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Clinica de Diagnóstico – P1 Radiografia: Diminuição da radiopacidade: - osteopenia (generalizada) - osteólise (localizada) Aumento da radiopacidade: - esclerose Reações periosteais: Regular Laminar Irregular Sunburst Consolidação de fratura: - Processo inflamatório de reparação e remodelação do tecido ósseo. - Proliferação de periósteo e endósteo. Fratura -> hemorragia e destruição da matriz óssea -> remoção de restos celulares e coágulos -> proliferação de fibroblastos -> ossificação do tecido ósseo imaturo (calo) -> remodelamento ósseo. O processo e tempo de reparação óssea pode ser influenciado por: suprimento sanguíneo, idade do paciente, local da lesão, presença de doença sistêmica ou processo infeccioso e método de redução e estabilização do foco de fratura. Complicações: retardo da união, má união e não união (pseudoartrose). PANOSTEÍTE: processo inflamatório no canal medular do osso. - cães de raça grande e jovens. - áreas mais radiopacas (esclerose) dependendo da extensão da lesão. - próximo ao forame nutrício de ossos longos. - dor na palpação e pode mudar de membro. OSTEODISTROFIA HIPERTRÓFICA: provavelmente causada por suplementação nutricional excessiva, deficiência de vitamina C e doenças infecciosas (ex.: cinomose). - cães de raça grande de 2 a 8 meses, mais frequente em machos. - região distal de radio e ulna e em fises. - achados: febre, anorexia, dor, relutância em andar. - se não for tratada evolui e causa deformidades no animal. - achados radiográficos: bilaterais e simétricos, linha radiotransparente junto a metáfise, e reação periosteal irregular, aumento de partes moles adjacentes. OSTEOPATIA HIPERTRÓFICA: doenças em região abdominal e intratorácica (neoplasias e infecções parasitárias). - geralmente casos agudos em cães adultos e idosos. - aumento de volume bilateral, palpação dolorosa e claudicação. - achados radiográficos: proliferação periosteal irregular, paliçada, aumento de dimensões de tecidos moles. - bilateral e simétrica, metacarpo, metatarso e ossos logos, não comete articulação. NEOPLASIAS ÓSSEAS: extremamente agressivas, geralmente maligno (osteossarcoma, fibrosarcoma e condrosarcoma, elas não tem diferenças radiológicas entre si, por isso tem que mandar pro histopatológico). - cães de raça grande adultos ou idosos. - achados: claudicação, aumento de volume, rápida evolução. - tomar cuidado com metástases, por que se ocorrer não vale a pena tirar o membro pois o animal estará com tempo de vida muito curto já (6-12 meses). - predisposição a fraturas patológicas e metástases pulmonares. - normalmente monostática com osteólise e reação periosteal sunburst. - geralmente longe de cotovelo e joelho, não invade ossos vizinhos nem articulações. OSTEOMIELITES: infecção óssea e de tecidos moles de medula, endósteo e canais medulares. - causas: mordeduras, fraturas expostas, fixação cirúrgica hematógena. - fungos, bactérias e protozoários (+ difícil de tratar). - achados: dor, inchaço, claudicação, febre. - para começar ter alterações do RX leva de 7 a 10 dias (fase aguda). - fase crônica: pode ser monostática ou poliostática. - esclerose ao redor da área de osteólise. - formação de sequestro ósseo (fratura cominutiva) geralmente com infecção. Proliferação periosteal homogênea com aumento de partes moles. - ocupa bastante extensão do osso (diferente da neo que é um processo localizado). HIPERPARA SECUNDÁRIO NUTRICIONAL: todos os ossos são afetados, diminuição da radiopacidade, mais susceptíveis a fraturas, falta de Ca sérico que aumenta produção de PTH. - dietas com muito P e pouco Ca. - achados: sensibilidade óssea, palpação dolorosa dos ossos e relutância ao movimento. - fraturas patológicas: ossos longos, pelve (fêmea se recomenda a castração) e vértebras. HIPERPARA SECUNDÁRIO RENAL: porque o rim perde a capacidade de excretar o P. - geralmente se manifesta primeiro no crânio, “mandíbula de borracha”, “dentes flutuantes”. - diminuição da radiopacidade dos ossos do crânio. Sistema Articular: Articulação: união entre 2 ou mais ossos por meio de tecido cartilaginoso, fibroso e elásticos. Tipos: - sinovais (diartroses) - fibrosas (sinartroses) - cartilaginosas (sincondroses) Projeções: medio lateral, crânio caudal e projeções suplementares: sky line e tangencial (para luxação de patela). Exame contrastado: artrografia. ARTROSE (ou osteoartrose): alteração degenerativa não inflamatória da cartilagem e de osso. - etiopatologia: aplicações de pressões anormais na articulação normal ou forças e cargas normais na articulação anormal. - aspectos radiográficos: Aumento das partes moles Alteração do espaço articular (+ ou -) Osteólise ou esclerose Formações ósseas peri-articulares (osteófitos) Calcificação de tecidos moles Anquilose (articulação que perde movimento). ARTRITE: inflamação das estruturas intra-articulares. - infecciosas (séptica, bacteriana ou micótica) Hematógena – infecção umbilicalm endocardites bacterianas Não hematógena – ferida perfurante, trauma, pós cirúrgico - não infecciosa (asséptica, imunomediadas) Artrites não erosivas Artrites erosivas - aspectos radiográficos: Distensão de cápsula articular Lesões em osso subcondral Osteoartroses (1) Luxação e subluxação (2) 1 – Primárias: idiopáticas (senilidade). Secundárias: Deformidades ósseas e articulares, congênitas ou adquiridas (ex.: osteocondrose, displasia coxo-femoral). Infecções ou traumas. Sequelas de doenças sistêmicas. Sem saber o histórico do paciente não conseguimos saber a causa dessa doença. 2 - perda total ou parcial da relação articular. - causas: traumas, congênito (má formação) e desenvolvimento (superfícies articulares alteradas). LABORATÓRIO: Urinálise: - Principal exame uréia e creatinina, são baratos para dosar mas não da pra ver % da lesão. - Se o proprietário só tiver dinheiro para um marcador faz a dosagem de creatinina porque a uréia sofre alterações por influências, como pela alimentação proteica e não ter nenhuma lesão renal. A creatinina também é alterada, mas menos, quanto mais massa muscular tem, mais creatinina. - Creatinina não é reabsorvida pelo rim, só excretada. - Túbulo contorcido proximal: único que reabsorve glicose. Funções do rim: - Filtração glomerular - Excreção de composto N - Hematopoiese (eritropoitina) - Controle de PA - Reabsorção - Ativa vitamina D - Degradação de hormônios - Equilíbrio ácido-base Métodos de coleta de urina: 1 – Cistocentese: é o mais usado e o melhor. - rápido, pode ser guiado por US. 2- Micção expontânea: tem riscos de contaminação, não é bom para antibiograma pois a uretra contém muitas bactérias, e se tiver alguma alterção inflamatória ou neoplásica pode não conseguir urinar. 3 – Sondagem: não é usado para fêmeas pois pode causar lesões na uretra e levar bacterías da uretra para dentro. Avaliação da urina: - Mínimo 5 ml, ideal 10 ml de amostra. - Coloração: ideal – Amarelo citrino. Amarelo palha – DRT, beber muita água, d. insipidus, piometra Amarelo âmbar – febre, desidratação, nefrite aguda, nefrose tóxica, menos ingestão de água Vermelha – hematúria, hemoglobinúria e mioglobinúria Esbranquiçada – secreção purulenta, fosfato triplo - Aspecto: limpa ou turva. - Densidade: vê se o rim é capaz de armazenar ou não. - medida pelo refratômetro. - glicose, manitol e contraste aumentam a osmolaridade então podem dar um aumento falso de densidade. - normal: 1.012 a 1.030. Acima de 1.030 cães desidratação e 1.035 gatos. - Odor: sui generis.Aliáceo Pútrido, fétido – necrose tecidual Adocicado – corpos cetônicos, d. mellitus e acetonemia Amoniacal – infecção bacteriana Exame químico: feito através da fita reagente. pH: carnívoros – 5,0 a 7,5. Herbívoros – 7,5 a 8,5. Infecção bacteriana pode deixar o pH alcalino pela degradação de uréia em amônia. Glicose: glicosúria quando presente, urina normal não apresenta glicose pois ela é totalmente reabsorvida no tubulo contorcido proximal. Cães: 190 mg/dL Gatos: 300 mg/dL (cuidado com animais estressados porque aumenta a adrenalina e causa hiperglicemia) Corpos cetônicos: normalmente isentos na urina. - metabolismo de gorduras. - acetona, acetoacetato e betahidroxibutirato (na fita ele não é detectado). - associado a hiperglicemia: d. mellitus – cetoacidose diabetica. - associado a hipoglicemia (acetonemia da lactação – bov e toxemia de prenhez – ov.) Bilirrubina: normal quando ausente ou em cães pouca quantidade (+) com densidade elevada. - em gato não pode ter pois o rim deles não conjuga bilirrubina. - bilirrubinúria – ir atrás de doenças hepáticas. Sangue oculto: normalmente ausente. - para diferenciar hemoglobinúria de hematúria tem que centrifugar, se ficar amarelo e sedimentado no fundo são hemácias. Se continuar vermelha é proteína no sangue. - para diferencia hemo de mio tem que dosar CK (creatinina fosfoquinase) e AST. - hematúria: problemas de hemostasia, CID, trauma, neoplasia, infecção. - hemoglobinúria: hemólise intravascular, lise de hemácia na urina. - mioglobinúria: trauma na musculatura, picada de peçonhentos. Dosagens não utilizadas com a fita: densidade, nitrito, urobilinogênio e leucócitos (principalmente em gatos porque para eles sempre dá + mesmo não tendo leucocitúria). Proteínas: o grau da proteínuria não reflete o grau de lesão. - precisamos classificar a proteina em pré renal, renal e pós renal. - proteínas de alto peso molecular não passam pela urina (albumina). - pré-renal: proteinas de baixo peso molecular em grande quantidade: Mioglobinúria, hemo, globinúria, mielomas, doença cardíaca congestiva. Proteína fisiológica: exercício extenuante, convulsão, febre, calor/ frio excessivo e diminuição do metabolismo. - renal: problemas nos glomerulos ou tubulos (vai ter albumina). Qualquer lesão no rim. - pós-renal: cálculos, problemas no TUI. Sedimento Ativo (hemácias, leucócitos, bactérias, cristalúria e aumento de céls.) SIM NÃO Pós renal Proteina sérica Normal/ baixa Aumentada Renal Pré-renal Uma + de proteína na urina com densidade elevada em um animal hiperestenúrico é normal. Sedimento: - Hemácias: normal 1 a 5 por campo de 400x. - Leucócitos: normal 1 a 5 por campo de 400x. - Cilindros: normalmente ausentes. pH ácido e muita proteína. - Cristais: fosfato triplo (pH neutro a alcalino). - biureto de amônio (dálmatas, buldogue, shunt ou insuficiência hepática). - dioxalato de cálcio. Avaliação laboratorial dos rins: Azotemia: aumento da concentração sérica de uréia e creatinina por afecções pré, pós ou renais. Uremia: síndrome clínica da IR junto com sinais clínicos ( PU, PD, anemia, vômitos, perda de peso). Cão -> 65% dos néfrons acometidos ele entra em poliúria, só faz azotemia quando tem + de 75% de néfrons acometidos. Gato -> 65% dos néfrons acometidos ele entra em azotemia, só faz poliúria quando tem 75% dos néfrons acometidos. Azotemia cão Obstrução/ trauma SIM NÃO Pós-renal Dens. Urinária < 1.030 (renal) > 1.030 (pré-renal) Azotemia gato Obstrução/ trauma SIM NÃO Pós-renal Dens. Urinária < 1.040 (renal) > 1.040 (pré-renal) Renal (proteinúria, US, resposta a fluido e descartar hipertireoidismo em idosos). Densidade: monitora função dos túbulos. - Teste de privação hídrica: não pode estar desidratado nem azotemico. - já ter descartado as principais causas de PU e PD (IRA, DRC, insuficiência hepática, d. mellitus, hiper/hipoadrenocorticismo, piometra, etc). - restrição gradual: Primeiras 24 horas 2x a necessidade de água normal (120-150ml/kg) divididos em 6 a 8x no dia. Próximas 24hrs reduzir para 80-100ml/kg. Últimas 24hrs necessidade normal 60-80 ml/kg. - restrição abrupta: + perigoso. Cálcio e Fósforo: - Dosagem de cálcio total: 50% está ligado na albumina, 45% livre ou ionizada e 5% outros íons. Dosar a albumina. Precisamos corrigir o Ca mensurado pela fórmula (Ca ajustado = Ca (mg/dL) – albumina (g/dL) + 3,5). - Dosagem de cálcio ionizado: não é muito dosado por conta do equipamento muito caro. Sódio, Potássio e Cloreto: - A avaliação dos elitrólitos é importante para administração da fluidoterapia, perdas e acúmulos, capacidade de excreção pelos rins. - gatos renais em fase poliúrica fazem ventro flexão de pescoço por falta de K. Para fazer avaliação dos rins podemos usar: US, urinálise, elitrólitos e ureia e creatinina. SDMA: é um novo medidor da IRIS. Degradação da arginina (forma multilada do aminoácido) que é liberada para circulação durante a degradação de proteínas e eliminada pelos rins. - SDMA aumentado existe quando há perda de 40% da função renal. - Melhor que a creatinina porque não sofre alteração de massa muscular nem alterações externas. - Padrão de normalidade: 0 a 4 ug/dL. Elitrólitos Na e K: Na: íon extracelular. - Controla bomba de sódio e potássio. - Gasta energia para colocar Na para dentro. - Polarização e despolarização (impulso elétrico – cardíaco e contração muscular). - Retenção de água. Hiponatremia: concentração menor que 140 mEq/l. - Pseudo-hiponatremia – associada a hiperlipemia e hiperproteinemia. - Perda de Na: Primeiramente renal (natriurese, DRT) Diuréticos osmóticos (furosemida inibe a reabs. de Na). Diarréia secretora e sudorese hipertônica. Diabetes cetoacidóticas (glicose aumenta osmolaridade, desloca água do espaço intracelular). Hipoadrenocorticismo. - Superhidratação: polidipsia psicogênica, fase poliúrica da DRC (PD compensatória) e fluidoterapia com solução isotônica. - Sinais clínicos: letargia, anorexia, vômitos, fraqueza, desorientação, convulsão e coma. - Diagnóstico: anamnese e exame físico, hemograma, urinálise, mensuração da concentração sérica de Na. Diferenciar de pseudo-hiponatremia. Hipernatremia: concentração maior que 160 mEq/l. - Causas: Desidratação hipertônica. Excessiva retenção de Na. Perda de H2O (d. insípidus, baixa ingestão de água). Intoxicação por Na (consumo exagerado na dieta). Perda de H20 > Na (perda de fluido para luz gastrointestinal ou por falência renal). - Sinais: desidratação das células principalmente do sistema nervoso. - letargia, fraqueza, fasciculações musculares, desorientação, ataxia, alterações comportamentais, convulsões e coma. - Diagnóstico: urinálise (densidade < 1.008, d. insipidus), hemograma, exame físico e anamnese e mensuração da concentração de Na. K: contração muscular (ritmo do batimento cardíaco). - Íon intracelular. - Polarização e repolarização. Hipocalemia: concentração menor que 3,5 mEq/l. - Causas: Hipocalemia por redistribuição (a insulina estimula a absorção de K pelas células, quando ocorre o bolo de glicose há uma hiperinsulinemia e com isso hipocalemia). Alcalose metabólica e deficiência de H (joga pra fora um H e entra um K). - Perda de K: Diarréias (K é ativamente reabsorvido pelo intestino delgado, e Na no intestino grosso).Fase PU da DRC. Diuréticos (furosemida). Excesso de mineralocorticoides. Hepatopatia crônica, excesso de terapia com ringer lactato e bicarbonato de Na. - Sinais: complicações neuromusculares, fraqueza, ataxia, convulsões, em gatos ventro flexão de pescoço. - arritimias cardíacas (hiperpolarização de membrana), diminuição da força de contração do miocárdio. - cães K < 2,5 e gatos K < 3,5. - Problemas metabólicos: neuropatia hipocalêmica: poliomiopatia hipocalêmica (atividade da creatinaquinase). - íleo paralítico (distensão abdominal, anorexia, vômito e constipação). - Diagnóstico: anamnese e exame físico, hemograma, bioquímica sérica de K e urinálise. Hipercalemia: concentração maior que 5,5 mEq/l. - Causas: Pseudo-hipercalemia (hemólise em espécies – humanos, suínos, equinos e akita – que acumulam K nas hemácias). Hipercalemia por redistribuição (acidose metabólica, K sai e entra H na cél.) Ruptura de bexiga (K e catabólitos nitrogenados se difundem da cavidade abdominal para o sangue). - Sinais: Distúrbios de condução elétrica, hipopolarização da membrana celular. Diminuição na excitabilidade do miocárdio. Aumento do período refratário do miocárdio. Diminuição da condutibilidade (alterações do ritmo cardíaco). - Diagnóstico: tratar causa base, anamnese e exame físico, hemograma, bioquímica sérica de K, urinálise e diferenciar disfunção renal de hipoadrenocorticismo.
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