Prévia do material em texto
Estudo do Ca´lculo e Aplicac¸o˜es Erick Bernardo Escola de Engenharia de Sa˜o Carlos - USP Sa˜o Carlos Bolsa: Ensinar com Pesquisa Orientador: Janete Crema Simal Instituto de Cieˆncias Matema´ticas e de Computac¸a˜o - ICMC - USP Sa˜o Carlos Suma´rio 1 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3 Aplicac¸o˜es do Ca´lculo Diferencial e Integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3.1 Func¸o˜es elementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3.2 Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 3.3 A derivada como uma func¸a˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 3.4 Crescimento e decrescimento de func¸o˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3.5 Ma´ximos e mı´nimos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 3.6 Taxas relacionadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 3.7 Integral indefinida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 3.8 Integral definida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 3.9 A´reas e volumes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 3.10 Integrais impro´prias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 3.11 Teorema do valor me´dio para integrais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 4 I´ndice Remissivo por A´reas de Aplicac¸a˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 5 Refereˆncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 2 1 Resumo Todos os anos estudantes das cieˆncias exatas teˆm contato com o ca´lculo diferencial e integral aplicado a func¸o˜es de uma varia´vel real. Pore´m, muitos teˆm dificuldade de visualizar sua aplicabilidade em problemas das mais varia´veis a´reas. Assim, este material vem trazer uma se´rie de questo˜es resolvidas explorando a aplicac¸a˜o da teoria de sala de aula em problemas diversos do ca´lculo de func¸o˜es de uma varia´vel. 2 Objetivos Esta apostila tem como objetivo se tornar um banco de dados de questo˜es resolvidas para uso na elaborac¸a˜o de listas de exerc´ıcios e exemplos que trazem uma aplicac¸a˜o diversificada do ca´lculo de func¸o˜es de uma varia´vel. 3 3 Aplicac¸o˜es do Ca´lculo Diferencial e Integral 3.1 Func¸o˜es elementares 1. Sejam F e C as temperaturas em graus Fahrenheit e graus Celsius. Ache a equac¸a˜o que relaciona F e C, sabendo-se que a func¸a˜o e´ linear e que F = 32 quando C = 0 e F = 212 quando C = 100. Queremos encontrar F=f(C) (linear) F = f(C) = aC + b f(0) = a0 + b = 32⇒ b = 32 f(100) = a100 + b = 212⇒ a = 180 100 = 1, 8 F = f(C) = 1, 8C + 32 2. Numa certa viagem de bicicleta, a primeira metade da distaˆncia foi percorrida a 30 km/h e a segunda metade, a 20 km/h. Qual foi a velocidade me´dia? Seja d a distaˆncia percorrida na primeira e segunda metade t1 = d 30 e t2 = d 20 Vm = D T com D = 2d e T = t1 + t2 Assim, Vm = D T = 2dd 30 + d 20 = 30∗20 25 = 24 km/h 3. Uma agente de promoc¸a˜o considera que quanto mais ela divulga seus produtos na tele- visa˜o, mais ela vendera´. A relac¸a˜o pode ser expressa por y = 3 2 x + 150, na qual y e´ o nu´mero de vendas por semana, e x indica o nu´mero de vezes que o comercial foi divulgado durante a semana. Reproduza o gra´fico dessa equac¸a˜o. A func¸a˜o y = 3 2 x+ 150 e´ uma reta que cruza o eixo x em x=-100 e o eixo y em y=150. Figura 1: y = 3 2 x+ 150 4. Em um laborato´rio ratos aprendem a pressionar um bota˜o para receberem comida. A equac¸a˜o y = 1 2 x expressa o nu´mero de vezes que a bota˜o e´ pressionado em um minuto 4 (y) e a quantidade de comida dada (x). Fac¸a o gra´fico da equac¸a˜o dada. Quando quatro unidades de comida e´ dada, quantas vezes os ratos pressionaram a barra? A func¸a˜o y = 1 2 x representa uma reta que passa pela origem, como o gra´fico abaixo des- creve. Figura 2: y = 1 2 x y = f(x) = 1 2 x, Assim, f(4) = 1 2 (4) = 2. O bota˜o foi pressionado 2 vezes. 5. O crescimento de uma determinada cultura pode ser estimada pela equac¸a˜o y = 0, 2x2, na qual y e´ a quantidade apo´s x horas. Represente o gra´fico dessa equac¸a˜o e determine a quantidade presente inicialmente (x = 0) e depois de uma e de duas horas. As ra´ızes de f sa˜o obtidas por: f(x) = 0, 2x2 = 0 =⇒ x = 0 Como x ≥ 0, Em, f(0) = 0, f(1) = 0, 2 e f(2) = 0, 8 5 Figura 3: y = 0, 2x2 6. Um bio´logo determina que a temperatura da a´gua tem um efeito sobre o nu´mero de peixes capturados em um dia. Ele encontrou a relac¸a˜o N = −1 2 t2 + 60t− 1300(t ≥ 25), na qual N representa o nu´mero de peixes capturados em um dia, e t e´ a temperatura em oF. (a) Represente o gra´fico dessa equac¸a˜o. (b) Qual e´ a temperatura ideal da a´gua para capturar mais peixes? (a)O gra´fico pode ser representado pela figura (4): Figura 4: N = −1 2 t2 + 60t− 1300, (t ≥ 25) (b) A expressa˜o N = −1 2 t2 + 60t − 1300 e´ uma func¸a˜o quadra´tica com um ponto de N ma´ximo como podemos observar no gra´fico. N = −1 2 t2 + 60t− 1300 = 0⇒ t = 91.62 e t = 28.38 6 Devido a simetria temos: d = 91, 62 + 28, 38 2 = 31, 62 e t = 28, 38 + d = 60oF A temperatura para a ma´xima captura de peixe e´ de 60oF. 7. Uma fa´brica possui um custo, y, em reais, para produzir x unidades de uma mercadoria representado pela equac¸a˜o y = 1 3 x+ 212. (a) Represente seu gra´fico; (b) Qual e´ o custo de produc¸a˜o de 48 unidades? (a) A equac¸a˜o representa uma reta. Ver figura (5). Figura 5: y = 1 3 x+ 212, x ≥ 0 (b) Substituindo x=48 em y temos, y = f(48) = 1 3 (48) + 212 = 228 reais. 7 8. Uma fa´brica comprou uma ma´quina em 2000 por R$10000,00. Devido a depreciac¸a˜o a ma´quina valia R$5000,00 em 2005. Se a depreciac¸a˜o e´ considerada linear, encontre a equac¸a˜o que descreve o valor da ma´quina depois de x anos. Encontre tambe´m o valor da ma´quina em 2007. A equac¸a˜o de uma reta pode ser representada por y−y0 = m(x−x0), na qual m representa o coeficiente angular da reta e (y0, x0) um ponto conhecido. Em x0 = 0 temos y0 = 10 4 e um x = 2005− 2000 = 5 em y = 5000. Logo, m = 10000−5000 0−5 Assim, para x qualquer: y − 10000 = 10000− 5000 0− 5 (x− 0) =⇒ y = −1000x+ 10000 A func¸a˜o y = −1000x + 10000 e´ linear e decrescente. Assim, o prec¸o y da ma´quina decresce apo´s x anos. Em 2007 temos x=7 anos, logo encontramos y = f(7) = −1000(7) + 10000 = 3000 reais. 9. Uma companhia tem R$20000,00 como custo fixo para produzir uma certa mercadoria e mais R$5,00 por unidade produzida. Se cada unidade e´ vendida por R$9,00, encontre o ponto em que a renda e´ igual ao custo. A func¸a˜o custo e´ dada por C(x) = 20000 + 5x, a renda por R(x) = 9x e seja x o nu´mero de items produzidos. Enta˜o, C(x) = 20000 + 5x = 9x = R(x) O que nos da´ x = 5000 unidades. 10. E´ usual para economistas desenvolverem suas equac¸o˜es de demandas com relac¸o˜es lineares. A equac¸a˜o de demanda pode ser da forma y = ax+ b, a < 0 (quando o prec¸o y cresce, a demanda pela mercadoria x ira´ cair). Uma equac¸a˜o tambe´m linear y = cx+ d, c > 0, representa o efeito contra´rio ( a alta do prec¸o y ira´ aumentar a oferta da mercadoria x). Neste contexto, um produtor de capas de chuva estabeleceu para seu produto a equac¸a˜o de demanda y = −5 3 x+ 230 3 , e a equac¸a˜o de produc¸a˜o de y = 2 3 x+ 55 3 na qual x e´ o nu´mero de capas de chuva em centenas e y e´ o prec¸o por capa. (a)O que representa a intersecc¸a˜o entre as duas curvas? (b)Encontre a quantidade e o prec¸o de equil´ıbrio. (a) A intersecc¸a˜o dessas duas curvas, onde demanda e´ igual a oferta, representa a quan- tidade e prec¸o de equil´ıbrio. (b) Interceptandoas duas retas temos: −5 3 x+ 230 3 = 2 3 x+ 55 3 =⇒ x = 25 Consequentemente, y = 2 3 25 + 55 3 = 35. As coordenadas do ponto de equil´ıbrio sa˜o x=25 e y=35. Assim, quando 2500 capas de chuva sa˜o oferecidas por um prec¸o de 35 reais cada, a oferta e demanda pelo produto sa˜o iguais. 8 11. Em um laborato´rio de biologia um te´cnico e´ responsa´vel pelo fornecimento de uma deter- minada bacte´ria utilizada em experimentos. Se a equac¸a˜o da demanda e´ y = −2 3 x + 16 3 e a equac¸a˜o da oferta e´ y = 10x−11 8 , com x em milhares de bacte´rias e y em centenas de reais. Determine a quantidade de bacte´rias, o prec¸o de equil´ıbrio e represente seus gra´ficos. No ponto de equil´ıbrio: −2 3 x+ 16 3 = 10x− 11 8 Resolvendo para x encontramos x = 3, 5. Substituindo em qualquer uma das equac¸o˜es obtemos y = 3. O ponto de equil´ıbrio pode ser observado na figura (6) Figura 6: Ponto de equil´ıbrio (7 2 , 3) 9 12. Uma companhia tem um custo fixo de R$26000,00. O custo de produzir um item e´ de R$30,00. Se cada item e´ vendido por R$43,00, encontre o ponto em que a receita se iguala ao custo. O custo pode ser representado por C(x) = 30x+ 26000 e a renda por R(x) = 43x, sendo x o nu´mero de itens produzidos. Igualando ambas: C(x) = 30x+ 26000 = 43x = R(x) 26000 = 13x x = 2000 unidades 13. Para produzir x pares de skis, uma companhia tem um custo de C(x) = 80 + 0, 2x2. A renda e´ dada por R(x) = 150x− 0, 1x2. Encontre a func¸a˜o lucro e verifique qual o lucro ma´ximo que se pode obter. O lucro e´ representado por L(x) = R(x)− C(x). Assim, L(x) = (150x− 0, 1x2)− (80 + 0, 2x2) L(x) = −80 + 150x− 0, 12x2 Ponto de ma´ximo em L(x) = −b 2a = −150−0,24 = 625 unidades 14. O tempo, em minutos, em que uma pessoa e´ testada e completa uma tarefa pode ser encontrado por T (x) = 440√ x , onde x e´ o QI da pessoa. (a) Quanto tempo e´ necessa´rio para uma pessoa com QI de 100 completar a tarefa? (b) Qual e´ o QI de uma pessoa que completa a tarefa em 40 minutos? Seja T (x) = 440√ x , e x o QI da pessoa. Assim, (a) T (100) = 440√ 100 = 44 minutos (b) Sendo T=40 minutos: 40 = 440√ x √ x = 11, x > 0 x = 121 O QI da pessoa e´ de 121. 15. O volume V, em cm3, de um vaso sangu´ıneo cil´ındrico de 8 cm de comprimento e´ func¸a˜o do raio r, em cm. A relac¸a˜o e´ dada por V = 8pir2. (a) Fac¸a o gra´fico. (b) O que acontece com o volume se o raio e´ reduzido pela metade devido acu´mulo de gordura nos vasos? (a) Figura (7). (b) Seja r0 o raio inicial do vaso e rf = r0 2 o raio final. Enta˜o, V olume inicial V0(r0) = 8pir0 2 V olume final Vf (rf = r0 2 ) = 8pi( r0 2 )2 = 8pir20 4 = V0 4 Assim, o volume do vazo sangu´ıneo e´ reduzido em quatro vezes. 10 Figura 7: V = 8pir2 16. A concentrac¸a˜o de bacte´rias num sistema de a´gua pu´blico tem aumentado, o que ocasionou um tratamento com agentes anti-bacterianos. Bioqu´ımicos responsa´veis pelo tratamento da a´gua estimam que N(t), o nu´mero de bacte´rias por cm3, pode ser descrito pela equac¸a˜o N(t) = 40t2 − 320t+ 1000, onde t e´ o nu´mero de dias de tratamento. (a) A a´gua e´ considerada impro´pria para beber quando a concentrac¸a˜o excede 720 bacte´rias por cm3. Quanto tempo apo´s o in´ıcio do tratamento a a´gua podera´ ser bebida novamente? t ≥ 0 e t: nu´mero de dias de tratamento N(t) ≤ 720 40t2 − 320t+ 1000 ≤ 720 f(t) = 40t2 − 320t+ 280 ≤ 0 40t2 − 320t+ 280 = 0⇒ t1 = 1 e t2 = 7 Como temos uma para´bola com concavidade para cima a a´gua podera´ ser consumida apo´s um per´ıodo de tratamento entre 1 e 7 dias. 17. De acordo com um modelo desenvolvido por um grupo de sau´de pu´blica, o nu´mero de pessoas N(t), em milhares, que estara˜o doentes devido uma gripe no tempo t, em meses, no pro´ximo inverno e´ descrito por N(t) = 100 + 30t − 10t2, onde t = 0 corresponde ao in´ıcio de junho. (a) Quando a gripe atingira´ seu pico? Quantas pessoas estara˜o afetadas? (b) Fac¸a o gra´fico. (c) Quando o surto de gripe terminara´? N(t) = 100 + 30t − 10t2 = 0 ⇒ t1 = −2 e t2 = 5. Como temos uma para´bola com concavidade para baixo a func¸a˜o apresenta um ma´ximo. Ponto de ma´ximo t = t1+t2 2 = −2+5 2 = 1, 5 Assim, N(1, 5) = 122, 5 11 (a) O pico ocorrera´ em t=1,5, o que corresponde a 45 dias apo´s o in´ıcio do surto. 122500 pessoas estara˜o infectadas. (b) Figura (8) Figura 8: N(t) para t ≥ 0 (c) Como confirmado pelo gra´fico a gripe terminara´ em t = 5 e portanto no final de Outubro, como confirmado pelo gra´fico. 12 18. Mortes por trauma apo´s um se´rio acidente sa˜o conhecidas como sendo de dois tipos. Tipo A e´ devido a um se´rio dano num o´rga˜o principal, como ce´rebro, corac¸a˜o . Tipo B e´ devido perda de sangue ou atrave´s de hemorragia ou atrave´s de perda de sangue do corpo. Considere as seguintes func¸o˜es respectivamente, associadas ao Tipo A e ao Tipo B. f(t) = 25 t , g(t) = 50 1 + (t− 2)2 (a) Em que tempo t as func¸o˜es se interceptam? (b) Fazer os gra´ficos. (a) f(t) = g(t) 25 t = 50 1+(t−2)2 com (t 6= 0) 1 + (t− 2)2 = 2t t2 − 6t+ 5 = 0 ⇒ t1 = 1 e t2 = 5 As func¸o˜es se interceptam nos tempos t=1 e t=5. (b) Figura 9: Intersec¸o˜es de f(t) e g(t) 13 19. Nı´veis de dio´xido de carbono no po´lo sul teˆm aumentado de 315 partes por milha˜o em 1958 para 322 partes por milha˜o em 1966 e 329 partes por milha˜o em 1974. (a) Considerando-se t = 0 o ano correspondente a 1958, achar a func¸a˜o linear que relaciona o n´ıvel de dio´xido de carbono como func¸a˜o do tempo. (b) Qual o n´ıvel previsto para 2014? (a) Func¸a˜o Linear f(t) = at+ b , a e b constantes f(0) = a0 + b = 315 ⇒ b = 315 f(8) = a8 + 315 = 322 ⇒ a = 7 8 f(t) = 7 8 t+ 315 (b) 2014⇒ t = 56 anos f(56) = 364 partes por milha˜o 20. Se a pressa˜o for mantida constante, uma amostra de ga´s tem volume igual a V0 a 0 oC. A relac¸a˜o entre o volume V do ga´s em litros e a temperatura T em graus cent´ıgrados e´ dada pela equac¸a˜o V = V0 + V0 273 T (a) Qual e´ a inclinac¸a˜o desta reta? (b) Obter a expressa˜o da temperatura em graus cent´ıgrados em func¸a˜o do volume nas condic¸o˜es acima? (a) Func¸a˜o linear f(x) = ax+ b a: coeficiente angular = inclinac¸a˜o da reta ⇒ a = V0 273 (b) 273V = 273V0 + V0T T = 273V−273V0 V0 = 273 V0 V − 273 21. Define-se o trabalho T realizado por um mu´sculo por T = Px, sendo P o peso ou carga aplicada e x o comprimento da contrac¸a˜o . Hill determinou que a energia E envolvida na contrac¸a˜o muscular e´ expressa por E = T + ax = (P + a)x, onde ax representa o calor decorrente da contrac¸a˜oA˙ raza˜o � entre o trabalho e a energia utilizada e´ definida como eficieˆncia do mu´sculo. (a) De acordo com o modelo, mostre que a eficieˆncia � independe do encurtamento x. (b) Mostre que 1 � depende linearmente de a, sendo ainda inversamente proporcional ao peso ou carga aplicada. (c) Ache a relac¸a˜o entre a e P para que ocorra uma eficieˆncia de 40%. (a) � = T E = Px (P+a)x = P P+a (b) 1 � = P+a P = 1 + 1 P a Logo 1 � depende linearmente de a e o coeficiente angular e´ inversamente proporcional ao peso P. (c) Se � = 0.4 = P P+a 0.4P + 0.4a = P 0.6P = 0.4a⇒ P = 2a 3 14 22. Biologistas descobriram que a velocidade do sangue arterial e´ uma func¸a˜o da distaˆncia do sangue ao eixo central da arte´ria. De acordo com a lei de Poiseuille, a velocidade (em cent´ımetros por segundo) do sangue que esta´ a r cent´ımetros do eixo central da arte´ria e´ dada por S(r) = C(R2 − r2), onde C = 1, 76× 105 cm e R = 1, 3× 10−2 cm e´ o raio da arte´ria. (a) Calcule a velocidade do sangue no eixo central da arte´ria. (b) Calcule a velocidade do sangue na metade da distaˆncia entre a parede da arte´ria e o eixo central. (c) Em que caso a velocidadedo sangue sera´ a menor poss´ıvel? (a) No eixo central r=0: S(0) = C(R2 − 0) = 1.76 ∗ 105(1.3 ∗ 10−2)2 = 29.744 cm/s (b) S(R 2 ) = C(R2 − R2 4 ) = 3 4 CR2 = 3 4 S(0) = 22.308 cm/s (c) S(r) = 0⇒ r = R 23. Suponha que, durante um programa nacional de imunizac¸a˜o da populac¸a˜o contra uma forma virulenta de gripe, representantes do Ministe´rio da Sau´de constataram que o custo de vacinac¸a˜o de x por cento da populac¸a˜o era de, aproximadamente, f(x) = 150x 200−x milho˜es de reais. Construa o gra´fico da func¸a˜o especificando sua parte relevante, tendo em vista a situac¸a˜o pra´tica do problema em questa˜o . Tem-se x dado em porcentagem, logo 0 ≤ x ≤ 100%. Enta˜o esboc¸aremos o gra´fico de f(x) = 150x 200−x neste intervalo. Reescrevemos f(x) = 150( x 200−x) = 150( 200 200−x−1). Observamos enta˜o que para x�[0, 100], 200 − x > 0 e 200 200−x cresce se x cresce. Ale´m disso f(0) = 0 e f(100) = 150. Logo um esboc¸o plaus´ıvel e´: Figura 10: f(x) = 150x 200−x , 0 ≤ x ≤ 100 15 24. Bio´logos afirmam, que sob condic¸o˜es ideais, o nu´mero de bacte´rias numa cultura cresce exponencialmente. Suponha que existam inicialmente 2000 bacte´rias em certa cultura e que existira˜o 6000 apo´s 20 minutos. Quantas bacte´rias existira˜o apo´s 1 hora? N(t) = kat, sendo N(t) o nu´mero de bacte´rias no tempo t medido em horas. t = 0⇒ 2000 = ka0 ⇒ k = 2000 20 minutos equivale a 1 3 de hora. Logo para t = 1 3 ⇒ 6000 = 2000a 13 ⇒ a = 27 Portanto N(t) = 2000(27)t (t : horas) N(1) = 5400 bacte´rias 25. Meia-vida de uma substaˆncia radioativa e´ o tempo gasto para 50% de amostra da substaˆncia se deteriorar. Considere que a quantidade remanescente de uma certa substaˆncia radioa- tiva, apo´s t anos, e´ dada por Q(t) = Q0e −0.003t. Calcule a meia-vida da substaˆncia. Sendo Q(t) = Q0e −0.003t encontraremos o tempo de meia vida substituindo Q(t) por Q0 2 e encontrando o tempo correspondente. Q(t) = Q0e −0.003t Q0 2 = Q0e −0.003t 0.5 = e−0.003t t = − ln0.5 0.003 = 231.05 anos 26. O ra´dio se deteriora exponencialmente. Sua meia-vida e´ de 1690 anos. Quanto tempo levara´ para uma amostra de 50 g de ra´dio se reduzir a 5g? Encontrando a constante c: Q(t) = Q0e ct Q0 2 = Q0e c1690 0.5 = ec1690 c = ln0.5 1690 = −4.1 ∗ 10−4 Encontrada a func¸a˜o Q(t), basta encontrar t para Q(t)= 5 g: Q(t) = Q0e ln0.5 1690 t 5 = 50e ln0.5 1690 t 0.1 = e ln0.5 1690 t t = 1690ln0.1 ln0.5 = 5614.06 anos 27. A relac¸a˜o entre o peso P em quilogramas e a altura h em metros de um adulto sentado e´ dada por ln(P ) = 1.9532 + 3.135ln(h) Encontrar P em func¸a˜o de h? 16 ln(P ) = 1.9532 + 3.135ln(h) P = e1.9532+3.135ln(h) 28. Estima-se que, daqui t anos, a populac¸a˜o de um certo pa´ıs sera´ de P (t) = 80 8+12e−0.06t milhares de habitantes. (a) Qual e´ a populac¸a˜o atual? (b) Qual sera´ a populac¸a˜o daqui a 50 anos? (a) Considerando-se t = 0 o tempo atual. P (0) = 80 8+12 = 80 20 = 4 Ou seja, 4000 ha- bitantes. (b) P (50) = 80 8+12e−0.06∗50 = 9.3 Ou seja, 9300 habitantes. 29. O corpo concentra iodo na tiro´ide. Esta observac¸a˜o leva ao tratamento de cancer de tiro´ide pela injec¸a˜o de iodo radioativo na corrente sangu´ınea. Um iso´topo usado tem meia-vida de aproximadamente 8 dias e decai exponencialmente no tempo. (a) Se 50 mg deste iso´topo sao injetados, que quantidade permanecera´ apo´s 3 semanas? (b) Suponhamos que a quantidade desejada de iodo na corrente sangu´ınea seja mantida sempre maior ou igual a 20 mg. Quando nova injec¸a˜o devera´ ser aplicada, considerando que isto so´ podera´ ocorrer apo´s a quantidade original ter ca´ıdo para 20 mg? Sabemos o tempo de meia-vida t 1 2 = 8 dias e o modelo exponencial para o decaimento radioativo Q(t) = Q0e kt. Assim, encontraremos a constante k: Q(t) = Q0e kt Q0 2 = Q0e k8 0.5 = e8k k = ln0.5 8 (a) Q(21) = 50e ln0.5 8 21 = 8.1 mg (b) Tempo para que uma quantidade Q0 atinja 20 mg. Q0e ln0.5 8 t = 20⇒ t = 8 ln0.5 ln( 20 Q0 ) O tempo t para uma nova aplicac¸a˜o dependera´ da quantidade inicial Q0. Se considerarmos Q0 = 50 mg, tem-se t=10.57, ou seja, praticamente 10 dias para uma nova aplicac¸a˜o. 30. Toda mate´ria viva tem dois tipos de carbono em suas mole´culas 14C e 12C. Enquanto o organismo esta´ vivo a raza˜o entre 14C e 12C e´ constante. Quando o organismo morre nao ha´ mais reposic¸a˜o de 14C e enta˜o ocorre decaimento exponencial de 14C com meia-vida de 5760 anos. Examinando a raza˜o 14C/12C e´ poss´ıvel determinar a porcentagem da quantidade original de 14C remanescente e enta˜o datar um fo´ssil. (a) Que porcentagem da quantidade original de 14C existira´ apo´s 2000 anos? (b) Se um fo´ssil conteˆm 10% da quantidade original de 14C, qual sua idade? 17 Conhecemos o modelo A(t) = A0e kt. Para um tempo de meia-vida de 5760 anos achare- mos a constante k: A(t) = A0e kt A0 2 = A0e k5760 0.5 = e8k k = ln0.5 5760 (a)A(2000) A0 = e ln0.5 5760 2000 = 0.7861 Ou seja, 78.61% apo´s 2000 anos. (b)A(t) A0 = 0.1 = e ln0.5 5760 t t = 5760ln0.1 ln0.5 = 19134.3 anos. 31. A meia-vida de um elemento radioativo e´ o tempo necessa´rio para que sua massa radioa- tiva diminua pela metade. A massa do elemento radioativo no instante t e´ representada por m(t) = m0� −kt na qual m0 e´ a massa inicial do elemento e k sua constante de decaimento. (a) Mostre que a meia-vida de um elemento radioativo e´ ln2 k . (b) Se a meia-vida do carbono-14, ou C14 e´ de 5600 anos calcule a sua constante de de- caimento k. (c) O carbono-14 e´ usado para estimarmos a idade de achados arqueolo´gicos, fo´sseis, etc. Se o carva˜o de uma a´rvore morta durante a erupc¸a˜o do vulca˜o que formou o Lago Crater, em Oregon, continha 44, 5% do carbono-14 que e´ encontrado numa a´rvore viva, qual a idade aproximada do Lago Crater? (a) Seja m0 a massa inicial do elemento radioativo e tm seu tempo de meia vida. Assim, m(tm) = m0 2 = m0� −k0 2−ktm = ln(12) tm = ln2 k (b) A massa de carbono-14 em seu tempo de meia vida sera´ m(5600) = m0 2 . Assim, m−k56000 = m0 2−k5600 = −ln2 k = 1, 238 ∗ 10−4 (c) m(t) = 0, 445m0 = m0� −kt −kt = ln0, 445 =⇒ t = 6541, 49 anos 18 32. Ha´ va´rios dados que mostram que se x e y sa˜o medidas de dois particulares o´rga˜os de um animal, enta˜o x e y sa˜o relacionados pela equac¸a˜o de alometria lny − klnx = lnc, onde k > 0 e c > 0 dependem dos o´rga˜os. (a) Resolver esta equac¸a˜o para y em func¸a˜o de x, k, c. lny = lnc+ klnx lny = lnc+ lnxk = ln(cxk) y = cxk 33. Suponha que um ecologista tenha estimado que apo´s uma indu´stria se instalar em certo local sera˜o depositados A(t) = 400te2−t 2 gramas de material to´xico, para cada ano t de sua instalac¸a˜o. (a) Calcular a quantidade total depositada nos quatro primeiros anos. (a) Basta calcular A(4), assim A(4) = 400(4)e2−4 = 1600e−2 = 216.54 g 34. No estudo de epidemias a equac¸a˜o ln(1− y)− lny = c− rt aparece frequentemente, onde y e´ a frac¸a˜o da populac¸a˜o que tem uma certa doenc¸a no tempo t, sendo c e r constantes positivas. (a) Resolver esta equac¸a˜o para y em termos de t, c, r. Isolando y, ln(1− y)− lny = c− rt ln(1−y y ) = c− rt 1−y y = ec−rt 1 = y(1 + ec−rt) y = 1 1+ec−rt 35. Coelhos e raposas ocupam o mesmo nicho ecolo´gico. Raposas predam coelhos e coelhos se alimentam de vegetac¸ao. Como resultado a populac¸a˜o de raposas e´ dada pela func¸a˜o F (t) = 200−40sen2t, e a de coelhos como R(t) = 500+100cos2t, onde t e´ dado em anos. (a) Fazer os gra´ficos de F(t) e de R(t). (b) As curvas se interceptam em algum ponto? E o que isso significa nesse problema? (a) Figura (11). (b) Analisando os gra´ficos observa-se que os gra´ficos na˜o se interceptam em nenhumponto. Se as duas func¸o˜es se interceptassem dever´ıamos ter ra´ızes reais para a equac¸a˜o F (t) = R(t), o que na˜o ocorre. Logo nunca a populac¸a˜o de coelhos sera´ igual a de raposas, segundo este modelo matema´tico. F (t) = R(t)⇒ 221(tg(2t))2 − 20tg(2t) + 200 = 0⇒ ∆ < 0⇒ na˜o ha´ ra´ızes reais 19 Figura 11: F(t) e R(t) 36. A temperatura me´dia numa cidade dos EUA e´ modelada por f(t) = 55+35sen(2pi( t−90 365 )), t dado em dias e f(t) em graus Fahrenheit. (a) Considerando-se t = 0 o primeiro dia do inverno, depois de quantos dias ocorre a temperatura ma´xima? (b) Quando ocorre o dia mais frio? Analisando a func¸a˜o trigonome´trica f(t) = 55+35sen(2pi( t−90 365 )), observa-se que o ma´ximo ocorre quando sen(2pi( t−90 365 )) = 1 e o mı´nimo quando sen(2pi( t−90 365 )) = −1, pois a func¸a˜o trigonome´trica e´ limitada. Assim, sen(2pi( t− 90 365 )) = k, k = 1 e − 1 2pi( t− 90 365 ) = arcsenk t = 365 2pi arcsenk + 90 k = 1⇒ t = 181.25 k = −1⇒ t = 363.75 (a) Aproximadamente depois de 181 dias. (b) O dia mais frio ocorre aproximadamente depois de 364 dias. 37. Um modelo presa-predador consiste de duas espe´cies, x e y, onde x preda y. Uma soluc¸a˜o t´ıpica para tal modelo e´ da forma x(t) = 10 + 2sen(t+ pi 2 ), y(t) = 20 + 5cos(t+ pi 2 ). (a) Encontrar ma´ximo e/ou mı´nimo para x(t) e y(t). 20 As func¸o˜es x(t) e y(t) sa˜o func¸o˜es trigonome´tricas e atingem seus ma´ximos quando sen(t + pi 2 ) = 1 e cos(t + pi 2 ) = 1. Da mesma forma, os mı´nimos sa˜o atingidos quando sen(t+ pi 2 ) = −1 e cos(t+ pi 2 ) = −1. Assim, xma´x = 12 yma´x = 25 xmin = 8 ymin = 15 38. Uma ilha e´ habitada por uma populac¸a˜o de lebres, sendo esta populac¸a˜o representada por P (t) = 300 + 120sen(pi(2+t 5 )), t medido em anos. (a) O tamanho populacional oscila? Por queˆ? (b) Qual o tempo entre os dois ma´ximos? (c) Para 0 < t < 10 quando ocorre o mı´nimo da populac¸a˜o (a) Sim, pois a func¸a˜o P(t) e´ uma func¸a˜o trigonome´trica que e´ perio´dica e oscila. (b) Os ma´ximos ocorrem quando sen(pi(2+t 5 )) = 1, assim: sen(pi(2+t 5 )) = 1⇒ pi(2+t 5 ) = pi 2 + 2kpi ⇒ t = 1 2 + 10k, k inteiro Como t representa o nu´mero de anos t ≥ 0 e k= 0, 1, 2,... k = 0⇒ t = 0.5 k = 1⇒ t = 10.5 Assim, ∆t = 10 anos (c) Os mı´nimos ocorrem quando sen(pi(2+t 5 )) = −1, assim: sen(pi(2+t 5 )) = −1⇒ t = 11 2 + 10k, k inteiro k = 0⇒ t = 5.5 k = 1⇒ t = 15.5 O mı´nimo ocorre para t = 5.5 anos, ou seja, 5 anos e 6 meses. Desigualdades 39. Sr. Samuel recebe uma comissa˜o mensal de 20% sobre todas as vendas acima de R$1000,00. Se ele deseja que sua comissa˜o mensal seja maior que R$500,00, quanto ele deve vender em um meˆs? Seja x as vendas em reais durante o meˆs. 0, 20(x− 1000) > 500 0, 20x− 200 > 500 0, 20x > 700 x > 3500 Assim, as vendas devem ser superiores a R$3500,00. 21 40. Apo´s estudos chegou-se a conclusa˜o que para se ter um mı´nimo de conforto em ambientes fechados cada pessoa necessita de 120m3 de ar. Assim um certo centro de convenc¸a˜o quer restringir o nu´mero de pessoas numa sala de confereˆncia para atingir esta meta. Se a sala tem 45 m de comprimento 30 m de largura e 10 m de altura, qual o nu´mero ma´ximo de pessoas admitidas na sala? Se x denota o nu´mero de pessoas na sala e o volume total e´ dado por V = (45)(30)(10) = 13500m3. Temos: 13500 x ≥ 120 13500 120 ≥ x x ≤ 112, 5 Assim, o nu´mero ma´ximo e´ de 112 pessoas na sala de confereˆncia. 41. A pressa˜o sangu´ınea de uma pessoa e´ dada por P (t) = 105 + 12sen(5t), onde t e´ dado em segundos. (a) Achar a pressa˜o ma´xima. (b) Achar a pressa˜o mı´nima. Desenvolveremos a func¸a˜o P (t) = 105 + 12sen(5t), partindo de −1 ≤ sen(5t) ≤ 1. Assim, −1 ≤ sen(5t) ≤ 1 −12 ≤ 12sen(5t) ≤ 12 105− 12 ≤ 105 + 12sen(5t) ≤ 105 + 12 93 ≤ 105 + 12sen(5t) ≤ 117 93 ≤ P (t) ≤ 117 Assim, obtemos os extremos de P(t) com ma´ximo igual 117 e mı´nimo igual a 93. 3.2 Limites 1. Eco´logos estudando uma determinada regia˜o determinaram que o tamanho de uma de- terminada planta, B(x), e´ func¸a˜o do n´ıvel de precipitac¸a˜ox, dado por B(x) = 40x√ 1 + x2 + 20 . (a) Calcular B′(x). (b) Calcular limx→∞B′(x). Interpretar este resultado. (a) B′(x) = 40 √ 1+x2−40x2(1+x2)− 12 1+x2 = 40 (1+x2) 3 2 (b) limx→∞B′(x) = 0 Quando o n´ıvel de precipitac¸a˜o x tende a +∞ a taxa de crescimento da planta tende a zero. 22 2. A populac¸a˜o de uma cidade esta´ crescendo de acordo com a func¸a˜o P (t) = 20000 20 + 40e−0,2t . (a) Achar a ass´ıntota horizontal. (b) Interprete o resultado da ass´ıntota horizontal a` direita. Acharemos as ass´ıntotas horizontais calculando os valores limites quando t −→ +∞ e t −→ −∞. Assim, lim t→+∞ 20000 20 + 40e−0,2t = 1000 e lim t→−∞ 20000 20 + 40e−0,2t = 0 As ass´ıntotas horizontais sa˜o as retas y=1000 e y=0. (b) O limite quando t −→ ∞,nos fala da populac¸a˜o apo´s longo per´ıodo de tempo que ira´ estabilizar-se em torno do valor P = 1000. 3.3 A derivada como uma func¸a˜o 1. Um capacitor de um circuito ele´trico e´ um aparelho para armazenar carga ele´trica. Se a quantidade de carga num dado capacitor no instante t e´ Q = 3t2 + 5t + 2 Coulombs, determine a corrente I = ds dt no circuito quando t = 3. Q = 3t2 + 5t+ 2 I = dQ dt = 6t+ 5 I(3) = 6(3) + 5 = 23A 2. Duas part´ıculas partem da origem do eixo s no instante t = 0 e movem-se ao longo desse eixo, de acordo com as fo´rmulas s1 = t 2 − 6t e s2 = 8t− t2, onde s1 e s2 sa˜o medidos em metros e t, em segundos. (a) Quando e´ que as duas part´ıculas teˆm a mesma velocidade? (b) Quais sa˜o as velocidades das duas part´ıculas nos instantes em que elas teˆm a mesma posic¸a˜o? (a) Calculando a derivada pela raza˜o incremental da func¸a˜o gene´rica si = at 2 + bt: dsi dt = si ′ (t) = lim∆t→0 si(t+∆t)−si(t) ∆t dsi dt = s ′ i(t) = lim∆t→0 a(t+∆t)2+b(t+∆t)−at2−bt ∆t = lim∆t→0 2at+b+a∆t∆t = 2at+ b Assim, se si ′ (t) = vi(t) temos v1 = 2t− 6 e v2 = 8− 2t v1 = v2 2t− 6 = 8− 2t 4t = 14 t = 14 4 = 3, 5s 23 (b) Com s1 = s2 tem-se: t2 − 6t = 8t− t2 2t2 − 14t = 0 t(2t− 14) = 0 t ∈ {7, 0} v1(7) = 8 m/s v1(0) = −6 m/s v2(7) = −6 m/s v2(0) = 8 m/s 3. Suponha que um proje´til disparado do solo para cima com uma velocidade inicial de v0 m/s atinja uma altura se s metros em t segundos, onde s = v0t− 4, 9t2 (a) Calcule a velocidade v num instante t qualquer. (b) Qual tempo decorre para que o proje´til atinja a altura ma´xima? (c) Qual e´ a altura ma´xima sm que o proje´til atingira´? (d) Qual e´ a velocidade do proje´til no instante em que atinge o solo? (e) Qual deve ser a velocidade inicial para que o proje´til atinja o solo 15 segundos apo´s o disparo? (a) v = ds dt = v0 − 9, 8t (b) Altura ma´xima implica que v = 0. Assim, v(0) = v0 − 9, 8t =⇒ t = v09,8 (c) sm = s( v0 9,8 ) = v0 v0 9,8 − 4, 9( v0 9,8 )2 = v20 9,8 − 0, 05v20 (d) Tempo de retorno ao solo: s = vt− 4, 9t2 = 0 =⇒t0 = v04,9 Logo, v( v04,9) = −v0 (e) Como calculado em (d), temos: t0 = v0 4,9 = 15 =⇒ v0 = 73, 5 m/s 4. Uma laˆmpada esta´ no topo de um poste de 24 m de altura. Uma bola e´ largada da mesma altura de um ponto situado a 6 m de distaˆncia da laˆmpada. Encontre a velocidade com que a sombra da bola se move no cha˜o (a) 1 segundo depois de largada a bola e (b) 2 segundos depois. (c) Qual a interpretac¸a˜o da velocidade quando t tende a infinito.( Pressuponha que a bola cai s = 4, 9t2 metros em t segundos.) Considere a figura (12), onde x(t) e´ a sombra da bola no instante t, na qual por seme- lhanc¸a de triaˆngulos obtemos a relac¸a˜o, 24 24− 4, 9t2 = x x− 6 De onde encontramos x = 29,39 t2 . Derivando esta equac¸a˜o em relac¸a˜o ao tempo t, encon- tramosdx dt (t) = −58, 77 t3 Assim, 24 Figura 12: Triaˆngulos semelhantes dx dt (1) = −58, 77m/s e dx dt (2) = −7, 35m/s (c) Quando t −→ 0, temos a velocidade tendendo para infinito. Observa-se que a veloci- dade da sombra decresce conforme o tempo transcorre. 5. Durante os primeiros 50 dias seguintes ao in´ıcio de um surto de gripe num cole´gio o nu´mero N(t) de estudantes infectados apo´s t dias e´ dado pela func¸a˜o N(t) = 25t − t2 2 , 0 ≤ t ≤ 50. (a) Fazer o gra´fico. (b) Achar a inclinac¸a˜o da reta tangente em t = 1. (c) Quando o nu´mero de infectados sera´ ma´ximo e qual o nu´mero de infectados nesse instante? (a) (b)A inclinac¸a˜o da reta pode ser encontrada pelo valor da derivada de N(t) no ponto t=1. Assim, dN dt = 25− t⇒ dN(1) dt = 24 (c) De acordo com o gra´fico, observa-se que o ponto de ma´ximo ocorre em t = 24 dias e e´ de 312 estudantes infectados. 6. A lei de Beer-Lambert relaciona a absorc¸a˜o de luz passando por um material, com a concentrac¸a˜o e a espessura do mesmo. Se I0 e I denotam, respectivamente, a intensidade de luz de um particular comprimento de onda antes e depois de passar pelo material, e se x denota o comprimento do caminho a ser seguido pelo feixe de luz atrave´s do material, admitamos que log10( I I0 ) = kx, onde k e´ constante dependente do material (a) Encontrar I(x) e enta˜o derivar esta func¸a˜o . 25 Figura 13: N(t) = 25t− t2 2 , 0 ≤ t ≤ 50 (a) Encontrando I(x): log10( I I0 ) = kx I I0 = 10kx I(x) = I010 kx Derivando I(x): I ′(x) = I010kx(ln10)k = I0k(10kx)ln10 3.4 Crescimento e decrescimento de func¸o˜es 1. Uma cidade e´ atingida por uma epidemia de gripe. O departamento de sau´de pu´blica da prefeitura registra que t dias apo´s o in´ıcio da epidemia o nu´mero de cidada˜os infectados e´ N(t) = 20000 + 20t2 − 2t3, t > 0 (a) Em que intervalo a epidemia cresce? (b) Em que intervalo a epidemia decresce? N ′(t) = 40t− 6t2 Analisando-se a func¸a˜o N ′(t) = 40t − 6t2, encontra-se como ra´ızes t = 0 e t = 20 3 . O gra´fico de N ′(t) e´ uma para´bola com concavidade para baixo. (a) Se 0 < t < 20 3 ⇒ N ′(t) > 0⇒ N(t) cresce (b) Se t > 20 3 ⇒ N ′(t) < 0⇒ N(t) decresce 26 Figura 14: N ′(t) = 40t− 6t2 2. Demo´grafos predizem que a populac¸a˜o de uma certa regia˜o urbana e´ modelada por P (t) = kt 100 + t2 , t > 0, para os pro´ximos 20 anos, onde k e´ uma constante positiva. (a) Em qual intervalo de tempo P(t) cresce? (b) Em qual intervalo de tempo P(t) decresce? Sabe-se que: Se P ′(t) > 0 para t num intervalo I ⇒ P (t) cresceemI SeP’(t)¡0paratnumintervaloI ⇒ P (t) decresceemI P’(t)=100k-kt2 (100+t2)2 Como k e´ constante e maior que 0, basta analisar o sinal da func¸a˜o f(t) = 100 − t2 para t > 0. Se 0 ≤ t < 10⇒ f(t) > 0⇒ P ′(t) > 0⇒ P (t) cresce Se t > 10⇒ f(t) < 0⇒ P ′(t) < 0⇒ P (t) decresce 3. Uma populac¸a˜o N(t) e´ composta de pessoas imunes a uma epidemia, I(t), e de pessoas suscet´ıveis, S(t), ie, N(t) = I(t) + S(t), I(t) inclui aqueles que contra´ıram a doenc¸a e aqueles que na˜o podem contra´ı-la. Se a taxa de crescimento do nu´mero de suscet´ıveis e´ de 20 pessoas por dia, e que a taxa de 27 Figura 15: f(t) = 100− t2 crescimento do nu´mero de imunes e´ de 24 pessoas por dia, qual a taxa que a populac¸a˜o esta´ crescendo? Queremos analisar o crscimento da populac¸a˜o N(t), assim um aumento em S(t) e´ uma taxa negativa e I(t) e´ uma taxa positiva. Derivando ambos os lados da equac¸a˜o N(t) = I(t) + S(t) obtemos: N ′(t) = I ′(t) + S ′(t) = 24− 20 = +4 Assim, a taxa de crescimento e´ de 4 pessoas por dia. 4. A func¸a˜o L(t) = a+ b(1− e−ct) e´ usada para modelar o tamanho de crianc¸as como func¸a˜o do tempo em anos, onde a, b e c sao constantes positivas na˜o nulas. (a) Calcular L′(t). Interpretar a resposta dada. (b) L(t) tem ponto de ma´ximo? (c) Calcular L′′(t). Interpretar a resposta dada. (d) Mostrar que L′′ < 0 se b > 0. (e) O que ocorre se t −→∞? (a) L′(t) = bce−ct. Representa a taxa de crescimento da crianc¸a no instante t. (b) L′(t) = bce−ct 6= 0, ∀t. Assim, a func¸a˜o L(t) na˜o tem ma´ximo entre (0,∞). (c) Derivada segunda: L′′(t) = −bc2e−ct. Se b > 0 ⇒ L′′(t) = −bc2e−ct < 0, ∀t. Ou 28 seja, a taxa de crescimento da crianc¸a durante os anos vai diminuindo conforme ela vai crescendo, o que corresponde com o normalmente observado. Pore´m, se b < 0⇒ L′′(t) = −bc2e−ct > 0, ∀t o que corresponde ao efeito contra´rio. (d) O sinal de L′′(t) = −bc2e−ct depende exclusivamente de b. Assim, se b > 0 ⇒ L′′(t) = −bc2e−ct < 0, ∀t. Isto e´, a velocidade de crescimento e´ decrescente, durante a vida a velocidade com que crescemos decresce. 3.5 Ma´ximos e mı´nimos Preaˆmbulo 1) Ma´ximos e mı´nimos em intervalos limitados: Seja f(x) uma func¸a˜o cont´ınua no intervalo fechado [a, b]. Suponhamos f(x) deriva´vel em ]a, b[, assim se f(x0) e´ ponto de ma´ximo de f(x), enta˜o x0 e´ extremidade de [a, b] ou x0 ∈]a, b[ e f ′(x0) = 0. Logo, basta compararmos os valores que f(x) assume nas extremidades com os assumidos nos pontos cr´ıticos. 2) Ma´ximos e mı´nimos locais em intervalos abertos: Sejam f(x) uma func¸a˜o que admite deri- vada de segunda ordem cont´ınua no intervalo aberto I e x0 ∈ I. a) f ′(x0) = 0 e f ′′(x0) > 0 =⇒ x0 e´ ponto de mı´nimo local. b) f ′(x0) = 0 e f ′′(x0) < 0 =⇒ x0 e´ ponto de ma´ximo local. 3) Ma´ximos e mı´nimos em intervalos na˜o limitados: No caso de intervalos na˜o limitados como [a,+∞[, ]−∞, a] ou ]−∞,+∞[, deve-se avaliar e comparar os valores das situac¸o˜es poss´ıveis: lim x→a f(x) = f(a), lim x→∞ f(x) = k, k ∈ <, lim x→∞ f(x) = ∞ e f(x0), tal que x0 e´ ponto cr´ıtico do intervalo. 1. Um jardim retangular de 50m2 de a´rea deve ser protegido contra animais. Se um lado do jardim ja´ esta´ protegido por uma parede de celeiro, quais as dimenso˜es da cerca de menor per´ımetro que cumprira´ esse papel? A figura (16) introduz uma notac¸a˜o conveniente para tratarmos com a a´rea do jardim e o comprimento total da cerca. Figura 16: Jardim retangular Denotamos por L o comprimento da cerca. Queremos minimizar L = 2x+ y 29 sujeito a restric¸a˜o xy = 50 Assim, y = 50 x =⇒ L = 2x+ 50 x =⇒ dL dx = 2− 50 x2 =⇒ d 2L dx2 = 100 x3 Igualando-se a 0, 2− 50 x2 = 0 =⇒ x2 = 25 =⇒ x = 5. Logo, d 2L(5) dx2 > 0 e x=5 e´ ponto de mı´nimo de L(x). Retornando a y = 50 x = 50 5 = 10 Logo, o jardim com a menor cerca tem 5 m de largura e 10 m de comprimento. 2. Um arame de comprimento L e´ cortado em dois pedac¸os, sendo um dobrado em forma de quadrado e o outro em forma de c´ırculo. Como devemos cortar o arame para que a soma das a´reas englobadas pelos dois pedac¸os seja: (a) Ma´xima? (b) Mı´nima? Denotamos por x o lado do quadrado e r o raio do c´ırculo, como ilustrado na figura (17). Figura 17: Ilustrac¸a˜o do problema a soma das a´reas sera´ A = x2 + pir2, (1) onde x e r sa˜o relacionados por 4x+ 2pir = L. (2) Usando (2) expressamos r em termos de x, r = 1 2pi (L− 4x), 30 onde r ≥ 0 o que implica em 0 ≤ x ≤ L 4 . Usamos essa expressa˜o para exprimirmos A em termos apenas de x. A = x2 + pi 1 4pi2 (L− 4x)2 = x2 + 1 4pi (L− 4x)2, x ∈ [0, L 4 ] (3) Procuramos pontos x0, x1 ∈ (0, L4 ) tais que A(x0) ≤ A(x) ≤ A(x1),∀x ∈ [0, L 4 ]. Se tais pontos estiverem em (0, L 4 ) estes sera˜o pontos cr´ıticos de A(x), ja´ que sera˜o extre- mos locais. Se na˜o estes estara˜o na fronteira. Os pontos cr´ıticos de A(x) sobre (0, L 4 ) sa˜o tais que A′(x) = 0⇒ x = L 4+pi Logo,analisando os pontos 0, L 4+pi e L 4 temos, A(0) = L 2 4pi A( L 4+pi ) = L 2 (4+pi)2 (1 + pi 4 ) A(L 4 ) = L 2 16 (a) A a´rea sera´ ma´xima quando x=0, ou seja, todo o arame deve serusado para o c´ırculo. (b) A a´rea sera´ mı´nima quando x = L 4+pi . Nota-se que a a´rea mı´nima e´ atingida quando o diaˆmetro da circunfereˆncia e´ igual ao lado do quadrado, pois 2r = 1 pi (L− 4x) = 1 pi piL 4 + pi = L 4 + pi 3. Ao prec¸o de R$ 1,50 um vendedor ambulante pode vender 500 unidades de uma certa mercadoria que custa 70 centavos cada. Para cada centavo que o vendedor baixa no prec¸o, a quantidade de unidades vendidas pode aumentar de 25. Que prec¸o de venda maximizara´ o lucro? Fac¸amos x denotar o nu´mero de unidades moneta´rias que o vendedor baixa no prec¸o; o lucro na venda de cada mercadoria sera´ 1, 50−0, 70−x = 80−x centavos, e a quantidade vendida sera´ 500 + 25x. O lucro total e´, portanto: P = (80− x)(500 + 25x) = 40000 + 1500x− 25x2. Buscamos o valor ma´ximo de P procurando seu ponto cr´ıtico. dP dx = 1500− 50x = 0, 50x = 1500, x = 30. O prec¸o de venda mais vantajoso e´, portanto, R$ 1,20 4. Mostre que o quadrado tem a maior a´rea dentre todos os retaˆngulos inscritos numa dada circunfereˆncia x2 + y2 = a2. Sejam L e l os lados do retaˆngulo inscrito na circunfereˆncia de raio a. A a´rea do retaˆngulo e´ dada por A = lL e do Teorema de Pita´goras temos L2 + l2 = 4a2 Assim, A = lL = l √ 4a2 − l2 31 Figura 18: Ilustrac¸a˜o do problema Para l2 ≤ 4a2 e como l ≥ 0, 0 ≤ l ≤ 2a. O valor de l que maximiza A neste intervalo tambe´m maximiza A2 A2 = 4a2l2 − l4 = f(l) Assim A(l) sera´ ma´xima no intervalo [0,2a] se l=0, l=2a ou l= ponto cr´ıtico de f(l). df dl = 8a2l − 4l3 = 0 =⇒ l = 0, l = a √ 2 e l = −a √ 2 Comparando os valores de A para l ∈ {0, a√2, 2a} teremos que l = a√2 e como L2 + l2 = 4a2 =⇒ L = a√2 Ou seja, L=l e o retaˆngulo com a´rea ma´xima inscrito em uma circunfereˆncia e´ um qua- drado. 5. Ao meio-dia , um barco A esta´ a 50 milhas ao norte de um barco B, dirigindo-se para o Sul a 16 mi/h. O barco B esta´ indo para Oeste a 12 mi/h. Em que instante eles ficara˜o o mais pro´ximo poss´ıvel e qual e´ a distaˆcia mı´nima entre eles? Seja d a distaˆncia em linha reta entre os barcos A e B. Os catetos do triaˆngulo retaˆngulo podem ser representados como observa-se na figura (19). Pelo Teorema de Pita´goras: d2 = 122t2 + (50− 16t)2 = 400t2 − 1600t+ 2500 = f(t) Derivando e igualando a zero: df dt = 800t− 1600, df dt = 800t− 1600 = 0, t = 2 32 Figura 19: Distaˆncia d entre os barcos A func¸a˜o f(t) e´ uma func¸a˜o quadra´tica com concavidade para cima, assim o valor encon- trado t = 2 h e´ ponto de mı´nimo.Agora descobrimos o valor de d = f(t), d(2) = √ 400(22)− 1600(2) + 2500 = √ 900 = 30 milhas/h Ou seja, a`s 14:00h d = 30 milhas. 6. Um retaˆngulo tem a´rea de 32cm2. Quais sa˜o suas dimenso˜es se a distaˆncia de um ve´rtice ao ponto me´dio de um lado na˜o-adjacente e´ a menor poss´ıvel? Consideremos o ponto me´dio de um cateto na˜o adjacente de coordenadas (x 2 , y). Assim, o quadrado da distaˆncia do ve´rtice (0, 0) a (x 2 , y) sera´ d2 = x 2 4 + y2. Figura 20: Ilustrac¸a˜o do problema Como xy = 32 temos y = 32 x e portanto temos f(x) = d(x)2 = x 2 4 + y2 = x 2 4 + 32 2 x2 Buscando pontos cr´ıticos de f df dx = x 2 − 2(32 2) x3 = 0, x 6= 0 =⇒ x4 − 4(322) = 0 =⇒ x = 8 33 Analisando o valor da derivada segunda em x=8, d2f dx2 = 1 2 − 2(322)(−3x 2 x6 ) = 1 2 + 6(322) x4 > 0,∀x ∈ < =⇒ Ponto de mı´nimo! Assim, x = 8 cm e y = 32 8 = 4 cm sa˜o as dimenso˜es do retaˆngulo. 7. Um fabricante de latas de conservas de formato cil´ındrico recebe um pedido muito grande de latas com determinado volume V0. Quais as dimenso˜es que minimizara˜o a a´rea total da superf´ıcie de uma lata como esta e, portanto, a quantidade de metal necessa´rio para fabrica´-la? Sendo r e h, respectivamente, o raio da base e a altura de uma lata cil´ındrica seu volume e´ V0 = pir 2h (4) e a a´rea total da superf´ıcie e´ A = 2pir2 + 2pirh (5) Devemos minimizar A, que e´ uma func¸a˜o de duas varia´veis, notando que a equac¸a˜o (4) relaciona essas varia´veis. Logo, resolvendo (4) para h, h = V0 pir2 e substitu´ımos em (5) para expressar A como func¸a˜o so´ de r, A(r) = 2pir2 + 2pir V0 pir2 = 2pir2 + 2V0 r , r > 0 (6) Observemos que lim r→0+ A(r) = ∞. Assim, buscamos r > 0 que minimize A(r). r deve ser um ponto cr´ıtico de A(r) e portanto dA dr = 4pir − 2V0 r2 = 0, 2V0 = 4pir 3 =⇒ r = 3 √ V0 2pi Note que d 2A dr2 = 4pi + 4V0 r > 0 para r = 3 √ V0 2pi Logo r = 3 √ V0 2pi minimiza A(r). A lata tera´ as seguintes dimenso˜es r = 3 √ V0 2pi e h = 2 3 √ V0 2pi 8. Determine a raza˜o entre a altura e o diaˆmetro da base do cilindro de volume ma´ximo que pode ser inscrito numa esfera de raio R. Esboc¸ando um cilindro inscrito na esfera e colocando os dados como indicados na figura vemos que o volume do cilindro sera´ V = 2pix2y (7) onde x2 + y2 = R2 (8) Visualizando os casos extremos, percebemos que V e´ pequeno quando x esta´ perto de zero 34 Figura 21: Cil´ındro inscrito na esfera e tambe´m quando x esta´ perto de R, e assim entre esses extremos existe uma posic¸a˜o de volume ma´ximo. Para acha´-la, usamos (8) em (7). V = 2piy(R2 − y2) = 2pi(R2y − y3), onde 0 ≤ y ≤ R Buscamos os pontos cr´ıticos de V (y), temos dV dy = 2pi(R2 − 3y2) = 0 o que nos da´ y = R√ 3 e consequentemente x = √ 2 3 R. Como V (0) = V (R) = 0 este sera´ o ponto de ma´ximo de V e a raza˜o entre a altura e o diaˆmetro da base deste cilindro e´ portanto, 2y 2x = √ 2 2 . 9. Um raio de luz parte de um ponto A a um ponto P de um espelho plano sendo enta˜o refletido e passando pelo ponto B (ver figura). O raio de luz segue o caminho mais curto APB. Medidas acuradas mostram que o aˆngulo do raio incidente α e o aˆngulo do raio refletido β sa˜o iguais. Demonstre este fato. Considere que o ponto P assuma va´rias posic¸o˜es no espelho, sendo cada posic¸a˜o determi- nada por um valor de x. Desejamos minimizar o comprimento L do percurso como uma func¸a˜o de x. A partir da figura, fica claro que essa func¸a˜o tem a seguinte expressa˜o: L = √ a2 + x2 + √ b2 + (c− x)2 = (a2 + x2) 12 + [b2 + (c− x)2] 12 . Buscamos x tal que, dL(x) dx = x√ a2 + x2 − c− x√ b2 + (c− x)2 = 0 (9) Logo, 35 Figura 22: Raio de luz refletido x√ a2 + x2 = c− x√ b2 + (c− x)2 , (10) ou equivalente √ a2 + x2 x = √ b2 + (c− x)2 c− x =⇒ √ ( a x )2 + 1 = √ ( b c− x) 2 + 1 Como 0 ≤ x ≤ c temos a x = b c−x =⇒ x = acb+a Interpretando esse resultado temos que a x = tan(α) e b c−x = tan(β) =⇒ tan(α) = tan(β) Onde α > 0, β < pi 2 . Como tan(Θ) e´ injetiva neste intervalo, conclu´ımos que α = β. 10. O raio de luz refletido do exerc´ıcio anterior tem o percurso em um u´nico meio a uma velocidade constante. No entanto, em meios diferentes (ar, a´gua, vidro), a luz tem velo- cidades diferentes. Se um raio de luz passa do ar para a a´gua, ele e´ refratado passando a uma direc¸a˜o mais pro´xima da perdendicular a` interface. O percurso APB, nitidamente, na˜o e´ mais o caminho mais curto de A a B. Em 1621 o cientista holaˆndes Snell descobriu empiricamente que o caminho real do raio de luz e´ o que satisfaz a relac¸a˜o senα senβ = constante, (11) onde essa constante e´ independente das posic¸o˜es A e B. Esse fato e´ chamado Lei de refrac¸a˜o de Snell. Prove a Lei de Snell, partindo do pressuposto de que o raio de luz percorre um caminho de A a B de modo a minimizar o tempo total de percurso. De acordo com o diagrama acima, se a velocidade da luz no ar e´ va e na a´gua e´ vw, enta˜o o tempo total de percurso T e´ o tempo da luz percorrer o ar mais o tempo da luz percorrer a a´gua. Isto e´, T = DV = 1 va (a2 + x2) 1 2 + 1 vw [b2 + (c− x)2] 12 , 0 ≤ x ≤ c. Se calcularmos a derivada dessa func¸a˜o e observarmos o seu significado em termos da figura (23),obteremos 36 Figura 23: Lei de refrac¸a˜o de Snell dT dx = 1 va x√ a2 + x2 − 1 v − w c− x√ b2 + (c− x)2 = senα va − senβ vw (12) Para obter o T mı´nimo igualamos essa derivada a zero, obtendo senα va = senβ vw (13) Essa e´ a forma mais reveladora da Lei de Snell, porque nos da´ significado f´ısico da cons- tante a` direita de (11): e´ a raza˜o entre a velocidade da luz no ar e a velocidade (menor) da luz na a´gua. Essa constante chama-se ı´ndice de refrac¸a˜o da a´gua. Se a a´gua dessa experieˆncia for substitu´ıda por qualquer outro meio translu´cido, tal como a´lcool, glicerina ou vidro, enta˜o a constante tera´ um valor nume´rico diferente que sera´ o ı´ndice de refrac¸a˜o do meio em questa˜o. 11. Um espia˜o e´ deixado por um submarino para ser embarcado em um bote a 2 milhas de um ponto P numa praia reta com direc¸a˜o Norte-Sul. Ele precisa chegar a uma casa ma praia a 6 milhas ao norte de P. Remando ele percorre 3 mi/h e, andando, 5 mi/h. Sua intenc¸a˜o e´ remar em direc¸a˜o a um certo ponto Q e depois andar o resto do caminho. (a) A que distaˆncia ao norte de P ele deve desembarcar para chegar a` casa no menor tempo poss´ıvel? (b) Qual a durac¸a˜o da viagem? (c) Quanto tempo a mais ele gastara´ se remar diretamente a P e depois andar para a casa? (a) Seja Q um ponto qualquer na praia ao norte de P de tal forma que P¯Q = x onde 0 ≤ x ≤ 6. Assim, o tempo total para se chegar na casa pode ser expresso como func¸a˜o de x por, 37 Figura 24: Ilustrac¸a˜o do problema T (x) = √ x2 + 4 3 + 6− x 5 Procurando o ponto cr´ıtico dT dx = x 3 √ x2 + 4 − 1 5 = 0 Encontramos x = 3 2 = 1, 5 mi ao norte de P. Como T (0) = 1, 87h, T (6) = 2, 11h e T (1, 5) = 1, 73h o menor tempo ocorre em x = 1, 5. (b) A durac¸a˜o e´ de T (1, 5) = 1, 73h. (c) Se o espia˜o remar diretamente a P e depois andar para a casa, o que equivale a x = 0, gastara´ um tempo total dado por t = 2 3 + 6 5 = 1, 87 h. Assim, a diferenc¸a sera´ de 0,14h equivalente a 8 min e 24 s. 12. A func¸a˜o lucro L, definida por L(x), e´ o lucro da produc¸a˜o, marketing e venda de x unidades de uma mercadoria. L(x) e´ representado por L(x)) = R(x)−C(x), com R(x) = 90x − x2 a renda e C(x) = 50 + 30x o custo. Encontre a func¸a˜o lucro, seus valores em L(20), L(30), L(50) e encontre seu valor ma´ximo. A func¸a˜o lucro sera´ : L(x) = R(x)− C(x) = (90x− x2)− (50 + 30x) = −x2 + 60x− 50 Substituindo os valores correspondentes em x: L(20) = 750 L(30) = 850 e L(50) = 450 Procuramos os pontos cr´ıticos de L(x), dL dx = −2x+ 60 = 0 =⇒ x = 30 A func¸a˜o lucro e´ uma para´bola com um ponto de ma´ximo. O lucro ma´ximo ocorre em x=30 unidades e e´ de R$850,00. 38 13. (a) Suponha que um fabricante possa vender x bicicletas por ano ao prec¸o de p = 3000− 0, 1x reais cada uma e que o custo para ele produzir x bicicletas seja C(x) = 600000+750x reais. Para obter lucro ma´ximo, qual deve ser sua produc¸a˜o e a que prec¸o o fabricante deve vender cada bicicleta? (b) Se o governo cobra do fabricante um imposto de 250 reais por cada bicicleta comer- cializada e os outros aspectos da situac¸a˜o na˜o se alteram, qual parcela do imposto ele mesmo deve absorver e qual deve repassar aos consumidores para continuar tendo lucro ma´ximo? (a) Seja a func¸a˜o lucro L(x) = p(x)x−C(x), sendo p(x)x = R(x) a receita anual e C(x) o custo anual. L(x) = (3000− 0, 1x)x− (600000 + 750x) = −0, 1x2 + 2250x− 600000 Procuramos os pontos cr´ıticos de L(x), dL dx = −0, 2x+ 2250 = 0 =⇒ x = 2250 0, 2 = 11250 bicicletas Assim, o prec¸o sera´ p(11250) = 3000− 0, 1(11250) = 1875 reais (b) Novo custo C(x) = 600000 + 750x+ I(x), com I(x) = 250x o imposto pago por cada bicicleta produzida. L(x) = (3000− 0, 1x)x− (600000 + 750x+ I(x)) = −0, 1x2 + 2000x− 600000 Procuramos os pontos cr´ıticos de L(x), dL dx = −0, 2x+ 2000 = 0 =⇒ x = 10000 O novo prec¸o sera´ p(10000) = 2000 reais. Assim, ∆p = 2000− 1875 = 125 reais, exata- mente 50% de 250. O vendedor deve absorver 50% e repassar o resto para os clientes. 14. Se a receita marginal de produzir x unidades de um certo bem e´ 40 − 1 60 x2 reais por unidade e custo marginal e´ 10 + 1 60 x2 reais por unidade, quantas unidades devem ser produzidas para maximizar o lucro? Seja a receita marginal dR dx = 40− x2 60 e custo marginal dC dx = 10 + x 2 60 . O lucro e´ dado por L(x) = R(x)− C(x). Procurando os pontos cr´ıticos de L(x), dL dx = dR dx − dC dx = 0 dR dx = dC dx 40− x2 60 = 10 + x 2 60 x2 = 302 x = 30 (x > 0) Assim, deve-se produzir 30 unidades. 39 15. A proprieta´ria de um restaurante considera que seus fregueses bebem 540 caixas de um certo vinho por ano. Os gastos de encomendas sa˜o 10 reais e os custos de transporte sa˜o 3 reais por caixa por ano. Quantas caixas ela deve encomendar de cada vez? Temos 540 x encomendas. Assim, o custo total das encomendas em um ano e´ dado por, C(x) = (10 + 3x) 540 x = 5400 x + 1620 Como dC dx = −5400 x2 = 0 somente quando x tende ao infinito. Conclu´ımos que deve-se fazer uma u´nica encomenda de 540 caixas. 16. Um impressor concordou em imprimir 135000 co´pias de um pequeno carta˜o de propa- ganda. Ele gasta 12 reais por hora com o funcionamento da prensa, que produz 600 impresso˜es por hora. Em cada impressa˜o sa˜o impressos n carto˜es, onde n e´ o nu´mero de eletrotipos ( co´pias meta´licas de colec¸a˜o de tipos) usados na impressa˜o. Cada eletrotipo custa para ele 3 reais. Quantos eletrotipos deve ele usar em sua prensa para minimizar o custo do trabalho? Nu´mero de horas para imprimir os 135000 carto˜es: 135000 600n Logo, o custo de produc¸a˜o dos 135000 carto˜es sera´ C(n) = 12225 n + 3n. Procuramos os pontos cr´ıticos de C(n), assim dC dn = −2700 n2 + 3 = 0 =⇒ n = 30 Logo, temos que utilizar n=30 eletrotipos para minimizar os custos. 17. O n´ıvel de anti-a´cido no estoˆmago de uma pessoa t minutos apo´s a ingesta˜o de um com- primido anti-a´cido e´ dado por f(t) = 6t t2+2t+1 . (a) Em que tempo t ocorre o n´ıvel ma´ximo do anti-a´cido? Obtemos os pontos cr´ıticos da func¸a˜o: df(x) dt = 6(t 2+2t+1)−6t(2t+2) (t2+2t+1)2 = 0 −t2 + 1 = 0 t2 = 1⇒ t = 1 e t = −1 Como t ≥ 0, pois t representa o tempo em minutos, interessa-nos apenas t=1 que e´ ponto de ma´ximo uma vez que f ′′(1) < 0. Assim, f(1) = 1.5 e o n´ıvel de anti-a´cido ma´ximo ocorre apo´s 1 minuto. 18. Observac¸o˜es feitas por botaˆnicos suportam a tese que a raza˜o de sobreviveˆncia de see- dlings nas vizinhanc¸as de uma a´rvore ma˜e e´ proporcional ao produto da densidade de sementes no cha˜o e sua probabilidade de sobreviveˆncia de ser comido por herb´ıvoros. A densidade de herb´ıvoros tende a decrescer a` medida que a distaˆncia da a´rvore ma˜e au- menta ja´ que a densidade de comida decresce. Seja x a distaˆncia em metros do tronco da 40 a´rvore ma˜e. Os resultados de amostragem indicam que a densidade de sementes no cha˜o para 0 ≤ x ≤ 10 e´ dado por d(x) = 1 1+(0,2x)2 e a probabilidade de sobreviveˆncia de na˜o ser comido por herb´ıvoros e´ p(x) = 0, 1x. (a) Para que distaˆncia a raza˜o de sobreviveˆncia e´ ma´xima? Seja RS: raza˜o de sobreviveˆncia RS = kd(x)p(x) = k 1 1+(0.2x)2 0.1x = f(x), k constante de proporcionalidade Procurando os pontos cr´ıticos de f(x): f ′(x) = 0.1k(1+(0.2x) 2)−k0.1x2(0.2x)0.2 (1+(0.2x)2)2 = 0 0.1 + 4 ∗ 10−3x2 − 8 ∗ 10−3x2 = 0 x2 = 100 4 ⇒ x = ±5 Como 0 ≤ x ≤ 10⇒ x = 5 m 19. Um certo tipo de faisa˜o foi introduzido numa ilha norte americana e o nu´mero de in-div´ıduos e´ dado por, P (t) = 10 + 100t t2+9 , t > 0. (a) Calcular P ′(t). (b) Inicialmente a populac¸a˜o cresce ou decresce? (c) Podemos especular sobre um eventual tamanho populacional? (a) P ′(t) = 100(t 2+9)−100t(2t) (t2+9)2 = 900−100t 2 (t2+9)2 (b) t = 0⇒ P ′(0) = 900 81 > 0⇒ P (t) cresce inicialmente (c) Procurando os pontos cr´ıticos: P ′(t) = 900−100t 2 (t2+9)2 = 0⇒ t2 = 9⇒ t = ±3 Como t > 0 interessa-nos saber o comportamento da func¸a˜o em t=3. Assim, analisa- remos os valores das derivadas primeira e segunda no ponto t=3. P ′′(t) = 200t 3−5400t (t2+9)3 ⇒ P ′′(3) < 0 O que nos leva a concluir que em t=3 ocorre um ma´ximo, com P (3) = 80 3 = 26.67 indiv´ıduos. 20. A populac¸a˜o de uma certa cidade e´ prevista ser de P (t) = 100000 + 48t 3 2 − 4t2 pessoas t anos apo´s 1985. Em que ano a populac¸a˜o atingira´ seu ma´ximo? Encontraremos os pontos cr´ıticos da func¸a˜o. P ′(t) = 72 √ t− 8t = 0⇒ t2 − 81 |t| = 0 Como t ≥ 0⇒ t(t− 81) = 0⇒ t = 0 e t = 81 41 P (0) = 100000 e P (81) = 108748 Sendo P ′′(t) = 36√ t − 8 e P ′′(81) = −4 < 0 ⇒ t = 81 e´ ponto de ma´ximo. Ou seja, a populac¸a˜o atingira´ seu ma´ximo em 2066. 21. Quando uma pessoa tosse, a traque´ia se contrai. Sejam r0 o raio da traque´ia, r o raio da traque´ia durante a tosse, P pressa˜o do ar na traque´ia durante a tosse e v velocidade do ar na traque´ia durante a tosse. Use os seguintes princ´ıpios de fluxo de flu´ıdos para determinar quanto a traque´ia deve se contrair, ou seja, determine r, de modo que ocorra a maior velocidade de ar (condic¸a˜o mais favora´vel para limpeza de pulmo˜es e da traque´ia). ⇒r0 = r = aP , a > 0 constante. Experimentalmente, observa-se que durante a tosse a diminuic¸a˜o do raio da traque´ia e´ aproximadamente proporcional a` pressa˜o do ar na traque´ia. ⇒v = bPpir2, b > 0 constante. Pela teoria de flu´ıdos, a velocidade do ar pela traque´ia e´ proporcional ao produto da pressa˜o do ar e a a´rea da sec¸a˜o da traque´ia. Considerar que a traque´ia seja um c´ırculo, enta˜o a a´rea e´ pir2. ∆r = aP, a > 0, ∆r e´ a variac¸a˜o do raio da traque´ia. r = r0 −∆r ⇒ r = r0 − aP Utilizando v = bPpir2 ⇒ v(r) = b a r0pir 2 − b a pir3 Pontos cr´ıticos de v(r): v′(r) = b a r0pi2r − bapi3r2 = 0 r(2r0 − 3r) = 0⇒ r = 0 e r = 23r0 Utilizando r = 2 3 r0 obtemos: v′′(r) = b a r0pi2− bapi6r ⇒ v′′(23r0) = −2br0pia < 0⇒ Ponto de ma´ximo Assim, em r = 2 3 r0 a velocidade e´ ma´xima. 22. A populac¸a˜o de uma certa cidade e´ prevista ser de P (t) = 100000(1 + 5t)e−0,005t em t anos. Quando a populac¸a˜o atingira´ seu ma´ximo? Encontraremos os pontos cr´ıticos de P(t) igualando sua derivada primeira a zero e o que eles representam analisando o sinal de sua derivada segunda em cada t cr´ıtico. P ′(t) = 100000(4.995e−0.005t − 0.025te−0.005t) e P ′′(t) = 100000(−0.049975e−0.005t + 1.25 ∗ 10−4te−0.005t) Ponto cr´ıtico: P ′(t) = 0⇒ t = 4.995 0.025 = 199.8 Analisando em t=199.8 : P ′′(199.8) = −920.602 < 0⇒ A populac¸a˜o atinge seu ma´ximo em t=199.8 anos 42 23. A func¸a˜o f(x) = 1 σ √ 2pi e− x2 2σ2 e´ chamada de func¸a˜o de densidade de probabilidade normal. A constante σ e´ dita desvio- padra˜o para a curva normal. (a) Mostrar que o ma´ximo de f(x) ocorre em x = 0 e que os pontos de inflexa˜o ocorrem em x = ±σ. (b) Construir o gra´fico (a) Procurando os pontos cr´ıticos de f(x): f ′(x) = 1 σ √ 2pi (−x σ2 )e− x2 2σ2 = 0⇒ Ponto cr´ıtico em x=0 f ′′(x) = 1 σ3 √ 2pi (x 2 σ2 − 1)e− x 2 2σ2 f ′′(0) = −1 σ3 √ 2pi < 0⇒ x = 0 e´ ponto de ma´ximo de f(x). Encontra-se os pontos de inflexa˜o igualando-se a derivada segunda a zero. f ′′(x) = 0⇒ x = ±σ (Pontos de inflexa˜o) (b) f(x) = 1 σ √ 2pi e− x2 2σ2 Figura 25: Func¸a˜o densidade de probabilidade normal 24. Pesquisadores interessados em modelar a raza˜o na qual animais crescem teˆm usado o seguinte modelo y = t+ senpit 4 +B, onde y e´ a altura em cm, B e´ a altura ao nascer, t e´ dado em meses. (a) Achar os valores ma´ximo e mı´nimo da raza˜o de crescimento, dy dt , e os tempos em que elas ocorrem no primeiro ano de vida. Seja a raza˜o de crescimento igual a R(t) = dy dt , assim: 43 R(t) = 1 + pi 4 cos( tpi 4 ) R′(t) = −pi2 16 sen( tpi 4 ) R′′(t) = −pi 3 64 cos( tpi 4 ) Pontos cr´ıticos: R′(t) = −pi2 16 sen( tpi 4 ) = 0⇒ t = 4k, k inteiro Primeiros 12 meses: 0 ≤ t ≤ 12⇒ t = 0, 4, 8 e 12 R(0) = 1 + pi 4 = 1.78 R(4) = 1− pi 4 = 0.215 R(8) = 1 + pi 4 = 1.78 R(12) = 1− pi 4 = 0.215 Ma´ximo R=1.78 (R′′(0) < 0) e mı´nimo R=0.215 (R′′(4) > 0). Assim, ocorrem dois ma´ximos e dois mı´nimos em 12 meses. 25. Um certo lago pode suportar uma populac¸a˜o ma´xima de 20000 peixes. Se ha´ poucos peixes no lago, a taxa de crescimento populacional sera´ proporcional ao produto da populac¸a˜o existente pela diferenc¸a da populac¸a˜o existente a partir de 20000. Para que populac¸a˜o a taxa de crescimento sera´ ma´xima? Seja P(t) a populac¸a˜o de peixes no tempo t. A taxa de crescimento populacional sera´: P ′(t) = kP (20000− P ) = f(P ) = −kP 2 + 20000kP , k constante de proporcionalidade f(P) e´ uma equac¸a˜o do segundo grau com um ponto ma´ximo dado por: f ′(P ) = −2kP + 20000k = 0⇒ P = 10000 Para uma populac¸a˜o de 10000 peixes a taxa de crescimento sera´ ma´xima. 26. Cinquenta animais ameac¸ados de extinc¸a˜o sa˜o colocados numa reserva. Decorridos t anos a populac¸a˜o x desses animais e´ estimada em x(t) = 50 t 2+6t+30 t2+30 . Em que instante essa populac¸a˜o animal atinge seu ma´ximo? Quanto ele vale? A func¸a˜o x(t) = 50 t 2+6t+30 t2+30 apresenta o gra´fico a seguir: Derivando x(t): x′(t) = 9000−300t 2 (t2+30)2 x′′(t) = −54000t+600t 3 (t2+30)3 44 Figura 26: x(t) = 50( t 2+6t+30 t2+30 ) Pontos cr´ıticos: x′(t) = 9000−300t 2 (t2+30)2 = 0⇒ t±√30 ∼= ±5.48 Ma´ximo: x( √ 30) = 77.39 ⇐ (x′′(√30) < 0) Mı´nimo: x(−√30) = 22.61 ⇐ (x”(-√30) > 0) 3.6 Taxas relacionadas 1. Um grande bala˜o esfe´rico de borracha esta´ sendo cheio de ga´s a uma taxa constante de 8m3/s. Calcule com que velocidade o raio r do bala˜o cresce: (a) Quando r = 2 m; (b) Quando r = 4 m. Considere um bala˜o esfe´rico de raio r e volume V. O volume do bala˜o e´ dado pela fo´rmula V = 4 3 pir3 (14) Temos que dV dt = 8 e precisamos achar dr dt para dois valores espec´ıficos de r. V e r sa˜o ambas varia´veis dependentes, tendo o tempo t como varia´vel independente. Com isto em mente, e´ natural introduzir as taxas de variac¸a˜o de V e r, derivando (14) em relac¸a˜o a t, dV dt = 4 3 pi3r2 dr dt = 4pir2 dr dt (15) onde a regra da cadeia foi aplicada. Segue-se de (15) que 45 dr dt = 1 4pir2 dV dt = 2 pir2 pois dV dt = 8. No caso (a), temos, portanto, dr dt = 1 2pi = 0, 16 m/min, e no caso (b), dr dt = 1 8pi = 0, 04 m/min. 2. Uma escada de 13 m esta´ apoiada em uma parede. A base da escada esa´ sendo empurrada no sentido contra´rio ao da parede, a uma taxa constante de 6 m/min. Qual velocidade com a qual o topo da escada se move para baixo, encostado a` parede, quando a base da escada esta´ a 5m da parede? O diagrama da situac¸a˜o ilustra o problema. Usamos letras para representar as quantida- des que esta˜o variando. Figura 27: Situac¸a˜o dx dt = 6 − dy dt =? quando x = 5 O uso do sinal negativo aqui pode ser melhor entendido pensando em dy dt como a taxa com que y esta´ crescendo, e −dy dt como a taxa com que y esta´ decrescendo. O problema pede o segundo caso.Conhecemos uma derivada em relac¸a˜o ao tempo e queremos achar a outra. Logo, procuramos uma equac¸a˜o ligando x e y da qual possamos obter uma segundaequac¸a˜o relacionando suas taxas de variac¸a˜o. Pela figura obtemos: x2 + y2 = 169 (16) Derivando essa expressa˜o em relac¸a˜o a t, 2x dx dt + 2y dy dt = 0 ou dy dt = −x y dx dt 46 e portanto −dy dt = 6x y , (17) visto que dx dt = 6. Finalmente, a equac¸a˜o (16) revela que y = 12 quando x = 5; logo, (17) nos leva a concluir que dy dt = 6(5) 12 = 2, 5m/min 3. Um tanque em forma de cone com o ve´rtice para baixo mede 12 m de altura e tem no topo um diaˆmetro de 12m. Bombea-se a´gua a` taxa de 4m3/min. Ache a taxa com que o n´ıvel da a´gua sobe (a) quando tem 2 m de profundidade e (b) quando a a´gua tem 8 m de profundidade. Como no exerc´ıcio anterior, analisamos a figura com o propo´sito de visualizar a situac¸a˜o e estabelecer a notac¸a˜o. Nosso passo seguinte e´ usar essa notac¸a˜o para fixar, como se segue, o que e´ dado e o que estamos procurando: dV dt = 4, dx dt =? quando x = 2 e x = 8. Figura 28: Situac¸a˜o problema O volume varia´vel da a´gua no tanque tem a forma de um cone; logo, nosso ponto de partida e´ a fo´rmula V = 4 3 piy2x. (18) As u´nicas varia´veis dependentes que nos interessam sa˜o V e x; logo, queremos eliminar a varia´vel y. Da figura usando triaˆngulos semelhantes, vemos que y x = 6 12 = 1 2 ou y = 1 2 x (19) e, substituindo em (18), obtemos V = pi 12 x3 (20) 47 Introduzimos as taxas de variac¸a˜o derivando (20) com relac¸a˜o a t, o que leva a dV dt = pi 4 x2 dx dt (21) visto que dV dt = 4. Dessa fo´rmula obtemos, para x=2, dx dt = 4 pi ∼= 1, 27m/min e, para x=8, dx dt = 1 4pi ∼= 0, 08m/min 4. Uma pedra lanc¸ada numa lagoa provoca uma se´rie de ondulac¸o˜es conceˆntricas. Se o raio r da onda exterior cresce uniformemente a` taxa de 1,8 m/s, determine a taxa com que a a´rea de a´gua pertubada esta´ crescendo (a) quando r = 3 m e (b) quando r = 6 m. Seja A = pir2 a a´rea da circunfereˆncia de raio r. Assim, sua derivada e´ dada por, dA dt = pi2r dr dt Substituindo dr dt = 1, 8 m/s na equac¸a˜o anterior, obtemos dA dt (r) = 3, 6pir. Assim, dA dt (3) = 33, 9m2/s e dA dt (6) = 67, 82m2/s 5. Uma grande bola de neve esfe´rica esta´ se derretendo a` taxa de 0, 06pim3/h. No momento em que esta´ com 76 cm de diaˆmetro, determine (a) a velocidade com que o raio esta´ variando e (b) a velocidade com que a a´rea da superf´ıcie esta´ variando. Seja o volume e a a´rea da esfera dados por, V = 4 3 pir3 e A = 4pir2 respectivamente. Derivando V e A em relac¸a˜o ao tempo obtemos: dV dt = 4pir2 dr dt e dA dt = 8pir dr dt (a) Substituindo dV dt = −0, 06pim3/h e r = 0, 34m na equac¸a˜o da esquerda obtemos dr dt = −0, 104m/h (b) Utilizando o resultado anterior de dr dt = −0, 104m/h obtemos dA dt = −0, 993m2/h 6. Um menino empina um papagaio a 24 m de altura e o vento sopra horizontalmente distanciando-o do menino a 6 m/s. Com que velocidade o menino solta a linha quando o papagaio esta´ 30 m longe dele? A distaˆncia do menino ate´ o papagaio representada por L, a altura de 24 m do papagaio e e a distaˆncia do menino ate´ o ponto logo abaixo da posic¸a˜o do papagaio formam um triaˆngulo retaˆngulo, da qual se retira a seguinte relac¸a˜o: 48 L2 = x2 + 242 Figura 29: Situac¸a˜o Derivando em relac¸a˜o ao tempo ambos os lados da equac¸a˜o obtemos: dL dt = x L dx dt Sabendo que dx dt = 6 m/s tem-se dL dt = 6x L . Agora, basta substituirmos L = 30m e x = 18m e obtemos dL dt = 3, 6m/s 7. Um barco esta´ sendo puxado para o cais por meio de um cabo com uma extremidade atada na proa do barco e a outra passando atrave´s de um anel fixo no cais num ponto situado a 1,5 m acima do n´ıvel da proa do barco. Se o cabo esta´ sendo puxado a uma taxa de 1,2 m/s com que velocidade o barco se move na a´gua quando ja´ foram puxados 3,9 m de cabo? Seja x a distaˆncia horizontal do barco ao cais, L o comprimento da corda que liga a borda do cais ao barco e 1,5 m a altura da borda do cais. Como observado na figura (30). Assim, pelo Teorema de Pita´goras, podemos obter a relac¸a˜o L2 = 1, 52 +x2. Derivando ambos os lados em relac¸a˜o ao tempo obtemos: 2L dL dt = 2x dx dt ou L dL dt = xVb Sendo Vb a velocidade do barco. Quando L=3,9 m encontramos x=3,6 m da relac¸a˜o de Pita´goras. Assim, substituindo na equac¸a˜o LdL dt = xVb obtemos: Vb = 1, 3m/s 49 Figura 30: Situac¸a˜o 8. A maioria dos gases obedece a` Lei de Boyle: numa amostra de ga´s mantida a uma temperatura constante enquanto esta´ sendo comprimida por um pista˜o num cilindro, sua pressa˜o p e seu volume V esta˜o relacionados pela equac¸a˜o pV = c, onde c e´ uma constante. Ache dp dt em termos de p e dV dt . Temos temperatura e c contantes. Derivando a relac¸a˜o pV = c em relac¸a˜o ao tempo obtemos: dp dt V + p dV dt = 0 ou dp dt = − p V dV dt Substitu´ımos agora p c por 1 V que e´ obtida de pV = c e encontramos dp dt = −p 2 c dV dt 9. Num certo instante, uma amostra de ga´s que obedece a` Lei de Boyle ocupa um volume de 1000m3 a uma pressa˜o de 10N/m2. Se esse ga´s esta´ sendo comprimido isotermicamente a` taxa d 12m3/min, ache a taxa com que a pressa˜o esta´ crescendo no instante em que o volume e´ 600m3. Da relac¸a˜o de Boyle pV = c com c constante, conhecendo V0 = 1000m 3, p0 = 10N/m 2 e Vf = 600m 3 obtemos pf . p0V0 = pfVf =⇒ pf = 50 3 N/m2 Derivando a equac¸a˜o pV = c em relac¸a˜o ao tempo obtemos: dp dt V + p dV dt = 0 Na qual substituimos dV dt = −12m3/min, Vf = 600m3 e pf = 503 N/m2 obtendo: 50 dp dt = 1 3 N m2min 10. Se uma bolinha de naftalina evapora a uma taxa proporcional a` a´rea de sua superf´ıcie, mostre que seu raio decresce a uma taxa constante. A bolinha de naftalina evapora a uma taxa proporcional a` a´rea de sua superf´ıcie, assim dV dt = kA = k4pir2 com k constante e r o raio da bolinha esfe´rica. O volume da esfera e´ representado por V = 4 3 pir3, derivando ambos os lados da equac¸a˜o em relac¸a˜o ao tempo e substituindo dV dt na primeira equac¸a˜o obtemos: dV dt = k4pir2 = 4pir2 dr dt =⇒ k = dr dt constante 11. Uma escada com 6 m de comprimento esta´ apoiada em uma parede de 3,6 m de altura, num ponto abaixo de sua extremidade. Sua base esta´ sendo puxada de modo a se afastar da parede a uma taxa constante de 1,5 m/min. Ache a velocidade com que o topo da escada esta´ se aproximando do cha˜o (a) quando ele esta´ a 1,5m do topo da parede e (b) quando atinge o topo da parede. A altura h do ponto de apoio da escada na parede, o comprimento de 6 m da escada e a distaˆncia x de seu apoio no solo formam um triaˆngulo retaˆngulo, do qual obtemos a relac¸a˜o: 62 = x2 + h2 Figura 31: Situac¸a˜o Derivando a relac¸a˜o acima em relac¸a˜o ao tempo, obtemos a equac¸a˜o dh dt = V = −x h dx dt . 51 Em cada caso encontramos a posic¸a˜o x correspondente a cada altura h e substitu´ımos a velocidade da base da escada (Vb) com o sinal adequado. (a) h = 2, 1m implica x = 5, 62m e com Vb=1,5 m/min obtemos V = −4, 01m/min (b) h = 3, 6m implica x = 4, 8m e com Vb=-1,5 m/min obtemos V = 2m/min 12. Um ponto se move na circunfereˆncia x2 + y2 = a2 de tal modo que a componente x de sua velocidade e´ dx dt = −y. Ache dy dt e determine se o sentido do movimento e´ hora´rio ou anti-hora´rio. Considere um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais com origem exatamente so- bre o centro da circunfereˆncia. x e y representam as posic¸o˜es do ponto sobre a circun- fereˆncia de raio a. Do Teorema de Pita´goras temos: x2 + y2 = a2 Derivando a equac¸a˜o acima emrelac¸a˜o ao tempo obtemos: x dx dt + y dy dt = 0 Substituindo dx dt = −y na equac¸a˜o acima encontramos dy dt = x. Analisando o ponto sobre o primeiro quadrante, quando temos x > 0 e y > 0 conclu´ımos que o ponto move-se no sentido anti-hora´rio. 13. Um procedimento cl´ınico comum para se estudar o metabolismo do ca´lcio em pessoas (a raza˜o na qual o corpo assimila e usa o ca´lcio) e´ injetar ca´lcio quimicamente marcado na corrente sangu´ınea e enta˜o medir qua˜o rapidamente este ca´lcio e´ removido do sangue. Suponhamos t dado em dias contado apo´s a injec¸a˜o de ca´lcio marcado, A a quantidade restante de ca´lcio marcado no sangue dado por A = t− 3 2 , t ≥ 0, 5. (a) Qua˜o ra´pido esta´ o corpo removendo ca´lcio do sangue quanto t = 1? A taxa de remoc¸a˜o e´ dado por A′(t). Assim, A′(t) = −3 2 t− 5 2 A′(1) = −3 2 (1)− 5 2 = −3 2 quantidade/dia 14. Suponha que o peso em gramas de um tumor canceroso no tempo t e´ w(t) = 0, 1t2, onde t e´ medido em semanas. Qual a raza˜o de crescimento do tumor, em gramas por semana, quando t = 5? A taxa de crescimento do tumor e´ dado por: w′(t) = 0.2t w′(5) = 0.2(5) = 1 g/semana. O tumor cresce a uma taxa de 1 g por semana na quinta semana. 52 3.7 Integral indefinida 1. O custo fixo de produc¸a˜o de uma empresa e´ de R$800, 00. O custo marginal e´ dado por C ′(x) = 0.03x2 − 0.12x+ 5. Ache a func¸a˜o custo total. O custo marginal C ′(x) e´ a derivada da func¸a˜o custo total C(x). Assim, para encon- trar C(x) integramos a func¸a˜o custo marginal. C(x) = ∫ (0.03x2 − 0.12x+ 5)dx C(x) = 0.03 ∫ x2dx− 0.12 ∫ xdx+ 5 ∫ dx C(x) = 0.03 3 x3 − 0.12 2 x2 + 5x+ k C(x) = 0.01x3 − 0.06x2 + 5x+ k Inicialmente em x = 0 a empresa possui um custo fixo de R$800, 00. 800 = 0.01(0)3 − 0.06(0)2 + 50(0) + k ⇒ k = 800 C(x)=0.01x3 − 0.06x2 + 5x+ 800 2. O lucro marginal de uma empresa para um determinado item e´ dada pela equac¸a˜o L′(x) = 20 − 0.6x2, na qual x e´ o nu´mero de itens vendidos. O lucro quando dois itens sa˜o vendidos e´ de R$4.20. Encontre a equac¸a˜o do lucro total. O lucro marginal L′(x) e´ a derivada da func¸a˜o lucro total L(x). Assim, para encon- trar L(x) integramos a func¸a˜o lucro marginal. L(x) = ∫ (20− 0.6x2)dx L(x) = 20x− 0.6x3 3 + k L(x) = 20x− 0.2x3 + k Em x = 2 a empresa possui um lucro de R$4.20. 4.20 = 20(4.20)− 0.2(4.20)3 + k ⇒ k = −34.2 L(x) = 20x− 0.2x3 − 34.2 3. Uma empresa, observando sua produc¸a˜o e vendas, encontrou seu lucro marginal L′(X) = 28 − 0.09x2 quando x unidades de determinado produto sa˜o vendidas. A empresa sofre uma perda de R$500, 00 quando nenhuma unidade e´ vendida. Assim, encontre a func¸a˜o lucro. O lucro marginal L′(x) e´ a derivada da func¸a˜o lucro total L(x). Assim, para encon- trar L(x) integramos a func¸a˜o lucro marginal. L(x) = ∫ (28− 0.09x2)dx L(x) = 28x− 0.03x3 + k Em x = 0 a empresa sofre uma perda de R$500.00. 53 −500 = 28(0)− 0.03(0)3 + k ⇒ k = −500 L(x) = 28x− 0.03x3 − 500 4. O custo me´dio total de produc¸a˜o de um determinado item e´ dado por C¯ ′(x) = 1 4 − 17 x2 , na qual x e´ o nu´mero de unidades produzidas. (a) Encontre a func¸a˜o custo me´dio C¯(x), sabendo que C¯(4) = 57. (b) Encontre a func¸a˜o custo total C(x). (a) O custo me´dio marginal C¯ ′(x) e´ a derivada da func¸a˜o custo me´dio total C¯(x). Assim, para encontrar C¯(x) integramos a func¸a˜o custo me´dio marginal. C¯(x) = ∫ (1 4 − 17 x2 )dx C¯(x) = x 4 + 17 x + k Em x = 4 temos C¯(4) = 57. 57 = 117 4 + k ⇒ k = 207 4 C¯(x) = x 4 + 17 x + 207 4 (b) O custo total e´ dado por C¯(x) = C(x) x ⇒ C(x) = xC¯(x). Logo, C(x) = x 2 4 + 207 4 x+ 17 5. A inclinac¸a˜o da reta tangente a uma curva em qualquer ponto e´ dado por 3x2 + 5. En- contre a equac¸a˜o da curva se ela conte´m o ponto (3, 8). Seja f(x) a curva, logo: f(x) = ∫ (3x2 + 5)dx = x3 + 5x+ k Em f(3) = 27 + 15 + k = 8⇒ k = −34 f(x) = x3 + 5x− 34 6. Um poc¸o de petro´leo extrai petro´leo a uma taxa de R′(t) = 70 + 4.5t− 0.5t2, t em horas. Encontre a fo´rmula para a produc¸a˜o total apo´s t horas. R(t) = ∫ R′(t)dt R(t) = ∫ (70 + 4.5t− 0.5t2)dt R(t) = 70t+ 4.5 2 t2 − 0.5 3 t3 + k Em R(0) = 0⇒ k = 0 R(t) = 70t+ 4.5 2 t2 − 0.5 3 t3 7. A func¸a˜o velocidade de um determinado ve´ıculo e´ dada por v(t) = t2 − 2t + 4, t em segundos. Encontre a func¸a˜o posic¸a˜o s(t), sendo que em s(0) = 0. 54 s(t) = ∫ v(t)dt s(t) = ∫ (t2 − 2t+ 4)dt s(t) = t 3 3 − t2 + 4t+ k Em s(0) = 0⇒ k = 0 s(t) = t 3 3 − t2 + 4t 8. A func¸a˜o acelerac¸a˜o de um determinado ve´ıculo e´ dada por a(t) = 4−66t, t em segundos. Encontre a func¸a˜o velocidade v(t), sendo que em v(0) = 0. v(t) = ∫ a(t)dt v(t) = ∫ (4− 66t)dt v(t) = 4t− 33t2 + k Em v(0) = 0⇒ k = 0 v(t) = 4t− 33t2 9. O tempo de parada de um ve´ıculo e´ dado resolvendo-se a equac¸a˜o diferencial W g d2x dt2 = −fW , na qual W e´ o peso do ve´ıculo, f o coeficiente de fricc¸a˜o, g a constante gravitacio- nal, x a distaˆncia percorrida e t o tempo. (a) Determine a func¸a˜o velocidade. (b) Determine o tempo que o ve´ıculo demora para parar. (c) Determine a func¸a˜o deslocamento. (e) Determine a distaˆncia percorrida pelo ve´ıculo ate´ parar. (a) Sendo a(t) = d 2x(t) dt2 = dv(t) dt e a = −fg temos: v(t) = ∫ a(t)dt = ∫ (−fg)dt v(t) = −fgt+ k v(0) = 0 + k = v0 Logo, v(t) = −fgt+ v0 (b) Procuramos t quando v(t) = 0, assim v(t) = −fgt+ v0 = 0⇒ t = v0fg (c) Integramos a func¸a˜o velocidade para obter a func¸a˜o deslocamento, impondo a condic¸a˜o de que em t = 0, x = 0. x(t) = ∫ v(t)dt = −fg t2 2 + v0t+ k x(0) = k = 0⇒ x(t) = v0t− fg t22 (d) Encontraremos x( v0 fg ), assim x( v0 fg ) = v0 2 2fg 10. Se uma reac¸a˜o qu´ımica ocorre a um volume constante a entalpia e´ dada por ∆H = ∫ Cvdt, na qual Cv e´ definida como capacidade te´rmica a volume constante. Se Cv = 2t 2 + 3t+ 7 encontre ∆H. 55 ∆H = ∫ Cvdt ∆H = ∫ (2t2 + 3t+ 7)dt ∆H = 2 t 3 3 + 3 t 2 2 + 7t+ k Com ∆H(0) = 0⇒ k = 0⇒ ∆H = 2 t3 3 + 3 t 2 2 + 7t 11. Uma part´ıcula desloca-se sobre o eixo x e sabe-se que no instante t, t ≥ 0, a velocidade e´ v(t) = 2t + 1. Sabe-se, ainda, que no instante t = 0 a part´ıcula encontra-se na posic¸a˜o x = 1. Determine a posic¸a˜o x = x(t) da part´ıcula no instante t. dx dt = 2t+ 1 e x(0) = 1 dx dt = 2t+ 1⇒ x = ∫ (2t+ 1)dt = t2 + t+ k Para k = 1, teremos x = 1 para t = 0. Assim, x(t) = t2 + t+ 1 12. Uma part´ıcula desloca-se sobre o eixo x com velocidade v(t) = t+ 3, t ≥ 0. Sabe-se que, no instante t = 0, a part´ıcula encontra-se na posic¸a˜o x = 2. (a) Qual a posic¸a˜o da part´ıcula no instante t? (b) Determine a posic¸a˜o da part´ıcula no instante t = 2. (c) Determine a acelerac¸a˜o. (a) dx dt = t+ 3 e x(0) = 2 m x(t) = ∫ (t+ 3)dt = t 2 2 + 3t+ k Em x(0) = 2⇒ k = 2⇒ x(t) = t2 2 + 3t+ 2 (b) x(2) = 4 2 + 6 + 2 = 10 m (c) a(t) = dv dt = 1m/s2 13. Uma part´ıcula desloca-se sobre o eixo x com velocidade v(t) = 2t− 3, t ≥ 0. Sabe-se que no instante t = 0 a part´ıcula encontra-se na posic¸a˜o x = 5. Determine o instante em que a part´ıcula estara´ mais pro´xima da origem. x(t) = ∫ (2t− 3)dt = t2 − 3t+ k x(0) = 5⇒ k = 5 Logo, x(t) = t2 − 3t+ 5 A part´ıcula estara´ mais pro´xima da origem no xmin. Como a func¸a˜o e´ uma para´bola com um ponto de mı´nimo basta encontrar t, tal que dx dt = 0. 56 dx dt = 2t− 3 = 0⇒ t = 1.5s 14. Um produtor descobre que o custo marginal e´ de 3q2 − 60q + 400 u.m. por unidade, quando q unidades do produto sa˜o produzidas. O custo total de produzir as primeiras 2 unidades e´ de R$900, 00. Qual e´ o custo total de produzir as primeiras 5 unidades? O custo marginal