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Carboxiterapia Profª Valéria Fontes Carboxiterapia Valéria de Oliveira Fontes • Fisioterapeuta • Especialização em Reeducação Postural Global pelo Reequílibrio Proprioceptivo e Muscular- RPG e RPM • Especialização em Dermato funcional • Mestrado em Fisioterapia • Aprimoramento em Cirurgia Plástica (UNIFESP) • Currículo Lattes - 8107968925175389 Carboxiterapia Valéria de Oliveira Fontes • Fisioterapeuta • Especialização em Reeducação Postural Global pelo Reequílibrio Proprioceptivo e Muscular- RPG e RPM • Especialização em Dermato funcional • Mestrado em Fisioterapia • Aprimoramento em Cirurgia Plástica (UNIFESP) • Currículo Lattes - 8107968925175389 História • A história do uso terapêutico do gás carbônico teve início em 1932, na Estação Termal do Spy de Royat na França, em pacientes que sofriam de arteriopatias periféricas. Seu uso era feito de forma transcutânea através de banhos secos ou submersão em água carbonada. www.Thermes-de-royat.com Histórico da utilização de CO2 com finalidade terapêuticas. • 1151 - Banhos de água carbonada em piscinas naturais para tratar a doença chamada “fogo de Santo Antônio” França; • 1932 - Iniciou-se o tratamento de carboxiterapia por via transdérmica, no tratamento de moléstias vasculares, na Estação Thermal de Royat, na França; • 1953 - Jean Baptiste Romuef (cardiologista), publicou sua experiência com 20 anos da aplicação de CO2; • 1994 - S. B. Curri publica: “La Carboxiterapia na PEF e adiposidade localizada; • 2008 – A técnica chegou no Brasil. Conceito A carboxiterapia é definida como a administração terapêutica subcutânea de gás carbônico medicinal (CO2), um gás atóxico, incolor, não embólico e inodoro. Se utilizada de maneira correta, o CO2 é isento de complicações e não apresenta toxicidade (Lopez ;2005). • O CO2 é um produto endógeno natural do metabolismo das reações oxidativas celulares, produzido no organismo diariamente em grandes quantidades e eliminado pelos pulmões durante a respiração.(Guyton et al., 2002). • • O gás carbônico é utilizado em cirurgias de videolaparoscopia, histeroscopias e como contraste em arteriografias. • • O gás possui 99,9% de pureza. • Empresas fornecedoras no Brasil A.G.A. Air Liquid White Martins etc. Efeitos fisiológicos: • Efeito mecânico; • Efeito Bohr; • Efeito bioquímico. Indicações: • Flacidez cutânea • Olheiras • Celulite • Estrias • Gordura Localizada • Pós operatório Contra indicações: • Cardiopatias • Infecções localizadas • Epilepsia • Insuficiência respiratória e renal • Gravidez • Neoplasias Efeitos Adversos Segundo (Goldman et al. 2006) equimoses, sensação de crepitação, hiperêmia transitória, aumento da temperatura local, dor no local da aplicação, pequenos hematomas, sangramento com retirada da agulha, sensação de pernas pesadas por algumas horas depois da administração do gás está relacionado a velocidade do fluxo e limiar do paciente. Complicações: • Contaminação por manuseio do profissional ou paciente; • Infusão de ar ambiente. Imagem gentilmente cedida pelo Dr. Juan Lopez Planos de aplicação Intradérmico Rejuvenescimento Flacidez cutânea Estrias Sequelas de acne Subcutâneo Lipólise Celulite • I M A G E N S C E D I D A S D R . J U A N Flacidez cutânea Segundo Brandi et al. 2001, o gás através do trauma mecânico, promove: neocolagênese, neoelastogênese, aumento da espessura da derme evidenciando um aumento de colágeno. Imagens cedidas Dr. Juan Rugas Sulco nasogeniano e periorais Contorno mandibular Pescoço ( volume gás) Cicatrizes distensíveis Pálpebras Imagens cedidas Dr. Juan Modo de aplicação: Luvas; área higienizada com gaze e álcool 70%; aparelho ligado deve-se aguardar 5 a 10s para preenchimento total do gás até o equipo (DRENAR); agulha paralela a pele; bisel para cima; introduzir apenas o bisel; velocidade entre 60 e 150ml/min; observar uma isquemia transitória. Repetir os pontos na área a ser tratada. Protocolo • Velocidade de infusão CO2: 60 até 150ml/min; • Número de sessões: 6 /10 sessões; • Intervalo entre as sessões: 7 -14 - 25 dias; • Modo de aplicação: Introduzir apenas o bisel para cima Pontos de aplicação: • Pálpebras única punctura na parte lateral ou múltiplas puncturas. • Face e pescoço: múltiplas puncturas com intervalo médio de 2cm. Imagem gentilmente cedida pelo Dr. Juan Lopez Imagem gentilmente cedida pelo Dr. Juan Lopez Imagem gentilmente cedida pelo Dr. Juan Lopez Celulite Segundo (Weimann; 2004), no tecido celulitico há um mau funcionamento dos adipocitos, que retém um maior teor de lipídios, diferentes e alternados e que estimulam a retenção de líquidos, levando assim ao aumento de volume da célula, gerando compressão dos vasos e comprometendo a circulação sanguínea. O gás carbônico no tecido subcutâneo atua na microcirculação, na curva de dissociação da hemoglobina e está ligado a ação lipolítica oxidativa, o que nos faz pensar na histologia do tecido celulitico que apresenta uma alteração bioquímica do interstício (aumento da viscosidade), estase vênulo-capilar, com hipo- oxigenação, até um estágio de fibrose cicatricial, atrófica, irreversível. Protocolo • 10 à 20 sessões, realizadas 1 ou 2 vezes por semana. Estrias Segundo (Borges; 2006), o gás carbônico provoca um processo inflamatório, que responde com o aparecimento de um leve edema e hiperemia, a fim de aumentar a capacidade de replicação dos fibroblastos e, consequentemente a produção de fibras colágenas e elásticas na pele estriada. Protocolo • 10 sessões realizadas 1 vez por semana associada peelings químicos e físicos Gordura localizada Brandi et al. 2001, através da infusão do gás carbônico, mostrou um aumento da perfusão tecidual, aumento da pressão parcial de oxigênio (PO2) e a redução da circunferência das áreas tratadas. Além disso, relataram aumento da espessura da pele, fratura da membrana do adipócito e preservação total do tecido conjuntivo, incluindo estruturas vasculares e nervosas. SORO FISIOLÓGICO + CARBOXITERAPIA • A prática de carboxiterapia no tratamento de gordura localizada também envolve a injeção de soro fisiológico (em torno de 1 ml por ponto) no local a ser tratado antes da injeção do gás. • O soro fisiológico em contato com o gás carbônico forma uma reação química com liberação de íons H+, proporcionando um meio ácido no local da aplicação. • Essa acidez tecidual confere um aumento da oxidação lipídica através da ativação da lipoproteína lipase, potencializando o poder de queima da gordura (SCORZA & BORGES, 2008). LocalizaçÃO www.beautystetica.com.bre Protocolo • 10 à 20 sessões, realizadas 1 ou 2 vezes por semana. • Associações: • Termoterapia • Massagens • Radiofrequência • Cavitação Pós operatório Segundo (Carvalho et al.; 2005) o gás carbônico medicinal causa um descolamento das estruturas aderidas durante o processo de reparo tecidual, promovendo melhora de elasticidade e corrigipossíveis irregularidades do processo de cicatrização. Protocolo • 10 sessões, realizadas 1 vez por semana. • Equipamento • Importados e nacionais, porém todos os equipamentos devem • ser aprovados pela Anvisa. • O pioneiro Carbomed (Italiano); Carbtek Advanced® (Estek) • Alguns equipamentos tem um sistema de aquecimento do gás, segundo autores, ocorre uma vasodilatação maior e temperatura do gás próximo do fisiológico. • Equipamento • Gás carbônico medicinal • Fluxo - velocidade da entrada de gás no organismo ml/min. • Volume - quantidade de gás infundido no organismo em ml entre 600ml -1 litro por região. • Cilindro (Gabinete) • Equipo • Agulhas • Técnicas de aplicação: • Diferentes volumes e fluxos para cada disfunção estética: Pode variar de 20 a 150 ml/min. • Agulha em 90°- média de 80ml/min. Gordura localizada • Agulha em 45°- média de 20 à 150ml/min. Celulite • Agulha em 30° - média de 20 à 150ml/min. Flacidez • Agulha em 20 °- média de 20 à 150ml/min. Estrias • Sucesso do tratamento • Avaliação; • Mensuração; • Fotos; • Termo de consentimento; • Resultados são obtidos à partir da 5 sessão, notando-se progressiva melhora da qualidade da pele, contorno e redução de medidas como resultado da melhora da perfusão. • Materiais utilizados • Aparelho; • Luvas descartável; • Equipo descartável; • Agulha descartável; • Lápis ou caneta demográfica. Referências: • Lopez,J.C. Carbon Dioxide Therapy. University Hospital of Siena: Italy; 2005. • Guyton et al. Tratado de Fisologia Médica, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2002. • Brandi CD, Aniello C, Grimaldi L, Caiazzo E, Stanghellini E. Carbon Dioxide Therapy: Effects on skin irregularity and its use as a complement to liposuction. Aesth Plast Sug, 2004. • Goldman et al. Celulite Pathophysiology and Treatment. New York: Taylor&Francis, 2006:197-208. • Brandi et al. Carbn Dioxide therapy in the tratament of localized adiposites: clinical study and histopathological correlations. Aesthetic Plast Surg. 2001 • Borges,FS. Modalidades Terapêuticas Dermato Funcional nas Disfunções Estéticas.São Paulo 2006. • Weimann, L. Análise da eficácia do ultra-som terapêutico na redução do fibro edema gelóide,2004 • • Livro: • Infusão Controlada de CO2 : Carboinsuflação • Dr. Antônio Carlos Abramo 2010 Valéria Fontes fisioclinsp@yahoo.com.br
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