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Resenha relacionada ao Poder Judiciario e DFs

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Disciplina: Direito Constitucional II 						
Docente: Fahd Medeiros Awad
Acadêmico: Jean Oliveira Lopes
Poder judiciário e as políticas públicas visando à concretização dos DFs.
 	Tendo em vista que os poderes Legislativo e Executivo não cumprem devidamente com suas funções relacionadas à materialização das leis na qual versam sobre Direitos Fundamentais acabam por redundar na crise de confiança e legitimidade depositada pela sociedade nestes pilares. Dessa maneira, influências relacionadas a superação do Estado Social junto do Poder Público, condizem com a intervenção econômica e o exercício direto através de políticas estatais prestativas em diversas áreas, tais como, saúde, educação e habitação, ressalvando o valor da equidade entre todos nós. Por conseguinte, com perda tão grande do Estado Liberal, sem hipótese alguma nos dias atuais acabam se afastando de exigências como agir estatal para assegurar dignidade de vida à expressiva parte da sociedade de nosso país.
	Entretanto, levanta-se a capacidade do Poder Judiciário estar em uma posição real, sendo assim a balança dos adversos poderes vem assumindo além da clássica função de amparar erros, o encargo de controlar e juntar políticas estatais em face ao estagna dos Poderes Legislativo e Executivo. Segundo nossa Constituição Federal, tal fundamento como o da legitimidade Artigo 5º e 37º da mesma, existe um novo seguimento no Poder Judiciário que vem sendo constituído no âmbito do caráter social e democrático da União. Bem como, princípio da intangibilidade no que diz respeito aos mesmos que prezam os Direitos Fundamentais. Dentro do contexto, coloca-se dessa maneira igualmente aos majoritários não cabendo somente defender formalmente os ditames do Direito, mas, sendo assim possibilitam para que as condições destes indivíduos sejam palpáveis e consigam delas usufruir.
	Dessa maneira a maior totalidade da atuação no Poder Judiciário demonstra que com mais clareza e politização o magistrado talvez seja onerosamente correto a esse cargo, em que melhor se compreenda a afinidade e tributo através do pensamento do autor “Peter Häberle”, inovador da teoria dentro da Hermenêutica Constitucional, em plena harmonia, através da sociedade pluralista e aberta. Dentro do contexto, entende-se o essencial aprimoramento que deve ser servido através do Poder Judiciário meramente justo, na aplicação das mesmas políticas estatais planejadas com a ajuda da sociedade. 
	Aos majoritários cabe a ordem de sujeitar-se aos demais poderes, as organizações políticas estatais na qual contemplam os Direitos Fundamentais. Desse modo será realizado quando o Poder Legislativo e o Executivo dessa maneira não o representem sob iniciativa privada. Não havendo nenhuma pessoa acima do Ministério Público para provocar atuação judicial e para contribuir com a melhor escolha política a ser concebida. 
	Na plenitude dos fatos não existe possibilidade de se implementar uma organização e o acréscimo de políticas estatais sem a necessidade de uma calamidade, insurgência, ou até mesmo um conjunto de fatores e pessoas que se unem e servem de pilar para União. Em virtude disso, os mesmos sujeitos limitavam-se aos conselhos responsáveis pela administração dos fóruns populares, onde os cidadãos que participam das audiências públicas ou polêmicas acerca do orçamento estatal, entre diversos órgãos ou entidades da população civil. A imagem do Ministério Público vem lentamente se vislumbrando entre o meio desse processo. No que assenta com a realidade, a representação da promotoria, abrange a todas às políticas estatais revelando-se como algo atual dentro de nossa República.
	A marcante extensão do papel estatal do Ministério Público, advém a partir da edição atual de nossa Constituição Federal de 1988. Sendo assim a representação da ação Penal Pública dentre outros ditames elencados na Constituição Federal em seu Artigo. 129º (Funções Institucionais), cabendo ao M.P delegar o encargo de defesa, da harmonia jurídica, em seu regime e interesses da ordem que se expande coletivamente e individualmente. Sendo assim responsabilizou-se, pelo zelo da saúde, educação, cultura, segurança pública, meio ambiente, ordem urbanística, dentre outras relações, tais como outros interesses de natureza em comum. Por não integrar as estruturas dos três poderes, o Ministério Público exerce as suas funções com completa independência e harmonia, assumindo posição indispensável na implementação e controle de políticas públicas. Por via de medidas extrajudiciais, como a coleta de informações, apuração de ilícitos administrativos, notificações dos responsáveis para que tomem as devidas providências, instaurações de inquérito civil, estabelecimento de compromisso de ajustamento de conduta, interlocução com agentes sociais e convocação de audiências públicas, poderá contribuir com expressivo êxito para a defesa do patrimônio público, da moralidade administrativa e dos Direitos Fundamentais. 
	Apesar das interações entre a sociedade civil e o Ministério Público com o Poder Legislativo e Executivo, não sendo rara as respostas às demandas sociais deixando muito a desejar. Na medida em que isso ocorre, outro organismo também é forçado a intervir no processo de formação de políticas públicas: o Poder Judiciário. 
	A tendência de utilizar uma via judiciária, tradicionalmente visa dirimir disputas privadas. Como instrumento para articular demandas políticas, para modificar e implementar políticas públicas, é um fenômeno um tanto recente. Nesse sentido, os autores italianos, visualizam a atual propensão à transferência para a arena judiciária das demandas que não encontram assento em outras sedes, na qual obtiveram respostas negativas, cujo objetivo consistia em fazer valer os direitos ou apenas firmar novas pretensões de natureza coletiva ou difusa. 
	Tratando-se da judicialização de políticas públicas exigidas em face da Administração, a capacidade dos magistrados em fornecer boas respostas ao propositor da ação revela-se um tanto delicada. Na verdade, o autor da ação procura o Judiciário na expectativa do que lhe seja deferido o pedido. Por outro lado, a parte ré sempre poderá contar com o argumento dentro do que é possível, da discricionariedade administrativa e da incontornável quebra da independência entre os poderes resultantes da intervenção do juiz em questões relativas as políticas públicas.
	De resto, quanto mais abrangente conduzir a capacidade do Poder Judiciário em fornecer respostas satisfatórias as mesmas demandas, em proporções equivalentes, sucederão a procura pela intervenção judiciária. Além disso, sem a existência de um Judiciário independente, muitas reivindicações de fóruns populares e conselhos gestores, através dos objetivos institucionais do MP, restariam apenas a devida guarida. De outro lado, pesquisas jurisprudenciais demonstram a relutância dos tribunais em julgar procedentes demandas atinentes as políticas públicas por considerarem que o deferimento do pedido redundaria no ferimento ao princípio da separação dos poderes e invadiria a seara da discricionariedade administrativa.

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