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AÇÃO DE DANOS MORAIS TATIANE

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EXELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL FEDERAL DA CIDADE DE TERSINA ESTADO DO PIAUÍ
						
	 TATIANE DE SOUSA CUNHA, brasileiro, casado, inscrito com o número de CPF: 058.351.123-60, e RG: 2.854.011; residente e domiciliado na Rua Raimundo Portela Quadra 60 Lote 11, bairro Promorar nesta capital, vem por meio de seus advogados Dr. EDIVAN RODRIGUES DA SILVA, brasileiro, solteiro, Advogado, inscrita na OAB/PI nº 16.081, e no CPF sob o nº 040.078.533-12, endereço eletrônico: edivanrodrigues89@hotmail.com, com endereço profissional na Rua Lisandro Nogueira, 1223, Ed. Cartório Themístocles, Sala 306, Centro - Norte CEP nº 64.000-200 Teresina – PI, Teresina – PI, vem à presença de Vossa Excelência apresentar:
DANOS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C COM ILÍCITO CONTRATUAL DE VENDA CASADA
 com fundamento nos artigos 186 e 927 parágrafo único ambos do Código Civil, e artigo 39 inciso I, do Código de Defesa do Consumidor, contra CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, empresa publica, com endereço na Rua Henry Wall de Carvalho, 6121 , Parque Piauí, nesta capital, pelos motivos de fato e de direito a seguir. 
DA COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL 
Nota-se que no pólo passivo se encontra a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, empresa publica, ou seja, possui capital integralmente publico, no caso da União.
Portanto a competência para processos envolvendo a Caixa Econômica Federal e de seus interesses é da Justiça Federal, conforme o art. 109, I, da Constituição Federal:
"Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; ".
DOS FATOS
A Requerente na data de 01/10/2018 procurou uma agencia da Caixa Econômica mais próxima da sua residência, para efetuar o saque do seu Seguro desemprego.
Ocorre, excelência, que no momento do saque a autora foi surpreendido por uma atendente da instituição bancaria acima citada, cuja mesma disse que o dinheiro havia caído em uma conta desativada e para ela conseguir efetuar o saque do Seguro teria que aderir uma um titulo de capitalização da Caixa Econômica no valor de R$ 48,00 e abrir uma outra conta para que fosse depositado esse dinheiro. 
Depois de muita confusão e tumulto por parte da funcionária, o Requerente aderiu ao que foi imposto pela atendente, conseguiu efetuar o saque do seu Seguro, porque necessitava com urgência desse dinheiro.
 Mas logo em seguida procurou o gerente da referida agencia para mais explicações, e o mesmo reconheceu o erro da funcionária, no entanto, nada explicou tão pouco apresentou solução para o requerente, que outrora, afirmou que iria buscar seus direitos pois estava sendo ludibriado. 
DO DIREITO 
DA VENDA CASADA – ILICITO CONTRATUAL E DA INVERSÃO DO ONUS DA PROVA 
Na hipótese sub judice, caracterizados os requisitos legais para configuração da relação de consumo (art. 2º e 3º do CDC).
                                               A Ré se enquadra perfeitamente no conceito de fornecedor, dado pelo art. 3º do CDC, que diz:
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Art. 3º – “Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
(…)
2º – Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
                        E o Autor também se enquadra, como antes afirmado, no conceito de consumidor, ditado pelo mesmo ordenamento:
Art. 2º – Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
	Na situação em apreço, a ré impôs ao autor uma condição ilegal para o mesmo sacar seu FGTS, que já estava depositado em conta, condição esta de aderir ao contrato de seguro, fornecida pela parte demandada que seria debitado na conta do requerente determinado valor, sob pena de não poder ter seu beneficio assegurado por lei sacado. Obviamente, trata-se de uma “venda casada”, como assim trata o Código de Defesa do Consumidor no seu artigo 39, I.
Art. 39 – É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
I – condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
                                               Nesse sentido são as lições de Antônio Herman de Vasconcelos e Benjamin:
“Na primeira delas, o fornecedor nega-se a fornecer o produto ou serviço, a não ser que o consumidor concorde em adquirir também um outro produto ou serviço. É a chamada venda casada. Só que, agora, a figura não está limitada apenas à compra e venda, valendo também para outros tipos de negócios jurídicos, de vez que o texto fala em ‘fornecimento’, expressão muito mais ampla.” (GRINOVER, Ada Pellegrini . . . [ et tal ]. Código de Defesa do Consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto. 10ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011, vol. 1, p. 382).
Desta forma, o Autor invoca, desde logo, a proteção aos direitos do consumidor, em especial a efetiva reparação dos danos morais decorrentes da prática de métodos comerciais coercitivos, desleais e abusivos. 
Invoca ainda a proteção aos direitos do consumidor para que se determine a inversão do ônus da prova, sem a qual seria inviável o exercício dos referidos direitos, uma vez que é hipossuficiente em face do Réu, pois este é quem possuiu acesso a eventuais provas conforme o artigo 6º inciso VIII do CDC. 
Destaque-se que a verossimilhança das alegações do Autor está consubstanciada na mais do que suficiente prova documental acostada a esta inicial.
DO DANO MORAL 
É notório (mas não correto) que em certas relações de consumo tais como abertura de contas, financiamento de veículos ou imóveis, o consumidor esteja mais propenso a contratar, sem saber, seguros, garantias e afins, e por isso mesmo deve ter cuidado redobrado para não figurar como vítima em uma venda casada.
O que extrapola a normalidade e que pega o consumidor desprevenido é que na abertura de uma simples conta bancaria para ter um beneficio legal adquirido que é o FGTS, ré impõe a condição para abertura dessa conta a adesão ao contrato de seguro de vida debitado mensalmente na conta do requerente, fazendo parecer que a assinatura do seguro é parte obrigatoriamente integrante do negócio principal.
Portanto, notória a existência de dano indenizável, pois, consoante acima expendido, o banco réu impôs exigência desnecessária ao consumidor, resultando em violação da boa-fé objetiva digna de indenização por danos morais, conforme os artigos 186 e 927 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
DO PEDIDO 
I - Ante o exposto requer seja, reconhecida a competência do Juizado Especial Federal para julgar a demanda, visto que é ré empresa pública, determinando a citação da Requerida, por carta, com AR, para, querendo, apresentar defesa;
II - Pede, mais, sejam os pedidos JULGADOS PROCEDENTES, declarando nulo o contrato de seguro imposto como condição ao ator ter direito ao um serviço, condenandoa Ré a restituir ao Autor;
III - Requer ainda, a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a titulo de danos morais pela venda casada ilícita;
IV - Por fim, que seja deferido o pedido de inversão do ônus da prova, pois se trata de relação de consumo aplicando o art. 6º VIII, do CDC;
Protestar provar o alegado por todos os meios de prova em direitos admitidos, por mais especiais que sejam, sobretudo com\ a oitiva de testemunhas, depoimento pessoal do representante legal da Ré, o que desde já requer, sob pena de confesso.
Dá-se a causa o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Nestes termos,
Espera e pede deferimento.
Teresina de outubro de 2018
EDIVAN RODRIGUES DA SILVA
OAB/PI 16.081
WANDERSON MAGNO FARIAS DE SOUSA
 OAB PIAUÍ – 16.292

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