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Relatório sobre equipamentos para escavação e transporte

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco
Campus Afogados da Ingazeira - Curso Técnico em Saneamento
Disciplina: Máquinas e Equipamentos – IV Período - Subsequente – Vespertino
Docente: Carlos Eduardo Cabral Rodrigues
Discente: Carla Vanessa dos Santos Silva 
EQUIPAMENTOS PARA ESCAVAÇÃO E TRANSPORTE
Afogados da Ingazeira – PE
Dezembro 2018
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco
Campus Afogados da Ingazeira - Curso Técnico em Saneamento
Disciplina: Máquinas e Equipamentos– IV Período - Subsequente – Vespertino
Docente: Carlos Eduardo Cabral Rodrigues
Discente: Carla Vanessa dos Santos Silva
RELATÓRIO TÉCNICO SOBRE EQUIPAMENTOS PARA ESCAVAÇÃO E TRANSPORTE
Trabalho sobre equipamentos para escavação e transporte, do Curso Técnico em Saneamento do IFPE – Campus Afogados da Ingazeira, como parte das exigências da Disciplina Máquinas e equipamentos, sob orientação do Professor Carlos Eduardo Cabral Rodrigues.
Afogados da Ingazeira – PE
Dezembro 2018
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	OBJETIVO	5
3.	DESENVOLVIMENTO	5
3.1. Escavadoras: Caracterização	5
3.2. Escavadoras de Rastos	10
3.3. Escavadoras de Rodas	11
3.4. Escavadoras Frontais	12
3.5. Escavadeira “Drag-line”	12
3.6. Escavadoras, Retroescavadoras	13
3.7. Caracterização e Classificação de Materiais de Escavação	17
3.8. Carregamento	22
3.9. Equipamentos para Transporte	23
4.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	32
5.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	32
6.	ANEXOS	34
LISTA DE FIGURA
Figura 1 - Principais componentes de uma escavadora.............................................................06
Figura 2 - Nomenclatura usada em escavações.........................................................................07
Figura 3 - Soluções para contenções de terras..........................................................................10
Figura 4 - Rastos metálicos (Esq.) e rastos de borracha (Dir.) ................................................11
Figura 5 - Escavadora de rodas.................................................................................................11
Figura 6 - Escavadora frontal....................................................................................................12
Figura 7 - Modelo de “Drag-line” em operação .......................................................................13
Figura 8 - Movimento do dispositivo de ataque.......................................................................14
Figura 9 - Escavadora com lança inteira (Esq.) e bipartida (Dir.) ...........................................15
Figura 10 - Balde "standard" (Esq.); Balde para escavação em rocha (Dir.) ...........................15
Figura 11 - Balde de regularização (Esq.); Balde perfurado (Dir.) ..........................................15
Figura 12 - Balde trapezoidal (Esq.); Balde de maxilas (Dir.) .................................................16
Figura 13 - Riper (Esq.); Martelo Hidráulico (Dir.) ................................................................16
Figura 14 - MSRX; Vista lateral (Esq.); Vista superior (Dir.) .................................................17
Figura 15 - Gamas de dimensões..............................................................................................18
Figura 16 - Fluxo no processo de carregamento.......................................................................23
Figura 17 - Fluxo do processo de carregamento e transporte...................................................24
Figura 18 - Caminhão comum de carroceria fixa.....................................................................26
Figura 19 - Caçamba para basculante de pedras.......................................................................27
Figura 20 - Caminhão basculante com caçamba para materiais granulares e argila.................27
Figura 21 - Caminhão basculante “fora de estrada” .................................................................29
Figura 22 - Caminhão multi-caçamba ou poli-caçamba ..........................................................30
Figura 23 - Usina de concreto e caminhão betoneira................................................................31
Figura 24 - Carreta ou prancha rodoviária de 16 rodas.............................................................32
INTRODUÇÃO
Até o aparecimento dos equipamentos mecanizados, a movimentação de terras e mais concretamente a escavação e o transporte eram feitos totalmente pelo homem utilizando pás e picaretas para o corte, como também alavancas, cordas de fibras naturais, cestas, vasilhas, padiolas, carrinho de mão para o transporte. Este tipo de trabalho era de pouco rendimento e, como tal, a sua continuidade dependia, sobretudo, de mão-de-obra abundante e barata. Ricardo e Catalani, aprofundaram o seu estudo no domínio das escavações e na sua obra “Manual prático de escavação” dizem que “para obter a produção de 50m³/h de escavação, empregar-se-iam, pelo menos 100 homens.”, já para o transporte, até o carrinho de mão otimiza o esforço exagerado de um operário.
Com o surgimento dos equipamentos mecanizados, causado pelo desenvolvimento tecnológico, em razão de sua alta produtividade, pode-se ter preços mais competitivos e agilidades nas operações de perfuração, escavação, carregamento e transporte, apesar do alto custo de aquisição dos equipamentos (RICARDO e CATALANI, 2007).
A escavação mecanizada permite o desmonte de grandes volumes de terra em prazos curtos, mas requer grandes investimentos em equipamentos de alto custo, outra das características da escavação mecanizada é que reduz, como já foi referido, a mão-de-obra, mas, por outro lado, provoca a especialização profissional. Já as características dos equipamentos de transporte devem ser avaliadas quando da escolha dos mais adequado para cada caso. O equipamento pode ser: portátil; fixo; móvel; com deslocamento na horizontal; com deslocamento na vertical; de posição inclinada; com deslocamento de carga ao nível do solo, abaixo do solo ou acima do solo; com atuação em área limitada, com circulação limitada ou ilimitada; de produção contínua; de produção ocasional; com motor elétrico ou a diesel (RICARDO e CATALANI, 2007).
Assim, tanto as escavações como os transportes são executadas em obras, exemplos são: desde a construção de edifícios. no caso de subsolos enterrados ou piscinas; adutoras d’água, coletores de esgoto, metrôs, rodovias e ferrovias, aeroportos, canais, barragens, até aterros sanitários. Por esse amplo espectro de aplicações, fica claro que se deve classificar os equipamentos de escavação e transporte em função dos aspectos técnicos neles envolvidos, e não pelo porte ou tipo da obra a que se destinam.
OBJETIVO 
O respectivo trabalho visa, analisar os benefícios proporcionados pelo correto emprego dos equipamentos de escavação e transporte, nas obras civis, e como tais benefícios influenciam no desenvolvimento e produtividade no campo. Tendo em conta a seleção e classificação dos equipamentos de escavação e transporte, permitindo a otimização da seleção destes equipamentos. 
DESENVOLVIMENTO
3.1. Escavadoras: Caracterização
3.1.1. Introdução
As escavadoras, também denominadas de giratórias, surgiram na primeira metade do século XIX. De início eram movidas a vapor e montadas sobre carris ferroviários. Com o aparecimento de motor Diesel, patenteado em 1893 pelo engenheiro alemão Rudolf Diesel, estas máquinas tornaram-se mais potentes, compactas e com maior mobilidade, assumindo assim um papel primordial nas grandes escavações, como foi a abertura do canal do Panamá. 
Desde o início dos anos 60 do século passado, tornaram-se comuns as escavadoras totalmente hidráulicas, mais compactas e robustas que as escavadoras de cabos clássicas. Estas tornaram-se obsoletas e não têm interesse prático neste trabalho porque estão hoje em dia, vocacionadas para alguns trabalhos mineiros e dragagens.
As escavadoras giratóriashidráulicas dividem-se em duas partes bem definidas (ver figura 1):
parte inferior ou chassi, também designada por “carro de translação” ou “infraestrutura”;
e parte superior, designada por “estrutura giratória” ou “superestrutura”.
Figura 1. Principais componentes de uma escavadora
Fonte: CALHAU, 2013.
A parte inferior está usualmente montada sobre rastos ou rodas podendo ainda em alguns casos ser adaptada a chassis tipo camião, vagão ou barcaça. A superestrutura superior comporta o elemento motriz, o circuito hidráulico, a cabine do manobrador, contrapeso e a ferramenta de escavação.
Como se pode ler no ponto 29 da especificação LNEC, E 286 “Terminologia rodoviária /Equipamento de obra”: “os diversos tipos de escavadoras designam-se pela natureza ou posição dos dispositivos de ataque”. É de interesse referir os dispositivos de tipo frontal e retro, que mais à frente serão distinguidos.
3.1.2. Tipos de escavações 
Existem vários tipos de escavações, sendo estas descritas da forma que se segue:
Escavação a toda a largura – retira-se o solo que está a ocupar o espaço necessário para a realização do edifício, isto é, o movimento de terras geral da superfície a construir, cuja profundidade está limitada pelo cave, por exemplo;
Escavação em sulco ou regueira – Consiste em uma trincheira com uma largura mínima de 40 cm e profundidade variável, destinada a alojar os muros, as fundações, as canalizações, etc;
Escavações de poços – Trata-se de um movimento de terras de pequena largura e grande profundidade, mas estas dimensões dependem dos meios de realização da escavação. Normalmente são executadas para estabelecer as fundações e pilares isolados;
Escavação em galeria – Faz-se sob a terra sendo necessário o emprego de escoramentos à medida que a escavação avança;
Escavação em terreno rochoso – Este processo de escavação poderá ser realizado por vários métodos. 
Figura 2. Nomenclatura usada em escavações
3.1.3. Equipamentos e máquinas 
Para se proceder a estas escavações existe uma grande gama de equipamentos próprios que se pode escolher, adaptando-se, em cada caso particular, o tipo mais apropriado á classe da obra e ao modo como realiza-la. Os principais aparelhos e máquinas a utilizar são: 
- Pá mecânica – é a máquina mais antiga e entre todos os aparelhos de escavação conhecido, é o que tem maior diversidade de formas de aplicação aos terrenos mais diversos. Pode ser equipada com quatro dispositivos diferentes, cada um para um tipo de trabalho distinto; escavadora para desmonte com colher de pressão (serve para escavar e carregar em terrenos moles, e ainda, para recolher pedra amontoada arrancada e degradada com explosivos), com pequena draga (utilizada para terrenos brandos, em argilas ou em rochas quando esmiuçadas com explosivos além de outras funções. Uma das vantagens desta máquina é a de escavar e depositar terras a longa distância), com retroescavadora (parecido á pequena draga, mas permitindo uma escavação precisa e rápida, e utilizada em solos bastante duros. A única desvantagem é que as terras que provêm da escavação, só podem ser depositadas a uma distância limite, isto devido ao curto alcance do braço e pernas que constituem o equipamento) e com colher prensora (destina-se á realização de grandes movimentos de terras, tendo as mesmas desvantagens que a pequena draga. Só pode ser utilizado em terrenos moles e com rochas desintegradas);
- Pá carregadora (taxcavator) – Para a realização de movimentos de terras em terrenos normais. Distinguem-se três tipos característicos: com colher dotada de movimento vertical, com colher que descarrega para trás, e com colher dotada de movimentos combinados horizontais e verticais. Algumas ainda possuem movimentos de rotação, mas só são utilizadas em terrenos muito moles ou terras esponjadas previamente; 
- “Bulldozer” – Emprega-se para deslocar empurrando a pedra picada, terra, troncos de árvores, etc. Tem a vantagem de poder ser usado no amontoamento e deslocação de materiais provenientes da escavação, para estender e igualar a terraplenagem e ainda para trabalhos de arroteação;
- “Angludozer” – Trata-se de um “bulldozer angular”. Utilizado para o movimento e deslocamento de terras deixando-as de lado. Numa única operação escava e executa a terraplenagem simultaneamente;
- Niveladora ou “Grader” – Serve para deslocar lateralmente grandes quantidades de materiais e para o arranjo de superfícies e taludes;
- Escarificador ou “Ripper” – Para complemento dos “traxcavators”, dos “graders” ou dos tractores de lagartas. Destina-se também para o arroteamento e desintegração dos terrenos por sucessivas capas;
- Desmochadora ou escarpadora ou “Scarper” – Utilizado na extracção de terras a pequena profundidade. Pode-se remover terras e carrega-las numa só operação, transportá-las e despejá-las sem interromper a marcha. 
3.1.4. Eliminação das águas e de outros elementos prejudiciais a escavação
Se a escavação for feita abaixo do nível freático torna-se sem dúvida indispensável o seu abaixamento. No entanto, mesmo que a escavação não atinja esse nível é sempre necessário proceder á eliminação das águas provenientes das chuvas ou de infiltrações. Este processo, que se designa de esgotamento da escavação, consiste na instalação de um escoadouro no ponto mais baixo da escavação, para o qual convergem graviticamente as águas por meio de fendas e de pequenos canais construídos essencialmente para tal função. Este escoadouro deve ter aproximadamente 1m de profundidade. A água é retirada de seguida com a ajuda de bombas ou por outro meio de esgotamento para o exterior da escavação. Quando se trata de uma nascente, torna-se mais econômico desviá-la para um poço, onde poderá passar a ser utilizada na edificação. A abertura de poços para fundações faz-se com escavações circulares ou quadradas, com 1,30 m de diâmetro ou de largo, ou mais, para assim permitir que um homem possa trabalhar facilmente. 
Por outro lado, é de notar que se desaterros em terrenos onde existiam árvores exigem que as raízes sejam retiradas completamente, sempre que as terras desse desaterro se destinem a um aterro subsequente, porque o ulterior apodrecimento dessas raízes viria a ser a causa de vazios de que resultaria, mais tarde, o abatimento. 
3.1.5. Entivação
Quando existem escavações relativamente profundas, para prevenir desmoronamentos e riscos de acidentes, diminuindo também a área de superfície ocupada, é necessário estaquear, escorara ou revestir as terras. 
Existem vários fatores que influenciam o estacamento, ou escoramento, ou revestimento das escavações: como exemplo, o efeito de trepidações das máquinas em movimento, ou ainda eventuais cargas que podem ou poderão vir a surgir na proximidade da escavação. 
Há ainda outras condições para o estacamento ou revestimento das escavações que diz respeito á inclinação que o talude dessa escavação poderá ter. Assim, quando o talude é de 1:1 em terrenos movediços ou desmoronáveis, ou de 1:2 em terrenos moles, mas resistentes, ou ainda de 1:3 em terrenos bastante compactos, deve ser estaqueado ou revestido. A entivação mais vulgar consiste em colocar um certo número de tábuas verticais, bem apertadas contra as paredes da trincheira, por meio de estroncas ou pequenos paus redondos ou quadrados, revestindo também, sempre que for necessário, com tábuas ou cintas dispostas longitudinalmente. 
Figura 3. Soluções para contenções de terras
3.2. Escavadoras de Rastos
As escavadoras não são máquinas concebidas para empurrar ou transportar terras, nem percorrer grandes distâncias, podendo estas efetuar numerosos ciclos de produção no mesmo local. Por essa razão, os rastos servem apenas para pequenas deslocações a baixa velocidade.
Apesar do enorme peso destes equipamentos, a grande área de contato com o solo permite que as pressões sejam relativamente baixas, a rondar o 1 kg/cm², dotando-as de favorável flutuação em terrenos com baixa capacidade de suporte, boa estabilidade e razoável capacidade de tração.
Os rastospodem ser de dois tipos: metálicos (ver Figura 4 Esq.) ou de borracha (ver Figura 4 Dir.). Os primeiros são mais comuns, podem apresentar diferentes perfis e equipam máquinas de todos os tamanhos, desde menos de uma tonelada até várias centenas. Por outro lado, os rastos de borracha equipam máquinas mais compactas, até cerca de 10 toneladas. Têm como grande vantagem em relação aos primeiros a característica de poderem andar sobre pisos acabados sem os danificar, como calçadas, pavês ou betuminosos.
Figura 4. Rastos metálicos (Esq.) e rastos de borracha (Dir.).
Fonte: CALHAU, 2013
3.3. Escavadoras de Rodas
Este tipo de máquina tem como principal vantagem, em relação às máquinas de rastos, a sua grande mobilidade e capacidade de se deslocar em pisos acabados sem os danificar. A sua montagem está limitada a lanças retroescavadoras, em máquinas de 8 a 24 toneladas (ver Figura 5). Para aumentar a sua estabilidade estes equipamentos vêm montados com estabilizadores, 4 sapatas (patolas) ou duas sapatas e uma lâmina, que tem a dupla função de estabilizar e poder empurrar pequenos volumes de terras.
Figura 5. Escavadora de rodas
Fonte: CALHAU, 2013
3.4. Escavadoras Frontais
Montadas exclusivamente sobre rastos, são indicadas para escavações a cotas superiores, taludes, podendo também escavar a profundidades reduzidas (ver Figura 6). Para escavar o balde movimenta-se para a dianteira no sentido ascendente. Estes são habitualmente de grande volume e têm abertura pelo fundo, o que permite uma descarga mais rápida e suave.
A sua capacidade de escavação em terrenos duros supera as máquinas retroescavadoras, estando o seu uso mais vocacionado para trabalhos mineiros e extração de inertes. A sua aplicação em obras públicas está pouco explorada.
Figura 6. Escavadora frontal
Fonte: CALHAU, 2013
3.5. Escavadeira “Drag-line”
As escavadeiras do tipo “drag-line” são compostas por uma longa lança acoplada a polias e cabos de aço que realizam a escavação arrastando a caçamba sobre o material que está sendo escavado. Quando cheia, a caçamba é levantada e girada no ar até o ponto de descarga. Nesse ponto, pela ação de um cabo de controle, a caçamba deverá estar invertida, ficando com sua boca para baixo, despejando assim do seu interior o material (RICARDO e CATALANI, 2007). A figura 7 destaca um modelo de “Drag-line” em operação.
Figura 7. Modelo de “Drag-line” em operação
Fonte: Caterpillar, 2015
Segundo JAWORSKI (1997), os principais locais de emprego da escavadeira “Drag-line” são:
Desmonte de capas de jazidas e pedreiras;
Abertura de valas e canais;
Desobstrução de rios;
Extração de areia e pedregulho de cavas.
3.6. Escavadoras, Retroescavadoras
Neste tipo de escavadoras o balde está virado para baixo, movimentando-se no sentido descendente e em direção ao corpo da máquina. Este movimento de “puxe” permite a escavação tanto a cotas mais altas como a cotas mais baixas (ver Figura 8). Estas escavadoras podem ser montadas sobre todos os suportes já referidos, ter ferramentas de escavação com diferentes características e receber vários tipos de baldes e acessórios.
O termo retro, ou retroescavadora, é utilizado comercialmente para designar outro tipo de máquina, estas são definidas na norma ISO 6165:2012 como: “máquina automotriz de rodas ou rastos que possui um chassi projetado para suportar equipamento de carregamento montado na dianteira e equipamento de retroescavação montado na traseira”. Por outro lado, a especificação LNEC E 286 define retroescavadora como: “escavadora de colher com balde invertido que ataca o terreno de cima para baixo”. Este termo pode assim gerar confusão pois pode, ao mesmo tempo, definir um tipo de máquina ou o tipo de dispositivo de ataque.
Figura 8. Movimento do dispositivo de ataque
Fonte: CALHAU, 2013
De agora em diante, e de forma a evitar confusões e adotar a designação mais aceite comercialmente, sempre que se fizer referência a “escavadoras” estar-se-á a fazer alusão a escavadoras giratórias, hidráulicas, de rastos e com equipamento de retroescavação.
Estas máquinas são as mais difundidas e mais versáteis para todo o tipo de obras que contenham escavações. A sua aplicação é muito variada podendo ir da escavação de materiais de dureza diversa; abertura de valas, caboucos e trincheiras; desmonte de rochas; elevação e assentamento de materiais, como tubos ou armaduras; acabamento de taludes; entre outras.
3.6.1. Ferramenta de Escavação 
A ferramenta de escavação, ou dispositivo de ataque, é dividida em três partes. A primeira é a lança, que pode ser inteira, de uma peça, ou bipartida, de duas peças e está ligada ao corpo da máquina (ver figura 9). A segunda parte é o braço que faz a ligação entre a lança e o balde, terceira parte. As várias partes são articuladas nas extremidades, pivôs de rotação, e impulsionadas por cilindros hidráulicos.
Figura 9. Escavadora com lança inteira (Esq.) e bipartida (Dir.).
Fonte: CALHAU, 2013
3.6.2. Baldes
Os baldes de retroescavação podem ter várias formas dependendo do tipo de terreno e do serviço a executar. De série, as máquinas vêm equipadas com um balde “standard”, com dentes, e preparado para todo o tipo de trabalhos correntes. Para trabalhos em rocha é aconselhado um balde reforçado, estreito e com dentes maiores e mais fortes (ver Figura 10).
Figura 10. Balde "standard" (Esq.); Balde para escavação em rocha (Dir.)
Fonte: CALHAU, 2013
Outros isentam a utilização de dentes, como os destinados à regularização de taludes e paredes de canais. Ou apresentam furos para o escoamento da água na escavação de solos saturados (ver Figura 11).
Figura 11. Balde de regularização (Esq.); Balde perfurado (Dir.)
Fonte: CALHAU, 2013
Outros ainda, podem apresentar formas trapezoidais para escavação e limpeza de valas ou forma de maxilas com funcionamento hidráulico para escavação e remoção de materiais soltos (ver Figura 12).
Figura 12. Balde trapezoidal (Esq.); Balde de maxilas (Dir.).
Fonte: CALHAU, 2013
3.6.3. Acessórios
O grande número de acessórios confere a este tipo de máquinas uma grande adaptação a trabalhos mais específicos. Para o trabalho em pedreiras e terrenos rochosos é proveitosa a utilização de acessórios como o riper (ver Figura 13 Esq.) ou o martelo hidráulico (ver Figura 13 Dir.). Para trabalhos de demolição existe a cisalha para esmagar betão. No manuseio de materiais metálicos é útil a uso de tesoura ou íman. Existem ainda outros acessórios para diversos trabalhos, como o crivo para separação de inertes, acessórios para trabalhos florestais, cravação de estacas e compactação de solos.
Figura 13. Riper (Esq.); Martelo Hidráulico (Dir.)
Fonte: CALHAU, 2013
3.6.4. Miniescavadoras
Assim designadas comercialmente, são máquinas bastante ligeiras, ideais para pequenos trabalhos, que de outra forma, só poderiam ser executados recorrendo a ferramentas manuais. Normalmente montadas sobre rastos de borracha, as miniescavadoras podem ainda incorporar uma lâmina com dupla função, empurrar terras e estabilizar a máquina.
Algumas marcas comerciais utilizam esta designação para máquinas até 9 toneladas, outras reservam-na para equipamentos até aos 3500 kg. A norma ISO 6165:2012, no ponto 3.1.2, define escavadoras compactas como sendo aquelas com uma massa de operação menor que 6000 kg.
3.6.5. Escavadoras de Raio Compacto
Figura 14. MSRX; Vista lateral (Esq.); Vista superior (Dir.).
Fonte: CALHAU, 2013
Com essa designação comercial as giratórias de raio compacto são definidas no ponto 4.4.1 da norma ISO 6165:2012 como “MSRX” (minimal swing radius excavator) isto é: “escavadora projetada para espaços reduzidos que possuem uma estrutura superior com um raio de giração mais curto, girando dentro de 120% da largura do material rodante” (ver Figura 14). 
3.7. Caracterização e Classificação de Materiais de Escavação
Segundo Ricardo e Catalani: “a necessidade de se classificarem os materiais de escavação, provém do simples fato de que os mais resistentes, oferecem maior dificuldade ao desmonte,demandam emprego de um número maior de horas de equipamento ou obrigam ao seu uso de modo mais intensivo, gerando, obviamente, maiores custos de escavação”.
Para Greco os fatores que influenciam a escavação de um solo são o teor em umidade, vazios e tamanho e forma das partículas. Tendo também em conta propriedades como o peso específico e o empolamento.
3.7.1. Génese e Constituição
As rochas, sejam elas de origem ígnea, sedimentar ou metamórfica, estão sujeitas a processos físicos e químicos, resultantes do meteorismo. As rochas em processo de meteorização sofrem a ação do vento, água, gelo e temperatura, resultando na remoção de material adjacente e sobrejacente, transporte, diminuição das partículas e sedimentação, dando assim origem a uma camada de solo. 
Os solos podem por sua vez, dar origem a rochas sedimentares, quando sujeitos a pressões e temperatura que provocam a cimentação entre partículas, diagénese. Ou a rochas metamórficas, quando as pressões e temperaturas atingem valores extremos, metamorfismo. “Essas rochas podem por sua vez ser uma fonte de novos solos”. 
3.7.2. Solos
3.7.2.1. Dimensão das Partículas
As partículas de solo podem-se designar consoante a sua gama de dimensões (ver figura 15). Segundo Maranha das Neves as duas técnicas mais comuns para determinar a dimensão das partículas são a peneiração e a sedimentação, respetivamente, para partículas maiores que 0,06 mm ou inferiores a 0,02. A referência à análise granulométrica por peneiração, é por especificação LNEC E 196 ou E 239.
Figura 15. Gamas de dimensões
3.7.2.2. Classificação de Solos
Segundo Maranha das Neves a classificação de um solo pode ser feita com dois graus de aproximação diferentes. O primeiro, passa pela descrição do solo de forma expedita, quanto à dimensão das partículas visíveis, cor, moldagem (ver Quadro 1), entre outras.
O segundo método recorre a um sistema de classificação, que fornece regras para uma correta identificação de solos. Faz-se de seguida referência a um destes sistemas: Classificação Unificada de Solos, USCS (Unified Soil Classification System). De acordo com o referido autor a USCS tem uma aplicação generalizada e é o sistema predominantemente utilizado em Portugal. Esta tem por base a análise granulométrica e os limites de consistência. Recorrendo a símbolos (ver Quadro 2) para o grupo de dimensão de partículas, combinados com outros para descrever a graduação granulométrica, plasticidade e presença de matéria orgânica.
Quadro 1: Consistência de um solo
	Consistência
	Identificação
	Muito mole
	Extrusão entre os dedos
	Mole
	Facilmente moldável
	Firme
	Moldável apenas com grande pressão dos dedos
	Rija
	Não moldável com os dedos
	Muito rija
	Friável e muito duro
Fonte: CALHAU, 2013
Quadro 2: Símbolos para descrição de solos
	Designação
	Descrição
	Símbolo
	Dimensão das partículas
	Cascalho
	G
	
	Areia
	S
	
	Silte
	M
	
	Argila
	C
	Graduação
	Bem graduada
	W
	
	Mal graduada
	P
	Plasticidade
	Elevada
	H
	
	Baixa
	L
	Matéria orgânica
	
	O
Fonte: CALHAU, 2013
No Quadro 3 são feitas algumas considerações ao tipo de solo e à sua trabalhabilidade.
Quadro 3: Trabalhabilidade (+++ Excelente; ++ Boa; + Razoável; - Má).
	Solo
	Trabalhabilidade
	Solo
	Trabalhabilidade
	GW
	+++
	SC
	+
	GP
	++
	ML
	+
	GM
	++
	CL
	+/-
	GC
	++
	OL
	+
	SW
	+++
	MH
	-
	SP
	+
	CH
	-
	SM
	+
	OH
	-
Fonte: CALHAU, 2013
3.7.2.3. Rocha
A identificação e conhecimento das propriedades, das rochas e dos maciços rochosos permitem planear e avaliar métodos de desmonte e escavação. “Os critérios mais correntes de classificação do "material rocha" baseiam-se, na sua maioria, nos parâmetros módulo de elasticidade (E), resistência à compressão simples () e velocidade de propagação das ondas ultrassónicas ()”. Nos maciços rochosos é importante ter em conta o seu grau de alteração e a sua estrutura, podendo esta classificação ser baseada no método proposto pela ISRM (International Society Rock Mechanics). Este método estabelece ainda parâmetros, para uma análise expedita da qualidade da rocha e estimativa de resistência à compressão () (ver Quadro 4).
Quadro 4: Classificação ISRM.
	Grau
	Resistência
	(Mpa)
	Análise Expedita
	R6
	Extremamente elevada
	>250
	A rocha lasca depois de sucessivos golpes de martelo e ressoa quando batida
	R5
	Muito elevada
	100 – 250
	Requer muitos golpes de martelo para partir espécimes intactos de rocha
	R4
	Elevada
	50 – 100
	Pedaços pequenos de rocha seguros com a mão são partidos com um único golpe de martelo
	R3
	Mediana
	25 – 50
	Um golpe firme com o pico do martelo de geólogo faz identações até 5 mm; com a faca consegue-se raspar a superfície
	R2
	Baixa
	5 – 25
	Com a faca é possível cortar o material, mas este é demasiado duro para lhe dar a forma de provete para ensaio triaxial
	R1
	Muito baixa
	1 – 5
	O material desagrega-se com golpe firme do pico de martelo de geólogo
	R0
	Extremamente baixa
	0,25 – 1
	Consegue-se marcar com a unha
Fonte: CALHAU, 2013
3.7.2.4. Regras de medição
O documento de referência em Portugal é o “Curso sobre regras de medição na construção” editado pelo LNEC, na versão mais recente, datada de 2011. Este estabelece as regras gerais para as medições de movimento de terras. Distinguindo em rubricas diferentes, terraplanagens e movimento de terras para infraestruturas. De acordo com as condições de execução ou com os meios a utilizar na realização dos trabalhos. Refere também as informações do projeto, que devem ser referidas nas medições, relativas a:
“planimetria e altimetria;
natureza e hidrologia do terreno;
existência de redes de distribuição de águas, esgotos, eletricidade, telefones e gás ou outras instalações e quaisquer construções ou obstáculos que possam ser atingidos durante a execução dos trabalhos;
existência de terrenos infestados ou infetados;
e localização de construções na vizinhança do edifício que possam ser afetadas pelas escavações”.
Na medição dos trabalhos podem ser consideradas diferentes classes de terrenos, como indicado no Quadro 5. Os terrenos da Classe A, devido às suas características, não permitem o uso de escavadoras com balde de escavação nos trabalhos de escavação/desmonte destes materiais, estando a utilização destes equipamentos restrita aos terrenos das Classes B, C e D.
Quadro 5: Classes de terreno.
	Classe de terreno
	Características
	Materiais
	Classe A
	Terrenos cujo desmonte só é possível por meio de guilho, martelo pneumático ou explosivos.
	Rochas duras e sãs, rochas pouco duras ou medianamente alteradas e, eventualmente, solos coerentes rijos.
	Classe B
	Terrenos cuja escavação pode ser executada com picareta ou com meios mecânicos.
	Rochas brandas ou muito alteradas, solos coerentes rijos, solos coerentes muito duros e, eventualmente, solos coerentes duros e misturas areia-seixo bem graduadas e compactas. 
	Classe C
	Terrenos que podem ser escavados à picareta, à enxada ou por meios mecânicos.
	Solos coerentes duros, solos coerentes de consistência média, areias e misturas areia-seixo bem graduadas e compactas e, eventualmente, areias uniformes compactas, turfas e depósitos turfosos, aterros e entulhos
	Classe D
	Terrenos facilmente escavados à pá, à enxada ou por meios mecânicos.
	Areias e misturas areia-seixo bem graduadas mas soltas, areias uniformes compactas, areia uniformes soltas, solos coerentes moles, solos coerentes muito moles, lodos, turfas e depósitos turfosos, aterros e entulhos.
Fonte: CALHAU, 2013.
3.8. Carregamento
O processo de carregamento consiste no enchimento da caçamba do material de desagregação, ou seja, que já sofreu o processo de desmonte, esse processo de carregamento deve ser efetuado pela lateral ou traseira do equipamento de transporte, sendo carregado um equipamento por vez (RICARDO e CATALANI, 2007).
Os equipamentos mais utilizados para as operações de carregamentosão: escavadeiras a cabo, escavadeiras hidráulicas, retroescavadeiras hidráulicas, carregadeiras sobre pneus ou esteira, moto scrapers, dragas (BORGES, 2013).
O processo de carregamento de alguns equipamentos funciona da seguinte maneira. Conforme demonstra na figura 16.
Carregadeiras: é constituído de quatro movimentos: deslocamento para frente e carregamento da caçamba, deslocamento para trás, deslocamento para frente até o veículo e descarga, e por último o retorno vazio.
Escavadeiras: enchimento da caçamba, giro carregado, descarga no equipamento de transporte e giro vazio.
Figura 16. Fluxo no processo de carregamento
Fonte: Lopes (2010)
É importante tomar alguns cuidados para otimizar os equipamentos de carregamento como:
Dimensionamento correto da caçamba;
Condições das bancadas, incluindo a altura correta para o equipamento de carregamento;
Boa fragmentação: possibilidade de trabalhar com ciclos e cargas constantes;
Praça em boas condições de trabalho.
3.9. Equipamentos para Transporte
3.9.1. Considerações Gerais
A operação de transporte consiste em transportar o material extraído da jazida, que normalmente é executado por meio de perfuração e desmonte por explosivos ou mecanicamente (tratores, escavadeiras ou carregadeiras, dependendo da resistência do material), o qual se direciona até diferentes pontos de descarga (britador, pilha pulmão, pilha de estéril).
A fase de transporte inicia quando os caminhões são direcionados até uma determinada frente de lavra, de forma que, os equipamentos de carga, que estão ali operando, retiram o material e posteriormente carregam os caminhões (QUEVEDO, 2009). A figura 17 caracteriza o movimento de caminhões nas operações de carregamento e transporte.
Figura 17. Fluxo do processo de carregamento e transporte
 Fonte: Quevedo (2009)
Deve-se considerar que para garantir a produtividade dos equipamentos de transporte, é necessário mantê-los sempre em produção, evitando filas e ociosidade. Para evitar a ocorrência desses fatos, torna-se importante que se tenha um bom dimensionamento das frotas dos caminhões e da capacidade de transporte, assim podendo otimizar o processo (FERREIRA, 2013).
3.9.2. Classificação
Uma classificação segundo o procedimento empregado, permite dizer que o transporte horizontal pode ser feito através de um meio manual ou mecanizado.
Meio manual, pode ser subdividido em função da ferramenta ou dispositivo empregado, conforme segue:
Alavanca – para mover blocos, toras de madeira;
Barras – para mover postes, vigas de madeira e metálicas;
Rolos – para movimentação de blocos, máquinas;
Padiolas – para transporte de pedras, sacarias, caixas;
Carrinhos de mão – para uso geral;
Galeotas – para cargas como materiais argilosos ou granulares;
Vagonetes – para materiais de escavação em tuneis e galerias.
Meio mecanizado:
a) Caminhões comuns
carroceria fixa;
basculantes.
b) Caminhões especiais
fora de estrada;
tanques de água (pipa);
distribuidores de asfalto;
multi-caçambas;
transporte de cimento à granel;
betoneira;
pranchas ou carretas.
3.9.3. Caminhões Comuns
Os caminhões comuns têm a permissão de trafegar nas rodovias, estradas e ruas urbanas. Estão, no entanto, sujeitos a determinadas restrições com respeito às suas dimensões, como comprimento, largura e altura e a respeito da carga transmitida ao solo, são maiores ainda, as exigências. Em casos especiais e com autorização especial de trânsito (AET) expedida pelo DNIT e Departamentos de Estradas de Rodagem estaduais, os limites legais podem ser ultrapassados, sob determinadas condições.
Todos os países têm suas leis de trânsito visando a manter uma disciplina de trânsito, a segurança viária e evitar a destruição precoce dos pavimentos com o tráfego de veículos excessivamente pesados.
No Brasil, o conjunto de normas que fixam os valores e medidas máximas tem denominação popular de Lei da Balança, regulamentada pelo Conselho Nacional do Trânsito – CONTRAN e oficializada pelo Decreto Lei nº 98.933, de 7 de fevereiro de 1990.
Quando há necessidade de ser transportada uma carga com dimensões superiores às estabelecidas no código de trânsito, o veículo transportador deve ser acompanhado por veículos de apoio (batedores), além de ser necessária Autorização Especial de Trânsito, a AET.
O mesmo ocorre quando é movimentada uma carga com peso superior ao limite, carga que exigirá uma carreta especial com elevado número de rodas, isto com vistas à segurança do pavimento e obras de arte (pontes e viadutos).
a) Caminhões comuns de carroceria fixa: São caminhões convencionais, de chassis longo, aos quais foi adaptada uma plataforma de madeira de lei dotada de tampas (grades), móveis de madeira ou metálicas nas laterais e na traseira. Essas tampas, durante o transporte, ficam engatadas entre si.
Esses caminhões têm seu uso indicado para transporte de carga geral, como sacos de aglomerantes, tubos de concreto, tijolos, tabus, pranchas e outros materiais de construção. Fig. 18.
Figura 18. Caminhão comum de carroceria fixa.
Fonte: JAWORSKI, 1997
b) Caminhões basculantes: Os caminhões basculantes se diferenciam dos caminhões comuns devido à necessidade que têm de possuírem um chassi mais curto, mais reforçado e de possuírem uma tomada de força acoplada ao sistema de transmissão a qual é acionada da própria cabine. A tomada de força irá movimentar uma bomba de óleo que acionará os êmbolos hidráulicos do sistema de levantamento da caçamba.
Os caminhões basculantes podem ser classificados em dois grupos:
1) Basculantes para pedras;
2) Basculantes para britas, areias e argilas.
Os basculantes para pedras têm uma caçamba metálica feita com chapas grossas, bem como, chapas perfiladas de reforço, não possuindo tampa traseira. A existência de uma tampa traseira seria imprópria, pois o impacto das pedras, no ato da descarga, danificá-la-ia. Fig.19.
Figura 19. Caçamba para basculante de pedras.
Fonte: JAWORSKI, 1997
Os basculantes para materiais granulares e argilas, possuem uma tampa traseira de abertura e fechamento automático. Fig. 20.
Figura 20. Caminhão basculante com caçamba para materiais granulares e argila.
Fonte: JAWORSKI, 1997
As caçambas possuem nas suas bordas superiores a laterais, encaixes para colocação de tábuas de madeira com espessura em torno de 5,0 cm (2”). Essas tábuas são denominadas de sobre-laterais de madeira e têm duas funções:
a) Receber e absorver os impactos produzidos pela caçamba das unidades de carregamento (se houver);
b) Proporcionar um aumento da capacidade volumétrica do próprio caminhão, quando se trabalhar com materiais de menor densidade.
Outra característica que devem ter as caçambas é de possuírem os seus cantos internos arredondados, pois com essa configuração é evitado o acumulo de material argiloso úmido, no seu interior. O material assim acumulado reduziria a capacidade de transporte e provocaria, com o tempo, corrosão metálica. 
Outra parte imprescindível da caçamba é o protetor de cabine, necessário quando o carregamento é feito por pás carregadeiras ou pás mecânicas que têm pelas suas características dificuldade para o direcionamento do material durante o despejo sobre o caminhão. Sendo assim, esse protetor, fundamental para garantir a segurança do operador do caminhão que permanece no interior da cabine.
Os sistemas hidráulicos usados nos caminhões basculantes podem ser de dois tipos: o de alta pressão ou o de baixa pressão.
Os conjuntos de alta pressão, de um modo geral, são mais leves que seus congêneres de baixa pressão, para uma mesma carga de operação, porém são mais sujeitos a vazamentos de óleo em suas buchas, caso as hastes dos êmbolos tenham sido riscadas pelo uso.
a) Caminhões basculantes fora de estrada: Têm essa denominação devido ao fato de não necessitarem de estradas para o seu deslocamento, pois possuem rodas de grande diâmetro, largas e pneus de baixa pressão que oferecem maior área de distribuição das cargas sobre o apoio. As dimensões desses caminhões são superiores às permitidaspara tráfego normal em vias de rodagem. Alguns operam com cargas da ordem de 100,0 toneladas.
Trabalham com velocidades que podem atingir a 60 km/h. em vista da elevada carga que podem transportar, dispõe de freios potentes, acionados a ar comprimido. A caçamba desses caminhões é do tipo específico para minérios, muito reforçada, tendo em alguns modelos, o fundo em forma de “V”, construído assim para baixar o centro de gravidade do conjunto carga-caminhão e reduzir o impacto de rochas, durante o carregamento. Fig. 21.
Figura 21. Caminhão basculante “fora de estrada”.
Fonte: Google imagens
b) Caminhões tanque: Quando sobre um chassi de um caminhão comum é acoplado um tanque ou reservatório, obtém-se uma unidade que pode transportar materiais líquidos. Conforme a natureza do líquido, são construídos reservatórios apropriados, com dispositivos de carga, descarga, de segurança e outros.
c) Caminhões de espargimento de asfalto: Os princípios de espargimento de asfalto são semelhantes aos de irrigação de água, como o controle de velocidade do caminhão, o controle da vazão de descarga e outros. Nesses caminhos de espargimento, uma grande atenção tem que ser dada à velocidade da bomba, de alimentação da barra de irrigação.
Outros dispositivos que possuem os caminhões de espargimento de asfalto são os maçaricos, os quais proporcionam o aquecimento que visam manter a temperatura e em consequência, a viscosidade do asfalto no ponto adequado.
d) Caminhões multi-caçambas: Podem ter outra denominação como poli-caçambas, são assim designadas pelo fato de utilizarem várias caçambas, as quais uma a uma posem ser transportadas pelo veículo.
As caçambas depositadas no canteiro de serviço são preenchidas manualmente com auxílio de carrinhos de mão e quando totalmente carregadas é avisado o motorista do caminhão par proceder sua remoção. O caminhão ao buscar a caçamba carregada deposita outra vazia no local, desse modo com o emprego de uma única unidade de transporte, pode ser feito o atendimento de inúmeras caçambas durante o dia.
O implemento colocado no caminhão corresponde a uma armação em forma de “U” invertido que tem um movimento de sua articulação, feita com um mecanismo hidráulico para o levantamento e deposição da caçamba e possibilita essa armação um movimento basculante na descarga, com auxílio de correntes e ganchos.
O uso dessas unidades se faz presente na remoção de detritis sólidos, em obras de construção. Fig.22.
Figura 22. Caminhão multi-caçamba ou poli-caçamba
Fonte: JAWORSKI, 1997
e) Caminhões de transporte de cimento à granel: Nas construções de grandes obras de engenharia (barragens, por exemplo) e quando é muito grande o consumo de cimento, é conveniente o emprego de caminhões que façam o transporte do cimento à granel.
O caminhão transportador possui um tanque metálico que pode ser fechado hermeticamente, sendo preenchido com o cimento em pó, carregado diretamente na fábrica. A descarga do cimento desse caminhão se faz com o auxílio de ar comprimido, sendo levado através de condutos e mangueiras até os silos de depósito.
f) Caminhões betoneira: Transportam o concreto fresco, manufaturado em centrais, diretamente para a obra. Com seu emprego não há necessidade de usar uma área no canteiro de serviço, para o armazenamento de aglomerantes e agregados e para o preparo do concreto.
Essas unidades de transporte se parecem com uma betoneira de grande porte, de eixo inclinado, adaptada a um chassi de caminhão.
A rotação lenta que se observa quando essas unidades estão carregadas de cimento, não corresponde ao movimento necessário à mistura do concreto e sim a um movimento dado ao tambor, para evitar que os materiais segreguem. No retorno vazio, esse movimento auxilia a lavagem do tambor. Dispõe esses caminhões, de um reservatório de água com dispositivo de controle de volume (dosador).
A água é lançada dentro do tambor, na quantidade requerida pelo fator água/cimento (A/C) somente, no local de descarga, quando então se processa a mistura, empregando-se uma rotação mais enérgica.
Associados aos caminhões betoneira, estão sendo usados os caminhões com bombas de recalque de concreto que através de tubulações e mangueiras, levam o concreto fresco até o local de concretagem. A Figura 23 apresenta uma usina de concreto e um caminhão betoneira.
Figura 23. Usina de concreto e caminhão betoneira
Fonte: JAWORSKI, 1997
g) Carretas ou pranchas (trailers): Unidades usadas no transporte de inúmeros equipamentos descritos deste trabalho, como tratores, pás de esteiras, pás mecânicas, rolos compactadores, britadores e outros.
O conjunto de um cavalo mecânico associado a uma prancha ou carreta, caracteriza esse tipo de equipamento. Podem ser de pequeno porte e de grande porte. As de grande porte podem dispor de dezenas de eixos com até centenas de rodas.
No transporte de grandes cargas ou de cargas com dimensões superiores às fixadas pela legislação pertinente, necessitam de licença especial das autoridades competentes.
A Figura 24 mostra uma prancha com 16 rodas em seus eixos traseiros.
Figura 24. Carreta ou prancha rodoviária de 16 rodas.
Fonte: JAWORSKI, 1997
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Levando em consideração os diferentes tipos de equipamentos de escavação e transporte oferecidos para as obras civis, ao analisar suas características, nota-se que não existe um método que possa ser adequado para todos os tipos de situações. Portanto, o sistema de escavação e transporte deve ser aquele que mais se adequa às suas condições técnicas e econômicas de cada caso.
Também nota-se que quando analisado os critérios de seleção e as características dos equipamentos apresentados, percebe-se que cada um tem sua especificidade, fazendo com que não exista um único método correto e adequado para todas as situações, logo a seleção dos equipamentos deve ser feita de modo correto para se trabalhar no melhor cenário possível. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BORGES, T. C. Análise dos custos operacionais de produção no dimensionamento de frotas de carregamento e transporte em mineração. 2013. 103 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2013. Disponível em: <http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3411/1/DISSERTAÇÃO_ AnáliseCustoOperacionais.pdf>. Acesso em: 28 novembro de 2018.
CALHAU, F. E. C. Apoio à Decisão na Seleção de Equipamentos de Escavação. Dissertação (Mestrado). Instituto Superior Técnico de Lisboa, 2013. Disponível em: <https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/395145463845/Apoio%20%C3%A0%20Decis%C3%A3o%20na%20Sele%C3%A7%C3%A3o%20de%20Equipamentos%20de%20Escava%C3%A7%C3%A3o.pdf>. Acesso em; 28 novembro de 2018. 
FERREIRA, Leonardo Assis. ESCAVAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE MINAS A CÉU ABERTO. 2013. 118 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Juiz de Fora Faculdade de Engenharia da Ufjf, Juiz de Fora, 2013. Disponível em: http://www.ufjf.br/engenhariacivil/files/2012/10/ESCAVAÇÃO-E-EXPLORAÇÃO-DE-MINAS-A-CÉU-ABERTO.pdf>. Acesso em: 28 novembro 2018.
JAWORSKI, T. EQUIPAMENTOS PARA ESCAVAÇÃO – COMPACTAÇÃO E TRANSPORTE. 1997. 124 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal de Paraná, Curitiba, 1997. Disponível em: <http://www.dtt.ufpr.br/Equipamentos/Arquivos/Apostila de Equipamentos Digitalizada_Tadeo_Jaworski.pdf>. Acesso em: 28 novembro 2018.
LOPES, J. R. Viabilização técnica e econômica da lavra contínua de minério de ferro com o uso de sistema de britagem móvel “in pit” auto-propelido. 2010. 90 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia de Minas, Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2010. Disponível em: <http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2665/1/DISSERTAÇÃO_ViabilizaçãoTécnicaEconômica.pdf>. Acesso em: 28 novembro de 2018.
QUEVEDO, J. M. G.; DIALLO, M.; LUSTOSA, L. J. Modelo de simulação para o sistema de carregamento e transporte em mina a céu aberto. Pontifícia Universidade 97 Católica do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado.Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. 2009.
RICARDO, H. S.; CATALANI, G. Manual prático de escavação: terraplanagem e escavação de rocha. 3. ed. São Paulo. Editora Pini, 2007.
ANEXOS
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO
CAMPUS AFOGADOS DA INGAZEIRA - CURSO TÉCNICO EM SANEAMENTO 
DISCIPLINA: MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS – IV PERÍODO SUBSEQUENTE – 2018.2 
DOCENTE: CARLOS EDUARDO CABRAL RODRIGUES
DISCENTES: CARLA VANESSA DOS SANTOS SILVA
EXERCÍCIO E RESOLUÇÕES
Conceitue o que são equipamentos de escavação, e cite alguns dos tipos de escavações?
As escavadeiras são maquinas de escavação que trabalham estacionadas, isto é, realizando o enchimento de sua caçamba ou concha sem a necessidade de se deslocar do local, portanto sua estrutura se destina apenas a permitir o deslocamento, sem, contudo, participar do ciclo de trabalho, podendo ser montada sobre trilhos, esteiras e rodas. Já sobre os tipos de escavações temos: Escavação a toda a largura, escavação em sulco ou regueira, escavações de poços, escavação em galeria, escavação em terreno rochoso, dentre outros. 
As máquinas escavocarregadoras executam, em sequência, a escavação e carga do material escavado, devendo o transporte, a descarga e o espalhamento serem realizados com equipamentos diferentes.
 ( ) Certo (X) Errado
Para a execução do movimento de terras, um equipamento básico como o trator de esteiras pode sofrer uma modificação através da instalação de uma lâmina escavadeira. Neste caso, passa a ser uma unidade do tipo
a) escavocarregadora.
b) escavotransportadora.
c) escavoempurradora.
d) retroescavadora.
e) aplainadora.
A topografia local, a natureza do material a ser es- cavado, o regime de precipitação pluviométrica são fatores a serem considerados na seleção de equipamentos de terraplenagem, sendo os elementos citados classificados como fatores:
a) Naturais.
b) De preservação ambiental.
c) Cronológicos.
d) Econômicos.
e) De projeto.
Classifique o meio manual e mecanizado do transporte horizontal? 
O meio manual, pode ser subdividido em função da ferramenta ou dispositivo empregado, como alavanca; barras; rolos; padiolas; carrinhos de mão. Já o meio mecanizado, tem desde de caminhões comuns (carroceria fixa e basculantes) a caminhões especiais, como o: fora de estrada; tanques de água (pipa); distribuidores de asfalto; multi-caçambas; transporte de cimento à granel; betoneira; pranchas ou carretas.

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