia as técnicas mais utilizadas são a respiração diafragmática que consiste em respirar de forma lenta e profunda, sem gerar muita força, nesse método o musculo diafragma é predominantemente utilizado. 8 Outra técnica empregada é a respiração freno labial (RFL) que é muitas vezes utilizada espontaneamente para alívio da dispneia em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A realização da técnica favorece a saída do ar dos pulmões com menor resistência, uma vez que induz pressões respiratórias na boca que previnem o colapso precoce das vias aéreas. (BARROS, 2015). Pacientes com DPOC adotam, frequentemente e inconscientemente, um estilo de vida sedentário, provavelmente devido ao estresse ocasionado pela dispneia e fadiga ao exercício. A dispneia ao exercício costuma se desenvolver gradualmente, e o paciente pode atribuí-la ao processo normal de envelhecimento. O descondicionamento físico resultante e as alterações na estrutura e função dos músculos periféricos resultam em mais dispneia e fadiga ao exercício, levando a mais sedentarismo. (OLIVEIRA, 2017). Neste sentido, o exercício físico apresenta-se como ramo mais importante no processo de reabilitação pulmonar. O exercício aeróbio e o treino de força com pesos são fundamentais no incremento de capacidade física e qualidade de vida, principalmente naqueles indivíduos que apresentam as formas moderada ou grave da DPOC. (DOURADO, 2004, p. 331-334) “ A intensidade do exercício deve ser aumentada conforme a tolerância do paciente.” (FERNANDES, 2009). Nos pacientes com DPOC, os benefícios do condicionamento aeróbio resultam em aumento da distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (TC6), na melhora do desempenho em questionários de qualidade de vida e no alívio da intolerância ao exercício. (DOURADO, 2004, p. 331-334) Os indivíduos com DPOC apresentam diminuição da força muscular. Isso ocorre porque as atividades relacionadas ao desenvolvimento da marcha são comumente evitadas em virtude da sensação de dispneia. (COSTA, 2010, p. 406- 410) As modalidades de treino de força podem ser diversas: treino de força muscular contra resistência manual do fisioterapeuta, uso de bandas elásticas, pesos livres, agachamentos ou uso de máquinas de treino isotônico. Na avaliação dos resultados do treino deverá ser escolhida a metodologia mais adequada à modalidade de treino escolhida. (O’SHEA, S. D, 2004) 9 A diminuição de força em portadores de DPOC acontece principalmente nos membros inferiores, a diminuição de força de quadríceps é significativamente maior que a perda de força de peitorais ou de grande dorsal e que, nos membros superiores. (DOURADO, 2004, p. 331-334) O treinamento de membros superiores (MMSS) visa melhorar a performance ao exercício pela diminuição da demanda ventilatória durante o trabalho de MMSS e pela melhora da resistência ao exercício. (SEVERO, 2007, p. 44-52) As atividades executadas com os membros superiores estão relacionadas à dispneia intensa porque alguns músculos do ombro são também acessórios da respiração, como, por exemplo, o peitoral maior e o grande dorsal. Quando envolvidos em outras atividades estes músculos passam a ter função diminuída na respiração e, consequentemente, o trabalho do diafragma aumenta. O treinamento para membros superiores tem o objetivo de incrementar principalmente as atividades de vida diária, que, em sua maioria, são realizadas com os braços e já mostrou benefícios no recondicionamento muscular de pacientes com DPOC. (DOURADO, 2004, p. 331-334) O treinamento de membros inferiores pode ser realizado em cicloergômetros ou esteiras rolantes, ou mesmo por meio de caminhadas, melhora a tolerância ao exercício. (DOURADO, 2004, p. 331-334) Análises do tecido muscular de membros inferiores revelam redução da atividade enzimática aeróbica, baixa fração de fibras musculares tipo I, redução da capilaridade, presença de células inflamatórias e aumento da apoptose. Tais alterações tendem a reduzir a capacidade aeróbica, ocasionado acidose lática precoce, de forma que a fadiga muscular ocorre em nível de atividade pouco intenso. Em alguns pacientes com DPOC, a fadiga é mais responsável pela intolerância ao exercício do que a dispneia. (FERNANDES apud CASABURI, 2017) Assim podemos sugerir que o programa de reabilitação pulmonar demonstra- se efetivo, promovendo uma melhor condição física do paciente portador de DPOC, diminuindo seu grau de fadiga e dispneia, auxiliando na sua capacidade funcional. (CECHETTI 2013) 10 3.2 Eletrotermofototerapia A característica da DPOC é a obstrução do fluxo aéreo expiratório, chamadas de enfisema pulmonar e bronquite crônica. Por esta obstrução os pacientes que possuem esta patologia sofrem prejuízos na mecânica pulmonar e na musculatura esquelética periférica e respiratória, representando um fator essencial na dispneia, o que acarreta uma intolerância ao exercício de intensidade variável relacionada a disfunção muscular. (LAIZO, Artur. 2009, 1157-1166) Alguns estudos mostram a eficácia do uso de eletroterapia no tratamento da DPOC. Métodos de eletroestimulação neuromuscular estão sendo utilizados na reabilitação do músculo diafragmático e para melhorar a ventilação pulmonar em pacientes que possuem distúrbios respiratórios. (NOHAMA, Percy; 2012 , p. 103- 115) Os aparelhos que estimulam a contração muscular, como, por exemplo, corrente russa, FES e corrente interferencial, podem ser utilizadas, com a aplicação nos pontos motores do músculo diafragmático para o aumento da força muscular respiratória através de eletroestimulação neuromuscular, com correntes de média frequência, pois mostraram mais eficiência no aumento da força muscular, por promover menos fadiga muscular, e por ser mais agradável do que correntes de baixa frequência. Os estudos comprovam que indivíduos com DPOC saudáveis, sem nenhuma contraindicação para o uso da eletroterapia, possuem um bom resultado no tratamento. E para que ainda se obtenha um melhor resultado, exercícios que trabalhem a musculatura respiratória e abdominal auxiliarão na diminuição da sensação de dispnéia. A eletroestimulação é muito utilizada na fisioterapia, e a corrente russa se mostra eficaz para o ganho crescente de força muscular. Isto se deve ao fato de que a estimulação elétrica neuromuscular poderia produzir ganhos de força de 30 a 40% maiores do que aqueles produzidos pela contração voluntária máxima do músculo, tanto em sujeitos sadios quanto naqueles que sofrem vários tipos de distúrbio onde estejam presentes fraqueza e atrofia muscular.(VENERANDA; SILVA; SILVESTRE; PEDREIRO, 2004.) 11 Pacientes acometidos com esta doença possuem maior susceptibilidade à fadiga muscular, pois a musculatura abdominal se encontra debilitada. Sabendo-se que sua expiração é ativa e os músculos abdominais participam da mesma, essa musculatura foi escolhida para o fortalecimento com o intuito de melhorar a força e resistência da parede abdominal.(AZEREDO 2002.) Os músculos respiratórios são morfologicamente e funcionalmente semelhantes a outros músculos esqueléticos do corpo, portanto podem sofrer alterações e deficiências semelhantes. Em pacientes com DPOC a função desses músculos é afetada em decorrência do aumento do trabalho respiratório e da redução da capacidade em suportar a carga ventilatória aumentada. Em relação a fadiga e a agradabilidade para o músculo, a corrente de média frequência é a mais adequada para ser utilizada, pois além de não promover fadiga muscular, é mais agradável quando comparada a corrente de baixa frequência. Ainda, em relação ao tempo de aplicação, se ultrapassassem o tempo de 20 minutos, a desagradabilidade e a fadiga ocorreriam tanto em média como em baixa frequência.(PIRES; GROSSO, 2002.) O paciente em estudo não faz uso de eletroterapia em seu tratamento pois o mesmo possui DPOC moderado, com dispneia e é hipertenso. A hipertensão no caso deste paciente acarreta na contraindicação da eletroterapia como um dos meios de recuperação pois é instável e, assim, para garantir a saúde do mesmo são utilizadas outras tecnicas para a reabilitação. 12 3.3 Farmacologia O trato respiratório é fragmentado em dois, a porção superior é dividida em nariz, seios nasais, orofaringe e laringe, a porção inferior abrange a traquéia, pulmões e vias aéreas associadas. As doenças do trato superior são associadas a infecções e alergias já as do trato inferior podem ser relacionadas a infecções parenquimatosas e doenças obstrutivas das vias aéreas. (PANUS et al, 2011) A doença pulmonar obstrutiva crônica intimamente ligada ao tabagismo, pode ser apresentada nos portadores com fenótipos distintos gerando um risco variável de agravamento, e diferentes graus de redução da função pulmonar. (DA COSTA; RUFINO, 2013) Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) acontece quando as vias aéreas se tornam inflamadas e espessas, geralmente devido tabagismo. É uma condição de longo prazo que piora lentamente. (ANVISA, 2015) Entre as possíveis complicações da doença estão o desenvolvimento de arritmias, insuficiência cardíaca no lado direito ou cor pulmonale (inchaço do coração ou insuficiência cardíaca devido à doença pulmonar crônica), necessidade de máquina de respiração e oxigenoterapia, osteoporose, pneumotórax, pneumonia, perda de peso ou desnutrição grave. A DPOC é considerada uma doença irreversível, os broncodilatadores são primordiais no tratamento. Os broncodilatadores inalados são mais usados que os orais pois causam menos efeitos colaterais, são os anticolinérgicos e os beta-2 agonistas. (DA COSTA; RUFINO, 2013) Os broncodilatadores de longa duração são mais eficazes do que os de curta duração e devem ser priorizados no tratamento dos pacientes com sintomas persistentes. (FERNANDES, 2017) Se os sintomas permanecerem apesar do tratamento inicial, deve ser prescrita a associação de LABA (beta-agonistas de ação prolongada) + LAMA (antagonistas muscarínicos de longa duração) e corticosteroides inalatórios (ICS). São frequentemente selecionados porque estas combinações podem ser administradas através de um único dispositivo de medicação. (CARDOSO, AGUIAR, ARAUJO, 2017) Segundo Fernandes (2017), os objetivos com o tratamento da DPOC são: redução dos sintomas, como dispneia e tosse, melhorando o estado de saúde e a 13 tolerância ao exercício físico, há redução dos riscos da progressão da doença e da mortalidade. Para a escolha do tratamento são levados em conta a intensidade dos sintomas, os efeitos adversos, as alterações cognitivas, a adaptação do paciente ao tratamento a disponibilidade da medicação e o custo. O tratamento é individualizado, há opções de medicações que se adaptam a cada perfil de paciente. (FERNANDES, 2017) O tratamento farmacológico da DPOC deve ser complementado por medidas como a cessação do tabagismo, incentivo à atividade física, reabilitação pulmonar e vacinação para prevenção de infecções virais e pneumonia, assim como medidas para a doença avançada, como oxigenoterapia, tratamento cirúrgico, endoscópico e transplante pulmonar. Essas medidas de tratamento devem sempre ser consideradas e, quando indicadas, postas em prática em conjunto com a medicação apropriada. (FERNANDES, 2017) Os medicamentos usados pelo paciente em estudo, para o controle da DPOC são: Relvar Ellipta, medicamento que é indicado para o tratamento regular da asma em adultos e adolescentes com 12 anos ou mais, é indicado para pacientes que não conseguem controlar os sintomas da doença com corticosteroides inalatórios. O Ellipta é uma combinação de corticosteroide inalatório e um agonista seletivo do receptor beta2 adrenérgico de ação prolongada. É um medicamento indicado para o tratamento sintomático de pacientes com DPOC os quais incluem: incluem dificuldade de respirar, chiado, tosse e aperto no peito. (ANVISA, 2015) O Furoato de Fluticasona que é um dos princípios ativos do Ellipta, pertence ao grupo de corticosteroides. Os corticosteroides vão reduzir o inchaço a irritação, e a inflamação nos locais onde a passagem de ar é mais estreita melhorando os problemas respiratórios. Já o Vilanterol que é outro princípio ativo do Ellipta, pertence a um grupo de broncodilatadores. Ele relaxa os músculos durante as passagens de ar nos pulmões. Isso ajuda a abrir as vias aéreas facilitando a entrada e saída de ar nos pulmões. Quando usado regularmente, ajuda as vias aéreas a permanecerem abertas. (ANVISA, 2015) Ellipta é contraindicado para pacientes com alergia grave à proteína do leite e para os pacientes que tenham demonstrado hipersensibilidade ao Furoato de 14 Fluticasona, ao Trifenatato de Vilanterol ou a qualquer componente do medicamento. (ANVISA, 2015) São raras as reações alérgicas após o uso do Ellipta porem pode ocorrer: erupções na pele (urticária) ou vermelhidão, inchaço, no rosto ou boca (angioedema), sibilação ou respiração com chiado, aumento da tosse ou dificuldade para respirar, sentir-se fraco repentinamente ou com sensação de desmaio, febre ou calafrios, aumento na produção do escarro, alteração na cor do escarro, essas reações ocorrem em menos de uma a cada mil pessoas, as reações muito comuns que ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam esse medicamento são: resfriado e dor de cabeça. (ANVISA, 2015) Miflonide 400 tem como princípio ativo a budesonida, apresenta-se em forma de cápsulas para a inalação. É utilizado no tratamento da asma e como adjuvante no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Este medicamento pertence aos corticosteroides. O pó é inalado para os pulmões utilizando-se o inalador. Miflonide é utilizado para redução da inflamação nos pulmões ajudando a manter a as vias aéreas abertas e reduzindo os sintomas da asma e DPOC. (ANVISA, 2013) A budesonida não possui ação sistêmica no ser humano. Os seus efeitos são dados através da interação com os receptores intracelulares de glicocorticoides. A produção de muitas citocinas, quimiocinas, enzimas e moléculas de adesão celular diferentes é inibida. (NOVARTIS, 2014) Esse medicamento quando usado para inalação por pacientes que se beneficiam com corticosteroide, pode provocar o controle da asma geralmente dentro de 10 dias após o início do tratamento. (NOVARTIS, 2014) O uso constante da budesonida reduz a inflamação crônica nos pulmões asmáticos, melhora a função pulmonar e os sintomas de asma, reduz a hiper- reatividade brônquica e previne o agravamento da asma. (NOVARTIS, 2014) Segundo Novartis (2014), a quantidade de budesonida que é depositada nos pulmões e completamente absorvida é rápida. O pico de concentração do medicamento no plasma é atingido imediatamente após a administração. Após a dose ser dissipada na orofaringe, a biodisponibilidade é de 73% porém, apenas 10 a 13% da dose inalada é biodisponível devido ao metabolismo pré-sistêmico no fígado. 15 A budesonida não é metabolizada nos pulmões. Após a absorção, é metabolizada no fígado, originando vários metabólitos inativos. A principal via de metabolização da budesonida é a via CYP3A4 e pode ser afetada por inibidores ou indutores conhecidos desta enzima aproximadamente 32% da dose liberada é eliminada na urina e 15% nas fezes. A meia-vida de eliminação é em torno de 2,8 a 5h. (NOVARTIS, 2014) Aerolin, tem como princípio ativo o sulfato de salbutamol, ele pertence ao grupo dos broncodilatadores. A broncodilatação máxima ocorre no período de 5 a 15 minutos, perdurando por até 6 horas. Segundo Roberto, Jardim e Rufino (2000), os broncodilatadores são a base do tratamento sintomático das doenças pulmonares obstrutivas. Na DPOC, a resposta aguda aos broncodilatadores é modesta, inferior à obtida na asma, varia no tempo e com a classe de broncodilatador utilizada e não significa resposta a longo prazo. O salbutamol é um agonista seletivo dos receptores beta2-adrenérgicos. Em doses terapêuticas, atua nos receptores beta2-adrenérgicos da musculatura brônquica e tem pouca ou quase nenhuma ação sobre os receptores beta1- adrenérgicos do músculo cardíaco. (ROBERTO, JARDIM E RUFINO, 2000) Após administração por via inalatória, cerca de 10% a 20% da dose atinge as vias aéreas inferiores. O restante fica retido no dispositivo de liberação ou se deposita na orofaringe, por onde é deglutido. A fração depositada nas vias aéreas é absorvida pelos tecidos pulmonares e pela circulação, não sendo metabolizada pelos pulmões. Ao alcançar a circulação sistêmica, o fármaco se torna vulnerável ao metabolismo hepático e é excretado, principalmente na urina. (ROBERTO, JARDIM E RUFINO, 2000) O Salbutamol é um broncodilatador agonistas beta-2 de curta ação e deve ser administrado com cautela em portadores de hipertireoidismo não controlado, hipertensão arterial sistêmica, cardiopatia isquêmica e em pacientes predispostos a hipocalcemia (baixo nível de potássio no sangue). Segundo Murahovschi et al. (2013) juntamente com os efeitos benéficos, surgem os efeitos adversos: Da budesonida: palpitação, problemas na fala, taquicardia, infecções na boca (candidíase), boca seca, alteração do paladar, tosse, irritação 16 na garganta, infecções urinárias, cansaço, reações alérgicas de pele, inchaço, dor abdominal, tontura, ganho de peso, vertigem; Do salbutamol: aumento ou diminuição intensa da pressão arterial, inchaço dos pés e das mãos, cansaço, ansiedade, agitação, insônia, vômitos, dores abdominais, prisão de ventre, tonturas, dores de cabeça, diminuição dos níveis de potássio no sangue, tremores, palpitações, insônia, depressão, alteração do ciclo menstrual e problemas de visão, tosse, respiração curta, alteração do paladar, náuseas, reações alérgicas de pele, problemas no coração, infecções do trato respiratório, falta de ar, secura da boca, dor muscular; Além dos medicamentos usados para o tratamento da DPOC, o paciente faz uso de fármacos para o controle da hipertensão, dos níveis de colesterol e antidepressivos. Candesartana que é indicado para o tratamento de insuficiência cardíaca e hipertensão arterial leve, moderada e grave. O tratamento com Candesartana Cilexetila reduz a mortalidade e a hospitalização devido à insuficiência cardíaca melhorando os sintomas. (ANVISA, 2015) O Candesartana causa uma redução prolongada da pressão arterial, a ação anti-hipertensiva é devida à diminuição da resistência periférica sistêmica, embora a frequência cardíaca, o volume de ejeção e o débito cardíaco não sejam afetados, ou seja, aumentará o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular, enquanto a resistência vascular renal e a fração de filtração serão reduzidas. (ANVISA, 2015) A Sinvastatina é indicada para reduzir os riscos à saúde decorrentes das doenças cardiovasculares. A Sinvastatina trata de doença arterial coronariana (DAC), diabetes, derrame ou outras doenças vasculares (independentemente dos níveis sanguíneos do colesterol. (ANVISA, 2014) A Sinvastatina reduz os níveis de colesterol no sangue, esse pode causar doença arterial coronariana (DAC) ao estreitar os vasos sanguíneos que transportam oxigênio e nutrientes para o coração. O entupimento, ou endurecimento das artérias, é denominado aterosclerose. A aterosclerose pode causar angina e infarto do miocárdio. Este medicamento também retarda a progressão da aterosclerose e reduz o desenvolvimento de mais aterosclerose. (ANVISA, 2014) Este medicamento reduz os níveis do mau colesterol (colesterol LDL) e de substâncias gordurosas chamadas triglicérides e aumenta os níveis do bom 17 colesterol (colesterol HDL) no sangue. A Sinvastatina diminui a produção de colesterol pelo fígado (a maior fonte de colesterol no organismo) e aumenta a remoção de colesterol da corrente sanguínea pelo fígado. Este medicamento reduz de forma significativa os níveis do LDL e das triglicérides e aumenta os níveis do HDL. (ANVISA, 2014) O Oxalato de Escitalopram é indicado para o tratamento e a prevenção da recaída ou recorrência da depressão, para o tratamento do transtorno do pânico, para o transtorno de ansiedade generaliza (TAG), transtorno de ansiedade social e para o tratamento do transtorno obsessivo compulsivo (TOC). (ANVISA, 2016) O Oxalato de Escitalopram é um medicamento da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), que é uma classe do grupo dos antidepressivos. Esse medicamento age no cérebro, onde corrige as concentrações inadequadas de determinadas substâncias denominadas neurotransmissores, em especial a serotonina, que causam os sintomas na situação de doença. Pode demorar cerca de duas semanas até surgirem os primeiros efeitos. (ANVISA, 2016) De acordo com a Anvisa (2013) o Anlodipino é indicado para o tratamento da dor no peito e da hipertensão devido à isquemia miocárdica, ou seja, pela falta de sangue no coração. O Anlodipino, é o princípio ativo do Besilato de Anlodipino, interfere no movimento da musculatura dos vasos sanguíneos e na entrada de cálcio para dentro das células cardíacas. Em resposta a essa ação, o Anlodipino permite que o sangue flua através dos vasos mais facilmente, relaxando os vasos sanguíneos que irrigam o coração e o resto do corpo, aumentando o fluxo de sangue e oxigênio que vai para o coração, reduzindo a sua carga de trabalho. A pressão alta obriga ao coração e às artérias uma sobrecarga de trabalho que, à longo prazo, faz com que eles não funcionem mais adequadamente. Isso pode gerar danos nos vasos sanguíneos do cérebro, coração e rins, resultando em acidentes vascular cerebrais, insuficiência cardíaca e renal. A pressão arterial alta também pode aumentar o risco de infarto. O início da ação anti-hipertensiva de Besilato de Anlodipino se dá em 24 a 96 horas. (ANVISA, 2013) 18 3.4 Hidroterapia Muitos são os estudos que comprovam a eficácia do tratamento para reabilitação de patologias cardiopulmonares através da hidroterapia. A água é um ótimo meio para produzir boas progressões de exercícios em pacientes com DPOC, pois oferece maior resistência que o ar, ao mesmo tempo que dá apoio a estruturas que estão instáveis ou sem restabelecimento. A hidroterapia é um recurso fisioterapêutico que está sendo cada vez mais utilizado, para a recuperação mais rápida e melhor dos pacientes. (SEVERINO, Fernanda Gadelha; et al, 2012, p. 221-225) Do ponto de vista fisiológico, muitas são as respostas desencadeadas pela ação de um corpo imerso na água, onde os efeitos obtidos variam a partir do exercício que cada paciente pratica, dentre eles estão a melhora na capacidade aeróbica e nas trocas gasosas, reeducação respiratória, auxílio no retorno venoso, aumento no consumo de energia e melhoria na irrigação sanguínea. (BIASOLI, 2006) Um dos benefícios que a água quente pode oferecer é relaxamento e a analgesia, devido aos efeitos associados as propriedades físicas da água, tais como: densidade relativa, pressão hidrostática, tensão superficial, dentre outras. Para este paciente, o método indicado de acordo com suas necessidades é o Watsu, o qual é uma forma de trabalho corporal, que apresenta uma técnica suave, mas de profundo potencial terapêutico. A água quente é um meio ideal para libertar o corpo e atingir maior flexibilidade e um relaxamento total, aonde o terapeuta conduz o paciente através de movimentos rítmicos e manipulações terapêuticas. Há uma completa harmonia entre terapeuta e paciente, que afeta o emocional, o psicológico, o espiritual e o físico. Tal técnica aplica os alongamentos e movimentos do shiatsu zen na água, incluindo alongamentos passivos, mobilização de articulações, bem como, pressão sobre "tsubos" (acupontos) para equilibrar fluxos de energia através dos meridianos. (BIASOLI, 2006) Na água, o movimento mais básico é a Dança da Respiração na Água, na qual o paciente flutua nos braços do fisioterapeuta e, à medida que ambos expiram, eles afundam um pouco e a seguir deixam a água devolvê-los para cima a medida que inspiram simultaneamente. Repetido várias vezes ao começo de um Watsu, 19 esse exercício cria uma conexão que pode ser levada para todos os alongamentos e movimentos que se seguem. (RUOTI, MORRIS e COLE, 2000, p.368). A aplicação do Método Watsu sugere ser benéfico com relação à mobilidade torácica, ventilação, estado de ansiedade e qualidade de vida do indivíduo com DPOC. Estudos mostram que após a aplicação do método ocorre grande relaxamento muscular e uma maior mobilidade das estruturas ósseas. Associado à imersão ao nível dos ombros, a caixa torácica e o abdome sofrem uma compressão devido à pressão hidrostática, gerando alongamento dos músculos inspiratórios, diafragma e intercostais externos. Um estudo com indivíduos asmáticos em imersão associado a exercícios respiratórios mostrou alongamento de musculatura inspiratória. O Método Watsu sugere ser benéfico para o tratamento de doenças cardiopulmonares, por proporcionar um estado de relaxamento profundo, apresentando benefícios para a saúde mental e física, além de aprimorar a habilidade do indivíduo em lidar com situações de estresse, tensão e ansiedade. O tratamento para condições de transtornos de ansiedade influencia positivamente o prognóstico da doença respiratória e melhora substancialmente a qualidade de vida desses pacientes. O paciente A.A.V.F encontra – se na fase 3 (intermediária) do tratamento onde possui dor e sintomas mínimos, e deve incorporar equipamentos para recuperação da força e realizar a contração muscular sem dor. A amplitude de movimento e força muscular devem estar 50% restauradas. As prioridades nessa fase são exercícios de alongamento , resistência progressiva moderada utilizando os princípios aquáticos de turbulência e velocidade. Fase 3 Adaptação: caminhada de 3 min Aquecimento: marcha cruzada 1 série de 10 repetições Condicionamento: flexão e extensão 2 séries de 10 repetições, subir e descer step 2 séries de 10 repetições, abdução e adução na horizontal 2 séries de 10 repetições, pernadas sustentadas pela flutuação Desaquecimento: pernadas lentamente Relaxamento: flutuação com exercícios associados a respiração 20 Fase 4 Aquecimento : rotação do tronco Condicionamento: caminhada de 5 min, mini agachamento 2 séries de 12 repetições , abdução e adução na horizontal 2 séries de 12 repetições Desaquecimento: caminha leve Relaxamento: flutuação Fase 5 Aquecimento: marcha para trás 3 min Condicionamento: bicicleta 5 min, flexão e extensão com palmares 2 séries de 15 repetições, abdução do quadril 2 séries de 15 repetições e circundação dos ombros Desaquecimento: rotação do tronco e membros superiores Relaxamento: alongamento e flutuação Fase 6 Aquecimento: polichinelo 2 séries de 10 repetições Condicionamento: subir e descer step 3 séries de 10 repetições, marcha para lateral 2 min, flexão e extensão com bastão 2 séries de 15, circundação dos ombros Desaquecimento: caminhada lenta Relaxamento: flutuação 21 3.5 Semiologia Fisioterapêutica Segundo Kuzma, et al. (2008) “para se traçar um plano de tratamento, é necessário uma avaliação inicial detalhada do paciente. Uma história completa e um exame físico minucioso devem ser realizados”. A avaliação respiratória inclui uma avaliação dos sinais vitais, oximetria de pulso, ausculta torácica, análise dos movimentos torácicos, uso de musculatura acessória, presença de edema periférico, presença de tosse e escarro e habilidade de falar uma frase completa. História de hospitalizações prévias relaciona-se com a condição respiratória e intubação prévia se relaciona com a gravidade da doença e prognóstico. Questões sobre o grau de dispneia nas AVDs determinam o grau de estabilidade do paciente (KUZMA, et al., 2008). As habilidades funcionais do paciente devem ser avaliadas. Na avaliação funcional, incluem teste de caminhada de seis minutos e teste de exercícios cardiopulmonares, que irão avaliar a tolerância ao exercício, dispneia ao exercício e descondicionamento (KUZMA, et al., 2008). No que se refere à DPOC, sabe-se que esta condição pode levar à incapacidade física, desencadeando limitações físicas e sociais que acarretam deterioração da qualidade de vida de seus portadores (KNOX, et al., 1988 apud RODRIGUES, et al., 2004). A reabilitação pulmonar tem-se mostrado eficaz na melhoria da capacidade funcional e na força muscular de portadores de DPOC, mesmo não havendo ganhos nos testes de função pulmonar (RODRIGUES, et al., 2002; NEDER, et al., 1997). A mesma é de extrema importância para pacientes que apresentam apresentada patologia, pois além de melhorar a capacidade para o exercício e promover a atividade física ela também reduz a dispneia e o estado de saúde, de uma maneira mais eficaz que outras terapias, incluindo broncodilatadores ou suplementação de oxigênio.(ZUWALLACK, 2008). Além disso, ela também é associada como melhora da função psicológica, incluindo redução da depressão e da ansiedade, além de aumentar o desempenho cognitivo. A redução da depressão após o exercício pode resultar tanto de influências biológicas quanto de influências comportamentais. O aumento de endorfinas e encefalinas após o exercício é associado com redução da depressão. Além disso, o exercício aumenta a viabilidade dos neurotransmissores cerebrais, 22 como serotonina, dopamina e norepinefrina, que está reduzida em indivíduos depressivos. (FERNANDES, 2009) Conforme a American Thoracic Society (2002) “o Teste de Caminhada (TC6) é frequentemente utilizado para avaliar a capacidade física e evolução do paciente portador de DPOC”. Na avaliação da capacidade física, os testes de caminhada de seis minutos (TC6) também avaliam a capacidade funcional ou a habilidade de empreender atividades na vida diária. Essa aferição tem se mostrado importante na avaliação dinâmica e no manejo clínico de indivíduos com doenças cardiopulmonares crônicas graves, que não apresentam condições clínicas para a realização de provas físicas com esforço máximo (KNOX, et al., 1988; SOLWAY, et al., 2001). Recentemente, a American Thoracic Society (ATS) sugeriu que a realização de um TC6 como treino pode melhorar a coordenação motora e diminuir a ansiedade dos pacientes em testes subseqüentes. Segundo a mesma(ATS), este procedimento pode conferir maior confiabilidade nos resultados dos testes, tendo em vista a redução da influência dos fatores neuromusculares e psicológicos inerentes à população de portadores de DPOC (ELPERN, et al., 2000; AMERICAN THORACIC SOCIETY, 2002; REDELMIER, et al., 1997). Utiliza-se equações propostas por Enright e Sherril (ENRIGHT PI, SHERRIL DI, 1987) determinando-se o percentual do previsto para cada teste realizado pelo paciente: Homens: distância TC6 (m) = (7,57 x altura cm) – (5,02 x idade) – (1,76 x peso kg) – 309m. Mulheres: distância TC6 (m) = (2,11 x altura cm) – (2,29 x peso kg) – (5,78 x idade) + 667m. O IMC (índice de Quetelet) foi calculado através da fórmula clássica: IMC = peso atual (kg)/A2 (m). Consideraram-se os seguintes limites inferiores de normalidade: IMC < 21 para faixa etária de 35 a 44 anos; < 22 para 45 a 54 anos; < que 23 para 55 a 64 anos e < 24 para 65 anos ou mais (DEHOOG, et al., 1998). A espirometria é o método aceito como imprescindível para o diagnóstico da DPOC. A relação entre volume expiratório forçado no primeiro segundo e capacidade vital forçada (VEF1/CVF) inferior a 70% confirma o diagnóstico de DPOC quando na presença de história e fator de risco compatíveis (Global Strategy for the diagnosis, management and prevention of chronic obstructive pulmonary disease, 2003). 23 Infelizmente, o uso da espirometria em toda a população em risco de desenvolver DPOC é de difícil realização no momento. O alto preço dos aparelhos de espirometria e o pequeno número de aparelhos portáteis em consultórios médicos dificultam o acesso à espirometria. A sofisticação dos espirômetros existentes se traduz na necessidade de técnicos especializados para a execução do exame (FERGUSON, et al., 2000). A existência de novos índices espirométricos confiáveis, derivados de manobra de mais fácil execução, permite a produção de aparelhos mais simples, possibilitando a redução de custos e maior acesso de pacientes ao exame, e, portanto, a triagem diagnóstica da DPOC (FERGUSON, et al., 2000). Como já dito anteriormente, pessoas que apresentam DPOC são mais propícias a se tornarem sedentárias, já que não podem realizar muito exercício físico devido às debilitações causadas pela patologia, como a dispneia, o mesmo se tornou praticamente impossível de realizar, levando assim à uma consequente diminuição da amplitude de movimento (ADM) e também a uma fraqueza e atrofia muscular. A goniometria é uma técnica de mensuração das amplitudes de movimentos articulares. Utiliza-se o goniômetro e ela também possibilita realizar o diagnóstico da perda funcional. Muitas são as funções do mesmo, mas no caso da DPOC é bastante utilizada para avaliar a evolução do paciente na sua recuperação. O paciente em questão, demonstra uma pequena perda da ADM devido a atrofia muscular por desuso. Movimentos Grau normal Grau do paciente Flexão do ombro 0 – 180º 0 – 160º Extensão do ombro 0 – 45º 0 – 35 º Abdução do ombro 0 – 180º 0 – 170 º Adução do ombro 0 – 40º 0 – 35 º Rotação medial 0 – 90º 0 – 80 º Rotação lateral 0 - 90º 0 – 85 º Flexão de cotovelo 0 – 145º 0 – 130 º Extensão de cotovelo 0 – 145º 0 – 130 º Pronação do antebraço 0 – 90º 0 – 90 º 24 Supinação do antebraço 0 – 90º 0 – 90 º Flexão da região cervical 0 – 65º 0 – 55 º Extensão da região cervical 0 – 50º 0 – 50 º Flexão lateral da região cervical 0 – 40º 0 – 35 º Rotação da região cervical 0- 55º 0 – 55 º A prova de função muscular é uma parte integrante do exame físico, são úteis no diagnóstico funcional, no prognóstico e no tratamento de distúrbios neuromusculares e musculoesqueléticos. O paciente citado apresenta um distúrbio neuromuscular, que é caracterizado por fraqueza muscular e simétrica ou assimétrica. Essa fraqueza é uma consequência da doença e na maioria do teste ele evidenciou grau 3, significando que não consegue manter o movimento se uma pressão, mesmo mínima for adicionada. Movimentos Grau de força Flexão de ombro a 90º graus Grau 3 Extensão de ombro Grau 2 Abdução de ombro Grau 3 Adução horizontal de ombro Grau 4 Rotação Lateral de ombro Grau 3 Rotação Medial de ombro Grau 3 Flexão do pescoço Grau 3 Extensão de pescoço Grau 3 Flexão do tronco Grau 4 Extensão do tronco Grau 3 25 4. PLANO DE TRATAMENTO O paciente portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) apresenta perda progressiva da função pulmonar, que desencadeia diminuição em sua atividade física global. Com o objetivo de otimizar a função desses pacientes, foram desenvolvidos os programas de reabilitação pulmonar. Os principais componentes desses programas são: treinamento de membros inferiores, treinamento de membros superiores (PAULIN, et al 2006). A avaliação do paciente é de grande relevância, levando o profissional a elaborar um bom plano de tratamento, a mesma pode ser dividida em quatro categorias, identificação, anamnese, exame físico e laudo fisioterapêutico. A identificação do paciente consta com a descrição dos dados pessoais do paciente como, nome, idade, profissão, endereço, diagnóstico médico e telefone. A anamnese é a parte subjetiva da avaliação, na qual todas as informações verbais relativas ao paciente e ao problema devem ser anotadas, como sua queixa principal, história da doença atual (HDA) descrição dos acontecimentos recentes relacionados com a queixa principal, história da doença pregressa (HDP) acontecimentos importantes para o diagnostico da moléstia atual. O exame físico tem como objetivo confirmar ou não a hipótese de diagnóstico através do toque, identificando alterações e limitações nos pacientes. Compreende nível de consciência e linguagem, inspeção são as informações conseguidas visualmente e palpação, informações através do toque e testes especiais. O laudo fisioterapêutico identifica grupos de sinais e sintomas relacionados a comportamentos motores e limitações funcionais físicas do paciente. Através do diagnóstico cinético funcional processo pelo qual detecta e mensura as alterações apresentadas na estrutura e funcionamento. Os objetivos fisioterapêuticos refere-se ao que pretende-se alcançar com o plano de tratamento e por fim as condutas que são as técnicas utilizadas para o tratamento, o que irá seguir para alcançar seus objetivos. O paciente em questão A.A.V.F , 75 anos, reside na rua Padre Afonso Rodrigues nº 968, bairro Jardim Palmeira na cidade de Santo Ângelo, casado, farmacêutico bioquímico, trata–se com o Dr Júlio Sarturi, tendo como diagnóstico médico doença pulmonar obstrutiva crônica moderada. 26 Ao iniciar as sessões sua queixa principal foi “dispneia”. A história da doença atual se constitui em Dpoc moderado, dispneia e hipertensão. Um possível fator que desencadeou a doença foi o uso de tabaco por 45 anos, sendo um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da patologia. Possui marcha lenta e movimentação compensatória. No teste de goniometria apresentou diminuição da amplitude de movimento e na prova de função muscular de membros superiores apresentou na maioria grau 3, onde completa a amplitude do movimento, porém sem qualquer resistência manual. O seu diagnóstico cinesiológico funcional apresenta fraqueza muscular de MMSS e MMII, diminuição da amplitude de movimento, descondicionamento físico. Realiza fisioterapia com o objetivo de diminuir a dispneia, aumentar a amplitude de movimento, fortalecimento da musculatura e aumentar o condicionamento físico. Para isto serão realizados caminhada leve na esteira de 10 min ou bicicleta ergométrica, técnica de respiração flenolabial e respiração diafragmática, fortalecimento de quadríceps 2 séries de 10 repetições com caneleira de 4 kg, fortalecimento de MMSS com mobilização ativo-assistida, flexão e abdução horizontal com bastão 2 séries de 10 repetições. 27 5.CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante a realização deste trabalho, pode-se perceber que o fisioterapeuta é de extrema relevância para pacientes que sofrem com doenças pneumológicas causando descondicionamento físico e piora da qualidade de vida. A RP tem um papel importante, junto ao tratamento dos doentes com DPOC, seja em período estável ou em fases de exacerbação, ela traz melhora do cansaço, desempenho físico, autonomia e consequente melhoria da qualidade de vida e deve ser adequada as individualidades e limitações de cada paciente, visto que não se trata de uma terapia passiva. Cabe ainda ressaltar, que o programa de reabilitação pulmonar multidisciplinar e individualizado proporciona ganhos consideráveis aos pacientes acometidos pela DPOC, devolvendo a eles a independência frente as atividades diárias. 28 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANVISA. BESILATO DE ANLODIPINO. São Paulo, 2013. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=9 1952014&pIdAnexo=1929510>. Acesso em:11 nov. 2018. ANVISA. CANDESARTANA CILEXETILA. São Paulo, 2015. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=1 3579532016&pIdAnexo=3155586>. Acesso em:11 nov. 2018. ANVISA. ELLIPTA. São Paulo, 2015. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=6 739192015&pIdAnexo=2770175>. Acesso em:11 nov. 2018. ANVISA. MIFLONIDE (budesonida). São Paulo, 2013. 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