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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 2 Monitorização neurológica intensiva Adulto ................................................ 4 2.1 Alterações Cinésio-Funcionais em Pacientes neurológicos Críticos .... 8 3 UTI PEDIATRICA E NEONATAL: com enfoque na criança crítica neurológica .................................................................................................................. 9 3.1 Avaliação neurológica de recém-nascidos pré-termo: correlação com fatores de risco neonatais ...................................................................................... 10 4 Pacientes CARDIO INTENSIVO ADULTO ................................................ 12 4.1 Cirurgia Cardíaca ............................................................................... 15 4.2 Complicações da Cirurgia Cardíaca ................................................... 15 4.3 Competências do Fisioterapeuta ........................................................ 18 4.4 Mobilização Precoce em Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca .......... 20 4.5 Ventilação Mecânica Não Invasiva (VMNI) no Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca ................................................................................................... 22 4.6 Modalidades aplicadas na VMNI ........................................................ 24 4.7 Doenças cardiovasculares e seus fatores de risco ............................ 26 5 UTI CARDIOINTENSIVO INFANTIL ......................................................... 28 5.1 Complicações pulmonares em Cirurgia Cardíaca pediátrica .............. 30 5.2 Importância da fisioterapia no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica 31 6 Bibliografias .............................................................................................. 33 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 MONITORIZAÇÃO NEUROLÓGICA INTENSIVA ADULTO Fonte: interfisio.com.br A monitorização neurológica é uma avaliação e acompanhamento de dados fornecidos por aparelhagem técnica das alterações do sistema nervoso e é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) o local destinado para este tipo de monitorização. Estas unidades possuem espaço físico específico, recursos humanos especializados e instrumentais tecnológicos avançados que permitem o melhor controle de pacientes com alterações neurológicas (ALCÂNTARA, ALCÂNTARA, 2009). A monitorização do paciente neurológico grave na UTI consiste em identificar, por meio do exame físico e dos equipamentos monitores invasivos sinais, que indiquem hipertensão intracraniana e diminuição de perfusão cerebral, que se não forem revertidas levam à morte cerebral (LIONTAKIS, 2005). A pressão intracraniana normal é 4 mmHg. Em situações de injúria cerebral como trauma ou isquemia, a maioria dos autores aceita como limite superior de pressão o valor de 20 mmHg. Valores acima disto podem levar a edemas com herniação, que é a protrusão de tecido cerebral através das tendas cerebrais (dobras de membrana de dura-máter que servem de sustentação ao parênquima cerebral). A herniação comprime tecidos e vasos adjacentes, podendo interromper a circulação local, levando à necrose (LIONTAKIS, 2005). O tronco é área particularmente nobre, por regular a pressão, temperatura e frequências respiratória e cardíaca e por conter o sistema reticular ativador 5 ascendente, que regula o despertar e a capacidade de interação com o meio ambiente. É fundamental no paciente em coma determinar o grau de sofrimento do tronco (LIONTAKIS, 2005). A hipertensão intracraniana (HIC) aguda constitui a afecção de maior importância em pacientes neurológicos internados em unidades de terapia intensiva devido maior morbidade que representa. A pressão intracraniana (PIC) é a pressão resultante da presença de três compartimentos dentro da caixa craniana: componente parenquimatoso (estruturas encefálicas), componente liquórico (constituído pelo líquor das cavidades ventriculares e do espaço subaracnóideo) e o componente vascular (constituído pelo sangue circulante no encéfalo). A extrema vulnerabilidade da célula nervosa às situações hipóxicas faz com que a magnitude de seu comprometimento hipóxico-isquêmico seja o principal fator determinante de seu potencial de recuperação face às diferentes agressões (PARAIBUNA, 2004). Fonte: tutores.com.br Uma vez que a lesão nervosa hipóxico-isquêmica constitui a via final comum de vários mecanismos etiopatogênicos, a monitorização de parâmetros hemodinâmicos como pressão de perfusão cerebral (PPC), pressão arterial média (PAM), pressão intracraniana (PIC), metabólicos como extração cerebral de O2 (ECO2), extração sistêmica de O2, e respiratórios como PaCO2 e PaO2 em muito pode auxiliar na terapêutica adequada (PARAIBUNA, 2004). 6 Os pacientes neurológico crítico ou neurocirúrgico na UTI são pacientes que requerem cuidados adicionais devido a vulnerabilidade do SNC e por serem pacientes que permanecem internados por períodos prolongados, durante os quais permanecem no leito a maior parte do tempo e consequentemente podem apresentar alterações cinésio-funcionais se não realizado atendimento fisioterapêutico adequado, podendo ainda o fisioterapeuta ser iatrogênico se não tomar as devidas precauções e monitorizar corretamente o paciente durante o atendimento (PARAIBUNA, 2004). O fisioterapeuta Intensivista, por cuidar de doentes críticos na unidade de terapia intensiva deve conhecer as principais emergências neurológicas e técnicas de monitorização neurológica, devido ao fato de estes pacientes apresentarem quadro clínico flutuante, com o objetivo de minimizar sequelas funcionais, o que implica em melhor adequação destes a sociedade (PARAIBUNA, 2004). Fonte: mymedinform.com.br A hipertensão intracraniana (HIC) é responsável por determinados fenômenos que independem da sua causa. Dessa forma, ocorrem distensão e compressão dos vasos, meninges e parênquima encefálico e aumento da resistência oferecida ao fluxo sanguíneo. A fisiopatologia da HIC, portanto, relaciona-se aos fenômenos compressivos e isquêmicos. O próprio evento compressivo, inicialmente apenas mecânico acabará por causar lesões isquêmicas evolutivamente (PARAIBUNA, 2004). 7 A interferência com o fluxo sanguíneo encefálico, ocorre tanto em nível regional devido a eventos compressivos, quanto em nível global, pela diminuição da PPC causada pelo aumento da PIC em si. Ao sofrer uma agressão anóxico-isquêmica, o tecido nervoso se torna mais ávido de O2 e aumenta sua extração, tendocomo finalidade a manutenção do seu metabolismo. A HIC acarreta reflexamente aumento na pressão arterial sistêmica, denominado reflexo de Cushing, na tentativa da manutenção da Pressão de Perfusão Cerebral (PPC) (PARAIBUNA, 2004). Na presença de déficit circulatório encefálico, ocorre ainda alterações de distribuição do fluxo sanguíneo, que visam preservar a perfusão de áreas relacionadas à manutenção da homeostase do organismo, como o tronco cerebral. Portanto, a isquemia encefálica constitui o mecanismo de lesão final da HIC (PARAIBUNA, 2004). Sabe-se que a estrutura cerebral é limitada pelos ossos do crânio, dividindo espaço com o líquido cérebro raquidiano e os vasos presentes no encéfalo. Essa restrição é implacável, caso ocorram distúrbios graves, como tumores, traumas crânioencefalico ou edema, o organismo não consegue dar conta de redistribuir líquido e sangue venoso de forma eficaz, levando ao aumento da pressão intracraniana. (FILHO, 2011). Ao tratar pacientes adultos, considera-se hipertensão intracraniana uma pressão local mantida a 20 mmHg (milímetros de mercúrio) por mais de vinte minutos. Hemodinamicamente, são ditos parâmetros ideais uma pressão intracraniana de 10 mmHg, pressão de perfusão cerebral maior que 70 mmHg e uma pressão arterial média por volta de 70 a 110 mmHg A elevação da pressão intracraniana é dada pelo aumento da pressão venosa do cérebro, queda da drenagem venosa local e do plexo lombar, comprimindo mecanicamente a veia cava inferior. (TOLEDO et al, 2008. Apud FALCÃO, OLIVEIRA, 2011). Para diagnosticar a hipertensão intracraniana, somente os sinais clínicos de cefaleia, edema papilar ótico, escala de coma Glasgow igual ou menor a oito, vômitos e resposta de Cushing não são suficientes, pois eles ocorrem quando o quadro se agrava. Dessa forma, são necessários instrumentos de avaliação, para que a hipertensão intracraniana seja diagnosticada de forma rápida e precisa, e tão logo seja iniciado o tratamento adequado (ALBUQUERQUE, SANTOS, 2019). Através da tomografia computadorizada, podem ser observadas lesões expansivas, com desvio das estruturas, presença de transudato ventricular, impedindo visualização dos ventrículos laterais bem como o terceiro ventrículo. Pode ser 8 realizada também a ultrassonografia do nervo óptico, que se apresenta com a bainha de mielina distendida em pacientes com hipertensão intracraniana aguda. (PAPALINI, 2018). O método mais eficaz de diagnosticar a hipertensão intracraniana é através da inserção de um cateter no ventrículo, no espaço subaracnóideo ou no parênquima. De estrutura semirrígida, ele possui um transdutor em sua extremidade, conectado ao monitor por uma fibra ótica, sendo possível registrar continuamente os valores da pressão intracraniana do paciente. Por ser altamente invasivo, necessita de tempo para inserção, cuidados com a manutenção, e pode causar adversidades como infecções, disfunções neurológicas e sangramentos (ALBUQUERQUE, SANTOS, 2019). O paciente que apresenta hipertensão intracraniana tem baixo nível de consciência, sendo incapaz de proteger e ventilar corretamente as vias aéreas. Por isso, a ventilação mecânica invasiva é indispensável. O ventilador fornece dois tipos de pressões: pressão inspiratória positiva e pressão expiratória final positiva. (TOLEDO et al, 2008. Apud ABREU, ALMEIDA, 2009). 2.1 Alterações Cinésio-Funcionais em Pacientes neurológicos Críticos As lesões neurológicas, por se tratarem na maioria das vezes de processos isquêmicos, hemorrágicos ou tumorais, acarretam alterações que refletem danos neuronais, levando a desordens posturais e de movimento globais. Devido ao fato da perda de movimentação por sedativos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares, alguns pacientes podem apresentar efeitos deletérios como perda de trofismo muscular, deformidades osteomiomusculares e alterações de imagem corporal e consciência cenestésica (PARAIBUNA, 2004). Como efeitos secundários do repouso no leito ou da diminuição relativa da atividade temos o descondicionamento que se reflete por alterações nos sistemas respiratório, músculo esquelético, gastrointestinal, nervoso, renal cardiovascular e circulatório, além dos riscos de trombose venosa profunda (TVP) onde a incidência é aumentada pela imobilidade no leito (PARAIBUNA, 2004). A imobilidade no leito pode causar alterações em diversos sistemas, piorando o prognóstico do paciente. No sistema respiratório observamos alterações na mecânica respiratória levando consequentemente a diminuição dos volumes e 9 capacidades pulmonares, redução da tosse e atividade ciliar brônquica e maior risco de embolia pulmonar (PARAIBUNA, 2004). A hemodinâmica também se altera, causando bradicardia, diminuindo débito cardíaco, ocorrendo também diminuição do retorno venoso e do débito glomerular, podendo levar o paciente a alterações renais. No sistema musculoesquelético observamos contraturas musculares, rigidez articular e atrofias por desuso, e no sistema nervoso verificamos alterações sensoriais, cognitivas, comprometimento do equilíbrio e coordenação e diminuição da capacidade funcional (PARAIBUNA, 2004). A restrição ao leito traz consequências múltiplas e deletéria. E por isso o paciente crítico quando imobilizado pode apresentar como consequência deste processo um aumento do tempo de hospitalização e de seus custos, maior dependência nas atividades de vida diária (AVDs), necessidade de apoio familiar e maior tempo de recuperação após a alta hospitalar. Tais agravos decorrem do comprometimento dos diversos órgãos e sistemas (GOSSELINK et al, 2008). 3 UTI PEDIATRICA E NEONATAL: COM ENFOQUE NA CRIANÇA CRÍTICA NEUROLÓGICA Fonte:gauchazh.clicrbs.com.br A assistência Fisioterapêutica em UTI pediátrica e neonatal, embora com objetivos semelhantes aqueles traçados na UTI de adultos, apresenta particularidades relacionada as diferenças anatômicas e fisiológicas da criança. A maioria dos 10 pacientes internados em UTI pediátrica e neonatal possui doenças respiratórias ou complicações pulmonares decorrentes de procedimentos cirúrgicos e de Ventilação Pulmonar Mecânica. Assim, os cuidados técnicos, próprios da atuação da Fisioterapia, devem ser bem estabelecidos, estudados e empregados (IZUMI, FUJISAWA, GAR ANHANI, 2011). Uma vez estabilizados os parâmetros cardiopulmonares no paciente critico, a atenção deve ser dirigida ao Sistema Nervoso Central (SNC), pois sua estabilidade é essencial para assegurar a recuperação e o desenvolvimento infantil. A fisioterapia tem papel essencial no tratamento do paciente crítico internado na UTI, tanto na reabilitação Cardiopulmonar, quanto na reabilitação na profilaxia dos danos neurológicos (IZUMI, FUJISAWA, GARANHANI, 2011). A atuação do fisioterapeuta na UTI pediátrica e neonatal requer habilidades técnicas especializadas, trabalho em equipe e atuação com enfoque no cuidado global da criança e família. O problema mais comum na UTI neonatal está relacionado a imaturidade dos órgãos e sistemas do recém-nascido. Eles podem apresentar deficiência de visão, audição e problemas relacionados ao desenvolvimento intelectual e neurológico. Quanto mais prematuro for o RN, maior será a incidência de problemas como crise de apneia, desconforto respiratório, infecções e hemorragia intracraniana (KRELING, 2006. Apud IZUMI, FUJISAWA, GAR ANHANI, 2011). Segundo Kreling et al (2006) a prematuridade associada ao baixo peso ao nascimento determinam risco de atraso no desenvolvimento. As piores evoluções neuropsicomotoras estão associadas a doenças neonatais como convulsão, infecção (meningite e sepse), hemorragia cerebral, doença e insuficiência respiratória. O ambiente tecnológico da UTI Pediátrica ou Neonatal oferece a criança os benefícios da rápida identificação de complicaçõese a possibilidade de intervenções imediatas, o que contribui para o aumento da sobrevida (IZUMI, FUJISAWA, GAR ANHANI, 2011). 3.1 Avaliação neurológica de recém-nascidos pré-termo: correlação com fatores de risco neonatais Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), prematura ou pré- termo é toda criança que nasce com menos de 37 semanas de gestação. Esses recém-nascidos (RN), devido a sua inerente fragilidade, são vulneráveis ao desenvolvimento de morbidades no período neonatal, que compreende o intervalo 11 desde o nascimento até vinte e oito dias de idade corrigida. O risco de ocorrência desses eventos é inversamente proporcional ao peso e a idade gestacional ao nascimento (GRINABOLDI, HINNIG, MOURA, GOLIN, 2015). Os recém-nascidos pré-termo (RNPT) são obrigados a interagir em ambiente novo antes de estarem fisiologicamente preparados, uma vez que apresentam fragilidade imunitária e seus sistemas estão imaturos, principalmente o nervoso. O desenvolvimento e crescimento encefálico esperados são interrompidos, consistindo em fator de risco para disfunções neurológicas, juntamente com as complicações resultantes de tal imaturidade (GRINABOLDI, HINNIG, MOURA, GOLIN, 2015). Fonte: prematuridade.com Algumas complicações neonatais têm sido frequentemente apontadas como fatores de risco para o desenvolvimento dessas disfunções. Dentre elas destacam-- se: hemorragia intracraniana (HIC), anoxia, apneia, doença das membranas hialinas que necessitam de ventilação assistida, hiperbilirrubinemia, infecções, baixo peso e idade gestacional ao nascimento. Essas morbidades associadas ou não, contribuem para aumentar os riscos de prejuízos para o desenvolvimento. Cerca de 30% dos RNPT desenvolvem Paralisia Cerebral, podendo atingir 50% naqueles nascidos com extremo e muito baixo peso (GRINABOLDI, HINNIG, MOURA, GOLIN, 2015). Com a finalidade de identificar prováveis disfunções do desenvolvimento já no período neonatal, a avaliação clínica persiste como a principal ferramenta para identificação de sinais de anormalidade neurológica, uma vez que detecção precoce 12 desses sinais possibilita a intervenção em tenra idade, que é consagrada mente mais efetiva. Para cumprir tal propósito há vários métodos de avaliação neurológica neonatal, porém o método Dubo-witz vem sendo usado ao longo das últimas décadas em vários trabalhos envolvendo RNPT, pois além de sua validade científica, é de fácil aplicabilidade (GRINABOLDI, HINNIG, MOURA, GOLIN, 2015). Dessa forma, torna-se evidente a importância da realização de pesquisas acerca da avaliação e consequente detecção precoce de disfunções do desenvolvimento, possibilitando intervenção apropriada na tentativa de minimizar limitações e integrar essas crianças na sociedade (GRINABOLDI, HINNIG, MOURA, GOLIN, 2015). 4 PACIENTES CARDIO INTENSIVO ADULTO Fonte: pt.dreamstime.com As doenças cardiovasculares (DCV) estão entre as principais causas de morte nos países desenvolvidos e sua ocorrência tem aumentado de forma epidêmica nos países emergentes. Entre as opções para o tratamento dessas doenças, a cirurgia cardíaca (CC) tem apresentado bons resultados e contribuído para aumento da expectativa e melhoria da qualidade de vida de pacientes com DCV (FERREIRA, SOUZA, VITOR, BERNARDO, VALENTIN, VANDERLEI, 2012). Alterações na função pulmonar podem ocorrer nas CC, as quais são responsáveis por aumento da morbidade e mortalidade pós-operatória (PO) e são resultantes da 13 interação multifatorial entre anestesia, trauma cirúrgico, circulação extracorpórea (CEC), parada cardíaca, tempo de cirurgia, tempo de ventilação mecânica (VM) e dor, o que pode levar, dentre outros, a diminuição da capacidade residual funcional, aumento do shunt intrapulmonar e alargamento da diferença alvéolo-arterial de oxigênio (FERREIRA, SOUZA, VITOR, BERNARDO, VALENTIN, VANDERLEI, 2012) A cirurgia cardíaca é um procedimento complexo que implica alteração de vários mecanismos fisiológicos, contato com medicamentos e materiais que podem ser nocivos ao organismo, além de impor um grande estresse orgânico, necessitando de cuidados pós-operatórios intensos a fim de preservar uma boa recuperação do paciente. A utilização de anestesia é um dos fatores que acarreta distúrbios de ventilação-perfusão, provavelmente ligados à atelectasia secundária e ao fechamento das vias aéreas distais (FERREIRA, SOUZA, VITOR, BERNARDO, VALENTIN, VANDERLEI, 2012). A dor no pós-operatório e a presença dos drenos implicam baixos volumes pulmonares. Considerando esse quadro de disfunção pulmonar relacionado à cirurgia cardíaca e suas possíveis repercussões, a fisioterapia vem sendo requisitada com o intuito de reverter ou diminuir tais condições, evitando, assim, a instalação de complicações pulmonares (BORGES, ARRUDA, ROSA, COSTA, BALDEZ, SILVA, 2016). Fonte: br.freepik.com A fisioterapia no período pré e pós-operatório (PO) faz parte do tratamento de pacientes submetidos a cirurgias cardíacas. O atendimento fisioterapêutico engloba 14 diversas técnicas, incluindo exercícios de padrões respiratórios, deambulação precoce, cinesioterapia, posicionamento e estímulo à tosse. A fisioterapia respiratória, após a chegada na UTI, contribui muito para a ventilação adequada e o sucesso da extubação (BORGES, ARRUDA, ROSA, COSTA, BALDEZ, SILVA, 2016). A ventilação mecânica (VM) é um recurso terapeuticamente utilizado nas UTI, objetivando a manutenção das trocas gasosas, alívio do trabalho respiratório, reversão ou prevenção da fadiga da musculatura respiratória, diminuição do consumo de oxigênio e aplicação de terapêuticas específicas (BORGES, ARRUDA, ROSA, COSTA, BALDEZ, SILVA, 2016). Estudos recentes demonstram que 33% a 46% dos pacientes admitidos nessas unidades utilizam VM em algum momento durante a internação. Atualmente, a maioria dos pacientes submetidos ao suporte ventilatório mecânico pode ser rapidamente retirada do ventilador assim que a condição responsável pela sua instituição tenha sido tratada e/ou estabilizada (BORGES, ARRUDA, ROSA, COSTA, BALDEZ, SILVA, 2016). Geralmente os pacientes que estão em pós-operatório de cirurgia cardíaca são extubados logo que cessa o efeito da anestesia; porém, aproximadamente 3 a 6% deles podem necessitar de VM prolongada em consequência da complexidade da patologia cardíaca de base, disfunção pulmonar ou por demais alterações sistêmicas. A quantidade de recursos materiais e financeiros utilizados por esses pacientes é elevada, havendo necessidade de buscar estratégias para reduzir tais custos (BORGES, ARRUDA, ROSA, COSTA, BALDEZ, SILVA, 2016). 15 Fonte: hospitalannanery.com.br 4.1 Cirurgia Cardíaca Para a realização das cirurgias cardíacas, é necessário seguir um protocolo, no qual os pacientes são submetidos a uma série de exames e de testes pré-operatórios para evitar ou minimizar possíveis complicações, além disso os mesmos, são preparados tanto psicologicamente quanto hemodinamicamente para um pós- operatório com o mínimo de intercorrências (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). Existem quatro fases da cirurgia cardíaca, que incluem a anestesia geral, utilizada para promover a perda reversível da percepção e bloqueio temporário da resposta geral ao estimulo; esternotomia, que se trata de uma incisão vertical no esterno proporcionando um bom acesso as estruturas torácicas; circulação extracorpórea que compreende um conjunto de máquinas, aparelhos e circuitos que permitem a substituição temporária das funções cardíaca e pulmonar de modo artificial; e procedimentos adequados para cada patologia, como o desvio do sangue,cessando a contratilidade cardíaca, para realização da cirurgia (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017) . 4.2 Complicações da Cirurgia Cardíaca As cirurgias cardíacas podem gerar diversas complicações, despontando entre elas as complicações pulmonares, que geralmente decorrem de um quadro de disfunção pulmonar secundário à utilização de circulação extracorpórea, trauma cirúrgico, indução anestésica e fatores relacionados ao pré-operatório do paciente, as quais culminam com aumento do tempo de internação hospitalar e piora da qualidade de vida (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). O procedimento cirúrgico, independentemente do tipo ou da técnica utilizada, expõe o paciente a complicações graves, como falha estrutural, hemorragias, trombose venosa profunda, tromboembolismo e infecção. Ainda existe um risco de acidente vascular encefálico (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). 16 As cirurgias cardíacas estão sendo mais tardiamente indicadas ou direcionadas para pacientes com comprometimentos mais graves, o que minimiza as situações de riscos como as reoperações e de doenças associadas como hipertensão arterial e nefropatia, no caso de pacientes com doenças pulmonares obstrutivas crônicas e diabetes, ao serem submetidos à cirurgia cardíaca apresentam maiores complicações em seu pós operatório, principalmente se o mesmo ainda for tabagista, pois aumenta o tempo de permanência na ventilação mecânica (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). Algumas outras doenças como hipertensão, doenças autoimunes, síndromes metabólicas entre outras, necessitam de um maior cuidado no pós-operatório imediato, visto que são patologias que devem ser controladas. Outras complicações pulmonares relacionadas à cirurgia cardíaca incluem a intubação traqueal, ventilação mecânica por mais de 48 horas após a cirurgia, congestões pulmonares, atelectasias, pneumonia associada a ventilação e reintubação traqueal, fatores que prolongam o tempo de internação hospitalar (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). Geralmente, os pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca, tem a descontinuidade da ventilação mecânica invasiva, logo ao término dos efeitos das drogas anestésicos, fato que pode durar em torno de seis horas, no entanto, aproximadamente 3 a 6% dos pacientes evoluem com necessidade de ventilação mecânica prolongada devido fatores como complexidade da doença cardíaca, doenças pulmonares prévias ou outros problemas sistêmicos (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). 17 Fonte: laboro.edu.br Pacientes submetidos a procedimentos de revascularização miocárdica são particularmente suscetíveis a disfunções neurológicas no período pós-operatório, implicando em aumento da mortalidade e com os sobreviventes frequentemente adquirindo algum nível de déficit funcional. Sua incidência varia amplamente na literatura, principalmente devido as diferenças de definições, heterogeneidade das populações em estudo e período de acompanhamento da amostra. Assim, as incidências de evento isquêmico cerebral pré-operatório e disfunção neuropsicológica relatadas na literatura apresentam-se com variações de 0,4%-5,4% e 25%-79%, respectivamente (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). A fraqueza muscular é frequentemente encontrada em pacientes críticos nas unidades de terapia intensiva, com incidência entre 30 à 60% dos casos19, a qual é decorrente de diversos fatores prévios à internação, inflamação sistêmica decorrente de CEC, uso de medicações, como corticoides, sedações e bloqueadores musculares utilizados tanto no período intra operatório como no pós operatório, variações nos níveis de glicemia, nutrição inadequada, hiperosmolaridade, ventilação mecânica prolongada e imobilidade no leito (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). O imobilismo no leito acomete os sistemas muscular, gastrointestinal, cardiorrespiratório, urinário e cutâneo. O repouso prolongado pode levar a redução da massa muscular até a metade em duas semanas, e se associada à sepse a perda de 18 massa muscular pode ser até 1,5 kg ao dia, que estão diretamente ligados à distúrbios da junção neuromuscular (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). 4.3 Competências do Fisioterapeuta Segundo a Diretriz Sul-Americana de prevenção e reabilitação cardiovascular, o fisioterapeuta que realizará o atendimento deverá possuir conhecimento: do sistema cardiovascular e as suas doenças, de prevenção cardiopulmonar primária e secundária, de reanimação cardiopulmonar básica e avançada; reconhecer sinais e sintomas de instabilização cardiovascular, realizar rotina de exercícios, ser o responsável pela coordenação e condução do programa de exercícios, e finalmente, prescrever o modo de execução dos exercícios de acordo com a avaliação fisioterapêutica, quadro clínico do paciente e eventuais limitações osteomioarticulares (MAIR, YOSHIMORI, CASTRO, AVINO, BUFFOLO, BRANCO, 2008). O procedimento cirúrgico acarreta alterações da mobilidade da caixa torácica e consequente diminuição dos volumes pulmonares e queda da capacidade residual funcional, favorecendo assim a formação de atelectasias. Além disso há prejuízo à mecânica pulmonar decorrente da alteração e perda da pressão intratorácica, dificultando a expansão pulmonar, favorecendo o colapso e prejudicando a troca gasosa (MAIR, YOSHIMORI, CASTRO, AVINO, BUFFOLO, BRANCO, 2008). Segundo definição da OMS, a Reabilitação Cardiovascular é um conjunto de atividades necessárias para garantir aos pacientes portadores de doenças cardiovasculares as melhores condições sociais, mentais e físicas possíveis, para que possam alcançar com seu próprio esforço uma vida normal e produtiva. Programas de RC são uma realidade em países desenvolvidos e contam com a participação de uma ampla gama de profissionais, com importante papel nas três fases da RC: a fase I inicia-se na internação hospitalar; a fase II vai da alta hospitalar até dois a três meses após o evento; e a fase III é considerada de recuperação e manutenção. Recomenda- se que a RC seja implementada e executada por uma equipe multiprofissional, formada por médico, fisioterapeuta, psicólogo, enfermeiro, nutricionista, educador físico, assistente social e terapeuta ocupacional (MAIR, YOSHIMORI, CASTRO, AVINO, BUFFOLO, BRANCO, 2008). 19 A reabilitação cardiovascular (RC) apresenta uma série de benefícios bem estabelecidos na literatura, tais como melhora na capacidade funcional, redução de fatores de risco, redução dos sintomas, melhora na qualidade de vida e detecção precoce de sinais e sintomas que antecedem sérias complicações. A RC tem sido recomendada para pacientes após infarto agudo do miocárdio e após cirurgia de revascularização do miocárdio; estudos recentes também têm recomendado no pós- operatório de cirurgias cardíacas, insuficiência cardíaca crônica estável, pré e pós- transplante cardíaco, intervenções percutâneas do miocárdio, doenças valvares e doença arterial periférica (MAIR, YOSHIMORI, CASTRO, AVINO, BUFFOLO, BRANCO, 2008). Fonte: portal.crfsp.org.br A técnica do uso da Respiração por Pressão Positiva Intermitente (RPPI) é utilizada para maximizar a função pulmonar por meio de coeficiente de pressão positiva, aumentando a mobilidade da caixa torácica. Além disso, pode ser utilizado como terapia coadjuvante para higiene pulmonar e aumentar a inspiração máxima do paciente, estimulando a tosse. A aceitabilidade dos pacientes é boa em virtude da diminuição do uso do músculo peitoral maior durante a respiração, promovendo um volume maior e mais eficaz (MAIR, YOSHIMORI, CASTRO, AVINO, BUFFOLO, BRANCO, 2008). Os atendimentos poderão ser realizados na cama, no quarto e no corredor doambiente hospitalar, a partir da avaliação prévia realizada pelo fisioterapeuta. Os 20 exercícios serão inicialmente passivos, progredindo para ativo-assistidos e ativos, sentado beira leito e na poltrona, sedestação, treino de marcha e caminhada de acordo com a evolução do paciente. Estes exercícios poderão ser realizados no mínimo três vezes ao dia (variando de acordo com a escala de serviço da fisioterapia) e devem ter curta duração (20 minutos) (MAIR, YOSHIMORI, CASTRO, AVINO, BUFFOLO, BRANCO, 2008). 4.4 Mobilização Precoce em Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca Nos últimos anos, observou-se aumento significativo do número de pacientes com doenças cardíacas que necessitam de cuidados intensivos, clínicos ou cirúrgicos, e aumento das taxas de sobrevida de pacientes com doença crítica e, consequentemente, do número de morbidades deles em decorrência da permanência prolongada em unidades de terapia intensiva (UTI). Neste sentido, a mobilização precoce (MP), realizada de maneira segura, pode diminuir estes efeitos deletérios (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). A mobilização precoce é um componente primordial num programa de reabilitação cardíaca. Grande parte do sucesso desses programas se deve à terapia baseada no exercício físico que proporciona ao paciente maior capacidade de recuperação, permitindo o retorno às suas atividades habituais. O exercício físico também melhora a autoestima diminuindo os problemas emocionais que, muitas vezes, são sintomas importantes em alguns desses pacientes (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). A recuperação de doenças críticas é então afetada pela imobilidade, uma vez que normalmente se associa a ela, alterações sistêmicas como: atrofia e fraqueza muscular e esquelética; alteração das fibras musculares de contração lenta para contração rápida; contraturas; atelectasias; doença tromboembólica; úlceras de pressão; e alterações nos barorreceptores que, com isso, possibilitam a hipotensão postural e taquicardia (LEGUISAMO, 2005. Apud KORUPOLU, 2009). Historicamente, a fisioterapia respiratória tem sido empregada em pacientes submetidos a cirurgias cardíacas com o objetivo de reduzir o risco de complicações pulmonares, como a retenção de secreções pulmonares, atelectasias e pneumonia, tanto em adultos como em pediatria. A participação dos profissionais fisioterapeutas 21 no preparo e na reabilitação dos indivíduos que são submetidos a procedimentos cirúrgicos, mostra-se relevante, tendo em vista o grande arsenal de técnicas disponíveis (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). Nos últimos anos, os programas de Reabilitação Cardiovascular e Metabólica, iniciados desde a fase hospitalar com exercícios físicos de baixa intensidade, tem proporcionado impacto positivo no restabelecimento do condicionamento cardiorrespiratório de pacientes submetidos a Cirurgia Cardiovascular recuperando as disfunções decorrentes do imobilismo. Os efeitos em longo prazo desse grupo de exercícios em pacientes cardiopatas compreendem uma redução do consumo de oxigênio miocárdico, diminuição da frequência cardíaca, da pressão arterial sistólica e maior tolerância ao esforço (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017). Quando os pacientes são submetidos a procedimentos cirúrgicos, a maioria permanece mais tempo acamado do que realizando atividades e, desse modo, o repouso prolongado produz efeitos negativos sobre músculos, ossos, cartilagens e o sistema cardiovascular. As 06 recomendações descritas abaixo devem ser respeitadas para a adequada reabilitação (ROCHA, GOMES, PINTO, OLIVEIRA, MORENO, 2017): Realizar os exercícios usando pequenos grupos musculares (exercícios uni articulares); Não realizar os exercícios simultaneamente, mas consecutivamente (Um membro por vez); Usar o controle respiratório (expirar na fase concêntrica do exercício e inspirar na fase excêntrica), para evitar Manobra de Valsava; Usar Escala de Borg de esforço até 10 (exausto) durante toda terapia; Manter SatO2 ≥ 95%; Utilizar séries de 8-10 repetições Até a alta hospitalar, a intensidade do exercício deve ser guiada pela Escala de Borg, escala que classifica, de forma subjetiva, o esforço do paciente, a partir de sua própria percepção, sendo 0 em repouso, 1 a 3 muito leve, 4 a 5 leve, 6 a 7 moderado, 8 a 9 intenso e 10 exausto. Dificuldade para respirar, tontura, alterações visuais e fadiga muscular também devem ser avaliados (KORUPOLU, 2009). 22 Mesmo avaliando todos os critérios acima, é necessário avaliar a resposta de elevação da frequência cardíaca (FC), ou seja, o valor da FC durante a atividade proposta não deve ultrapassar mais de 20bpm do valor da FC de repouso (KORUPOLU, 2009). 4.5 Ventilação Mecânica Não Invasiva (VMNI) no Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca Fonte: pneumologia.facafisioterapia.net A VMNI vem sendo rotineiramente utilizada no pós-operatório de cirurgia cardíaca atuando na redução do risco de complicações pulmonares. Pode ser usada na prevenção ou no tratamento do desconforto respiratório agudo podendo evitar algumas reintubações (BORGES et al, 2016). A ventilação mecânica não invasiva (VMNI) é utilizada rotineiramente em pacientes que evoluem com insuficiência respiratória aguda (IRpA) após extubação traqueal. Os benefícios da VMNI, já estabelecidos para pacientes com insuficiência respiratória crônica (IRpC), também são evidentes no tratamento de pacientes com IRpA secundária a diferentes etiologias, inclusive no pós-operatório de cirurgias torácicas e também como método para facilitar o desmame da ventilação mecânica convencional (FILHO, BONFIM, AQUIM, 2010). A cirurgia cardíaca causa a redução dos volumes e capacidades pulmonares devido a fatores intraoperatórios, reduzindo a complacência do sistema respiratório, 23 podendo evoluir para IRpA mesmo com oxigênio suplementar. A VMNI tem se mostrado uma alternativa viável, pois melhora a ventilação alveolar e a troca gasosa, diminui o trabalho ventilatório, aumenta os volumes pulmonares, diminui o tempo de ventilação mecânica, evitando assim a reintubação e como consequência abrevia o tempo de internação na UTI (FILHO, BONFIM, AQUIM, 2010). Também apresenta benefícios hemodinâmicos como redução da pré-carga por redução do retorno venoso, diminuição da pós-carga do ventrículo esquerdo por redução de sua pressão transmural, aumentando o débito cardíaco, o que leva à melhora do desempenho do coração como uma bomba (FILHO, BONFIM, AQUIM, 2010). A VNI tem sido associada no pós-operatório com a reversão de atelectasias, melhora de volumes pulmonares e oxigenação, prevenção de pneumonias e tratamento de insuficiência respiratória hipoxêmica moderada. Quando utilizada no modo binível pode aumentar a eficácia da tosse e remoção de secreções pulmonares. Ainda não há consenso sobre qual modalidade de VMNI possui maior eficácia, o que sabe é que, independente da modalidade, a mesma tem alcançado bons resultados no pós-operatório de cirurgia cardíaca principalmente quando utilizada de forma precoce (BORGES et al, 2016). A Ventilação mecânica não-invasiva (VMNI) é definida como método de ventilação artificial realizados sem o uso de tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia. O mecanismo da VMNI consiste em empurrar o ar nas vias aéreas por meio de uma interface nasal ou oro nasal, dentro de um circuito fechado. Desta forma, a pressão positiva altera o princípio fisiológico da ventilação (FERREIRA, SOUZA, VITOR, BERNARDO, VALENTIN, VANDERLEI, 2012. Apud SOUZA, 2016. A ventilação mecânica não-invasiva (VMNI) tem se mostrado importante no tratamento Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca, pois a sua utilização melhora a ventilação alveolar e a troca gasosa, diminui o trabalho ventilatório, aumenta os volumes pulmonares ediminui o tempo de VM, evitando assim a reintubação e, como consequência, reduzindo o tempo de internação na unidade de terapia intensiva. Além disso, a aplicação da VMNI produz diminuição da pré-carga por redução do retorno venoso, diminuição da pós-carga do ventrículo esquerdo por redução de sua pressão transmural e aumento do débito cardíaco (DC), o que leva à melhora do 24 desempenho do coração como uma bomba FERREIRA, SOUZA, VITOR, BERNARDO, VALENTIN, VANDERLEI, 2012. 4.6 Modalidades aplicadas na VMNI As modalidades de VMNI com pressão positiva utilizadas no tratamento das complicações pulmonares no PO de CC descritas pela literatura são a ventilação com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP), pressão positiva em dois níveis de pressão nas vias aéreas (BiPAP) e a respiração com pressão positiva intermitente (RPPI). A superioridade de uma modalidade de VMNI em relação à outra ainda não está claramente estabelecida na literatura (FERREIRA, SOUZA, VITOR, BERNARDO, VALENTIN, VANDERLEI, 2012). A VMNI faz uso da pressão positiva no final da expiração (PEEP) que recruta e estabiliza alvéolos e pequenas vias aéreas, aumentando a CRF, trocas gasosas e reduzindo o shunt intrapulmonar. A PEEP também tem ação na redistribuição do líquido extra vascular em doenças que cursam com aumento de pressão hidrostática ou diminuição de pressão oncótica nos vasos sanguíneos (FERREIRA, COUTO, YKEDA, 2013). A VMNI é classificada como modalidade espontânea na qual o disparo e a ciclagem do ventilador são controlados pelo paciente. As modalidades mais utilizadas são a Pressão de Suporte (PSV), a Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) e a Pressão Positiva Binível nas Vias Aéreas (BIPAP). A VMNI pode ser administrada de três formas: com geradores de fluxo, ventiladores mecânicos micro processados e aparelhos específicos para VMNI (FERREIRA, COUTO, YKEDA, 2013). O CPAP é uma técnica que oferece um único nível de pressão positiva nas vias aéreas. Como efeitos fisiológicos do CPAP tem-se a prevenção de colapso alveolar e reabertura/recrutamento de alvéolos colapsados por meio da pressão direta e que seja mantida abertura de outras unidades interligadas pelos poros de Kohn. Ocorrerá aumento na CRF não sendo capaz de aumentar a ventilação alveolar (FERREIRA, COUTO, YKEDA, 2013). O uso de CPAP limitado a 7,5 cmH2O ou mesmo PSV+PEEP, desde que o valor do pico de pressão não ultrapasse 10cmH2O e a PEEP não seja maior do que 25 5 cmH2O, parece ser uma maneira segura de se empregar VMNI no período PO de cirurgias abdominais e torácicas eletivas, na tentativa de evitarem-se complicações associadas à VMNI no PO, principalmente distensão gástrica e vômitos (FERREIRA, COUTO, YKEDA, 2013). Fonte: interfisio.com.br O Binível é constituído por dois níveis de pressão nas vias aéreas. O volume corrente (VC) será determinado pela variação pressórica entre IPAP (pressão positiva inspiratória nas vias aéreas) e EPAP (pressão positiva expiratória nas vias aéreas). Com isso o Binível, através do EPAP, pode aumentar a CRF melhorando a hipoxemia, como também pode aumentar o VC e volume minuto, através do IPAP, sendo eficaz na correção da hipercapnia (FERREIRA, COUTO, YKEDA, 2013). Lopes et al. (2008) destaca que o sucesso na utilização da VMNI é o ajuste dos níveis de IPAP e da EPAP, de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. A principal característica da VMNI é o uso da interface entre o paciente e o ventilador em substituição à prótese endotraqueal. O principal objetivo na escolha da interface consiste em determinar um dispositivo que proporcione melhor adaptação com menor vazamento sem causar muita compressão na face do paciente. As interfaces podem ser: Máscaras nasal, oro nasal ou facial, facial total e capacete. As máscaras nasais e oro nasais são as mais utilizadas corroborando com os dados das publicações analisadas (FERREIRA, COUTO, YKEDA, 2013). 26 A máscara oro nasal ou facial permite a correção mais eficaz das trocas gasosas, pois permite a utilização de valores maiores de pressão necessárias em indivíduos com IRpA. Destaca-se que são preferíveis também nestas situações agudas devido à dificuldade de manutenção da boca fechada por parte dos pacientes na tentativa de diminuir a resistência adicional imposta pela passagem do fluxo aéreo por meio das vias aéreas superiores (LOPES, 2008. Apud FERREIRA, COUTO, YKEDA, 2013). Fonte: somiti.org.br Esta máscara tem como vantagem o reduzido vazamento de ar e com desvantagens a maior incidência de lesões de pele, bronca aspiração, aerofagia, sensação de claustrofobia e maior espaço morto. Fatores indesejáveis, como claustrofobia, escape aéreo e irritação dos olhos podem ser evitados ou atenuados por meio da escolha da interface ideal (FERREIRA, COUTO, YKEDA, 2013). 4.7 Doenças cardiovasculares e seus fatores de risco As doenças cardiovasculares representam um conjunto de doenças que afetam o aparelho cardiovascular e os vasos sanguíneos. Dentre elas, a mais comum é a doença das artérias coronárias, a qual pode ocasionar ataque cardíaco e outras ocorrências graves. A pressão arterial elevada, a doença das artérias coronárias e a doença cerebrovascular são exemplos de doenças cardiovasculares (GAMA, BIASE, RUAS, 2012). As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte nos países desenvolvidos e sua ocorrência tem aumentado de forma epidêmica nos 27 países emergentes. Entre as opções para o tratamento dessas doenças, a cirurgia cardíaca (CC) tem apresentado bons resultados e contribuído para aumento da expectativa e melhoria da qualidade de vida de pacientes com Doenças Cardiovasculares. Fonte: pinterest.pt.com.br Alterações na função pulmonar podem ocorrer nas Cirurgias Cardíacas , as quais são responsáveis por aumento da morbidade e mortalidade pós-operatória (PO) e são resultantes da interação multifatorial entre anestesia, trauma cirúrgico, circulação extracorpórea (CEC), parada cardíaca, tempo de cirurgia, tempo de ventilação mecânica (VM) e dor, o que pode levar, dentre outros, a diminuição da capacidade residual funcional, aumento do shunt intrapulmonar e alargamento da diferença alvéolo-arterial de oxigênio (BRASIL, 2007). As doenças cardiovasculares são responsáveis por grande número de mortalidade prematura em adultos e, mesmo, quando não são mortais, levam com frequência à invalidez parcial ou total do indivíduo, reduzindo a autonomia dos acometidos, o que acarreta graves repercussões para os mesmos, para sua família e para a sociedade. Dados do Ministério da Saúde evidenciam que, ao todo, 283.297 pessoas perderam a vida por problemas do aparelho circulatório em 2005, ano-base do relatório, o equivalente a 32,2% do total de mortes, que foi de pouco mais de um milhão (BRASIL, 2007). A hipertensão arterial sistêmica (HAS), idade, sexo, tabagismo, dislipidemias, diabetes mellitus, sedentarismo, obesidade e história familiar prematura para doenças 28 cardíacas são os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares (DCV). Em função da elevada prevalência das doenças cardiovasculares em muitos países do mundo e por ser considerada uma das principais causas de morte, optou-se por realizar esta pesquisa, a fim de identificar os fatores de risco presentes em pacientes da rede SUS da UBS Progresso da cidade de Erechim, com o propósito de orientar os participantes do estudo quanto à prevenção das doenças cardiovasculares (GAMA, BIASE, RUAS, 2012). Existem fatores não comportamentais como a predisposição genética, que não pode ser alterado. Mas os maus hábitos definitivamente antecipame agravam o aparecimento dos problemas (BRAGA, 2017). 5 UTI CARDIOINTENSIVO INFANTIL Fonte: minutoenfermagem.com.br As malformações congênitas (MFC) se configuram como importantes causas de mortalidade infantil nos países que reduziram a mortalidade por doenças infecciosas e perinatais. A malformação cardíaca, definida como anormalidade estrutural do coração ou dos vasos intratorácicos, nas diferentes formas anatômicas, não só é uma das anomalias congênitas mais frequentes ao nascimento, como permanece como a principal causa de morte em crianças com MFC (CRISTOVAM et al, 2014). 29 As anomalias cardíacas podem se apresentar isoladamente (80 a 85%) ou fazer parte de síndromes cromossômicas (5 a 10%) ou gênicas (3 a 5%). Apresentam amplo espectro clínico, compreendendo desde defeitos que evoluem de forma assintomática, até aqueles com acentuada complexidade, que cursam com sintomas limitantes e são determinantes de alta morbimortalidade. Uma variedade de cardiopatias congênitas pode evoluir com insuficiência cardíaca (IC) (CRISTOVAM et al, 2014). Os defeitos cardíacos congênitos são definidos como uma anormalidade na estrutura e na função cardiocirculatória presente desde o nascimento. As malformações congênitas podem resultar, na maioria dos casos, da alteração do desenvolvimento embrionário de uma determinada estrutura normal ou da possibilidade de não se desenvolver de forma plena, obtendo um desenvolvimento insuficiente e incompleto a partir do seu estágio inicial (BELO, OSELAME, NEVES, 2016). A malformação cardíaca é a anomalia congênita isolada mais comum, respondendo por 3 a 5% das mortes no período neonatal. Estimativas apontam que aproximadamente 20-30% das crianças morrem no primeiro mês de vida por insuficiência cardíaca ou crises de hipóxia (BELO, OSELAME, NEVES, 2016). Os defeitos congênitos encontrados na infância são as causas mais frequentes de emergência em cardiologia pediátrica. Alguns fatores de risco aumentam a incidência de defeitos cardíacos congênitos. O histórico familiar (parentes de primeiro grau), fatores maternos, que incluem as doenças crônicas como a diabetes ou a fenilcetonúria mal controladas, consumo de álcool, exposição a toxinas ambientais e infecções também podem aumentar, consideravelmente, a probabilidade de uma anomalia cardíaca (BELO, OSELAME, NEVES, 2016). Os defeitos cardíacos são classificados como cianóticos e acianóticos, indicando a presença ou não de coloração azulada da pele e das mucosas em virtude de oxigenação insuficiente do sangue, e outro baseado em características hemodinâmicas, como fluxo sanguíneo pulmonar aumentado ou diminuído, obstrução do fluxo sanguíneo fora do coração e fluxo sanguíneo misto. Entre as cardiopatias acianóticas mais frequentes estão a comunicação interatrial (CIA), a comunicação interventricular (CIV), o defeito no septo atrioventricular total (DSAVT) ou parcial (DSAVP), que, muitas vezes, pode estar associado com a síndrome de Down, a 30 estenose aórtica (EA), a persistência do canal arterial (PCA) e a coarctação da aorta (CoA) (BELO, OSELAME, NEVES, 2016). O sopro cardíaco é a maior causa de encaminhamento para investigação de cardiopatia congênita. Nessa categoria, estão as cardiopatias com shunt da esquerda para a direita e as cardiopatias obstrutivas isoladas. Em aproximadamente 50% dos casos, trata-se de sopro inocente (CRISTOVAM et al, 2014). Fonte: grupognap.com.br 5.1 Complicações pulmonares em Cirurgia Cardíaca pediátrica As complicações pulmonares pós-cirurgia cardíaca pediátrica são atelectasia, pneumonia, derrame pleural, pneumotórax, quilo tórax, hipertensão pulmonar, hemorragia pulmonar e paralisia diafragmática, sendo que as duas primeiras alterações foram mais frequentes (CAVENAGHI et al, 2009). A atelectasia, definida como colapso de uma determinada região do parênquima pulmonar é a complicação mais comum no pós-operatório de cirurgia cardíaca, e piora a oxigenação, diminui a complacência pulmonar, provocando inibição da tosse e do clerance pulmonar, podendo levar à insuficiência respiratória e aumentar a resistência vascular pulmonar (CAVENAGHI, MOURA, SILVA, VENTURINELLI, MARINO, LAMARI, 2009). Cirurgias cardíacas associadas à CEC têm como efeito adverso o aumento da permeabilidade capilar que gera o edema, o que acarreta em redução da 31 complacência pulmonar e trocas gasosas, além de levar ao colabamento das vias aéreas, atelectasias, diminuição da capacidade residual funcional e consequentemente hipoxemia CAVENAGHI, MOURA, SILVA, VENTURINELLI, MARINO, LAMARI, 2009). 5.2 Importância da fisioterapia no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica As crianças com cardiopatia congênita frequentemente desenvolvem alterações da mecânica respiratória, além disso, a cirurgia cardíaca associada à circulação extracorpórea (CEC) também leva a uma série de complicações respiratórias. Desta forma, a fisioterapia no pré e pós-operatório têm como principais objetivos a reexpansão pulmonar, desobstrução das vias aéreas e orientar os responsáveis para prevenir estas complicações (CAVENAGHI et al, 2009). A fisioterapia no período pré e pós-operatório está indicada em cirurgia cardíaca pediátrica com o objetivo de reduzir o risco de complicações pulmonares (retenção de secreções pulmonares, atelectasias e pneumonias), bem como tratá-las, contribui para a ventilação adequada e o sucesso da extubação (CAVENAGHI et al, 2009). No pré e pós-operatório, a fisioterapia utiliza técnicas desobstrutivas, reexpansivas, apoio abdominal e orientação da importância e os objetivos da intervenção fisioterapêutica aos pais ou acompanhantes, ou aos pacientes capazes de compreendê-las. As técnicas utilizadas pela fisioterapia no pós-operatório incluem vibração na parede torácica, percussão, compressão, hiperinsuflação manual, manobra de reexpansão, posicionamento, drenagem postural, estimulação da tosse, aspiração, exercícios respiratórios, mobilização e AFE (aceleração do fluxo expiratório) (CAVENAGHI et al, 2009). Portanto, conclui-se que a atuação fisioterapêutica por meio de diferentes condutas no pré e pós-operatório da cirurgia cardíaca pediátrica é de suma importância, visto que no pré-operatório ela previne o paciente de complicações pulmonares e motoras e durante o pós-operatório dá-se continuidade a prevenção e ao tratamento das complicações e deformidades, buscando a alta hospitalar o mais 32 precoce possível e a melhor qualidade de vida desses pacientes (CAVENAGHI et al, 2009). 33 6 BIBLIOGRAFIAS ABREU, M. O, ALMEIDA, L. Manuseio de ventilação mecânica no trauma crânioencefalico: hiperventilação e pressão positiva expiratória final. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Salvador. 2009. ALMEIDA, J. A. S. P. et al. As repercussões da aspiração traqueal e da fisioterapia respiratória na hipertensão intracraniana: um estudo de revisão. Revista Connectionline, Mato Grosso. 2014. ALCÂNTARA, Talita Ferreira Dourado Laurindo de; MARQUES, Isaac Rosa. 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