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CUIDADOS PALIATIVOS

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CUIDADOS PALIATIVOS 
Discentes: 
Anny Karolina Brante
André Franco Ludwig
Débora Pietraczk
Fernanda Tori 
Fernanda Peron
DEFINIÇÃO
Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu os cuidados paliativos como a “abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos doentes e suas famílias, que enfrentam problemas decorrentes de uma doença incurável ou grave e com prognóstico limitado, através da prevenção e alívio do sofrimento, com identificação precoce e tratamento rigoroso dos problemas não só físicos, mas também dos aspetos psicossociais e espirituais” (WHO,1990).
DEFINIÇÃO
Os cuidados paliativos afirmam a vida e aceitam a morte como um processo natural, sendo que não pretendem provocá-la nem atrasá-la, através da eutanásia.
Têm como objetivo central promover o bem-estar e a qualidade de vida do doente.
Promovem uma abordagem global e holística do sofrimento do doente, pelo que se exige a presença de uma equipe multidisciplinar.
DEFINIÇÃO
Os cuidados paliativos são oferecidos dependendo das necessidades e não apenas com base no prognóstico ou diagnóstico da doença cuja finalidade é prolongar a vida.
Há preocupação de abranger as necessidades das famílias e cuidadores prolongam o período de luto. 
Pretendem ser uma intervenção rigorosa no âmbito dos cuidados de saúde, pelo que utilizam métodos científicos e se integram no sistema de saúde, não devendo estar a margem do mesmo (Barbosa e Neto, 2010).
CUIDADOS PALIATIVOS PELO MUNDO
Portugal: 
Segundo a Associação portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), fundada em 1995, os cuidados paliativos são um direito de todos e não um privilégio só para alguns, mas 95% dos serviços de cuidados paliativos são doentes com câncer e não doentes com outras patologias terminais.
Em 2014 de 69 a 82% dos doentes falecidos teriam tido necessidade de 24 cuidados paliativos, pode-se determinar que exista em Portugal 300 a 923 doentes com necessidades destes cuidados. 
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Turquia: 
O Ministro da Saúde da Turquia lançou um programa nacional de controlo do cancer em 2009 para os cinco anos seguintes. O programa inclui cinco principais diretivas: O registo, a prevenção, a triagem e diagnóstico precoce, o tratamento e finalmente os cuidados paliativos.
Pequenas distritos. 
Papel da família
Morfina 
Custo hospitalar 
Crise politica 
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Bélgica: 
Lei promulgada em 2002 garante ao doente o benefício do acesso aos cuidados paliativos como parte do acompanhamento em fim da vida, além da oferta de todos os dispositivos necessários ao cuidados e os critérios de reembolso destes pela segurança social que garante a igualdade de acesso a todos os doentes terminais.
Há promoção de uma organização de cuidados paliativos, sólida baseada num modelo de cuidados multidisciplinares, projetado para cada doente (preferências, desejos da família, estado de saúde e suporte social). 
Com a finalidade de prevenir o esgotamento dos cuidadores informais e de permitir aos doentes ficar nas suas casas, desde que exprimam essa preferência, os familiares mais próximos constituem um grupo a incluir nos cuidados domiciliários.
CUIDADOS PALIATIVOS PELO MUNDO
Os cuidados paliativos são prestados no domicílio, em lares para idosos, em casas de saúde, em centros de dia, em hospitais e em unidades paliativas especializadas. 
Rússia:
Os cuidados paliativos foram aprovados em 2011 sendo um tipo distinto de assistência médica ao lado dos cuidados médicos primários, da emergência médica e das especialidades.
CUIDADOS PALIATIVOS PELO MUNDO
Não existem equipes hospitalares ou domiciliarias de cuidados paliativos para adultos, fazendo necessárias equipes de voluntários especializadas. Há duas equipes pediátricas de apoio domiciliário e seis unidades de internamento. 
Capitais: Moscou, e em St. Petersburg
Estado:
Medicina:
2 leitos para pediatria 
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França: 
Em 2011 foi criada um "Bolsa Família" (53 euros / dia durante 21 dias) para os prestadores de cuidados às pessoas que necessitam reduzir a sua atividade profissional ou que precisem de uma licença para ficarem em casa durante algum tempo. Este benefício temporário da Segurança Social tem como objetivo facilitar o encargo financeiro para os cuidadores familiares (Atlas of Palliative Care in Europe, 2013).
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2010: 4900 leitos de cuidados paliativos de base foram implementadas em 815 serviços hospitalares não especializados como: a oncologia, a pneumologia, a geriatria, unidades de tratamento intensivo (UTI), a gastroenterologia. 
Destes (entre 3 a 6 por unidade de terapia) são dedicadas a doentes que necessitam de algum tipo de tratamento paliativo mas não dos recursos completos que uma unidade específica para cuidados paliativos pode proporcionar (Poulain, 1998).
CUIDADOS PALIATIVOS PELO MUNDO
Em pediatria, existiam 22 equipes de suporte de cuidados paliativos (incluindo quatro equipes domiciliarias) e 185 camas localizadas em serviços pediátricos de hospitais terciários. 
O conceito de voluntariado era relativamente desconhecido em França e não era totalmente aceito pela sociedade. 
CUIDADOS PALIATIVOS PELO MUNDO
Alemanha: 
A lei federal afirma que os doentes têm o direito a usufruir de cuidados paliativos no domicílio foi introduzida em 2009. Desde então, este tipo de serviços tem vindo a aumentar gradativamente.
Medicina: Exames finais que mostram um certificado dessa mesma formação (Atlas of Palliative Care in Europe, 2013)
CUIDADOS PALIATIVOS PELO MUNDO
O doente não paga pelas consultas, esta despesa é completamente coberta por instituições de seguros de saúde privadas e pelo estado. Há um pagamento parcial para a hospitalização (10 euros/dia) e para os medicamentos fornecidos no domicílio. Para os doentes com tratamentos que se prolongam por mais de seis dias e mais de seis horas por semana de tratamento específico (incluindo as conversas com os doentes e os cuidadores) o reembolso por parte do estado é de 1300 euros
CUIDADOS PALIATIVOS PELO MUNDO
Brasil:
No Brasil, o único instrumento legal - Portaria GM/MS nº 2.439/ 200514 - que institui os cuidados paliativos, apenas o faz no bojo da atenção oncológica, deixando de fora uma gama de outras doenças e sujeitos, que necessitam de igual maneira desses cuidados e de políticas públicas que os auxiliem, principalmente no que tange às crianças. 
CUIDADOS PALIATIVOS PELO MUNDO
Em relação às CDT, deve-se mencionar que o United States Office of Technology Assistance (US OTA), em documento de 1987, as classifica como “[...] aquelas que necessitam ao mesmo tempo de dispositivo médico para compensar a perda de uma função vital e de cuidado substancial e contínuo de enfermagem para prevenir a morte ou futuras disfunções”. 
Não há programas específicos de cuidados paliativos e continuados que as contemplem, com base na atenção primária, e que articulem os diferentes níveis de complexidade da atenção.
CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL	
SERVIÇOS PIONEIROS
Instituto nacional do Câncer – INCA, do Ministério da Saúde, que inaugurou em 1998 o primeiro serviço de Cuidados Paliativos do Hosp. Câncer I. Funciona desde 1986.
Em dezembro de 2002, o Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo – HSPE/SP inaugurou sua enfermaria de Cuidados Paliativos, comandada pela Dra. Maria Goretti Sales Maciel. 
CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL
Hospedaria de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Municipal de são Paulo, comandado pela Dra. Dalva Yukie Matsumoto, que foi inaugurado em junho de 2004, com início do projeto em 2001.
Inaugurado em 4 de julho de 2004.
190 pacientes em 4 anos (até 2008) 
 80% portadores de doenças malignas
 20% de doenças crônicas.
Reuniões semanais para discussão dos casos e reuniões mensais para a dor do staff.
CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL
Ações são desenvolvidas por equipe multiprofissional, com abordagem baseada na Haptonomia (do Grego “hapsis”,tato, sentido, sentimento e “nomos”, a lei, a norma, a regra), ciência das interações e das relações afetivas humanas. 
CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL
Os profissionais são treinados para lidar com a dor total (Cicely Saunders em 1965):
Os aspectos emocionais, como o medo, a ansiedade e a depressão.
Os aspectos sociais, como a dependência de outros, a dor da separação, as necessidades psicossociais e sexuais, a dependência financeira e a incerteza do futuro.
Os aspectos espirituais, como a falta de sentido de vida e de morte, a religiosidade, entre outros aspectos. 
E os aspectos somáticos, relacionados à própria doença ou às outras doenças prévias associadas.
CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL
2004  1º Congresso Internacional no INCa.
2005  Fundação da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP).
Regularização profissional do paliativista brasileiro.
Discussão entre Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Conselho Federal de Medicina – CFM e Associação Médica Brasileira – AMB.
CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL
ANCP luta pela regularização da Medicina Paliativa como área de atuação médica junto à Associação Médica Brasileira e a universalização dos serviços de Cuidados Paliativos no Ministério da Saúde.
Out/2017  1º Simpósio Paranaense de Cuidados Paliativos.
CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL
A OMS destaca três medidas fundamentais para o desenvolvimento de CP com uma abordagem de saúde pública:
Uma política de governo que assegure a integração dos serviços de CP na estrutura e no financiamento do sistema de saúde nacional.
Uma política de educação que sedimente a formação de profissionais de saúde e voluntários.
Uma política de fármacos que garanta a oferta de medicamentos para o tratamento da dor e outros sintomas.
CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL
Código de Ética Médica nº 1931/09  Cap V - Relação com pacientes e familiares – Art 41: 
Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal.
Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal.
CENÁRIO ATUAL
Desconhecimento e muito preconceito relacionado aos Cuidados Paliativos.
Confusão entre atendimento paliativo com eutanásia e há um enorme preconceito com relação ao uso de opióides, como a morfina, para o alívio da dor.
No Brasil existem 18 diversos serviços cadastrados como prestadores de Cuidados Paliativos, com características próprias e peculiares. [International Association for Hospice and Palliative Care (IAHPC) (http://www.hospicecare.com)];
Mas poucos são os que se baseiam em critérios científicos e de qualidade;
CENÁRIO ATUAL
Eutanásia: ação de um médico que provoca deliberadamente a morte do paciente. 
Passiva  a morte por omissão, ao retirar um determinado tratamento, a alimentação ou a hidratação, por exemplo, para acelerar a morte. 
Ativa  basicamente quando se ministram medicamentos que possam ser letais com o objetivo de encurtar a vida.
CENÁRIO ATUAL
Cuidados Paliativos: São aqueles cuidados oferecidos aos pacientes com enfermidade grave, com o objetivo de garantir, na medida do possível, melhor qualidade de vida. 
O objetivo é aliviar a dor e o mal-estar.
Igreja Católica: Não se pretende provocar a morte, pois aceita-se o fato de não poder impedi-la. O uso de analgésicos para aliviar os sofrimentos, inclusive com riscos de abreviar os dias do pacientes, pode estar moralmente em conformidade com a dignidade humana, já que não se pretende a morte.
CENÁRIO ATUAL
Ainda hoje, no Brasil, a graduação em medicina não ensina ao médico como lidar com o paciente em fase terminal, como reconhecer os sintomas e como administrar esta situação de maneira humanizada e ativa.
A ANCP prevê que, nos próximos anos, essa situação deverá mudar rapidamente. 
Profissionais especializados com a regularização profissional, promulgação de leis, a necessidade dos Hospitais em ter uma equipe de Cuidados Paliativos.
PRINCIPIOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS
O QUE SÃO CUIDADOS PALIATIVOS? Segundo a OMS (2002), são ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e familiares que enfrentam problemas associados com doença que ameaçam a vida. Não tem objetivo curativo, mas sim de CONFORTO, CUIDADOS DE SUPORTE E GERENCIAMENTO DE SINTOMAS.
Oferece um sistema de suporte que auxilie paciente a viver tão ativamente quanto possível, até a sua morte;
Oferece um sistema de suporte que auxilie a família e entes queridos a sentirem-se amparados durante todo o processo de doença (e final da vida).
PRINCIPIOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS
Deve ser iniciado o mais precocemente possível, junto a outras medidas de prolongamento de vida, como a quimioterapia, e incluir todas as investigações necessárias para melhor compreensão e manejo dos sintomas.
Na pratica diária o profissional necessita de sensibilidade e discernimento para decidir o melhor momento para a abordagem de algumas providências, devendo atentar-se para perceber que abordar e em qual momento abordar.
MODELOS DE CUIDADOS PALIATIVOS NO AMBULATORIAL
O Ambulatório de Cuidados Paliativo recebe os pacientes encaminhados de outros setores ou especialidades clínicas e cirúrgicas usando Referência/Contra-referência. 
È importante que o paciente possa se LOCOMOVER até o ambulatório.
MODELOS DE CUIDADOS PALIATIVOS NO AMBULATORIAL
Ter uma doença ativa e progressiva e se encontrar fora das possibilidades de cura.
EQUIPE INTERDISCIPLINAR médico, enfermeira, assistente social, psicóloca, farmacêutico capelão (religioso), voluntários, ainda sobre serviços disponíveis, eventualmente se nota a presença de terapeuta artístico ou terapeuta musical.
ASSISTÊNCIA AO FIM DA VIDA
Várias questões envolvem os últimos momentos da vida.
Não podem ser consideradas apenas como uma continuidade do processo de morte muitas vezes já iniciado na evolução de uma doença incurável	.	
Sintomas comuns.
Novas causas de sofrimento: Familia X Paciente.
Sintomas devem ser detalhados e cuidadosamente abordados.
ASSISTÊNCIA AO FIM DA VIDA
Uso de recursos terapêuticos de forma fútil ou obstinada (exames, infusão de medicamentos vasoativos, respiradores Efeitos nocivos e beneficio.
Dor e sofrimento do que a doença já traz.
Ináceitável: Morte como evento natural e esperado. 
Medo sobre as responsabilização civil e criminal.
Uso desmedido destes recursos pode resultar num número crescente de pessoas completamente dependentes do suporte hospitalar.
ASSISTÊNCIA AO FIM DA VIDA
Sem possibilidade de contato com sua família .
Sem individualidade.
Ex: UTI 
Estas questões devem ser preferencialmente abordadas com antecipação, respeito e clareza ao paciente e seus familiares.
ASSISTÊNCIA AO FIM DA VIDA
Ultimas horas: tristeza, melancolia e saudade.
Desejos de “paz”, de “boa partida”, de “boa hora”.
Momentos cercados de: 
Medo
Incertezas
Espiritualidade do doente e de sua família à tona
Colaboradora e pacífica
ASSISTÊNCIA AO FIM DA VIDA
Nascimento / Morte: Momento único e sozinho. 
Cuidadores e familiares o descrevem de forma sucinta como sendo “de muito sofrimento”, mesmo quando os sintomas estão bem controlados.
CUIDADOS PALIATIVOS DAS ÚLTIMAS HORAS
Objetivos:
Promover o controle dos sintomas .
Prevenir os agravos das últimas horas de vida.
Suavizar a agonia final.
Evitar tratamentos que possam ser considerados fúteis nesta fase.
Reconhecer o momento da morte  tarefas mais difíceis no campo da Medicina.
CUIDADOS PALIATIVOS DAS ÚLTIMAS HORAS
Perceber: 
As disfunções são irreversíveis
Tratamento que tenta o prolongamento da vida implica prolongamento do sofrimento
Nas últimas horas: progressivamente mais “ausente” da vida. 
Não consegue mais: 
Comunicar-se,alimentar-se, movimentar- se
Até mesmo a expressão facial, abrir e fechar os olhos torna-se difícil de serem interpretados.
CUIDADOS PALIATIVOS DAS ÚLTIMAS HORAS
Fisioterapia nos Cuidados Paliativos
A fisioterapia possui um arsenal abrangente de técnicas que complementam os Cuidados Paliativos.
Manter um caráter superprotetor ao atendimento, impede atividade funcional.
A simples idéia de "fazer" em vez de "ser atendido" dá ao paciente a oportunidade de ser produtivo.
A reinserção do paciente em suas atividades de vida diária restaura o senso de dignidade e auto-estima.
Atuação do Fisioterapeuta
1) Terapia pra dor: eletroterapia, terapia manual, crioterapia e calor.
2) Alivio dos sintomas psicofísicos: relaxamento, técnicas manuais, yoga, watsu e outras.
3) Complicações osteomiarticulares: exercícios de leves a moderados para grupos musculares específicos.
4) Melhora da função pulmonar: principais complicações são atelectasia e dispneia.

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