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Física Experimental A Turma J Prática 6 – Estudo do momento de inércia de sistemas discretos pelo método científico Augusto Vitor Nanzer RA: 744219 Gustavo Camargo RA: 746028 15 de junho de 2018 RESUMO A prática 6 teve como objetivo medir o momento de inércia de um sistema discreto de partículas através de seu momento de inércia total e do próprio sistema que possibilitou o experimento. Isso se deu seguindo etapas. Medindo a massa de cada peça do conjunto obteve-se a somatória das massas. Primeiramente variou-se a somatória das massas para calcular o momento de inércia Ic em função da somatória, sendo possível achar o valor do coeficiente k = 1 através do emprego do método visual ao gráfico dessa função, que só foi possível ao aplicar conhecimentos matemáticos sobre logaritmo para linearizar o gráfico. Para achar o valor do coeficiente n, também empregou-se o método visual variando o raio r do conjunto em função de Ic, mantendo a somatória das massas uma constante; também utilizando dos conhecimentos sobre log. Nesses passos, para facilitar o cálculo das incertezas, manteve-se uma altura h = 2,3 m e um Diâmetro D do carretel constantes. A variação do tempo dada por alterar o raio e a somatória das massas, tinha como consequência a variação do momento de inércia total. Por fim, fim utilizando esse momento de inércia total subtraído do momento de inércia do sistema, achou-se cada Ic. OBJETIVOS Esta prática experimental tem como objetivos medir o momento de inércia de sistemas discretos, estimando também quais variáveis nas medições são mais importantes para determinar a incerteza desse momento de inércia. Outro objetivo foi determinar a relação empírica do momento de inércia com a massa e a distribuição da massa de sistemas discretos. FUNDAMENTOS TEÓRICOS Quando se estuda o movimento de translação de corpos rígidos, as partículas que compõem um corpo individualmente são desconsideradas pois todos os pontos possuem a mesma velocidade v de translação. Assim o momento linear p de um corpo qualquer é dado pelo produto de sua massa total M pela sua velocidade v. Na segunda lei de Newton, temos: M . vp = dp/dt M . aF = = Para descrever um movimento de rotação o raciocínio é análogo ao movimento de translação porém as grandezas são substituídas. A velocidade angular equivale a ω v, o momento de inércia I equivale a M, et cetera. Seguindo o raciocínio: ωL = I L/dt ατ = d = I Sendo o torque, a aceleração angular e L o momento angular. Podemos τ α descrever de modo geral o momento de inércia de uma partícula como: M r I = C K n sendo M a massa da partícula e r a distância para o eixo de rotação. As potências k e n são números inteiros e C uma constante sem dimensão. Para um sistema discreto de partículas esta representação pode ser generalizada como: .. r I t = I 1 + I 2 + . + I n = C ∑ n i=1 M i k i n Para o sistema usado durante as aulas experimentais, aplicando a 2ª lei de Newton, temos a seguinte relação para o movimento de queda da massa vertical: a gm = m − T sendo T a tensão no fio ligado ao sistema, que equivale à força tangencial aplicada ao sistema. /(D/2) α/(D/2)T = F tangencial = τ = I Considerando a queda da massa como um movimento uniformemente acelerado, equivalente à aceleração tangencial, chega-se a: h/t ² a = 2 = α tangencial com t tempo de queda e h a altura da qual parte a massa. Juntando as três últimas equações chegamos a: D ²/4 . [gt ²/2h ]I T = m − 1 Assim, medindo o tempo e altura de uma massa em queda, pode-se determinar o momento de inércia do sistema. E pelo princípio da superposição dos momentos de inércia, podemos achar o momento de inércia do sistema discreto de corpos, ou seja: I T = I s + I c ⇒ I c = I T + I S sendo que representa o momento de inércia dos corpos discretos, representa I c I T o total e S, o momento de inércia do sistema vazio. MATERIAL UTILIZADO Balança Tríplice Escala – Balança JB., precisão 0,1 g; Paquímetro – KINGTOOLS., precisão 0,02 mm; Cronômetro Digital acionado manualmente; Trena manual, precisão 0,5 mm; 5 conjuntos de peças com massas diferentes; Massa suspensa; Papéis de gráfico di-log e milimetrado. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Primeiramente, estabeleceu-se uma altura h da qual seria solta a massa. O tempo de queda da massa m com sistema vazio saindo dessa altura h foi medido três vezes chegando a um valor médio para t ( e sua respectiva incerteza. Assim, )< t s > substituindo nas duas últimas fórmulas, possibilitou-se o cálculo do momento de inércia do sistema vazio e sua incerteza . I s (I )u s Depois, foram medidas as massas de de cada uma das peças de todos os M i conjuntos, dados presentes na tabela 2. Daí em diante, fez-se um procedimento muito parecido com a prática 5, variando primeiramente a massa do sistema discreto e o raio r. ∑ M i Cada conjunto de massas foi fixado próximo às extremidades da cruzeta, de modo que r fosse idêntico para cada corpo. Assim mediu-se três vezes o tempo de queda da massa m a uma altura h e obteve-se uma média do tempo e sua respectiva < t > incerteza . Esses dados estão representados na tabela 3.(< )u t > Posteriormente selecionou-se o conjunto de peças de maior massa e elas ∑ M i foram fixadas nas extremidades das cruzetas, enquanto r variou em outras quatro distâncias menores igualmente espaçadas. Para cada r, mediu-se três vezes o tempo de queda da massa m de uma altura h, chegando a um . u (< )< t > ± t > Dados na tabela 4. A partir disso, pôde-se calcular o momento de inércia total de cada um dos conjuntos em análise e, obviamente, o momento de inércia de cada um dos sistemas I c discretos com suas respectivas incertezas .(I )u c Construiu-se então,os gráficos em di-log de versus e versus r. Assim I c ∑ M i I c se tornou possível determinar os coeficientes k e n da equação r I T = C ∑ n i=1 M i k i n aplicando o critério de ajuste de reta mais provável pelo método visual, onde as potências foram arredondadas para os números inteiros mais próximos. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS Tabela 1: Medidas da massa m em queda, do diâmetro D do carretel m ± u(m) [g] 65,5 ± 0,2 D ± u(D) [mm] 37,8 ± 0,02 h ± u(h) [m] 2,300 ± 0,001 Tabela 2: Massas de cada peça dos conjuntos em estudo. M [g] Madeira Alumínio Latão I Latão II Ferro M1 ± u(M1) 20 ± 0,2 49,9 ± 0,2 79 ± 0,2 108 ± 0,2 133 ± 0,2 M2 ± u(M2) 20 ± 0,2 49,9 ± 0,2 79 ± 0,2 104,8 ± 0,2 102,2 ± 0,2 M3 ± u(M3) 21,1 ± 0,2 49,9 ± 0,2 77,8 ± 0,2 107 ± 0,2 102 ± 0,2 M4 ± u(M4) 20,9 ± 0,2 48,5 ± 0,2 78,5 ± 0,2 106 ± 0,2 101 ± 0,2 ΣM ± u(M) 82,0 ± 0,8 198,2 ± 0,8 314,13 ± 0,8 425,8 ± 0,8 438,2 ± 0,8 Auxiliar Tabela 3: tempost medidos para cada material e respectivas médias. t [s] <t>±u(<t>)[s] Sistema experimental vazio 5,94 ± 0,3 5,95667± 0,30 6,03± 0,3 5,9± 0,3 Madeira 8,75 ± 0,3 8,70667 ± 0,42 8,97 ± 0,3 8,4 ± 0,3 Alumínio 10,81 ± 0,3 10,90333 ± 0,32 10,9 ± 0,3 11 ± 0,3 Latão I 12,94 ± 0,3 13,08667 ± 0,39 13,38 ± 0,3 12,94 ± 0,3 Latão II 15,09 ± 0,3 14,82333 ± 0,47 14,41 ± 0,3 14,97 ± 0,3 Ferro 16 ± 0,3 16,12667 ± 0,33 16,1 ± 0,3 16,28 ± 0,3 Tabela 3: Dados para a determinação do momento de inércia do sistema e das I s peças em função da massa do conjunto, onde r é a distância fixa ao eixo I c ∑ M i de rotação, m a massa suspensa em queda e t o tempo de queda. Sistema Madeira Alumínio Latão I Latão II Ferro r ± u( r ) [mm] 135,82 ± 0,02 135,82 ± 0,02 135,82 ± 0,02 135,82 ± 0,02 135,82 ± 0,02 m ± u(m) [g] 65,5 ± 0,2 65,5 ± 0,2 65,5 ± 0,2 65,5 ± 0,2 65,5 ± 0,2 65,5 ± 0,2 <t> ± u(t) [s] 5,96 ± 0,30 8,71 ± 0,42 10,90 ± 0,32 13,09 ± 0,39 14,82 ± 0,47 16,13 ± 0,33 It ± u(It) [g.m²] 1,7 ± 0,2 3,7± 0,4 5,9 ± 0,3 8,5 ± 0,5 10,9 ± 0,7 12,9 ± 0,5 Ic ± u(Ic) [g.m²] 0 2,0 ± 0,4 4,1± 0,4 6,8± 0,5 9,2± 0,7 11,2 ± 0,5 Auxiliar Tabela a: tempos t medidos para cada raio e respectivas médias. r [mm] t ± u(t) [s] <t> ± u(<t>) [m] 120 14,63 ± 0,3 14,7833 ± 0,38 14,66 ± 0,3 15,06 ± 0,3 100 12,19 ± 0,3 12,41667 ± 0,36 12,56 ± 0,3 12,5 ± 0,3 80 10,72 ± 0,3 10,7333 ± 0,32 10,85 ± 0,3 10,63 ± 0,3 60 9 ± 0,3 9,03 ± 0,30 9 ± 0,3 9,09 ± 0,3 40 7,53 ± 0,3 7,42667 ± 0,33 7,25 ± 0,3 7,5 ± 0,3 Tabela 4: Dados para a determinação do momento de inércia do sistema e das I s peças em função da distância do eixo de rotação r, mantendo fixa a massa I c ∑ M i do conjunto, com as peças de ferro, onde m é a massa suspensa em queda e t o tempo de queda. r ± u( r ) [mm] 40 ± 0,02 60 ± 0,02 80 ± 0,02 100 ± 0,02 120 ± 0,02 135,82 ± 0,02 m ± u(m) [g] 65,5 ± 0,2 65,5 ± 0,2 65,5 ± 0,2 65,5 ± 0,2 65,5 ± 0,2 65,5 ± 0,2 <t> ± u(<t>) [s] 7,43 ± 0,33 9,03 ± 0,30 10,73 ± 0,32 12,42 ± 0,36 14,78 ± 0,38 16,13 ± 0,33 It ± u(It) [g.m²] 2,7 ± 0,2 4,0 ± 0,3 5,7 ± 0,3 7,6 ± 0,4 10,8 ± 0,6 12,9 ± 0,5 Ic ± u(Ic) [g.m²] 1,0 ± 0,3 2,3 ± 0,4 4,0 ± 0,4 5,9 ± 0,4 9,1 ± 0,6 11,2 ± 0,5 Valor de k calculado pelo método visual: , 3k visual ≈ 0 9 ⇒ k = 1 Valor de h calculado pelo método visual: 2, 1h visual ≈ 0 ⇒ h = 2 Portanto, após todos os procedimentos, chega-se a uma equação para o momento de inércia dada por: r ²I t = C ∑ N i=1 M i i CONCLUSÕES O experimento foi bem sucedido, onde conseguiu-se determinar o valor dos coeficiente k e n para a determinação da equação empírica do momento de inércia. O momento de inércia de cada conjunto de sistemas discretos também foi encontrado através do momento de inércia total e do sistema. Percebeu-se que quanto maior a massa, maior o momento de inércia, uma relação que cresce proporcionalmente. Enquanto isso, o momento de inércia aumenta ao quadrado conforme o aumento do raio das partículas. BIBLIOGRAFIA UFSCAR, Departamento de física. Física Experimental A. São Carlos: Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, 2015. APÊNDICES Para o cálculo de : ( )u ∑ M i (y) u c = √a²u²(x ) ²u²(x )...1 + a 2 Para <t>±u(<t>): e = )/n< x > (∑ n i=1 x i (y) u c = √s² + u2B Para : tI D ²/4 . [gt ²/2h ]I T = m − 1 Para e : (It)u (It)u (y) ( ) u (x )u 2c = ∑ N i=1 ∂f ∂xi 2 2 i Para o cálculo de k e n visuais: , onde arredondou-se as potências k en = log(x )−log(x )f i log(y )−log(y )f i n para o número inteiro mais próximo. Para e : (n )u visual (k )u visual 2 a −a max mín
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