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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
CEC - CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
ANALISE DE ARGAMASSAS COM RESÍDUO DE BORRACHA DE PNEU MOíDA
Tiago Aragão Cerqueira
	
Petrópolis – RJ
2017
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
CEC – CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
ANALISE DE ARGAMASSAS COM RESÍDUO DE BORRACHA DE PNEU MOíDA
 Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Engenharia e Computação da UCP como requisito parcial para conclusão do Curso de Engenharia Civil.
 Autor do trabalho: Tiago Aragão Cerqueira
Professor Orientador: Prof.ª Robson Luiz Gaiofatto
 
Petrópolis
2017
SUMÁRIO
Sumário
1ANALISE DE ARGAMASSAS COM RESÍDUO DE BORRACHA DE PNEU MOíDA	�
2ANALISE DE ARGAMASSAS COM RESÍDUO DE BORRACHA DE PNEU MOíDA	�
71 INTRODUÇÃO	�
71.1 JUSTIFICATIVA	�
91.2 PROBLEMA	�
91.3 OBJETIVOS	�
91.3.1 GERAL	�
91.3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS	�
92 REVISÃO TEÓRICA (BIBLIOGRÁFICA)	�
92.1 FUNÇÕES DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO	�
102.2 FUNÇÕES DAS CAMADAS DO REVESTIMENTO	�
102.2.1 SUBSTRATO	�
112.2.2 CHAPISCO	�
112.2.3 EMBOÇO	�
112.2.4 REBOCO	�
122.2.5 ACABAMENTO DECORATIVO	�
122.3 PROPRIEDADES DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO	�
122.3.1 – ESTADO FRESCO	�
132.3.2 ARGAMASSA – ESTADO ENDURECIDO	�
152.4. MATERIAIS CONSTITUÍNTES DAS ARGAMASSAS	�
152.4.1 AGLOMERANTES	�
162.4.2 AGREGADO MIÚDO	�
162.5 RESIDUO DE PNEU MOÍDO	�
162.5.1 PNEUS INSERVÍVEIS	�
173 PROPOSTA DE TCC	�
173.1. DESCRIÇÃO DO OBJETO	�
173.2. PROPOSTA DE ESTRUTURA	�
183.3. METODOLOGIA	�
183.4. CRONOGRAMA	�
194 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
�
RESUMO
 A elaboração de novas tecnologias, que priorizam a sustentabilidade tem se tornado algo cada vez mais importante no setor da construção civil, que é um dos mais poluidores do planeta. A busca por alternativas para utilização de novos materiais como agregados em argamassas cimentícias é de grande importância para que possamos reduzir o consumo de areia, que é uma das matérias primas mais utilizadas e exploradas no mundo. Deste modo objetivou neste trabalho avaliar o emprego de resíduos de pneu como parte do agregado miúdo em argamassas e analisar a viabilidade tecnológica deste agregado como matéria prima. Por se tratar de um material de suma importância nas edificações, protegendo a estrutura de agentes agressivos e contribuindo com isolamento acústico e térmico do ambiente, a análise criteriosa dos materiais a serem empregados e a execução são de extrema importância. Será realizado uma análise comparativa do comportamento da argamassa convencional de cal virgem, areia e cimento e a argamassa com a utilização do resíduo de pneu nos estados frescos e endurecidos, e deverão ser realizados os ensaios baseados nas normas da ABNT para avaliar se as características obrigatórias deste material foram preservadas, além de novas propriedades que possivelmente serão descobertas.
ABSTRACT
The development of new technologies, which prioritize sustainability, has become increasingly important in the construction sector, which is one of the most polluting in the world. The search for alternatives to use of new materials as aggregates in cement mortars is of great importance for us to reduce the consumption of sand, which is one of the most used and exploited raw materials in the world. In this way, the objective of this work was to evaluate the use of tire waste as part of the small aggregate in mortars and to analyze the technological feasibility of this aggregate as raw material. Because it is a material of great importance in the buildings, protecting the structure of aggressive agents and contributing with acoustic and thermal insulation of the environment, the careful analysis of the materials to be used and the execution are of extreme importance. A comparative analysis of the performance of conventional mortar of virgin lime, sand and cement and mortar with the use of the tire residue in the fresh and hardened, conditions shall be carried out, and the tests based on the ABNT standards shall be carried out to assess whether the mandatory characteristics of this material have been preserved, as well as new properties that may be discovered.
�
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
 
Um dos grandes desafios encarados pela construção é a tentativa de diminuir o desperdício de materiais. O setor é considerado a indústria mais poluente do planeta, responsável pelo consumo de aproximadamente um terço dos recursos naturais produzidos. Tendo em vista esse cenário, e a redução crescente desses recursos, vêem-se obrigado a reeducação em relação ao reaproveitamento de materiais utilizados e a inclusão de novos, preferencialmente recicláveis. 
O avanço na tecnologia do concreto tem andado paralelamente com o conceito de sustentabilidade e a utilização de novos materiais como agregados em concretos e argamassas tem tornado uma das discussões freqüentes nos meios acadêmicos e fonte de pesquisas. O emprego de resíduo de pneu em argamassas com parte de do agregado miúdo (Areia) pode ser uma ótima alternativa, levanto em consideração as características do material como a baixa condutividade elétrica e sonora e alta elasticidade. Além de a areia ser um dos materiais mais utilizados no setor e com redução absurda em reservas e em produtos de qualidade.
Segundo o professor Vahan Agopyan da Poli-USP (2013) O setor de construção civil é responsável pelo consumo de 40% a 75% de matéria prima produzida no planeta.
A argamassa é um dos materiais mais importante em uma edificação, é constituídas por materiais de baixa granulometria, ou seja, agregados miúdos e aglomerantes, areia, cimento, cal e agua. Sua função varia dependendo de onde ela será aplicada, a de assentamento tem a função de unir os blocos de alvenaria, as de revestimento como o chapisco, emboço e o reboco que tem função preparar a base, cobrir e proteger a base contribuindo com o isolamento térmico e acústico, resistência ao desgaste e agentes agressivos e proteção a umidade.
NBR 13529 (ABNT, 1995) define “argamassa é Mistura homogênea de agregado (s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânicos(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento.”
Umas das maneiras encontradas para a substituição, mesmo que parcial, da areia na construção, é a utilização de resíduos de pneus como parte do agregado miúdo em argamassas. O resíduo de pneu é um material altamente durável e indesejável ao meio ambiente, com isso, o reaproveitamento deste material é de grande destaque para a redução do impacto ambiental causado por este material. 
A areia, um dos materiais mais utilizados na construção civil, é um dos recursos naturais mais explorados do mundo. No entanto, com a urbanização progressista o consumo supera sua capacidade de renovação, são 40 bilhões de toneladas de areia e cascalho que desaparecem do ambiente por ano. Assim, é de extrema relevância o desenvolvimento de alternativas para substituir, nem que for parcialmente, este material tão importante. 
Com isso, será realizada uma pesquisa para analisar resultados obtidos através do emprego de resíduo de pneu triturado como parte do agregado muito em argamassas, para que possamos analisar as características do material como o isolamento acústico e térmico, trabalhabilidade, permeabilidade, resistência mecânica e resistência abrasão sem comprometer as características obrigatórias deste material. 
 1.2 PROBLEMA
Atualmente no Brasil 450 mil toneladas de pneu são descartados por ano. E grande parte desse descarte é feito de maneira inadequada, e com isso tornam-se um grande problema prao meio ambiente por se tratar de um material altamente muito durável e nocivo ao meio ambinete, demoram cerca de 600 anos para se decomporem, podem de criadouros de mosquitos e insetos podendo trazer problemas a saúde pública.
Uma das formas encontradas para reciclagem deste material é a utilização do mesmo na construção civil, ou em diversos outros fins. Neste trabalho será analisado o emprego do pneu moído como parte do agregado utilizado nas argamassas de revestimento, e com isso, verificar se sua aplicação em tal seguimento é viável.
1.3 OBJETIVOS
 1.3.1 GERAL
Avaliar o comportamento das argamassas cimentícias de revestimento com o emprego de resíduos provenientes da moagem de pneus como parte do agregado miúdo (Areia), de acordo com exigências básicas definidas por normas da ABNT.
1.3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
1. Verificar se as propriedades básicas como a resistência mecânica e a abrasão, isolamento acústico e térmico, trabalhabilidade e permeabilidade foram preservados, potencializados ou reduzidos.
2 REVISÃO TEÓRICA (BIBLIOGRÁFICA)
2.1 FUNÇÕES DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO
NBR 13529 (ABNT, 1995) define argamassa sendo é Mistura homogênea de agregado (s) miúdo (s), aglomerante (s) inorgânicos (s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento.
Helena Casarek (IBRACON, 2007). Argamassas são materiais de construção, com propriedades de aderência e endurecimento, obtidos a partir da mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e água, podendo conter ainda aditivos e adições minerais.
Segundo SABBATINI (1984), os revestimentos de argamassas têm, em geral, as seguintes funções: 
Proteger as vedações e a estrutura contra a ação de agentes agressivos e, por conseqüência, evitar a degradação precoce das mesmas, aumentar a durabilidade e reduzir os custos de manutenção dos edifícios;
Auxiliar as vedações a cumprirem com as suas funções, tais como: isolamento termo-acústico, estanqueidade à água e aos gases e segurança ao fogo; 
Estéticas, de acabamento e aquelas relacionadas com a valorização da construção ou determinação do padrão do edifício.
2.2 FUNÇÕES DAS CAMADAS DO REVESTIMENTO
Sua função varia dependendo de onde ela será aplicada, para construção de alvenaria que são as de assentamento e de fixação, de revestimento de paredes e tetos que são chapiscos, emboço, reboco, as de camada única e a decorativa ou monocamada, as de revestimento de pisos.
Figura 1 – ilustra camadas de revestimento.
2.2.1 SUBSTRATO
NBR 13529 (ABNT, 1995) define como parede ou teto constituídos por material inorgânico, não-metálico, sobre os quais o revestimento é aplicado.
2.2.2 CHAPISCO
NBR 13529 (ABNT, 1995) define-se como camada de preparo da base, aplicada de forma continua ou descontinua, com a finalidade de uniformizar a superfície quando à absorção e melhorar a aderência do revestimento.
O chapisco, propriamente dito, não é considerado uma camada de revestimento. Pois tem como objetivo apenas aumentar as condições de aderência da primeira camada de revestimento ao substrato, em algumas situações conforme a natureza da base.
2.2.3 EMBOÇO
NBR 13529 (ABNT, 1995) define como Camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a superfície da base ou chapisco, propiciando uma superfície que permita receber outra camada, de reboco ou de revestimento decorativo, ou que se constitua no acabamento final.
2.2.4 REBOCO
NBR 13529 (ABNT, 1995) define como Camada de revestimento utilizada para cobrimento do emboço, propiciando uma superfície que permita receber o revestimento decorativo ou que se constitua no acabamento final.
A NBR 13749 (ABNT, 1996) “A espessura dos revestimentos externos e internos está indicados na tabela 1.”
Figura 4 – NBR 13749 (ABNT, 1996) – Espessura dos revestimentos
2.2.5 ACABAMENTO DECORATIVO
NBR 13529 (ABNT, 1995) define como “Revestimento decorativo aplicado sobre o revestimento de argamassa, como pintura, materiais cerâmicos, pedras naturais, placas laminadas, têxteis e papel”
2.3 PROPRIEDADES DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO
2.3.1 – ESTADO FRESCO
2.3.1.1 – CONSISTENCIA E PLASTICIDADE
Segundo Marienne Costa (UFPR, 2016) A plasticidade adequada para cada mistura, de acordo com a finalidade e forma de aplicação da argamassa, demanda uma quantidade ótima de água, a qual significa uma consistência ótima que, por sua vez é função do proporcionamento e natureza dos materiais. Esses fatores são considerado os principais condicionantes da propriedade “trabalhabilidade” e, por isso, algumas vezes elas são confundidas como sinônimos da trabalhabilidade. 
Para Helena Carasek (IBRACON 2007) Consistência “É a maior ou menos facilidade da argamassa deformar-se sob ação de cargas” e plasticidade “É a propriedade pela qual a argamassa tende a conservar-se deformada após a retirada das tensões de deformações”
2.3.1.2 – TRABALHABILIDADE
Helena Carasek (IBRACON 2007) define trabalhabilidade como sendo a propriedade das argamassas no estado fresco que determina a facilidade com que elas podem ser misturadas, transportadas, aplicadas, consolidadas e acabadas, em uma condição homogênea.
(SABBATINI, 1984). Diz que “esta propriedade relaciona-se principalmente à consistência. Em termos práticos, a trabalhabilidade significa facilidade de manuseio. Pode-se dizer que uma argamassa é trabalhável, de um modo geral, quando ela distribui-se facilmente ao ser assentada, não gruda na ferramenta quando está sendo aplicada, não segrega ao ser transportada, não endurece em contato com superfícies absortivas e permanece plástica por tempo suficiente para que a operação seja completada. ”
2.3.1.3 – RETENÇÃO A ÁGUA
Marienne Costa (UFPR, 2016) define retenção a água como uma propriedade que está associada à capacidade da argamassa fresca manter a sua trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que provocam perda de água de amassamento, seja por evaporação seja pela absorção de água da base.
Helena Carasek (1996) A partir de seus experimentos, observou que utilizando argamassas com diferentes retenções de água aplicadas em diferentes tipos de substratos, que aquelas, com menores capacidades de retenção de água, produziam maior resistência de aderência do revestimento. 
2.3.1.4 – ADESÃO INICIAL
Luciana Maciel, Mércia MSB Barros e Fernando H. Sabattini (EPUSP, 1998) Propriedade relacionada ao fenômeno mecânico que ocorre em superfícies porosas, pela ancoragem da argamassa na base, através da entrada da pasta nos poros, reentrâncias e saliências, seguido do endurecimento progressivo da pasta. E ainda depende das outras propriedades encontratas na argamassa no estado fresco e das características da base como a porosidade, rugosidade e limpeza.
É a capacidade inicial da argamassa no estado fresco de aderir a superfície aplicada.
2.3.2 ARGAMASSA – ESTADO ENDURECIDO
2.3.2.1 – ADERÊNCIA
Helena Carasek (2007) pode-se definir didaticamente que aderência deriva da conjunção de três propriedades da interface argamssada-substrato como a resistência de aderência a tração, a resistência de aderência ao cisalhamento e a extensão de aderência (razão entre a área de contato efetivo e a área total possível de ser úmida).
Luciana Maciel, Mércia, MSB Barros e Fernando H. Sabattini (EPUSP, 1998) Dizem que para se obter uma adequada aderência inicial, a argamassa deve apresentar a trabalhabilidade e retenção de água adequadas à sucção da base e às condições de exposição. Deve, também, ser comprimida após a sua aplicação, para promover o maior contato com a base. Além disso, a base deve estar limpa, com rugosidade adequada e sem oleosidade.
Luciana Maciel, Mércia MSB Barros e Fernando H. Sabattini (EPUSP, 1998) A resistência de aderência à tração do revestimento pode ser medida através do ensaio de arrancamento por tração. De acordo com a norma NBR 13749 (ABNT, 1996), o limite de resistência de aderência à tração (Ra) para o revestimento de argamassa (emboço e massa única)varia de acordo com o local de aplicação e tipo de acabamento, conforme a Tabela 2.
Figura – 3 NBR 13749 (ABNT, 1996) Tabela 2
2.3.2.2 – RETRAÇÃO
Helena Carasek (2007) define como o resultado de um mecanismo complexo, associado com a variação de volume da pasta aglomerante e apresenta papel fundamental no desempenho das argamassas aplicadas, especialmente quanto à estanqueidade e à durabilidade.
Luciana Maciel, Mércia MSB Barros e Fernando H. Sabattini (EPUSP, 1998) consideram que as camadas de argamassa que são aplicadas em espessuras maiores, superiores a 25 mm, estão mais sujeitas a sofrerem retração na secagem e apresentarem fissuras. No caso do intervalo de aplicação entre duas camadas do revestimento de argamassa, é recomendado que sejam aguardados 7 dias, no mínimo, pois nesse período a retração da argamassa já é grande, da ordem de 60% a 80% do valor total.
2.3.2.3 – ELASTICIDADE
Segundo Fernando H. Sabattini (1984), elasticidade é a capacidade que a argamassa no estado endurecido apresenta em se deformar sem apresentar ruptura quando sujeita a solicitações diversas, e de retornar à dimensão original inicial quando cessam estas solicitações.
2.4. MATERIAIS CONSTITUÍNTES DAS ARGAMASSAS
2.4.1 AGLOMERANTES
Segundo NBR 13529 (ABNT, 1995) os aglomerantes constituintes nas das argamassas são a cal hidratada, cal virgem, cimento de alvenaria, cimento Portland e cimento Portland Branco. Com suas respectivas definições na NBR 11172. 
2.4.1.1 CAL
A NBR 11172 (ABNT, 1990) define Cal hidratada como Cal, sob a forma de pó seco, obtida pela hidratação adequada de cal virgem, constituída essencialmente de hidróxido de cálcio ou de uma mistura de hidróxido de cálcio e hidróxido de magnésio, ou ainda, de uma mistura de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio e óxido de magnésio.
A Cal virgem segundo a NBR 11172 (ABNT, 1990) é definida como Cal resultante de processos de calcinação, da qual o constituinte principal é o óxido de cálcio ou óxido de cálcio em associação natural com o óxido de magnésio, capaz de reagir com a água. Em função dos teores dos seus constituintes, pode ser designada de: cálcica (ou altocálcio), magnesiana ou dolomítica.
 2.4.1.2 CIMENTO
Nas argamassas e concretos o cimento, assim como a Cal, tem função aglomerante que ocorre através da sua reação com a agua, fato que o caracteriza como um aglomerante hidráulico. Após hidratado ele traz características importantes para resistência mecânica e durabilidade do material.
Como bem define a NBR 13529 (ABNT, 1995), os cimentos utilizados em argamassas de revestimentos são cimento de alvenaria, cimento Portland e cimento Portland Branco. 
2.4.2 AGREGADO MIÚDO
A NBR 7211 (ABNT, 2005) define agregado miúdo como, Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150 µm.
Figura 4 – Tabela 2 NBR 7211 (ABNT, 2005)
2.5 RESIDUO DE PNEU MOÍDO
2.5.1 PNEUS INSERVÍVEIS
Segundo resolução nº 416 (CONAMA, 2009) Art. 2º Para os fins do disposto nesta Resolução, considera-se:
 I – Pneu ou pneumático: componente de um sistema de rodagem, constituído de elastômeros, produtos têxteis, aço e outros materiais que quando montado em uma roda de veículo e contendo fluido(s) sobre pressão, transmite tração dada a sua aderência ao solo, sustenta elasticamente a carga do veículo e resiste à pressão provocada pela reação do solo.
II – Pneu novo: pneu, de qualquer origem, que não sofreu qualquer uso, nem foi submetido a qualquer tipo de reforma e não apresenta sinais de envelhecimento nem deteriorações, classificado na posição 40.11 da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM. 
III - Pneu usado: pneu que foi submetido a qualquer tipo de uso e/ou desgaste, classificado na posição 40.12 da NCM, englobando os pneus reformados e os inservíveis. 
IV - Pneu reformado: pneu usado que foi submetido a processo de reutilização da carcaça com o fim específico de aumentar sua vida útil, como: a) recapagem: processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem; b) recauchutagem: processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem e dos ombros; c) remoldagem: processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem, ombros e toda a superfície de seus flancos. 
V - Pneu inservível: pneu usado que apresente danos irreparáveis em sua estrutura não se prestando mais à rodagem ou à reforma.
3 PROPOSTA DE TCC
3.1. DESCRIÇÃO DO OBJETO
O trabalho sera realizado através de uma pesquisa a fim de avaliar o comportamento das argamassas cimenticias de revestimento, com substituição parcial do agregado (Areia) por residuo de pneu moido. Tendo em vista a necessidade de criar alternativas viáeis para redução do consumo desta materia prima. 
3.2. PROPOSTA DE ESTRUTURA
O primeiro capitulo trata-se da introdução contendo a justificativa e os objetivos do trabalho. O segundo contem a revisão teorica das argamassas, seus componentes, agregados e residuo de pneu. O terceiro conterá a parte do planejamento para a pesquisa experimental e os métodos a serem utilizados e o desenvolvimento prático da pesquisa. O quarto capitulo virá com os resultado e discussões. O sexto trará as conclusões baseadas nos resultados e discussões alcançados. Por fim, o sétimo conterá com a revisão bibliografica.
3.3. METODOLOGIA
Nesta pesquisa serão avaliadas as propriedades físicas e mecânicas da argamassa em seu estado fresco como a retenção de água e sua consistência, no estado endurecido como a resistência a compressão, resistência a tração na flexão, elasticidade e absorção por capilaridade, todos de acordo com as normas regulamentadoras da ABNT. A substituição do agregado por resíduo de pneu moído será feito gradativamente iniciando-se com 7,5%, 10% e 15%, respectivamente, para pordermos analisar qual a porcentagem que mais atende os objetivos da pesquisa.
3.4. CRONOGRAMA
4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13749: Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 1996.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13529: Revestimentos de paredes e tetos em argamassas inorgânicas; terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13530: Revestimentos de paredes e tetos em argamassas inorgânicas; classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13749: Revestimentos de paredes e tetos em argamassas inorgânicas; especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023: Informação e documentação - Elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7200: Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7211: Agregados para concreto - Especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 1983.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13281: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13529: Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
BRASIL. CONAMA – Resolução nº 416 – Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental. Brasilia, 2009.
CARASEK, Helena. Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais. São Paulo, IBRACON, 2007.
RODRIGUES, Mariane; FERREIRA, Mariane. Argamassa com partículas de borracha da reciclagem de pneus inservíveis. 3º congresso português de argamassas de construção (APFAC) – Lisboa, 2010.
SABBATINI, Fernando; MACIEL, Luciana; BARROS, Mércia. Recomendação para a execução de revestimento de argamassa para paredes de vedação internas e exteriores e tetos. (EPUSP).São Paulo, 1998.
SABBATINI, F. H. O processo construtivo de edifícios de alvenaria estrutural sílicocalcária. São Paulo. 1984. 298 p. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo.

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