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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUIMICA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS (6660-2) EXPERIMENTO 10 Tema: Correção de fator de potência Alunos: 1. Caio de Andrade Caetano – 98425 2. João Ramos de Camargo Neto – 98611 Universidade Estadual de Maringá Departamento de Engenharia de Engenharia Química Curso de Engenharia Elétrica 6660 – Laboratório de Circuitos Elétricos Turma 2 – Prof. Dr. Carlos Alexandre Ferri 1. Atividades Experimentais Normalmente as cargas domésticas ou mesmo industriais são cargas indutivas (geralmente motores e transformadores) e operam com um fator de potência baixo (atrasado). O baixo fator de potência causa maiores perdas por efeito Joule devido à circulação da potência reativa no sistema elétrico e isso trás a necessidade de corrigir o fator de potência, mantendo a tensão ou corrente para a carga original. A figura 1.1a mostra uma carga indutiva antes do ser corrigido, já a figura 1.1b, mostra a mesma carga, mas já corrigida pela adição de um capacitor em paralelo com a carga. O efeito do acréscimo do capacitor pode ser visto no triângulo de potência ou pelo diagrama de fasores das correntes. No caso inicial, supondo o fator de potência como cos(𝜃1) e a segunda situação (adição do capacitor), com fator de potência cos(𝜃2), como mostrado na figura 1.1c. A adição do capacitor faz com que o ângulo de fase entre a tensão e a corrente seja reduzido de 𝜃1 para 𝜃2. Relatório da Experiência 10 Laboratório de Circuitos Elétricos Nome 1: Caio de Andrade Caetano Nome 2: João Ramos de Camargo Neto Data: 18/06/2018 Figura 1.1 – a) Carga indutiva, b) correção do fator de potência por um capacitor, c) diagrama de fasores da corrente. Podemos também verificar a melhoria do fator de potência utilizando o triângulo de potência. Supondo a potência aparente S1 para a carga indutiva original, tem-se que: 𝑃 = 𝑆1 cos(𝜃1) (1) 𝑄1 = 𝑆1 cos(𝜃1) = 𝑃 tan 𝜃1 (2) Figura 1.2 – Triângulo de fator de potência. O acréscimo do capacitor leva a situação com o fator de potência cos(𝜃2) sem alterar a potência real 𝑃 = 𝑆2 cos(𝜃2), a nova potência reativa é 𝑄2 = 𝑃 tan 𝜃2. A redução na potência reativa provocada pelo capacitor em paralelo é dada por: 𝑄𝑐 = 𝑄1 − 𝑄2 = 𝑃(tan 𝜃1 − tan 𝜃2) (3) 𝑄𝑐 = 𝑉²𝑅𝑀𝑆 𝑋𝐶 = 𝑉²𝑅𝑀𝑆 1 2𝜋𝐹𝐶 = 2𝜋𝐹𝐶𝑉²𝑅𝑀𝑆 (4) Assim, o valor do capacitor para correção do fator de potência pode ser dado por: 𝐶 = 𝑃(tan 𝜃1−tan 𝜃2) 2𝜋𝐹𝐶𝑉²𝑅𝑀𝑆 (5) 2. Materiais e Métodos 2.1. Materiais - Software para simulação e projetos de circuitos eletrônicos “OrCad – Capture CIS”. 2.2. Métodos - Montamos o circuito da figura 2.2.1 no “OrCad”. Utilizando uma foto de tensão senoidal de 60Hz com amplitude de 110V. Adicionamos o terra ao polo negativo da fonte e o “run to time” para 60ms. - Assumimos os valores de: 𝑅𝑖 = 87Ω 𝐿 = 250𝑚𝐻 𝑅 = 17Ω Figura 2.2.1 – Circuito para a análise do fator de potência. - Medimos os valores de corrente, tensão e suas defasagens em relação a corrente e tensão da fonte, anotamos na Tabela 3.1. A defasagem foi obtida pelo atraso da tensão na carga (indutor + resistor) em relação da tensão da fonte, a corrente da mesma forma. - Adicionamos um capacitor em paralelo à carga indutiva. Utilizamos o valor de 47𝜇𝐹 para o capacitor. Realizamos as medidas necessárias e anotamos na Tabela 3.2. Figura 2.2.2 – Circuito com capacitor em paralelo para controle do fator de potência. - Calculamos o valor de capacitor para que o fator de potência seja de 0,95 com a condição da tensão no capacitor ser a mesma independente do capacitor. 3. Resultados Para a primeira parte experimental, os dados obtidos pelo OrCAD e através dos cálculos estão na tabela abaixo: Carga (L + R) Tensão (V) 75,7 Corrente (A) 0,767 Fator de Potência 0,703 Potência ativa (W) 40,797 Potência reativa (Var) 41,313 Potência aparente (Va) 58,062 Tabela 3.1 Dados experimentais sem a correção do Fator de Potência. Pela análise dos gráficos, vemos que a corrente e tensão estão defasados por 2,10𝑚𝑠, com isso podemos calcular o ângulo de defasagem utilizando a regra de três: 2,10𝑚𝑠 − 𝜃 1 60 − 360° 𝜃 = 45,36° (3.1) Após a correção do Fator de Potência, os mesmos dados foram colhidos do circuito experimental como consta na tabela a seguir: Carga (L + R) Tensão (V) 81,4 Corrente (A) 0,889 Fator de Potência 0,831 Potência ativa (W) 60,137 Potência reativa (Var) 40,251 Potência aparente (Va) 72,365 Tabela 3.2 Dados experimentais após a correção do Fator de Potência. Pela análise dos gráficos, vemos uma defasagem de 1,56𝑚𝑠: 1,56𝑚𝑠 − 𝜃 1 60 − 360° 𝜃 = 33,80° (3.2) Para um Fator de Potência igual a 0,95, podemos calcular o valor de capacitância, utilizando o ângulo obtido em (3.1) e os dados da Tabela 3.1: 𝜃2 = 𝑐𝑜𝑠 −1 (0,95) = 18,1949° 𝐶 = 40,797 × (tan 45,36° − tan 18,19°) 2𝜋 × 60 × ( 75,7 √2 ) 2 = 25,836𝜇𝐹 (3.3) 4. Discussão Devido aos métodos adotados e por depender de um software para a simulação do circuito, os dados aqui apresentados não estão totalmente corretos, porém, mesmo com essas adversidades, a teoria pode ser entendida claramente e o circuito experimental se comportou como esperado. Vimos através deste experimento como medir o Fator de Potência de um circuito indutivo e como se comportam as curvas de corrente e tensão. Uma vez que as curvas estão defasadas, pudemos fazer a correção do fator de potência adicionando-se uma carga capacitiva em paralelo ao circuito, essa adição faz com que a defasagem das curvas diminua, aumentando o valor do Fator de Potência, culminando eu um uso mais eficiente da potência. 4.1 Análise 1) Qual o principal papel da correção do fator de potência? R) O principal papel da correção do fator de potência é fazer um uso mais eficiente da potência fornecida ao circuito, aumentando a potência ativa e diminuindo a defasagem das curvas de tensão e de corrente. 2) É possível corrigir o fator de potência de uma carga com predominância indutiva? R) Sim, como vemos através desse experimento, o fator de potência foi corrigido, como pode ser visto nas Tabelas 3.1 e 3.2. 5. Referências [1] ALEXANDER, Charles K.; PARMA, Gustavo Guimarães, trad; SADIKU, Matthew. Fundamentos de circuitos elétricos. Porto Alegre: Bookman, 2003. [2] IRWIN, J. David; AGUIRRE, Luis Antônio, trad; AGUIRRE, Janete Furtado Ribeiro, trad. Análise de circuitos em engenharia. São Paulo: Pearson Education, 2000.
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