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Disciplina: Metodologia Jurídica (DIR 3044‐C) Professor: Marcus Paulo Rycembel Boeira " 14/04/2015 Sergio Somenzi Junior 1. O método das Ciências da Natureza (Leis da Natureza + Certeza dos Resultados da Pesquisa) extrapolou os limites dessas ciências e se projetou para as ciências sociais. 2. No sec. XVII, a origem das Ciências Sociais identificou analogamente Sociedade e Natureza. 3. Método dialético-histórico: Marx. Marx constrói o método dialético-histórico. É da relação entre o valor e o trabalho que nascem as constatações histórico-dialéticas das relações humanas, tecido que fornece as bases para a econômica politica, ciência das ciências. Valor Trabalho - O homem se objetiva no produto do seu trabalho. 4. Método Positivista: Augusto Conte. Para Augusto Conte a fase Cientifica é uma etapa de superação das fases Metafísica e Teológica. Ele toma a ciência e a verificação empírica que lhe é correspondente como método e a previsão dos comportamentos sociais como resultado. 5. Método da Investigação Social: Durkheim Durkheim expõe a Teoria do Fato Social na qual o método de Investigação social é um meio de explicar o sentido da participação dos indivíduos na estrutura social. Deve partir de uma comparação entre solidariedade mecânica e solidariedade orgânica. 6. Método Analítico Descritivo: Weber Parte da observação da prática social e não da teoria social e impõe um tipo de método social, dividido em duas etapas: 1ª Etapa: Responsabilidade Vocacional do Sociólogo em descrever analiticamente as relações de causalidade dos fenômenos social. 2ª Etapa: Separação didática entre caso central e casos periféricos para facilitar o entendimento e a descrição analítica. 7. Método da Compreensão: Dilthey A distinção entre o método das ciências naturais e o método das ciências humanas está no modo de raciocinar: Ciências Naturais x Ciências Humanas Conhecer x Compreender tem tudo para ser questão de prova Obs. Empírica x Busca de Sentido. Compreender é um esforço hermenêutico (interpretar) de buscar o sentido. Método trabalha com raciocínio, não com objetos. 8. As três Metodologias Sociológicas Atuais I - Estudo de Coisas: “Estado de Fatos”; II - Raciocínio logico-analítico; III – História. 9. Método do Estudo de Coisas: Ponto de partida é a relação entre pessoas e objetos. Os objetos provocam apetites, escolhas e/ou decisões nos seres humanos. O indivíduo possui três disposições referentes a tais provocações vinda dos objetos: vontade, escolha e/ou decisões. Essas três disposições são articuláveis, mas não são articulas (interligadas) necessariamente. (ver item 12) 10. Método do Raciocínio logico-analítico O método parte do raciocínio diferenciando três tipos: - Rac. Teórico – Buscar a Essência; - Rac. Prático – Como Agir; - Rac. Técnico – como fazer. Disciplina: Metodologia Jurídica (DIR 3044‐C) Professor: Marcus Paulo Rycembel Boeira ) 14/04/2015 , pois procura investigar as partes componíveis da ação humana: Meios; Fins; Objeto. A incidência, por exemplo, das normas jurídicas sobre sociedade ocorre quando as proposições normativas incidem sobre as partes. 11. Método Histórico O grau de confiabilidade do estudo da História depende do tipo de fonte utilizada (1ª ou 2ª). Fontes Primárias: Princípio do método de investigação histórica. a) Fontes Primárias Escritas - Fornece Confiança Absoluta. b) Tradição Oral - Precisa haver confiança na Sociedade; É o modo como usos e costumes passar de geração para geração. Pressupõe um alto nível de confiança intergeracional. Fontes Secundárias - Parte das Fontes Primárias e serve como linguagem de fundo explicativa da história. Suas funções são: a) Explicar a historia (ex. Livros de Hist. do Ensino Médio.); b) Interpretação de fontes primárias; c) Conexão de fontes. 12. A Negação de Dilthey da metodologia do Estudo de Coisas (item 9) Dilthey não reconhece a metodologia do Estado de Coisas, porque há certas coisas que são difíceis delimitar. Por exemplo, o indivíduo, por ser um organismo físico-psíquico. Ex. Uso do Instinto Humano é físico ou psíquico? O instinto e outras faculdades usam as duas dimensões. Por isso ele nega essa metodologia, pois não concebe divisão exata entre social e natural. 13. Direito Romano O direito para os romanos era um meio de concretização de uma ordem entendida como a forma ideal da cidade. A palavra direito vem do latim “Derectum” que significa direção. Como representação da ordem o direito arbitra (julga) os conflitos sociais dirigindo a sociedade para a sua forma ideal. Para tanto traz tês exigências a partir do conceito de Ulpiano: a) Vida Honesta: Ordenação dos própios atos do indivíduo b) Não causar danos aos outros: reconhecer os outros como sujeito de direitos. c) Dar a cada um aquilo que é seu: Conferir aos outros aquilo que é devido segundo o direito (ex. contrato de compra e venda que foi acordado a entrega de um bem por um $). 14. Direito Romano – Distinção entre o âmbito da ação e da exceção No âmbito da ação situa-se o direito como instrumento de ordenação social. A concreção da decisão jurídica está conectada a execução, isto é, um fundamento do motivo de uma decisão tomada por um juiz (iuris-prudenti) que reestabelece a ordem atingida e ao mesmo tempo cria uma instituição do direito civil (ciência do direito = iuris prudentia). O magistrado (magister = juiz ou prefessor) constrói o direito porque cumpre as três exigências de Ulpiano estando apto a dizer se uma coisa é pertinente ao direito (Res Iudicata) ou irrelevante ao direito (exceptio). O âmbito da exceção refere-se aos Fatos Sociais excetuados pelo direito (terceira coluna), os quais não dizem respeito ao direito. GERAL ACTIO (ação) – Coisa Julgável (Res Iudicata)– Relação Sujeita ao direito. “EXCEPTIO” (exceção) PARTICULAR JURÍDICO – Ordem Atacada – Executio (execução) SOCIAL – Fatos sociais sem relevância para o direito. Disciplina: Metodologia Jurídica (DIR 3044‐C) Professor: Marcus Paulo Rycembel Boeira * 14/04/2015 15. Qual é o método do Direito Romano? Um prudente que possui a responsabilidade de dirigir a sociedade visando uma ordem. Juiz e ordem. 16. Influencia do DireitoRomano após queda de Roma SISTEMA FONTE DO SISTEMA EVOLUÇÃO COMMOM LAW COSTUME PARLAMENTO ROMANO GERMÂNICO LEI JUDICIÁRIO 17. Sucessão do Direito Romano com a queda do Império Romano no Ocidente 1. A continuação do Império em Bizâncio com o correspondente Corpus Iuris Civilis: a unificação sistemática do conjunto das fontes do direito romano. 2. No ocidente a dissolução da unidade do império foi sucedida pela multiplicidade de comunidades políticas locais, cada qual com sua cultura e seu direito. Em cada comunidade dessas surgiram Instituições voltadas para dois objetivos: a) Criação e preservação do direito local (“Lex Barbarorum”); Nascem as Instituições de direito para garantir a ordem, paz interna. b) Preservação da existência da própria comunidade buscando segurança externa: Nascem as Intuições Políticas para garantir a segurança externa. REI COMUNIDADE MEDIEVAL INSTITUIÇÕES JURÍDICAS (de direito) INSTITUIÇÕES POLÍTICAS (de Poder) PAZ INTERNA SEGURANÇA EXTERNA ORDEM INTERNA ORDEM EXTERNA RESOLUÇÕES DE CONFLITO RESISTÊNCIA À GUERRA 18. Surgimento dos Parlamentos Entre sec. XI e XVI nascem e se desenvolvem os Parlamentos (cortes) com o objetivo de representar a sociedade e colher para si prerrogativas atinentes às instituições jurídicas e politicas do rei. Tanto na Inglaterra como no continente esse movimento produziu um fortalecimento do parlamento como Instituição. A sociedade passou a adquirir prerrogativas jurídicas e politicas para a preservação e expansão das liberdades civis e politicas. Enquanto o parlamento anglo saxônico continuou o seu poder para além do séc. XVI e XVII no continente ele sofreu uma reação do poder régio que culminou no nascimento do Estado Moderno. 19. Qual é o método do direito no direito Anglo-saxônico? É o próprio fundamento moral. No sistema de Common Law o método do direito (os limites do objeto do direito) é o seu fundamento moral, entende-se “moral” não como uma doutrina ética rígida, mas como um conjunto dos costumes sociais expressos no censo comum. 20. Diferenças entre Parlamentos Continentais e da Inglaterra Disciplina: Metodologia Jurídica (DIR 3044‐C) Professor: Marcus Paulo Rycembel Boeira + 14/04/2015 Os Parlamentos Continentais atuaram como órgão de representação absoluta da sociedade e, assim, dividido em classes. O número de conflitos existente no contexto continental levou a busca por certeza e segurança nas relações sociais. Essa busca levou o parlamento a transformar antigos costumes e práticas em Leis Fundamentais do reino. 21. A noção histórica de Lei Seus primeiros passos foram dados no direito romano, a partir do digesto foi possível constatar uma determinada Estrutura composta das seguintes partes: a) Regras estabelecendo Medidas de comportamento. b) Interpretações possíveis dessas regras adaptando-as a diferentes circustâncias. 22. A Interpretação das Leis Início nas Universidades Italianas, sendo feitas pelos estudantes que estabeleciam interpretações do digesto como se fossem ficticiamente interpretes de leis. Posteriormente os tribunais assumiram a atividade de interpretá-las. 23. Direito no Continente: A busca por Segurança No modelo continental o direito passa a ser visto não mais como um conjunto de práticas difusas na história da sociedade (como é no Common Law), mas como um sistema de Regras articuladas de maneira lógica buscando dar segurana em sentido absoluto. 24. Diferenças entre Common Law e Sistema Romano Germânico Common Law Diferenças quanto ao Sistema Romano Germânico Senso Comum Método Lei Consenso > Conflito Sociedade Conflito > Consenso História das Instituições. Direito Sistema de Leis (regras) Atos são remédios. Atos Jurídicos Lei é um ato de prevenção Empirismo Filosofia Racionalista Common Law Diferenças quanto ao Sistema Romano Germânico Senso Comum Método Lei Consenso > Conflito Sociedade Conflito > Consenso Identifica‐se com a própria História das Instituições do Reino e assim com práticas sociais consolidadas no tempo. Direito Sistema de Leis (regras) Atos são remédios que conformam as relações humanas. Isso decorre dos atos serem frutos dos precedentes que são posteriores aos costumes. Atos Juridicos Lei é um ato de prevenção; anterior ao fato. Empirismo: A prática antecede os Atos Jurídicos. Filosofia Racionalista: O legislador com crença que pode fazer um sistema que abarque todas as possibilidades do comportamento humano.
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