Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD) • É a complicação mais grave da DM1 em jovens e adultos jovens - Mortalidade de 100% se não for tratada e de 5% com tratamento (em pct idosos ou muito jovens, coma, hipotensão ou choque) • Fatores de risco: - Sexo feminino, Doença psiquiátrica, Baixo nível socioeconômico, Episódios prévios de cetoacidose • Pode ser encontrada em casos de diabetes secundárias ✓ Fatores precipitantes: - Infecções (ITU e respiratorio - Não uso da insulina - Cirurgias, traumas, AVC, IAM - Gestação (DMG) - Cocaina e álcool - Medicações (diureticos tiazidicos, alfa e beta bloqueador, corticoide) ✓ Principais achados clínicos: • Hiperglicemia, Cetonemia e Acidemia (acidose metabolica) ✓ ANAMNESE E EXAME FÍSICO: • Sinais e sintomas: - Poliúria, polidipsia ou polifagia, astenia e perda ponderal, náuseas e vômitos - Dor abdominal (principalmente em crianças) - Desidratação, taquicardia e hiperventilação (respiração de Kussmaul) - Hálito cetônico - Alteração do nível de consciência (coma por osmolaridade sérica > 320 mOsm/kg ✓ DIAGNÓSTICO (repetir de hora em hora): - HEMOGRAMA - GLICEMIA → Hiperglicemia > 250mg/dL - GASOMETRIA ARTERIAL → Acidose metabólica ph≤7,3 - BETA-HIDROXIBUTIRATO→ Corpos cetonicos (avaliado a partir da cetonemia ou cetonúria) - ELETRÓLITOS → pesquisar por conta da desidratação (pode ter redução do sódio) - Pesquisa de acordo com a suspeita (liquor, hemocultura, urocultura, TC de crânio etc) ✓ COMPLICAÇÕES: • Infecção • Hipertrigliceridemia grave → pancreatite aguda • Edema cerebral • SDRA • Acidose metabolica hipercloremica • Trombose vascular • Mucormicose ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR NÃO CETÓTICO • Trata-se de uma forma descompensada tipica do portador de DM 2 em idoso. • Mortalidade maior quando comparada a CAD • Hiperglicemia + ingesta de líquidos inadequadamente baixa • Fator precipitante mais comum → Foco infeccioso → Não infeccioso: IAM, vômitos e diarreia, endocrinopatias, drogas e consumo exagerado de bebida alcoólica. - Achados neurológicos (sonolência ou coma causados pela hiperosmolaridade > 300-350) • Tratamento das comorbidades (simultâneo a hidratação) - Profilaxia para trombose - Drenagem do conteúdo gastrico (por conta de gastroparesia) atraves de sonda TRATAMENTO CAD e EHHNC • Procurar e tratar fatores precipitantes • Hidratação - 1-2 litros nas 1-2 horas iniciais, depois substituir por solução salina hipotônica a 0,45% com volume de 6 a 8L por 12 horas. - NaCl 0,9% → 20 mg/kg/hra - Avaliar Na → se tiver baixo (continuar), se tiver alto ou normal (fazer NaCl 0,45%) • Insulinoterapia (redução de 50-70mg/dL/hr): - Antes de iniciar, devemos avaliar o potássio: • <3.3 mEq/L → NÃO USAR INSULINA(pode reduzir mais ainda o potássio, provocando arritmias) → REPOR POTÁSSIO • 3.3 - 5.2 mEq/L → pode repor insulina, porém associado com potássio (20-30 mEq/L) • >5.2 mEq/L → infundir insulina com reavaliação do potássio a cada 2 horas - Dose inicial de 0,1 Ui/Kg IV em bolus, posteriormente mantendo em bomba de infusão IV 0,1UI/kg/h - Chegar a glicemia a cada 1-2 horas - Se o pct continuar refratário → mantem insulina associado com soro glicosado a 5% - Parar insulina quando o quadro for corrigido (glicemia <200/Ph >7.3/bicarbonato >15/ânion gap<12) - Nas primeiras 24hrs deve manter a glicemia em 250mg/dL (edema cerebral) - Cuidado com hipoglicemia, hipocalemia, edema cerebral e rabdomiolise • Reposição de bicarbonato - Só em situação de Ph < 6,9 ✓ Diferenciação: -Osmolaridade calculo: 2xNa + glicose/18 - HCO3 >18 em EHHNC - sódio e ureia elevados no EHHNC
Compartilhar