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Manual TCC 2014 CEP/UEPA

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE MEDICINA 
NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO DE MEDICINA 
 
 
 
Manual de Elaboração de 
Trabalhos Científicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE MEDICINA 
NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO DE MEDICINA 
 
 
MARCUS VINICUS HENRIQUES BRITO 
NARA MACEDO BOTELHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Elaboração de 
Trabalhos Científicos 
MEDICINA 
 
11ª edição 
 
 
BELÉM-PARÁ 
EDUEPA 
2014
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE MEDICINA 
NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO DE MEDICINA 
 
Reitor 
 Prof. Dr. Juarez Antônio Simões Quaresma 
 
Vice Reitor 
Prof. Rubens Cardoso da Silva 
 
Diretora do CCBS 
Profª. Ilma Pastana Ferreira 
 
Coordenadora do Curso de Medicina: 
Profa. Francisca Regina Oliveira Carneiro 
 
 
ELABORAÇÃO: 
 
NÚCLEO DE PESQUISA PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO EM 
MEDICINA (NUPEM) 
 
Coordenador: 
Prof.ª Dr.ª Nara Macedo Botelho 
 
Componentes: 
 Prof. Dr. Marcus Vinicius Henriques Brito 
 
Assessoria Pedagógica: 
 Vera Lúcia Picanço Rocha 
 
Revisão da Língua Portuguesa: 
 Prof. José Ciro Carneiro de Figueiredo 
 
Assessoria em estatística: 
 Mariseth Carvalho de Andrade 
 
Revisão e atualização: 
Nathalya Botelho Brito 
Leticia Nazareth Fernandes da Paz 
 
 
4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Direitos de cópias / Copyright 2014 
por / by / NUPEM / UEPA 
Belém, Pará, Brasil 
 
 
 
BRITO, Marcus Vinicius Henriques, BOTELHO, Nara Macedo - NÚCLEO DE 
PESQUISA E EXTENSÃO DE MEDICINA - CCBS - UEPA 
Manual de Elaboração de Trabalhos Científicos, 11ª ed. Elet. / NUPEM – 
CCBS – UEPA. -- Belém - PA, EDUEPA, 2014. 
xii , 140 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Metodologia científica 2. Elaboração de trabalhos científicos 3. Medicina 
 
 
5
 
 
 
 
 
REPRODUÇÃO PROIBIDA 
 
 Nenhuma parte desta obra, ou sua totalidade poderá ser reproduzida 
sem a permissão por escrito dos autores, quer por meio de fotocópias, 
fotografias, “scanner”, meios mecânicos e/ou eletrônicos ou quaisquer 
outros meios de reprodução ou gravação. Os infratores estarão sujeitos a 
punição pela lei 5.988, de dezembro de 1973, artigos 122-130 e pela lei do 
Direito Autoral, nº 9.610/98. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
veja em www.uepa.br/paginas/nupem 
 
 
Contatos e sugestões: 
narambotelho@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
Este Manual foi elaborado com os fundamentos do livro em editoração 
final “Trabalho científico: da idéia à publicação”, de autoria do Prof. Dr. Marcus 
Vinicius Henriques Brito. 
 
 
 
6
 
Prefácio 
 
 
 
 
Esta obra foi elaborada a partir de um sonho de transformação de 
um curso, para que através dele se formassem grandes pesquisadores, com 
uma pequena semente lançada em suas mentes, capaz de transformar uma 
Universidade num Centro de excelência em pesquisa, levando o 
conhecimento para todos, de forma simples e clara, na área da saúde. 
Tem, por fim, o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da nossa 
região. Utilizem esta obra da melhor forma possível, engrandecendo as 
suas pesquisas e tornando-as dignas de publicação, e que, a partir desta, 
muitas outras possam acontecer. 
 
NARA MACEDO BOTELHO 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ________________________________ 1 
CAPÍTULO – 1 _________________________________ 3 
TIPOS DE TRABALHOS ________________________ 3 
APRESENTAÇÃO DE CASO(S) __________________________________________________ 3 
DISSERTAÇÕES ______________________________________________________________ 4 
LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO _______________________________________________ 5 
TRABALHOS EXPERIMENTAIS ________________________________________________ 7 
OUTROS TIPOS DE TRABALHOS. ______________________________________________ 8 
CAPÍTULO – 2 _________________________________ 9 
ETAPAS NA REALIZAÇÃO ______________________ 9 
DIMENSIONAMENTO _________________________________________________________ 9 
IDEALIZAÇÃO DO TEMA _____________________________________________________________ 9 
LIMITAÇÃO DO TEMA _______________________________________________________________ 9 
FORMULAÇÃO DA PERGUNTA ______________________________________________________ 11 
REVISÃO E ANÁLISE INICIAL DA LITERATURA _______________________________________ 11 
AJUSTE DO TEMA E DA HIPÓTESE INICIAL ___________________________________________ 11 
VIABILIDADE _______________________________________________________________ 12 
TEMPO (cronograma) ________________________________________________________________ 12 
CASUÍSTICA e / ou AMOSTRA ________________________________________________________ 12 
PESSOAL __________________________________________________________________________ 12 
MATERIAL ________________________________________________________________________ 13 
FINANCEIRA (previsão orçamentária) ___________________________________________________ 13 
AVALIAÇÃO ÉTICA __________________________________________________________ 14 
PROTEÇÃO DOS PACIENTES E SEU DIREITO À PRIVACIDADE __________________________ 14 
A ÉTICA DA AUTORIA. _____________________________________________________________ 15 
A ÉTICA DA CO-AUTORIA __________________________________________________________ 16 
CONCEITOS EM EPIDEMIOLOGIA E ESTATÍSTICA __________________________________ 17 
AVALIAÇÃO ESTATÍSTICA ___________________________________________________ 19 
PARA QUE SERVE A ANÁLISE ESTATÍSTICA? _________________________________________ 19 
QUANDO DEVE SER INICIADO O ACOMPANHAMENTO? _______________________________ 19 
TAMANHO DA AMOSTRA (determinação do “N”) _______________________________________ 20 
CAPÍTULO – 3 ________________________________ 30 
PROJETO DE PESQUISA ______________________ 30 
EDITORAÇÃO DO TRABALHO ________________________________________________ 44 
REDAÇÃO DO TRABALHO __________________________________________________________ 44 
COMO CORRIGIR O TRABALHO _____________________________________________________ 44 
CUIDADOS COM A REDAÇÃO _______________________________________________________ 45 
REGRAS PRÁTICAS PARA ELABORAÇÃO DE UM TEXTO: ______________________________ 45 
TEMPOS VERBAIS. _________________________________________________________________ 47 
Justificativa - Presente _________________________________________________________ 47 
 
 
8
INTRODUÇÃO _______________________________________________________________ 47 
RESUMO ____________________________________________________________________ 49 
MODELO DE RESUMO ______________________________________________________________ 49 
HIPOTESE ___________________________________________________________________ 50 
OBJETIVO ___________________________________________________________________ 50 
MÉTODO ____________________________________________________________________ 51 
PROCEDIMENTOS DE APROVAÇÃO DO TRABALHO: ___________________________________ 52 
GRUPOS E SUBGRUPOS: ____________________________________________________________ 52 
DESCRIÇÃO DO PROTOCOLO: _______________________________________________________ 53 
CRITERIOS DE INCLUSAO E EXCLUSAO ______________________________________ 53 
RISCO E BENEFÍCIO _________________________________________________________53 
ANÁLISE DE DADOS _________________________________________________________ 54 
Como se chegou ao número de casos estudados: ____________________________________________ 54 
DESFECHO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO _______________________________________ 55 
CRONOGRAMA ______________________________________________________________ 55 
ORÇAMENTO _______________________________________________________________ 56 
REFERÊNCIAS _______________________________________________________________ 60 
ELABORAÇÃO DOS PROTOCOLOS ___________________________________________ 60 
EM QUE MOMENTO DEVEMOS PREPARAR OS PROTOCOLOS ___________________________ 60 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE _________________ 62 
CAPÍTULO – 4 ________________________________ 68 
COMO REDIGIR OS CAPÍTULOS _______________ 68 
A CAPA _____________________________________________________________________ 68 
A FOLHA DE ROSTO _________________________________________________________ 69 
A FICHA CATALOGRÁFICA __________________________________________________ 70 
ERRATA ____________________________________________________________________ 72 
DEDICATÓRIA ______________________________________________________________ 73 
AGRADECIMENTOS _________________________________________________________ 74 
EPÍGRAFE ___________________________________________________________________ 75 
RESUMO ____________________________________________________________________ 75 
MODELO DE RESUMO ______________________________________________________________ 76 
ABSTRACT __________________________________________________________________ 76 
FORMATAÇÃO DO RESUMO E ABSTRACT ______________________________________ 76 
ÍNDICE ______________________________________________________________________ 77 
COMO FORMATAR O ÍNDICE __________________________________________________ 77 
TÍTULO DO TRABALHO ______________________________________________________ 78 
FORMATAÇÃO DO TÍTULO DO TRABALHO _____________________________________ 78 
FORMATAÇÃO DOS TÍTULOS DOS CAPÍTULOS __________________________________ 78 
 
 
9
INTRODUÇÃO _______________________________________________________________ 79 
OBJETIVO ___________________________________________________________________ 79 
REVISÃO DA LITERATURA ___________________________________________________ 79 
MÉTODO ____________________________________________________________________ 80 
CASUÍSTICA OU AMOSTRA: _________________________________________________________ 80 
Procedimentos de aprovação do trabalho: __________________________________________________ 80 
Caracterização do estudo: ______________________________________________________________ 81 
Critérios de inclusão e exclusão: _________________________________________________________ 81 
Como se chegou ao número de casos estudados: ____________________________________________ 81 
Grupos e subgrupos: __________________________________________________________________ 82 
PROCEDIMENTOS: _________________________________________________________________ 82 
O que foi analisado no material estudado: _________________________________________________ 82 
Como foi feito (técnicas utilizadas): ______________________________________________________ 82 
Análise estatística: ____________________________________________________________________ 83 
RELATO DO CASO _________________________________________________________________ 83 
RESULTADOS _______________________________________________________________ 84 
INDICAÇÃO PARA A UTILIZAÇÃO DE GRÁFICOS ___________________________________ 86 
FORMATAÇÃO DE FIGURAS E TABELAS ________________________________________ 88 
FIGURAS __________________________________________________________________________ 88 
QUADRO __________________________________________________________________________ 90 
DISCUSSÃO _________________________________________________________________ 91 
CONCLUSÃO ________________________________________________________________ 94 
REFERENCIAS _______________________________________________________________ 94 
NORMAS ADOTADAS ________________________________________________________ 95 
APÊNDICES _________________________________________________________________ 95 
ANEXOS _____________________________________________________________________ 96 
IMPRESSÃO E ENCADERNAÇÃO DO TRABALHO. ___________________________________ 97 
REGRAS GERAIS (ABNT NBR 14724) ___________________________________________ 97 
FORMATAÇÃO DAS PÁGINAS ________________________________________________ 97 
NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS ________________________________________________________ 98 
FORMATAÇÃO DO TEXTO _________________________________________________________ 99 
b) O texto em notas de rodapé é escrito com fonte 10, dentro das margens, separado do texto por um espaço 
simples e com espaço de 5cm a partir da margem esquerda. Devem ser alinhadas, a partir da segunda linha 
da mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra. __________________________________ 99 
COMO REFERENCIAR CADA OBRA? ________________________________________________ 107 
NO TEXTO (ABNT) ________________________________________________________________ 107 
NO CAPÍTULO DE REFERÊNCIAS (ABNT) ____________________________________________ 108 
A) Artigos de periódicos: _____________________________________________________________ 109 
B) Livros __________________________________________________________________________ 109 
C) Capítulos de livro _________________________________________________________________ 110 
D) Trabalhos em Congressos (anais) ____________________________________________________ 110 
E) Dissertações, Teses E TCCs. ________________________________________________________ 110 
F) Citação eletrônica _________________________________________________________________ 110 
CAPÍTULO – 6 _______________________________ 111 
ANÁLISE CRÍTICA DO TRABALHO CIENTÍFICO: 111 
CAPÍTULO – 7 _______________________________ 113 
 
 
10
COMO SE APRESENTAR _____________________ 113 
CAPÍTULO – 8 REFERÊNCIAS ________________ 117 
CAPÍTULO – 9 _______________________________ 119 
APÊNDICES ________________________________ 119 
APÊNDICE A – PARECER DO CEP ____________________________________________ 119 
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) _ 120 
APÊNDICE C – FOLHA DE APROVAÇÃO DO PROJETO ________________________ 122 
APÊNDICE D - ACEITE DO ORIENTADOR ____________________________________ 123 
APÊNDICE E - ACEITE DA INSTITUIÇÃO _____________________________________ 124 
APÊNDICE F - SOLICITAÇÃO DE ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA _____________ 125 
ANEXO A - DECLARAÇÃO DE HELSINKI V ___________________________________ 126 
ANEXO B - CÓDIGO DE NUREMBERG ________________________________________ 131 
ANEXO C - PRÁTICA DIDÁTICO-CIENTÍFICA DA VIVISECÇÃO ANIMAL _______ 132 
ANEXO D – PRINCÍPIOS ÉTICOS DE EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL _____________ 139 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
No Brasil, muitas Escolas Médicas e Instituições que realizam pesquisa 
possuem produção científica apresentada durante jornadas, simpósios e 
congressos. 
 Esta produção é elaborada na forma de painéis, artigos para temas livres, 
trabalhos de conclusão de curso (Trabalhos Científicos) e mesmo teses. 
Estes trabalhos possuem imenso valor de contribuição, sendo grande parte 
deles inéditos, que acabam sendo apresentados somente durante o evento a que 
se destinam, atingindo na maioria das vezes, somente a seus espectadores. 
O destino desta produção é se perder logo após sua apresentação, por não 
ser publicada, ou terminar quando muito, em prateleiras de bibliotecas setoriais 
de difícil ou quase impossível acesso à grande maioria dos potenciais leitores 
que se interessariam pelo tema. 
Dentre os mais diversos fatores que podem explicar tal fato, podem ser 
citadas a falta de experiência na utilização da linguagem científica, o 
desconhecimentoda metodologia científica, tão pouco exercitada durante o 
Curso de Formação Médica, e dos caminhos que culminam com a publicação 
dos trabalhos por revistas de renome. 
Deste modo, o objetivo deste manual é tentar fornecer normas, diretrizes 
básicas de raciocínio e metodologia científica que possibilitem a realização e 
publicação dos trabalhos científicos elaborados nesta Universidade. 
Traga suas perguntas e sugestões para que este manual possa ser 
aperfeiçoado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2
COMO UTILIZAR ESTE MANUAL? 
 
 
1) Familiarize-se com a estrutura do manual. 
2) Identifique o tipo de trabalho que deseja realizar. Conheça bem sua 
estrutura e dificuldades. 
3) Leia o capítulo de “Etapas de Realização” e verifique quais passos que 
você precisa seguir antes da pesquisa propriamente dita. 
4) Leia o capítulo “Projeto de pesquisa” para elaborá-lo. 
5) Depois da coleta de dados ler o capitulo “Monografia” para saber sua 
formação e conteúdo. 
6) Para se preparar para o dia da apresentação ler o capitulo “como se 
apresentar” 
7) Utilize os modelos do capítulo de “Apêndices”. 
8) E elabore suas referencias a partir do capitulo “Referencias”. 
9) Se houver dúvidas, consulte o NUPEM ou envie um e-mail para 
narambotelho@gmail.com. 
 
 
 
3
CAPÍTULO – 1 
TIPOS DE TRABALHOS 
 
 Neste capítulo o aluno pode encontrar os tipos de trabalhos, as vantagens e 
desvantagens de cada um, assim como os capítulos que os compõem. 
 
APRESENTAÇÃO DE CASO(S) 
 
1) CONCEITO 
É o trabalho no qual o autor apresenta um caso ou conjunto de casos, geralmente raros 
na literatura médica, que tem interesse por sua forma de apresentação incomum ou 
peculiar. 
 
2) VANTAGENS 
É o primeiro tipo de trabalho científico treinado na UEPA por disciplinas como DST, 
Dermatologia, Psicologia Médica, Psiquiatria, Cirurgia e outras, já tendo o aluno 
algum conhecimento de como redigir tal trabalho. 
 
3) DESVANTAGENS 
Geralmente o assunto abordado é do interesse de número restrito de profissionais, 
devendo, portanto, ser publicado em revistas bastante específicas da área. 
 
4) DIFICULDADES 
A maior e mais freqüente dificuldade encontrada neste tipo de trabalho é, sem 
dúvida, nos casos em que o paciente vem sendo seguido e ocorre o óbito ou 
abandono ao tratamento e/ou do acompanhamento, ficando o caso incompleto para a 
apresentação, o que poderá se transformar em pontos negativos ao trabalho. 
Em revisões de casos retrospectivamente, a dificuldade geralmente se encontra 
no preenchimento do prontuário, perda de exames e falta de documentação 
fotográfica, laboratorial e de diagnósticos por imagem, por ocasião em que foi 
realizado o estudo e tratamento do paciente. 
Não esquecer ainda da possibilidade de ser necessário para o completo estudo 
do caso, de exames ainda inexistentes em nossa cidade e/ou de alto custo, que dariam 
o diagnóstico de certeza da patologia. 
 
5) CAPÍTULOS 
 Pré-textuais 
 Capa 
Folha de rosto 
Epígrafe* 
Dedicatória* 
Agradecimentos* 
Resumo 
 Abstract 
índice 
 
 
*
 Opcionais 
 
 
4
 Textuais 
 Introdução 
 Objetivo 
 Revisão da Literatura* 
Método 
Relato do(s) caso(s) 
 Discussão 
 Considerações finais 
 Pós-textuais 
 Referências 
 Normas adotadas 
 Apêndices* 
 Anexos* 
 
DISSERTAÇÕES 
 
1) CONCEITO 
É o trabalho no qual o autor realiza uma revisão da literatura como um todo ou em 
determinado período, sobre um assunto de sua escolha. 
 
Por exemplo: 
 
� “Helicobacter pilory: revisão da literatura”. (engloba desde o início das 
publicações em 1986, até os dias de hoje.) 
 
� “Carcinoma do colo uterino: estado atual.” (deverá englobar um período 
aproximado de 10 anos, sendo feita compilação e resumo dos dados mostrando 
os consensos e controvérsias sobre o assunto.) 
 
2) VANTAGENS 
Não há necessidade de coleta de dados em prontuários, levantamentos e 
correções estatísticas, elaboração de protocolos. Isto torna o trabalho pouco 
dispendioso e relativamente rápido de ser realizado. 
Atualiza o autor, os leitores e, principalmente, os estudantes de curso superior, 
sobre a situação atual de um determinado assunto, sem a necessidade de extensas 
revisões da literatura. 
 
3) DESVANTAGENS 
Inibe até certo ponto, o potencial de iniciativa e discussão do autor. 
Exige maior conhecimento sobre a redação científica, capacidade de síntese e concisão 
a fim de evitar uma redação enfadonha e repetitiva. 
 
4) DIFICULDADES 
Obtenção de fonte fidedigna e confiável de informações em nosso meio, que 
possa assegurar uma busca completa dos dados desejados. 
A demora na obtenção dos trabalhos solicitados. 
 
5) CAPÍTULOS 
 Pré-textuais 
 
 
5
 Capa 
Folha de rosto 
Epígrafe* 
Dedicatória* 
Agradecimentos* 
Resumo 
 Abstract 
Índice 
 Textuais 
 Introdução 
 Objetivo 
 Método 
Revisão da literatura 
• Anatomia* 
• Histologia* 
• Incidência* 
• Etiologia* 
• Localização* 
• Quadro clínico* 
• Exame físico* 
• Diagnóstico diferencial* 
• Métodos diagnósticos* 
• Estadiamento* 
• Critérios de operabilidade* 
• Tratamento* 
Considerações finais ou Conclusão 
 Pós textuais 
 Referências 
 Normas adotadas 
 Apêndices* 
 Anexos* 
 
LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO 
 
1) CONCEITO 
É o trabalho no qual o autor realiza pesquisa, geralmente sobre a incidência, 
resultados e ou conseqüências de determinada doença ou técnica de tratamento em 
protocolos de pesquisa ou banco de dados de hospitais, ambulatórios, centros de saúde 
e ou outras entidades. 
 
2) VANTAGENS 
Estimula e incentiva a busca de dados. 
Mostra a situação da doença em relação à literatura mundial no local estudado, e dá 
subsídios para a melhoria dos tratamentos utilizados, implantação de novos protocolos 
ou medidas hospitalares. 
 
*
 Opcionais 
 
 
6
Mostra ao futuro profissional a importância da documentação séria e bem elaborada 
dos casos estudados, principalmente no que diz respeito ao preenchimento de 
prontuários. 
 
3) DESVANTAGENS 
Há necessidade de coleta de dados em prontuários, levantamentos e correções 
estatísticas, elaboração de protocolos, o que torna o trabalho mais dispendioso e 
laborioso. 
 
4) DIFICULDADES 
Obtenção de bancos de dados bem organizados, com prontuários bem preenchidos e 
procedimentos diagnósticos, terapêuticos, documentação radiológica e fotográfica 
completa. 
Necessidade de acompanhamento e correções estatísticas, para dar veracidade aos 
dados obtidos. 
 
5) CAPÍTULOS 
 
 Pré-textuais 
 Capa 
Folha de rosto 
Epígrafe* 
Dedicatória* 
Agradecimentos* 
Resumo 
 Abstract 
Índice. 
 
 Textuais 
 Introdução 
 Objetivo 
 Revisão da literatura* 
 Método 
 Resultados 
Discussão 
 Conclusão 
 
 Pós textuais 
 Referências 
 Normas adotadas 
 Apêndices* 
 Anexos* 
 
 
*
 Opcionais 
 
 
7
TRABALHOS EXPERIMENTAIS 
 
1) CONCEITO 
É o trabalho no qual o autor idealiza e realiza um experimento sobre um assunto de sua 
escolha em animais de experimentação, buscando respostas a dúvidas que dificilmente 
poderiam ser respondidas eticamente, em experimentos com seres humanos. 
 
2) VANTAGENS 
Permite a obtenção de respostas éticas a praticamente todas as dúvidas imagináveis no 
campo da medicina. 
Estimula o raciocínio lógico, incentiva a pesquisa propriamente dita, e desenvolve o senso 
crítico. 
Dá ao futuro profissional senso de responsabilidade, iniciativa, respeito ao próximo e ao 
animal de experimentação.3) DESVANTAGENS 
Necessidade de laboratório aparelhado. 
Normas rígidas sobre a experimentação animal. 
Elaboração de protocolos de pesquisa estruturados, levantamentos e correções estatísticas, 
convivência diária no laboratório, o que torna o trabalho mais laborioso e dispendioso. 
 
4) DIFICULDADES 
Necessidade de dedicação total não só a pesquisa mais também a lida diária com os 
animais. 
Necessidade acompanhamento e correções estatísticas, para dar veracidade dos dados 
obtidos. 
 
5) CAPÍTULOS 
 
 Pré-textuais 
 Capa 
Folha de rosto 
Epígrafe* 
Dedicatória* 
Agradecimentos* 
Resumo 
Abstract 
Índice. 
 
 Textuais 
 Introdução 
 Objetivo 
 Revisão da literatura* 
 Método 
 Resultados 
Discussão 
 Conclusão 
 
*
 Opcionais 
 
 
8
 
 Pós textuais 
 Referências 
 Normas adotadas 
 Apêndices* 
 Anexos* 
 
OUTROS TIPOS DE TRABALHOS. 
 
Serão aceitos quaisquer tipos de trabalhos outros que não citados neste Manual, desde 
que sejam apresentados na forma de projeto de pesquisa (CAPITULO 3), no qual se 
explicitará sua forma definitiva (capítulos e conteúdo). 
Tal aceitação fica condicionada a apreciação e aprovação do anteprojeto pelo 
NUPEM. 
 
 
 
 
9
CAPÍTULO – 2 
ETAPAS NA REALIZAÇÃO 
 
 Este capítulo descreve quais os passos a serem seguidos para se idealizar um tema para 
o TRABALHO CIENTÍFICO, verificar sua viabilidade, avaliá-lo eticamente, realizá-lo, e por 
fim, editorá-lo. 
 
DIMENSIONAMENTO 
 
IDEALIZAÇÃO DO TEMA 
O tema do TRABALHO CIENTÍFICO deve ser escolhido o mais precocemente 
possível e partir das dúvidas do próprio aluno, dentre assuntos de seu interesse. 
No Curso de Medicina existem pesquisadores que dirigem linhas de pesquisas nas 
mais variadas áreas da Medicina. 
O ideal seria que o aluno já estivesse engajado em uma destas LINHAS DE 
PESQUISA desde o início de seu curso, para assim, não ter no último ano, qualquer 
dificuldade na escolha do tema de seu trabalho científico. 
De qualquer forma a escolha do tema deve ser pessoal, e não imposição do orientador. 
A empatia com o tema é de fundamental importância na qualidade final do trabalho. 
 
Como na prática escolher um tema: 
 
a) Procure na área da medicina que mais lhe agrada, um assunto de seu interesse. (Por 
exemplo a Ginecologia). 
b) Busque na biblioteca livros texto e trabalhos sobre este assunto. (revisão bibliográfica 
inicial) 
c) Identifique nestes textos, quais as dúvidas e curiosidades que lhe ocorrem sobre o tema. 
(Digamos que tenha se interessado pela oncologia ginecológica). 
d) Verifique com pessoas experientes em orientar trabalhos, qual o melhor tipo de trabalho 
para responder sua dúvida ou esclarecer sua curiosidade. 
e) Escolha um orientador na área afim. 
 
LIMITAÇÃO DO TEMA 
 
Após a escolha do tema (Oncologia ginecológica), há necessidade de limitação do 
assunto que se vai abordar, pois é praticamente impossível escrever tudo sobre o assunto. 
Deve-se optar entre “escrever tudo superficialmente” ou “escrever pouco 
profundamente”. 
A primeira opção sempre leva a um trabalho extenso, enfadonho, superficial, no qual 
muito pouca informação nova e de real interesse pode ser aproveitada. E ainda, a pouca 
informação interessante, geralmente é perdida, pois está diluída no meio de um conteúdo já 
conhecido por todos, e provavelmente não será encontrada com facilidade. 
O excesso de texto no final da obra também contribuirá para o desinteresse em sua 
leitura. 
Logo, nestes casos, deve predominar na escolha a segunda opção: 
 
 “Escrever pouco e profundamente sobre o assunto” 
 
 
10
 
Esta deve ser a meta de quem escreve, pois obterá um trabalho curto, conciso, com 
informações novas, facilmente localizáveis e que trará uma real contribuição ao leitor. 
 
Como na prática limitar um tema: 
 
PARA RESPONDER UMA DÚVIDA 
 
a) Após a escolha do tema (oncologia ginecológica), delimite um assunto e verifique qual 
sua real dúvida sobre este. Achei interessante o carcinoma de colo uterino e tenho 
algumas dúvidas: Como é feito seu diagnóstico em Belém do Pará? ; qual sua incidência 
geral, de casos precoces e casos avançados nesta cidade? ; como são tratados os casos 
em cada faixa de estadiamento?). 
 
b) Escolha dentre as dúvidas, qual você quer responder. 
 
c) Monte seu trabalho de forma a responder somente esta dúvida. É natural durante o 
trabalho outras e outras dúvidas surgirem. NÃO SE DESVIE DE SUA META que é 
responder somente a dúvida inicial. Outras dúvidas serão respondidas em próximos 
trabalhos por você ou por outros pesquisadores. Assim montou-se uma linha de 
pesquisas no assunto. 
 
d) Procure sempre simplificar ao máximo sua dúvida, de modo que ela apresente o menor 
número de variáveis possível. 
 
e) Mais de uma dúvida pode ser respondida em um único trabalho, porém isto pode causar 
a “diluição” da idéia central e do valor do trabalho, além do que “queimará” uma idéia 
que poderia ser melhor explorada em um segundo trabalho. 
 
PARA ESCREVER SOBRE UM DETERMINADO ASSUNTO 
 
a) Após definir o assunto, escolha sobre qual capítulo deste assunto irá escrever. Por 
exemplo: Etiologia ou incidência ou diagnóstico ou tratamento ou resultado de um 
tratamento ou técnica operatória, etc. 
 
Após a escolha do capítulo, relacionado a uma das dúvidas iniciais, limite-se a 
pesquisar e escrever profundamente sobre este capítulo. Por exemplo: “Diagnóstico do 
carcinoma de colo uterino em pacientes atendidas no Hospital X em Belém do Pará”. 
Assim, se você escolheu estudar o capítulo de “Diagnóstico” não deverá dissertar neste 
trabalho sobre a anatomia genital feminina, a incidência do papiloma vírus humano (HPV) em 
Belém, sua estrutura molecular, ou ainda sobre técnicas de estadiamento do carcinoma do 
colo uterino. Estes assuntos somente irão diluir a idéia principal que é estudar o “Diagnóstico 
do carcinoma de colo uterino em pacientes atendidas no Hospital X em Belém do Pará”. 
 
Obviamente o HPV é importantíssimo no contexto do carcinoma do colo uterino, porém 
não faz parte do objetivo deste trabalho. Logo deve ser somente citado rapidamente na 
introdução com intuito único de situar o leitor. 
 
 
 
11
b) Tenha em mente que sua META é escrever profundamente sobre o capítulo 
escolhido, e somente sobre ele. Os demais não são seu objetivo, podendo se 
realmente necessário, ser somente citados, pois serão motivo de outros trabalhos. 
 
c) Revisões completas e superficiais sobre um tema não são proibidas, porém devem 
ser evitadas devido as desvantagens citadas. 
 
FORMULAÇÃO DA PERGUNTA 
 
Deve sempre ser elaborada, para que na mente do pesquisador possa ficar bem claro 
qual objetivo pretende atingir. 
De acordo com a dúvida, várias perguntas podem ser elaboradas segundo o objetivo a 
ser alcançado. 
 
Assim, para o exemplo anterior, poderíamos elaborar: 
 
� Qual o método mais utilizado no diagnóstico do carcinoma de colo uterino em pacientes 
atendidas no Hospital X em Belém do Pará? 
� Comparativamente, qual a eficácia dos métodos utilizados para o diagnóstico do 
carcinoma de colo uterino em pacientes atendidas no Hospital X em Belém do Pará? 
� Qual a incidência de positividade no diagnóstico ambulatorial do carcinoma de colo 
uterino em pacientes atendidas no Hospital X em Belém do Pará? 
� Qual o estadiamento, no momento do diagnóstico, em pacientes com carcinoma de colo 
uterino em pacientes atendidas no Hospital X em Belém do Pará? 
� etc. 
 
Cada uma das perguntas elaboradas é uma dúvida a ser respondida. 
Cada uma delas gera um trabalho. 
Nada impede que mais de uma pergunta seja respondida em um único trabalho, e emalguns casos pode até ser necessário que isto se faça à bem da clareza e elucidação do tema. 
Porém, de modo algum, deve-se tentar responder a todas estas perguntas em um único 
trabalho. 
 
REVISÃO E ANÁLISE INICIAL DA LITERATURA 
 
Com a definição e limitação do tema já definido, procure trabalhos científicos, artigos, 
“sites” de pesquisa na internet e mesmo livros sobre o assunto a ser estudado. 
Esta pesquisa inicial deve ser relativamente rápida (15 dias aproximadamente), 
devendo ser complementada no decorrer do trabalho. 
Aprenda sobre o assunto, situe-se no atual estado das pesquisas nacionais e 
internacionais a respeito do mesmo. 
 
AJUSTE DO TEMA E DA HIPÓTESE INICIAL 
 
De acordo com os dados encontrados na literatura, pode haver necessidade de um 
ajuste na pergunta inicial. 
Esta pode já ter sido respondida totalmente, ou em parte. 
 
 
12
O mais aconselhável é que seja dado andamento a linha de pesquisa já iniciada, em 
vez da simples repetição de trabalhos já realizados. Estes até poderão ser realizados, desde 
que tragam novas contribuições. 
 
VIABILIDADE 
 
Verifique a viabilidade de elaboração, antes de dar andamento a seu trabalho. 
Nem sempre os percalços na realização da pesquisa são facilmente identificáveis, mas nem 
por isto devem ser considerados obstáculos intransponíveis. 
Lembre-se que são virtudes do pesquisador a HONESTIDADE, a CRIATIVIDADE e, 
principalmente, a PERSISTÊNCIA. 
 
A fim de minimizar os problemas a serem enfrentados, verifique sempre a viabilidade de: 
 
TEMPO (cronograma) 
 
Avalie se o tempo disponível para a confecção do TRABALHO CIENTÍFICO é 
compatível com o tema escolhido. 
Levantamentos estatísticos e trabalhos experimentais despendem mais tempo na coleta 
de dados e análise e correção estatística dos resultados, que revisões da literatura ou 
apresentação de casos. 
Mesmo apresentação de casos exige acompanhamento do resultado obtido, o que pode 
ultrapassar o tempo disponível. 
 
CASUÍSTICA e / ou AMOSTRA 
 
Faça um levantamento retrospectivo para avaliar se a incidência mensal de casos 
ocorridos em meses ou anos anteriores é suficiente para lhe fornecer em tempo hábil o 
número de casos definido para o estudo. 
Verifique a sazonalidade da doença a ser estudada. 
Em trabalhos experimentais certifique-se da disponibilidade do número de animais 
com o sexo, idade e peso definidos para a pesquisa, tendo sempre margem de segurança 
aproximada de 10% a mais do número previsto, em pesquisas sem procedimentos que 
induzam a mortalidade. 
 
PESSOAL 
 
Caso seu trabalho necessite de exames complementares, ou estudos especiais como 
por exemplo “hibridização do HPV”, independente de ter chegado em Belém o equipamento 
para realização da mesma, certifique-se de haver pessoal qualificado para a realização, e ainda 
para a interpretação do exame. Caso contrário poderá haver necessidade de leitura do exame 
em outros centros, o que poderá impossibilitar, ou no mínimo encarecer o exame e 
consequentemente o seu trabalho. 
 
 
 
13
MATERIAL 
 
Como no caso anterior, certifique-se que em Belém não só a aparelhagem, mas 
também todo o material necessário para a realização do exame está e estará disponível para a 
realização de todo o seu trabalho. 
Obtenha um compromisso a este respeito, por parte da instituição responsável pela 
realização do exame. Caso contrário, poderá faltar material no meio de sua pesquisa. 
Por estas e outras possíveis dificuldades, se há limitação de tempo, não é 
aconselhável optar-se por trabalhos que envolvam tecnologias novas, e / ou recém chegadas a 
nosso Centro. 
 
FINANCEIRA (previsão orçamentária) 
 
Certifique-se da viabilidade financeira de seu trabalho. 
Verifique, antes de começar, qual o valor individual dos exames que pretende utilizar 
e qual o número de exames total a ser realizado. Deste modo, terá idéia do total a ser gasto 
com exames. 
Não esqueça dos gastos com locomoção, preparo de lâminas histológicas e outros 
exames, análise estatística, digitação, repetidas impressões para correção, revisão ortográfica, 
encadernação final, preparo da aula, confecção de diapositivos, etc. 
Todos estes procedimentos são praticamente obrigatórios na confecção de um 
TRABALHO CIENTÍFICO, e irão gerar custos que deverão ser computados no início do 
trabalho para verificar sua viabilidade. 
 
Abaixo é citado RESUMIDAMENTE o custo médio dE procedimentos: 
 
Procedimento Custo médio unitário 
em Reais 
Lâminas histológicas 3,00 
Análise estatística 600,00 
Revisão ortográfica 300,00 
Impressão (média por folha) 0,15 
Xerox colorida 2,00 
Encadernação em espiral 1,50 
 
 
 
 
14
AVALIAÇÃO ÉTICA 
(ver www.uepa.br/ccbs/nupem - Ética & leis) 
 
 “Primum nihil nocere” 
 Hipócrates (640 a.C.) 
 
 
 É muito difícil conceituar a palavra “ética”, pelo seu sentido extremamente amplo. 
Assim foram criados inúmeros códigos de ética a fim de regimentar o exercício de 
diversas profissões. 
Dentre todas as tentativas, no entanto, nenhuma até a presente data foi tão precisa 
quanto a de Hipócrates em 460 a.C. que de modo extremamente simples, conseguiu resumir 
em 3 palavras todo o sentido e filosofia desta palavra: 
 
“PRIMEIRO NÃO PREJUDICAR” 
 
 Assim este deve ser o pensamento de todos, não só ao idealizar uma pesquisa, mas 
também em todos os atos de nossa vida. 
 
“Será que com esta ação vou prejudicar a alguém?” 
 
 Se for seguido este simples raciocínio, certamente os trabalhos realizados sempre 
serão éticos. 
 
PROTEÇÃO DOS PACIENTES E SEU DIREITO À PRIVACIDADE 
 
 Pacientes tem direito a privacidade que não podem ser infringidos sem o devido 
consentimento. 
 Informações que o identifiquem não podem ser publicados em documentos escritos, 
fotografias, ou similares, a menos que as informações sejam essenciais à propostas científicas 
e o paciente e ou pais ou responsáveis legais, dêem o consentimento por escrito que permita a 
publicação. 
 Detalhes identificadores devem ser omitidos se não forem essenciais, porém dados dos 
pacientes nunca devem ser alterados ou falsificados na tentativa de manter seu anonimato. 
 O completo anonimato é difícil de ser mantido, por isto o consentimento deve ser 
obtido se houver qualquer possibilidade de identificação. Por exemplo: em fotografias, a tarja 
negra sobre os olhos, não garante o anonimato dos pacientes. 
 Informações sobre a forma pelo qual o consentimento foi obtido devem constar do 
trabalho. 
 Os procedimentos aplicados na pesquisa devem seguir os preceitos da Declaração de 
Helsinque (1975) (ANEXO A) e ser submetidos à análise de Comissão de ética institucional 
ou regional. 
 Não devem ser utilizados os nomes, as iniciais ou números de registro hospitalares de 
pacientes. 
 Em experimentações animais, indicar quais os guias de pesquisa foram seguidos ou a 
lei nacional que rege a experimentação e o manuseio dos animais de laboratório. 
 
 
 
 
15
A ÉTICA DA AUTORIA. 
 
 Quem é o autor de um trabalho científico? 
• Aluno que escreve o trabalho? 
• O professor orientador? 
• Ou o a pessoa que teve a idéia utilizada no trabalho? 
 Esta é uma questão bastante polêmica, porém de fácil resolução se for raciocinado da 
seguinte forma. 
 
 Quem teve o trabalho de procurar referências, redigir o texto, fazer tabelas e gráficos, 
correções estatísticas e de ortografia? 
O ALUNO. 
 
 Quem ensinou o aluno a redigir o trabalho, a cumprir as normas, deu sugestões de 
inclusão ou exclusão de tópicos para discussão no trabalho? 
 O ORIENTADOR. 
 
 Porém se não houvesse a idéia, haveria o trabalho? 
 
Deste modo, todos os três, ALUNO, ORIENTADOR e IDEALIZADOR, são autores, 
e assim o nome dos três deve constar no momento da publicação do trabalho. 
Dentreos três, o que teve a tarefa fundamental foi sem dúvida o IDEALIZADOR, pois 
sem a “idéia”, não haveria o “trabalho”. 
Assim, não só por questão de ética, mas até por questão de respeito, ao ser enviado um 
trabalho para publicação, o primeiro autor deverá ser o IDEALIZADOR do trabalho. 
Deste modo, se um “aluno” idealizar uma nova técnica ou instrumento operatório, 
deverá obrigatoriamente ser o primeiro autor do trabalho, independente do fato de ele ser o 
“aluno” e não o “mestre”. 
Não seria ético o orientador assumir esta autoria, a não ser que ele fosse além de 
orientador, também o IDEALIZADOR do trabalho, ficando o aluno somente com a tarefa da 
redação. 
Não confundir “ter a idéia”, com “ter a intenção” de fazer um trabalho. 
Muitas vezes um “aluno” tem a intenção de fazer o trabalho, e o orientador lhe cede a 
idéia ou lhe autoriza a trabalhar em sua linha de pesquisa. Neste caso o autor sem sombra de 
dúvida é o “orientador”. 
 
 Em resumo o autor principal é o dono da idéia. 
 
 Os demais seriam co-autores, segundo nomenclatura cada vez menos utilizada em 
publicações, visto o progressivo reconhecimento no meio científico, da equivalência de 
contribuição de cada participante do trabalho. 
 Hoje, cada vez mais, tanto em trabalhos para apresentação em congressos como nas 
publicações em revistas, todos os pesquisadores são considerados como autores, sendo em 
algumas publicações, limitado seu número a seis indivíduos. 
Se aproveitada ou modificada uma idéia, caso clínico ou técnica operatória, o AUTOR 
da IDÉIA ORIGINAL (que não participa do presente trabalho) deve ser citado com ênfase, 
assim como a referência de sua publicação, não sendo ético, deixar subentendido no 
trabalho que a idéia é de outrem, e muito menos tentar induzir ao leitor que a idéia é sua. 
 
 
16
 Este erro pode ocorrer por má fé, ou mesmo por ignorância, no sentido real da palavra. 
De qualquer forma, nenhuma das duas condutas é permitida a um 
PESQUISADOR. 
 
A ÉTICA DA CO-AUTORIA 
 
 Como citado, a co-autoria tende a desaparecer em publicações, porém o termo será 
aqui utilizado para designar os autores, que não o autor principal do trabalho. 
 Entende-se como co-autor, a pessoa que efetivamente contribuiu para o trabalho, em 
parte significante deste. 
 As consultorias necessárias a confecção de qualquer trabalho científico, e que 
geralmente são remuneradas, de maneira alguma OBRIGAM a co-autoria, ficando esta a 
cargo do autor. Dentre estas consultorias podemos citar: a análise estatística, a correção 
ortográfica, a digitação, os serviços de editoração, etc. 
 Assim geralmente são co-autores, o orientador, e o(s) “aluno(s)”, partindo do 
pressuposto de que a idéia para o trabalho partiu de uma terceira pessoa, e que este também 
participou e deu sugestões na elaboração do trabalho, sendo, portanto seu autor. 
 
NÃO É LÍCITA, NEM ÉTICA A CO-AUTORIA POR 
AMIZADE, OU IMPOSIÇÕES. 
 
 
 
 
 
 
17
CONCEITOS EM EPIDEMIOLOGIA E ESTATÍSTICA 
 
a) Incidência: é o número de casos NOVOS de uma doença ou evento em uma determinada 
população. 
Ex: Incidência de casos de hanseníase em Belém do Pará, no último ano é o número de 
casos novos que surgiram neste último ano. Excluem-se os casos que foram 
diagnosticados no ano anterior e continuam doentes no ano de estudo. 
 
b) Prevalência: é a proporção entre o número de indivíduos que apresentam uma condição 
clínica ou desfecho em um determinado ponto no tempo. 
 
Prevalência = no de casos existentes em um período específico 
 População total 
 
Ex: Estudo sobre a hanseníase em 2006: A prevalência de casos de hanseníase em Belém 
do Pará é o número de casos antigos + os casos novos que surgiram, já a incidência 
corresponde apenas ao numero de casos novos. 
 
 
 
 
 
 
 Prevalência 
 
 Incidência 
 
c) Estudo transversal ou de prevalência: Aquele no qual se determina uma faixa de tempo 
para o estudo. 
- Prevalência da úlcera péptica perfurada no Pronto Socorro Municipal de Belém, de janeiro 
de 1995 à dezembro de 1998. 
 
d) Estudo prospectivo e retrospectivo: O estudo prospectivo é aquele no qual os dados são 
coletados em pacientes atendidos após a elaboração e estabilização dos protocolos (ficha 
de avaliação) por entrevistas ou procedimentos de pesquisa diretos, enquanto no 
retrospectivo os pacientes já foram atendidos e as fichas serão aplicadas geralmente em 
prontuários e ou em bancos de dados à procura das informações. 
 
e) Estudo de coorte: Aquele no qual se determina a população a ser estudada (que é um 
segmento da população geral), no inicio do estudo. 
- Incidência de fumantes entre alunos do Curso de Medicina da UEPA. 
 
f) P = Probabilidade estatística de um resultado ter ocorrido por acaso. 
 
g) Estatisticamente significante: resultados que se mostram MATEMATICAMENTE 
DIFERENTES após a aplicação de um teste estatístico (p ≤ 0,05 ou menor que 5%). 
 
h) Significativo: O que tem valor clínico, mas não estatístico. 
Prevalência 
Incidência 
Casos de hanseniase 
 
 
18
- Medicação X induz sobrevida em 8 de 10 casos, a Y em 7 de 10. Não há diferença 
estatisticamente significante, porém a medicação X foi significativamente melhor. 
 
i) Tendência: Aquilo que esta muito próximo do estatisticamente significante, porém não o 
foi. 
- Resultado com um p valor de = 0,051 ou 5,1% 
 
j) Sensibilidade de um teste diagnóstico: É a probabilidade de um teste em identificar uma 
determinada doença em um indivíduo. Um teste sensível para a doença A, raramente deixa 
de diagnosticar pacientes com esta doença 
 
k) Especificidade de um teste diagnóstico: É a proporção de indivíduos sem a doença nas 
quais o teste é negativo. Um teste específico para a doença A, raramente dará positivo em 
pacientes sem a doença. 
 
l) Valor preditivo positivo (VPP): É a probabilidade de doença em um paciente com o teste 
positivo. 
 
m) Valor preditivo negativo (VPN): É a probabilidade de um paciente não ter a doença, 
quando seu teste foi negativo. 
 
n) Acurácia: É a proporção de pacientes classificados corretamente por um teste. 
 
o) Aleatório: Sistema de escolha ao acaso que resulta em subgrupos de tamanhos diferentes. 
Ex: Cara ou coroa em um grupo de dez elementos – pode resultar em dois subgrupos. Um 
com 6 outro com 4; os dois com 5; etc. 
 
p) Randômico: Sistema de escolha ao acaso que SEMPRE resulta em subgrupos de 
tamanhos IGUAIS. Ex: Um pote com cinco letras “A” e cinco letras “B”. Sempre 
resultara em dois subgrupos de cinco elementos, independente da ordem ou seqüência em 
que sejam sorteados. 
 
q) Estudo cego: Tipo de estudo aleatório em que o sujeito não sabe se esta ou não sendo 
alvo do objeto de pesquisa. 
 
r) Estudo duplo cego: Tipo de estudo aleatório em que nem o sujeito, nem o pesquisador, 
sabem se o indivíduo esta ou não sendo alvo do objeto de pesquisa. 
 
s) Estudo multicêntrico: Pesquisa realizada simultaneamente, com a mesma metodologia, 
em diferentes centros de pesquisa. 
 
t) Metanálise: Trabalho de revisão no qual se empregam técnicas quantitativas de 
escalonamento e qualificação, de modo a possibilitar a comparação dos resultados de 
diferentes autores. 
 
u) Média: Soma dos valores observados, divididos pela sua freqüência. 
Ex: 2, 2, 2, 3, 4, 5, 10, 15, 20, 25. => 88/10 => A média é 8,8. 
 
 
 
19
v) Mediana: Medida de tendência central, através de cujo valor divide-se a distribuição das 
freqüências em 2 partes iguais. (50% acima e 50% abaixo) 
Ex: 2, 2, 2, 3, 4, 5, 10, 15, 20, 25. A mediana é 4,5. 
 
w) Moda: É o valor mais freqüente de uma distribuição. 
Ex: 2, 2, 2, 3, 4, 5, 10, 15, 20, 25. A moda é 2. 
 
AVALIAÇÃO ESTATÍSTICA 
 
Uma dasdúvidas mais freqüentes ao se iniciar uma pesquisa é: “Qual o número de 
casos a ser estudado” e “Qual o período de tempo a ser revisado”. 
 Na maioria das vezes, estas dúvidas são sanadas por intermédio de escolhas aleatórias 
de pessoas mais “experientes” da seguinte forma: 
 
“Estude os últimos 10 anos que está bom”, ou ainda; 
“30 casos em cada grupo são o suficiente” ou pior ainda; 
“10% do total é o suficiente”; 
“Na minha experiência sempre fiz assim e sempre deu certo”. 
 
 Na realidade, os resultados encontrados geralmente são desastrosos, ou sem a menor 
credibilidade, quando não há um planejamento estatístico na realização de uma pesquisa. O 
profissional capacitado para acompanhar e participar do delineamento da pesquisa é o 
estaticista. 
 
 Então: 
 
PARA QUE SERVE A ANÁLISE ESTATÍSTICA? 
 
Para decidir qual o melhor Plano Experimental para realização da pesquisa. 
Para realizar o delineamento da amostra. 
Para afirmar a viabilidade da análise ou comparações que se deseja realizar. 
Para dar credibilidade aos dados encontrados. 
E para dar veracidade as conclusões da pesquisa. 
Para viabilizar inferências sobre Populações, quando apenas uma parte é estudada. 
 
QUANDO DEVE SER INICIADO O ACOMPANHAMENTO? 
 
Bem antes do início da coleta de dados. 
Ou seja, na etapa de avaliação da viabilidade, com base no tema escolhido e objetivo 
da pesquisa, e após ter entendido perfeitamente o que você pretende comparar ou 
enfatizar na sua pesquisa, o estatístico poderá junto com você, determinar 
exatamente: 
a) Qual o número de casos que deverá ser estudado, 
b) Que técnica de amostragem deverá ser aplicada, 
c) Que tipo de protocolo é mais adequado para aplicação da pesquisa, 
d) Se as comparações que você deseja fazer são possíveis, 
e) Se no tempo disponível será obtido o número necessário de casos, 
f) Que testes estatísticos serão utilizados, 
 
 
20
g) Que período de tempo se deverá rever, para obtenção do número de casos 
necessários à veracidade da pesquisa. 
 
 A cada passo da pesquisa, o estaticista deve ser posto a par dos resultados encontrados, 
pois alterações inesperadas na coleta e ou na obtenção de dados podem alterar totalmente os 
resultados inicialmente obtidos e com isto se fazer necessário uma reavaliação estatística. 
 O estudo estatístico deverá ser acompanhado passo a passo pelo aluno. Só assim ele 
poderá explicar exatamente ao estaticista o que pretende enfatizar na pesquisa, corrigir falsas 
interpretações de dados e aprender as bases de raciocínio e nomenclatura estatística 
utilizada na análise do trabalho. 
Deste modo poderá apresentar justificativas cabíveis e embasadas, no momento da 
defesa do trabalho. 
 
ETAPAS DO TRABALHO ESTATÍSTICO 
 
obs: As fórmulas aqui apresentadas são meramente ilustrativas. Os cálculos deverão ser 
indicados e executados por pessoa habilitada para tal: o estaticista. 
 
TAMANHO DA AMOSTRA (determinação do “N”) 
 
A) Para um UNIVERSO menor que 100.000: 
 
 N = d 2 . p . q . U onde: 
 
 e2 ( U – 1 ) + d2 . p . q 
 
N = tamanho da amostra d = desvio padrão ( d = 2 ) 
p = percentual de sucesso q = percentual de fracasso 
p + q = 100% logo q = 100 – p 
OBS: quando não se conhece o p / q , considera-se 50%. 
U = Universo ou População 
e = margem de erro da amostra ou significância dos dados. 
 
Ex: Calcular o tamanho amostral para 175 casos de tuberculose, com “e = 5%”. 
 
 
U = 175 p = 50% q = 50% 
e = 5% d = 2 
 
 
 N = 22 . 50 . 50 . 175 N = 121,95 ~122 
 
52 ( 175 – 1 ) + 22 . 50 . 50 
 
B ) Para um UNIVERSO maior 100.000: 
 
 N = d2 . p . q 
 
 
 
21
 e2 
 
 
Ex: Calcule o tamanho amostral para os alunos do ensino fundamental do Município de 
Belém, e = 1%. 
 
U > 100.000 p = 50% q = 50% 
e = 1% d = 2 
 
 N = 22 . 50 . 50 N = 10.000 
 
 12 
 
 
ANÁLISE ESTATÍSTICA 
 
Na verdade, a análise estatística se inicia desde a definição do tamanho amostral e 
só termina com a interpretação estatística final dos dados coletados. Ela está presente em 
todas as etapas da pesquisa. 
 
 Para a análise estatística final dos dados encontrados, é necessário que seja feita uma 
apuração das informações, de modo a facilitar a organização dos dados para aplicação de 
possíveis testes estatísticos e apresentação dos resultados encontrados. Esta apuração deve ser 
feita com a ajuda de “pacotes estatísticos” (programas de computador) que já contêm as 
diversas ferramentas estatísticas necessárias. 
 
 A interpretação estatística dos dados pode ser feita através da ESTATÍSTICA 
DESCRITIVA / COMPARATIVA, ou através da ESTATÍSTICA INDUTIVA / 
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA, ou ainda com a união das duas. 
 
 A estatística descritiva tem o objetivo de organizar e classificar os dados numéricos 
através de gráficos e/ou tabelas e calcular determinadas medidas como a média, a mediana, a 
moda, a variância e o desvio padrão. 
 
 ESTATÍSTICA DESCRITIVA: 
 Procura somente descrever e analisar um certo grupo (amostra), sem tirar quaisquer 
conclusões sobre um grupo maior (universo). 
 
Ex.: Perfil das gestantes atendidas no pré-natal da UBS Telégrafo. 
 
 O resultado da análise descritiva irá SOMENTE INFORMAR a idade, estado civil, 
renda, número de gestações, número de paridade e abortos, uso de contraceptivos, número de 
parceiros sexuais, doenças na gravidez, conhecimento sobre aleitamento materno e DST’s. 
 
 ESTATÍSTICA COMPARATIVA: 
 Dá elementos para a comparação entre dois ou mais grupos utilizados na pesquisa, que 
tenham elementos comuns, permitindo assim a afirmação de superioridade ou inferioridade de 
um grupo EM RELAÇÃO ao(s) outro(s). 
 
 
 
22
Ex: Comparação do efeito antiinflamatório de duas drogas: “A” e “B”. 
 
 A análise comparativa permitirá ao pesquisador concluir se a droga “A” tem MAIOR, 
MENOR ou IGUAL efeito antiinflamatório que a droga “B”, com uma certeza de 95% ou 
uma probabilidade de erro menor que 5%. 
 
 INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: 
 Compreende a obtenção de medidas amostrais estatísticas pela análise de parte de uma 
população, generalizando-as em seguida através de testes especiais, para o todo (população), 
permitindo predições e/ou tomadas de decisões, quer através de estimações, quer por meio de 
testes estatísticos. 
 
Ex: Influência do pré-natal nas complicações do parto e puerpério ou no coeficiente de 
mortalidade materna no município de Belém. 
 
 Verificar relações entre o número de consultas, número e tipos de exames realizados 
no pré-natal e as complicações no parto de uma parte das gestantes assistidas e com os 
resultados obtidos nesta amostra, decidir políticas de atendimento a ser implantada para todas. 
 
APLICAÇÃO DE TESTES ESTATÍSTICOS 
 
 Três características importantes do experimento devem ser observadas na escolha do 
teste estatístico a ser aplicado, para que este atenda ao objetivo do trabalho. 
 
 1ª - Classificação da variável 
 Dados categóricos 
 Nominal 
 Ordinal 
 Dados numéricos 
 Discretos 
 Contínuos 
 2ª - Variáveis 
 Classificação 
 Variável qualitativa 
 Variável quantitativa 
 Número de variáveis 
 Uma variável 
 Duas variáveis 
 K variáveis3ª - Número de amostras 
 Uma amostra 
 Duas amostras 
 Independentes 
 Relacionadas 
 K amostras independentes 
 K amostras relacionadas 
 
 
 
 
23
 
DADOS GERADORES DE INFORMAÇÕES 
 
DADOS CATEGÓRICOS: 
 
 - Nominal: Ex: Sexo (masculino, feminino). 
 - Ordinal: Ex: Pressão Sistólica (baixa, normal, alta). 
 
DADOS NUMÉRICOS: 
 
- Discretos: Contados em números inteiros. 
Ex: acidentes no trânsito, nascidos vivos. 
 
- Contínuos: Qualquer valor dentro de um intervalo. 
 Ex: peso, nível de glicose. 
 
 
VARIÁVEIS GERADORAS DE RESULTADOS 
 
VARIÁVEL QUALITATIVA geradora de dados categóricos (atributos). 
 
VARIÁVEL QUANTITATIVA geradora de dados numéricos. 
 
Quanto ao número de variáveis, o experimento pode conter: 
 
a) UMA VARIÁVEL. 
 
 Ex: Taxa de Infecção Hospitalar no hospital X. 
 
 Variável: Taxa de Infecção Hospitalar. 
 
b) DUAS VARIÁVEIS. 
 
 Ex: Taxa de Infecção Hospitalar, segundo a idade, no hospital X. 
 
 Variáveis: Taxa de Infecção Hospitalar e idade. 
 
c ) K VARIÁVEIS. 
 
 Ex: Taxa de Infecção Hospitalar, segundo a idade e sexo, nos hospitais 
 X e Y. 
 
 Variáveis: Taxa de Infecção Hospitalar, idade, sexo e hospital. 
 
NÚMERO DE AMOSTRAS EM UM EXPERIMENTO. 
 
a) UMA AMOSTRA. 
 
 Ex: 100 universitários da rede federal de ensino, segundo estatura em cm. 
 
 
24
 
 Amostra: 100 universitários. 
 
b) DUAS AMOSTRAS INDEPENDENTES. 
 
 Ex: 200 universitários, segundo estatura tomada em cm, sendo 100 da rede federal e 100 
da rede particular de ensino. 
 
 Duas Amostras: 100 universitários do ensino federal e 
 100 universitários do ensino particular. 
 Independência entre as amostras: rede de ensino 
 
c) DUAS AMOSTRAS RELACIONADAS. 
 
 Ex: Ocorrência de infecção nos rins de 50 pacientes. 
 
 Duas Amostras: Rins direito e esquerdo 
 Relação entre as amostras: O mesmo paciente. 
 
d) K AMOSTRAS INDEPENDENTES. 
 
 Ex: Infecção hospitalar no hospital X, no período de 1995 a 2001. 
 
 K Amostras: amostra do ano de 1995, 1996, 1997, . . . , 2001. 
 Independência entre as amostras: os anos, um independe do outro. 
 
e) K AMOSTRAS RELACIONADAS. 
 
 Ex: Tempo de aprendizagem do uso de uma prótese, segundo três diferentes métodos de 
ensino, controlando-se a idade dos pacientes. 
 
 K Amostras: três grupos de diferentes métodos de ensino. 
 Relação entre as amostras: a mesma prótese. 
 
ESCOLHA DO TESTE ESTATÍSTICO 
 
SUGESTÕES: 
 
1 – Para uma amostra 
 
1.1 – Uma variável. 
 
A) Dados categóricos - Binomial 
 - Qui-quadrado (aderência) 
 - Kolmogorov Smirnov 
 
Ex: Qui-quadrado (aderência) 
 
 
 
25
 Pesquisar se há diferença entre os alunos de uma escola no que diz respeito à marca de 
vitamina C que eles tomam para prevenir resfriado. 
 
 Uma amostra: alunos de uma escola 
 Uma variável: marca de vitamina C. 
 Dado Categórico: marca X, marca Y, marca Z, . . . 
 
B) Dados numéricos - Teste t (Student) 
 - Teste Z 
 
Ex: Teste t (Student) 
 
 Pesquisar se duas partidas de lepromina (A / B) têm capacidade de provocar reações 
intradérmicas tardias (reação de Mitsuda) de mesma intensidade, em uma amostra de 10 
indivíduos. 
 
 Uma amostra: 10 indivíduos que usarão as duas leprominas 
 Uma variável: lepromina 
 Dado Numérico: diâmetro da reação de Mitsuda, em milímetros. 
 
1.2 – Duas variáveis. 
 
A) Dados categóricos - Coeficiente de Contingência C 
 - Correlação de Kendall 
 - Correlação de Spearman 
 
Ex: Coeficiente de Contingência C 
 
 Pesquisar se há associação entre o grau de escolaridade (X) e o nível salarial (Y) de 
funcionários públicos municipais. 
 
 Uma amostra: funcionários públicos municipais 
 Duas variáveis: grau de escolaridade e nível salarial 
 Dados Categóricos: 
 Grau de escolaridade: analfabeto, Ensino fundamental incompleto, ensino 
fundamental completo, ensino médio incompleto, ensino médio, completo . . . 
 
B) Dados numéricos - Correlação Linear de Pearson 
 - Regressão Linear 
 
Ex: Regressão Linear 
 
 Verificar se a pressão arterial diastólica dos homens sofrem alterações com a idade. 
 
 Uma amostra: n homens 
 Duas variáveis: pressão arterial diastólica e idade 
 Dados Numéricos: pressão arterial e idade em anos 
 
 
 
26
1.3 – K Variáveis. 
 
A) Dados Numéricos e Categóricos - Componente Principal 
 - Correlação Parcial 
 - Regressão Múltipla 
 
Ex: Regressão Múltipla 
 
 Verificar a associação da Taxa de Infecção Hospitalar no hospital X com o sexo, peso, 
idade, tempo de permanência, local da internação e medicamento usado. 
 
 Uma amostra: Infecção hospitalar no hospital X. 
 K variáveis: Infecção hospitalar, sexo, peso, idade, permanência, local de internação e 
medicamento. 
 Dados Numéricos: Taxa de Infecção Hospitalar, peso, idade e Permanência. 
 Dados Categóricos: Sexo, local de internação e medicamento. 
 
2 – Para duas amostras independentes 
 
2.1 – Uma variável 
 
A) Dados categóricos - Teste Exato de Fischer 
 - Qui-quadrado 
 - Kolmogorov Smirnov 
 - Mann-Whitney 
 
Ex: Teste Mann-Whitney 
 
 Nível de fosfatase sanguínea em 12 pacientes acometidos de malária por P. vivax e em 10 
parasitados pelo P. falciparum. 
 
 Duas amostras: 12 parasitados por P. vivax e 
 10 parasitados por P. falciparum 
 Uma variável: nível de fosfatase 
 Dado Categórico: Normal ou anormal 
 
B) Dados numéricos - ANOVA (um critério) 
 - Teste Z 
 - Teste t (Student) 
 
Ex: Teste Z 
 
 Pesquisar se há diferença entre duas drogas comerciais no tempo de alívio da cefaléia. 
 Duas amostras: dois grupos de pacientes, cada um com uma droga comercial 
diferente. 
 Uma variável: tempo de alívio da cefaléia. 
 Dado numérico: tempo medido em minutos. 
 
 
 
 
27
3 – Para duas amostras relacionadas 
 
3.1 – Uma variável 
 
A) Dados categóricos - Kappa 
 - McNemar 
 - Teste dos sinais 
 - Wilcoxon 
 
Ex: Teste de Wilcoxon 
 
 Verificar se há diferença entre os ÍNDICEs mitóticos das células de culturas observadas 
antes e após exposição à luz fluorescente branca. 
 Duas amostras: culturas observadas antes da exposição e 
 culturas observadas após a exposição 
 Uma variável: ÍNDICEs mitóticos das células 
 Dado Categórico: Normal, aumentado ou diminuido. 
 
B) Dados numéricos - ANOVA 
 - Teste t (Student) 
 
Ex: ANOVA 
 
 Pesquisar se há diferença entre os valores de triglicerídios em jejum e 4 horas após o 
almoço. 
 
 Duas amostras: valores de triglicerídios em jejum e 
 valores de triglicerídios 4 horas após o almoço 
 Uma variável: triglicerídios 
 Dado numérico: valor do triglicerídios. 
 
4 – Para K amostras independentes 
 
4.1 – Uma variável 
 
A) Dados categóricos - Kruskall-Wallis 
 - Qui-Quadrado (Mantel-Haenszel) 
 
Ex: Teste de Mantel-Haenszel 
 
 Verificar se a proporção de mulheres com neoplasia cervical e HPV positivo é alteradase 
as pacientes apresentarem história clínica de cervicite crônica. 
 
 K Amostras: pacientes com história clínica de cervicite crônica e HPV + 
 pacientes com história clínica de cervicite crônica e HPV - 
 pacientes sem história clínica de cervicite crônica e HPV + 
 pacientes sem história clínica de cervicite crônica e HPV - 
 
 
 
 
28
 Uma variável: proporção de mulheres com neoplasia cervical e HPV + 
 Dado categórico: presença ou ausência de antecedentes de cervicite e 
 HPV +. 
 
B) Dados numéricos - ANOVA (um critério) 
 
Ex: ANOVA (um critério) 
 
 Verificar se o fumo influencia a função pulmonar medida pelo fluxo médio expiratório. 
 
 K amostras: pacientes não-fumantes, 
 fumante de 10 a 15 cigarros por dia e 
 fumante de mais de 30 cigarros por dia. 
 Uma variável: fluxo médio expiratório 
 Dado Numérico: valor do fluxo médio expiratório 
 
4.2 - K variáveis 
 
A) Dados categóricos - Concordância de Kendall 
Ex: Concordância de Kendall 
 
 Testar o grau de correlação entre o nível de desempenho de 3 médicos residentes e as 
respectivas avaliações efetuadas por 3 supervisores. 
 
 K amostras: avaliação do supervisor 1, 2 e 3. 
 K variáveis: nível de crítica dos supervisores 
 Dados Categóricos: níveis (insuficiente, regular, bom e excelente) 
 
B) Dados numéricos - ANOVA (dois critérios) 
 - Distância Euclidiana 
 - Teste de Barllett 
 
Ex: ANOVA (dois critérios) 
 
 Verificar se os ÍNDICEs de reprovação são influenciados pelo tipo de disciplina cursada 
e o turno cursado. 
 K amostras: aprovados e reprovados por disciplina e por turno. 
 K variáveis: disciplinas e turnos. 
 Dados Numéricos: índice de reprovação em percentual. 
 
5 – Para K amostras relacionadas 
 
5.1 – Uma variável ou K variáveis 
 
A) Dados categóricos - Teste de Cochram 
 - Teste de Friedman 
 
Ex: Teste de Cochram 
 
 
 
29
 Verificar a probabilidade de satisfação do usuário em relação a um produto logo após sua 
compra e três tempos de uso, de igual período. 
 
 K amostras: satisfação após a compra e nos três tempos de uso, ou seja, 4 amostras. 
 Uma variável: grau de satisfação do usuário 
 Dados Categóricos: regular, bom e ótimo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30
CAPÍTULO – 3 
PROJETO DE PESQUISA 
 
 Este capítulo lhe ajudará a escrever o seu PROJETO DE PESQUISA, leia atentamente 
tomando cuidado para seguir a formatação e orientações propostas. Detalhe objetivamente 
todos os passos da pesquisa, sem deixar duvidas sobre sua ética e etapas de realização. 
 
 O projeto a ser enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) devera ser submetido 
on-line pela PLATAFORMA BRASIL não necessitando entrega de copias impressas 
diretamente no CEP. Então no momento da submissão pelo site, o projeto deve estar 
previamente escrito de acordo com o item PROJETO DE PESQUISA – SUBMISSAO AO 
CEP. 
 O projeto a ser enviado para o NUPEM como TCC deverá seguir a sequência do item 
ANTEPROJETO PARA O NUPEM e submetido com uma impressão do projeto devidamente 
assinado, via protocolo ao NUPEM. 
 
 
PROJETO DE PESQUISA – SUBMISSÃO AO CEP 
 
SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO SOBRE ÉTICA EM PESQUISA (SISNEP) 
 
A proteção dos direitos dos sujeitos de pesquisa é uma das grandes preocupações do 
Conselho Nacional de Saúde, que através da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa 
(CONEP) tem fortalecido a atuação nesta área. 
 
O SISNEP - Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa envolvendo 
Seres Humanos é um sistema de informações via internet sobre pesquisas envolvendo seres 
humanos. 
 
Os usuários desta nova ferramenta são: 
 
- Os Pesquisadores; 
- Os Comitês de Ética em Pesquisas (CEPs); 
- A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP); e 
- A população em geral. 
 
O SISNEP está instalado em CEPs selecionados previamente pela CONEP. 
Entre estes, o CEP do CCBS-UEPA já está enquadrado nesta nova forma de elaboração das 
folhas de rosto para a pesquisa científica. 
 
Este novo sistema torna possível uma série de objetivos que beneficiarão a todos, dentre os 
quais: 
 
• Facilitar o registro das pesquisas envolvendo seres humanos e orientar a tramitação de cada 
projeto para que todos sejam submetidos à apreciação ética antes de seu início; 
• Integrar o sistema de avaliação ética das pesquisas no Brasil (CEPs e CONEP) e propiciar a 
formação de um banco de dados nacional; 
 
 
31
• Agilizar a tramitação e facilitar aos pesquisadores o acompanhamento da situação de seus 
projetos; 
• Oferecer dados para a melhoria do sistema de apreciação ética das pesquisas e para o 
desenvolvimento de políticas públicas na área; 
• Permitir o acompanhamento dos projetos já aprovados (em condições de serem iniciados) 
pela população em geral e, especialmente, pelos participantes nas pesquisas. 
 
SUBMISSAO NA PLATAFORMA BRASIL 
 
Todo projeto registrado na PLATAFORMA BRASIL receberá um número único e 
corresponde ao Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) que será o 
identificador do projeto em todos os níveis: 
 
- No SISNEP; 
- No Comitê de Ética Pesquisa (CEPs); 
- Na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP); e 
- inclusive nas revistas de publicação científicas ou congressos. 
 
PASSOS PARA A CRIAÇÃO DO CADASTRO E SUBMISSAO DO PROJETO 
 
Para treinar na PLATAFORMA BRASIL e assim, posteriormente, poder submeter a 
sua pesquisa, deve-se primeiramente acessar a URL - http://189.28.128.37/plataformabrasil-
treina 
Obs.: Esta é uma URL SOMENTE para treinamento. 
 
Para o cadastramento de projetos utilize: http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf 
 
1- O pesquisador devera acessar o link “Cadastre-se” localizado na caixa de login e 
seguir o fluxo de cadastro de usuário. 
 
 
 
32
 
2 - Para efetuar o cadastro é necessário ter uma CÓPIA DIGITALIZADA de um 
documento de identidade com foto para ser submetido ao sistema (recomenda-se o formato 
'JPG' ou 'PDF' com resolução de 1000 DPI 2000PI). 
As imagens digitalizadas deverão ser anexadas quando da realização do cadastro. 
O não envio do documento provoca a não efetivação do cadastro. 
Tenha copiado no computador o endereço de seu Currículo Lattes: 
http://lattes.cnpq.br/1180984403274256 
 
Também será necessário o envio do seu currículo vitae digitalizado em formato doc, 
docx, odt e pdf - 2mb máximo (pode ser conseguido através do acesso ao currículo lattes pelo 
link “Exportar para arquivo”, “arquivo RTF”, o site salvará no seu computador o currículo 
como vitae). 
 
3 – Clique em avançar e preencha seus dados. 
 
Para registrar sua pesquisa na PLATAFORMA BRASIL, e assim poder submeter seu 
projeto no Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, bem 
como em todos os demais CEPS que utilizam tal sistema, um dos pesquisadores deverá 
proceder como está descrito abaixo: 
 
1-O pesquisador deverá acessar a URL - http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf 
 
2 – Realizar seu login através de e-mail e senha. 
 
3-Na página principal o pesquisador poderá: 
 
a. Visualizar, editar, e excluir as Folhas de Rosto em andamento; 
b. Visualizar o histórico de Projetos já realizados por ele; 
c. Alterar dados pessoais; 
 
 
33
d. Registrar uma nova pesquisa; 
e. Acessar Ajudas. 
 
4-Na área de usuários, procurar a opção: "Cadastrar nova submissão" 
 
 5-O sistema apresenta o formulário de cadastro de nova Pesquisa. 
Aconselhamos a que você tenha seu projeto já escrito em um editor de textose 
somente copie e cole os dados nos campos da plataforma Brasil, evitando assim perda dos 
dados. 
 
6-Na opção "Cadastrar nova submissão", o pesquisador irá registrar seu projeto no CEP. O 
sistema apresenta o formulário de cadastro de nova Pesquisa; 
 
7 - O primeiro passo é o preenchimento das "Informações Preliminares". Todos os campos 
são obrigatórios, com exceção do campo Equipe de Pesquisa, porém caso o projeto tenha mais 
de um pesquisador estes deverão se cadastrar e serem incluídos no campo “Equipe de 
pesquisa”; 
 
8 - Neste passo o pesquisador pode autorizar a delegação de preenchimento deste projeto à 
outra pessoa (“Adicionar assistente”); 
Obs.: A submissão pode ser preenchida por qualquer dos pesquisadores inclusos no projeto. 
Neste campo deverá ser indicado quem é o pesquisador responsável pela pesquisa. Que 
em geral é o orientador. 
 
 
 
34
9 - Após o preenchimento dos campos da etapa "Informações Preliminares" o pesquisador 
deve clicar no botão "Avançar"; 
 
10- O sistema apresenta a tela seguinte "Área de Estudo"; 
 
11 - O primeiro campo a ser preenchido é a "Área Temática Especial", este campo possibilita 
que seja preenchida mais de uma opção. Nesta área somente os trabalhos que apresentem as 
opções mencionadas deverão ser preenchidos; 
 
12 - O Segundo campo será o "Grandes Áreas do Conhecimento (CNPq)”, neste campo pode 
ser selecionado no máximo três opções; Caso o usuário selecione a opção "Grande Área 4. 
Ciências da Saúde ", o campo "Propósito Principal do Estudo (OMS)" será habilitado; 
 
 
35
 
 
13 - No preenchimento do campo "Propósito Principal do Estudo (OMS)" caso seja 
selecionada a opção "Clínico" será habilitada as seguintes opções: "Acrônimo", "Expansão do 
Acrônimo", "Acrônimo do Título Público", "Expansão do Acrônimo do Público" e ”Múltiplos 
ID's Secundários”; 
 
14 - Os próximos campos a serem preenchidos são o "Título Principal da Pesquisa" (incluindo 
todo o título e sub-título da pesquisa) e "Título Público da Pesquisa" (título que será enviando 
para publicação), de preenchimento obrigatório; 
 
 
36
 
15 - No campo "Contato Público" o pesquisador responde a pergunta "Será o pesquisador 
principal?", caso a resposta seja a opção "Não" o botão "Adicionar Contato" será habilitado; 
 
16 - O próximo campo a ser preenchido é o "Contato Científico", que apresenta membros da 
equipe, sendo que um deles devera ser selecionado como contato científico; 
 
17 - Após o preenchimento dos campos da etapa "Área de Estudo" o pesquisador deve clicar 
no botão "Avançar"; 
 
 
 
 
37
 
18 - O sistema apresentará a tela seguinte "Desenho de Estudo/Apoio Financeiro"; 
 
19 – Se o estudo for classificado como clinico o sistema habilita os campos “Desenho do 
Estudo”, “Condições de saúde ou problemas estudados”, “Descritores Gerais para as 
Condições de Saúde” e campo "Descritores Específicos para as Condições de Saúde”, de 
preenchimento obrigatório. 
Nas demais Grandes Áreas do Conhecimento (CNPq) e Propósito Principal do Estudo (OMS) 
não será habilita o campo " Desenho do Estudo”. 
 
Condições de saúde ou problemas estudados: 
Descritores Gerais e Específicos para as Condições de Saúde: Neste campo deve ser colocada 
a doença estudada com seu devido CID-10 e os Descritores do trabalho a partir do banco de 
dados do DeCS, que poderá ser acessado na URL: http://decs.bvs.br/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38
20 – Se a pesquisa for classificada como “Intervenção/Experimental” os campos "Tipo de 
Intervenção", "Natureza da Intervenção", "Descritores da Intervenção" serão habilitados. É 
preenchimento obrigatório a escolha do tipo de intervenção. 
 
 
21 - O campo "Fase" é habilitado caso a opção "Intervenção/Experimental" seja escolhida no 
primeiro campo do formulário, é preenchimento obrigatório a escolha do tipo de intervenção; 
 
22 - O campo "Haverá uso de placebo ou a existência de grupos que não serão submetidos a 
nenhuma intervenção?" é de preenchimento obrigatório. Caso o pesquisado selecione a opção 
“Sim” o mesmo deverá informar uma justificativa. 
 
23 - O campo "Haverá aplicação de washout?" é de preenchimento obrigatório observando as 
regras do item 29. Caso o pesquisado selecione a opção “Sim” o mesmo deverá informar uma 
justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39
 
24 - O campo "Desenho" é um campo texto e de preenchimento obrigatório, nele deve-se 
escrever a caracterização da pesquisa, como do tipo cego, duplo cego, transversal, 
longitudinal, de coorte, retrospectivo, prospectivo, multicêntrico, randômico ou aleatório (Ler 
o item de CONCEITOS EM EPIDEMIOLOGIA E ESTATISTICA). 
 
25 - O campo "Apoio Financeiro" aonde o pesquisador deve informar o(s) apoio(s) 
financeiro(s). Campo de preenchimento obrigatório; 
 
25 - O campo "Palavra-chave" é de preenchimento obrigatório, devendo seguir os descritores 
cadastrados no DeCS; Após o preenchimento dos campos da etapa "Desenho de Estudo/Apoio 
Financeiro" o pesquisador deverá clicar no botão "Avançar"; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40
 
 
26 - O sistema apresentará a tela seguinte "Detalhamento do Estudo"; 
 
27 - O campo "Introdução", "Resumo", "Hipótese", "Objetivo Primário", "Metodologia 
Proposta", "Critério de Inclusão", "Critério de Exclusão", "Riscos", "Benefícios", 
"Metodologia de Análise de dados" e "Desfecho Primário" são campos de preenchimento 
obrigatório, sendo que o "Objetivo Secundário" e "Desfecho Secundário" não são 
obrigatórios. (Ver item COMO ESCREVER O PROJETO DE PESQUISA) 
 
28 - O campo "Tamanho da amostra no Brasil" é um campo numérico aonde o pesquisador 
deverá preencher o tamanho da amostra e de preenchimento obrigatório. Este numero devera 
ser explicado e de acordo com o item "Metodologia de Análise de dados"; 
 
29 - Quando for aplicável a "Data do Primeiro Recrutamento" o pesquisador deverá 
desmarcar a opção "Não se aplica" e selecionar a data para o mesmo, caso contrário deixe o 
"Não se aplica" marcado, este campo é de preenchimento obrigatório; O pesquisador deve 
informar os "Países de Recrutamento" que é de preenchimento obrigatório; 
 
30 - Após o preenchimento dos campos da etapa "Detalhamento do Estudo" o pesquisador 
deverá clicar no botão "Avançar"; 
 
31 - O sistema apresentará a tela seguinte "Outras Informações"; 
 
32 - O pesquisador deve responder a pergunta "Haverá uso de fontes secundárias de dados 
(prontuários, dados demográficos, etc)?" dentre as duas opções (Sim ou Não). Caso a resposta 
seja sim, o pesquisador deve descrever as fontes secundárias. Este campo é de preenchimento 
obrigatório; 
 
33 - O campo "Informe o número de indivíduos abordados pessoalmente, recrutados, ou que 
sofrerão algum tipo de intervenção neste centro de pesquisa." é um campo numérico e de 
preenchimento obrigatório; 
 
34 - O campo "Grupos em que serão divididos os sujeitos de pesquisa neste centro" 
 
 
41
permite o pesquisador informar em quantos grupos e suas respectivas identificações 
(Identificação do Grupo, Número de Indivíduos e Intervenções a serem realizadas). Este 
campo é de preenchimento obrigatório; 
 
35 - O campo "O estudo é multicêntrico no Brasil?" disponibiliza duas opções (Sim ou Não), 
caso o pesquisador escolha opção "sim" o mesmo deverá informa os dados dos demais centros 
participantes. Este campo é de preenchimento obrigatório; 
 
 
36 - O campo “Instituição Co-participante” possibilita o pesquisador adicionar as instituições 
coparticipantes; 
 
37 - O campo "Propõe dispensa do TCLE?" disponibiliza duas opções (Sim ou Não), caso o 
pesquisador escolha

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