Buscar

caso 02 revogação de preventiva

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

JUIZO DE DIREITO DA 7° VARA CRIMINAL DE GOIANIA – GOIAS
MARCELO BAREATO, solteiro, pedreiro, inscrito pelo CPF n° xxx.xxx.xxx-xx, residente na Rua 11, N° 20, Setor Jardim América, Goiânia – Goiás, filho de Luzia Bareato, nascido no dia 15 de agosto de 1994, neste ato representado pela advogada Thaynara Cristina Rosa Silva inscrita na OAB – GO n° xxx.xx, com endereço profissional impresso às margens desta, vem à ilustre presença de Vossa Excelência requerer:
REVOGAÇAO DE PRISAO PREVENTIVA
com fundamento no artigo 316, do Código de Processo Penal, pelo fato e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
FATO 
O increpado foi indiciado pela prática do crime esculpido no artigo 157, cominado com o artigo 29, ambos do Código Penal. Ainda na fase inquisitiva indicaram que ele estaria ameaçando a testemunha Neire Silva, em decorrência deste fato a Autoridade Policial representou pela prisão preventiva o que fora deferido, pelo juízo da 7ª Vara Criminal.
Oferecida à denúncia, realizada a instrução probatória e apresentadas as alegações finais por memoriais pelas partes foram os autos concluso para sentença estando encerrada, portanto a fase de instrução probatória.
DIREITO 
II.I REVOGAÇAO DA PRISAO PREVENTIVA
	
Certo que o juiz pode revogar a prisão preventiva no curso processual desde que deixem de existir o motivo que ensejou em sua decretação, vide artigo 316 do Código de Processo Penal. 
No caso dos autos a prisão preventiva do postulante foi decretada com fundamento na terceira parte do artigo 312, a saber, para conveniência da instrução criminal. Uma vez que o denunciado estaria ameaçando testemunha, podendo com tal ato prejudicar instrução criminal.
O trâmite processual está em fase de prolação de sentença. Visto que a prisão foi decretada para assegurar a instrução processual e esta já se encerrou, findou-se também os motivos que autorizaram a decretação da prisão preventiva do increpado. 
Neste diapasão convém colacionar o entendimento do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás:
HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO PARA ANÁLISE DE PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. SUFICIÊNCIA DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS. Considerando a possibilidade implementada pela Lei nº 12.403/11 de se estabelecer medidas cautelares diversas da prisão preventiva e, em vista de uma alternativa mais viável a resguardar a efetividade do processo, com amparo no artigo 282, inciso I, do Código de Processo Penal, concedo a ordem impetrada, determinando a expedição de alvará de soltura com a imposição ao paciente de medidas cautelares diversas. PARECER ACOLHIDO EM PARTE. ORDEM CONHECIDA E CONCEDIDA.
(TJGO, Habeas Corpus 5352643-18.2018.8.09.0000, Rel. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Criminal, julgado em 16/08/2018, DJe de 16/08/2018)
HABEAS CORPUS. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO COM NUMERAÇÃO RASPADA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DA DECISÃO QUE DECRETOU A PRISÃO PREVENTIVA. 1- Quando a manutenção da prisão afronta o princípio da proporcionalidade, é imperiosa sua revogação com imposição de medidas cautelares diversas. 2- Ordem conhecida e concedida. Liminar confirmada.
(TJGO, HABEAS-CORPUS 86119-11.2018.8.09.0000, Rel. DES. J. PAGANUCCI JR., 1A CAMARA CRIMINAL, julgado em 31/07/2018, DJe 2564 de 10/08/2018)
Uma vez verificada que não subsistem os motivos que ensejaram na decretação da ordem restringindo o direito de ir e vir do postulante, o caminho é a sua revogação, já que a manutenção da mesma está ferindo normal constitucional.
O artigo 5° da Constituição Federal em seu inciso LVII garante que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatório sendo garantida sua presunção de inocência. O principio que norteia o direito pátrio que é o princípio da presunção de inocência, caso não seja a ordem revogada estará sendo desrespeitado, já que não há fundamento para manutenção da ordem.
II-II MEDIDAS CAUTELARES
Em caso de entendimento diverso e em atendimento ao principio da eventualidade, segue fundamentação.
 Buscando um meio eficaz para uma aplicação balanceada da Lei Penal, a Lei 12.403/11 inseriu no Código Penal, um rol de opções para substituir a pena privativa de liberdade em situações que sejam preenchidas os requisitos restritos as cautelares.
Um ponto que sobressai ao texto da Lei é o inciso II que versa sobre a adequação da medida cautelar de acordo com a gravidade do crime, as circunstâncias do fato e por fim as condições do indiciado, deixando clara que há necessidade de ponderação no momento de sua aplicação.
. Para aplicar as medidas cautelares faz se necessário observar o artigo 282 do Código de Processo Penal:
Art. 282.  As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais;           
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado.
§ 1o  As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.          
§ 2o  As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.        
§ 3o  Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.        
§ 4o  No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). 
§ 5o  O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.        
§ 6o  A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319).
 
Já o artigo 319 do Código de Processo Penal, em seus incisos I a IX, enumera as medidas a serem cumpridas em caso de substituição:
Comparecimento em juízo, no prazo e condições fixadas pelo juiz para informar suas atividades;
Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares por circunstancias relacionadas ao fato para evitar o risco de novas infrações;
Proibição de manter contato com determinada pessoa quando o indiciado ou acusado da mesma manter distancia;
Proibição de se ausentar da comarca quando sua permanência for necessária para investigação ou instrução;
Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga;
Suspensão do exercício de função pública atividade de natureza econômica ou financeira para a utilização da pratica de infrações penais;
Internação provisória do acusado em caso de crimes praticados com violência ou grave ameaça;
Fiança, nas infrações que admitem o comparecimento a atos do processo;
Monitoração eletrônica
 Verificando que o denunciado atende a todos requisitos legais, ressalte-se que o processado esta disposto a cooperar com as medidas diversas da prisão. Merecendo então a substituição de sua pena privativa de liberdade por uma medida cautelar.
III. PEDIDOS
 Ante ao exposto requer:
Que seja colhido parecer do parquet;
Que seja revogada a prisão preventiva do acusado com fundamento no artigo 316 do Código de Processo Penal e expedido o consequente alvará de soltura de MARCELO BAREATO;
Subsidiariamente caso entenda pela não revogação da prisão preventiva, que seja está substituída por uma medida cautelar diversa da prisão, do rol do artigo 319, do Código Penal.
Termos em que
Pede-see aguarda-se deferimento!
Palmeiras de Goiás 29 de agosto de 2018
.
 	THAYNARA C. ROSA SILVA	
OAB/GO n° xxxxx

Continue navegando