Buscar

Integrações Latino Americanas

Prévia do material em texto

Integrações Latino Americanas
1960: Tratado de Montevideo: 
1ª grande tentativa de integração na América Latina_ONU
Associação Latino-americana de livre comércio (ALALC)
CEPAL: posições econômicas heterodoxas
Deterioração dos termos de troca – “quanto precisa de um para poder comprar o outro”
“Ortodoxia dia que o Estado tem que se especializar.” Heterodoxia dia que essas ideias liberais são criadas em países desenvolvidos para beneficiá-los.
Valor Agregado
CEPAL afirma que os países devem diversificar sua economia e se industrializar. Essa transição é muito difícil devido a permanência do produto já consolidado.
Protecionismo – gerar dificuldades para produtos estrangeiros entrarem / serem importador, atuação do Estado, para desenvolver e estimular a indústria local.
Protecionismo contra terceiros estados – países não membros da ALALC pagam tarifas altas, já os membros, há livre comércio intrabloco, sem tarifas
Competição menor com produtos vindos de fora, reserva de mercado regional
Conceituação na aplicação de tarifas-alíquota TEC.
Brasil, México e Argentina são beneficiados com isso, por serem os mais industrializados da América Latina.
1966: Declaração de Bogotá
Chile, Peru, Colômbia, Equador, e Bolívia, denunciam o intervencionismo comercial de Brasil, Argentina e México, insatisfeitos com a integração.
Deixam de considerar as regras da ALALC, como a própria TEC.
1969: Pacto de Cartagena
É criada uma integração chamada Pacto Andino, com regras completamente diferente das estabelecidas pela ALALC
Chile, Peru, Colômbia, Equador e Bolívia – Pacto Andino
Pacto Andino:
Flexibilidade, gera facilidade para os países fazerem comércio entre si, mas possibilita que diminuam tarifas para setores específicos.
ALALC deixa de ter utilidade já em 1969.
OBS.: Doutrina Betancout na Venezuela, deve se manter como “bastiã da democracia” e não se integrar com as ditaduras latino-americanas
Venezuela ingressa no Pacto Andino em 1973
1976: Chile se retira do Pacto Andino
Golpe no Chile, entra Pinochet; alto nível de liberalismo, abertura comercial para todos os países, não só do bloco
2006: saída da Venezuela (entrada no Mercosul, desejo da Venezuela)
Em 1997, o pacto andino muda de nome e se torna “Comunidade Andina de Nações” (CAN)
1980: Tratado de Montevidéu
Extinção da ALALC 
Criação da “Associação latino-americana de Integração”(ALADI)
Flexibilidade é um acordo “guarda-chuva”
ALADI se torna um espaço de fortalecimento de negociações 
Mercosul é gerado como consequência dentro da ALADI
1983: Os EUA intervém militarmente em Granada
América Latina se torna preocupada com o intervencionismo norte-americano
Criação do “grupo de Contadora” – México, Panamá, Colômbia e Venezuela(Caribenho)
1985: Grupo de apoio a Contadora
Brasil, Argentina, Uruguai e Peru
Voltado para a América do Sul, reitera as ações do grupo de Contadora
1986: Grupo do Rio
Mobilização para solucionar problemas na América Latina e evitar intervenções norte-americana.
Existiu ate 2014
Mercosul:
Brasil-Argentina:
Anos 1970: crescimento da rivalidade entre Brasil e Argentina, relações marcadas por tensão.
1979: Acorco Tripartide; Brasil, Argentina e Paraguai desejam contornar problemas advindos as hidrelétricas.
1980: Acordo Nuclear; Brasil pode doar urânio para Argentina; relação melhorando progressivamente
1982: Guerra das Malvinas
Brasil se mantém neutro, mas oferece apoio a Argentina
Juan Domingo Perón (1946-55) (1973-73): Itaipu-Corpus
Isabelita Perón(1973-76)
1983: Raul Alfosín, primeiro presidente civil da Argentina
1985: Joé Sarney, primeiro presidente Civil do Brasil
Fim da Ditadura Militar Brasil e Argentina.
1985: Declaração de Iguaçu/Ata de Iguaçu
Reaproximação multi-setorial entre Brasil e Argentina
“Brasil tem que passar a ser prioridade para Argentina, e vice versa”
1986: Programa de Integração e Cooperação Econômica (PICE)
Integração setorial das economias de Brasil e Argentina
Setores escolhidos tem isenção de impostos. Melhores especialidades no setor, divisão da produção.
1988: Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento
Estabelece um prazo de 10 anos para a integração completa de todos os setores econômicos de Brasil e Argentina. Tendo que estar pronto em 1998
1990: Ata de Buenos Aires
Reduz o prazo para a integração completa para menos de 4 anos, devendo estar pronto em 1994; otimismo.
Paraguai e Uruguai passam a participar ativamente do processo de integração
1991: Tratado de Assunção
Cria o Mercado comum do Sul
Período de transição entre 1991 e 1994; esperava-se que:
O Mercosul fosse um Mercado Comum(Tarifa zero TEC, livre-circulação)
Ganhos de escala
Competitividade (exportar para não-membros, o que cada um é melhor)
Investimentos (possibilidade de uma empresa estrangeira se instalar em um dos países do Mercosul e não pagar impostos, além, de ter acesso aos outros 3 membros.)
Credibilidade: (ideias de que a imagem do bloco melhore com o tempo, principalmente a imagem do Brasil, já que o maior país/economia)
Protocolos:
Documento que complemente/especifica um documento anterior.
Complementam o tratado de Assunção:
1991: Protocolo de Brasília:
Tribunais Ad Hoc, disputa entre 2 países, então convoca-se um tribunal para julgar somente esse caso específico
Dificuldade de cobrança de resultado no tribunal Ad hoc, pois ele é dissolvido.
2ª instância não existe, não há recurso.
1994: Protocolo de Ouro Preto
Dá personalidade jurídica ao Mercosul
Decide como vai ser o processo decisório do Mercosul
Princípio de intergovernamentabilidade, decisão só passa a vigorar se todos os Estados ratificarem.
Decisão por consenso e unanimidade.
Decisão acordada é mandada para cada Congresso Nacional e somente depois de ser aprovada por todos, passa a valer.
Estrutura Institucional do Mercosul:
Conselho Mercado Comum (CMC)
Ministros; direcionamento político/planejamento; aprovação/órgão decisório.
Grupo Mercado Comum (GMC)
Diplomatas que cada país membro manda representa-lo no Mercosul
Iniciativa legislativa, propõe regras para as ideias criadas pela CMC; manda de volta ao CMC.
Se a decisão for aprovada pelo Parlamento/Congresso Nacional, passa então ao Grupo Mercado Comum a função de implementar a Decisão.
Parlamento do Mercosul (Parlasul):
1998: Protocolo de Ushuaia
Clausula democrática, determina as questões para a suspensão de um país do Mercosul
2002: Protocolo de Olivos
Cria o tribunal Permanente de revisão (TPR)
2005: Protocolo de Assunção
Direitos Humanos
2011: Protocolo de Montevideo
Clausula Democrática
2012: Paraguai
Impeachment de Fernando Lugo, violação democrática travestida de forma parlamentar.
Paraguai é então suspenso do Mercosul, utilizando o Protocolo de Ushuaia.
OBS.: Legislativo Paraguaio não ratificou o Protocolo de Montevideo, portanto como no Mercosul as decisões funcionam por unanimidade, ele não está valendo.
2012: Ingresso da Venezuela no Mercosul
Na ausência do Paraguai no Mercosul devido a suspensão, não tem nenhum membro mais que seja contrário a entrada da Venezuela
Brasil, Argentina e Uruguai se reúnem e deixam a Venezuela entrar
2016: Venezuela
É suspensa por violação da democracia, Protocolo de Ushuaia
2017: Venezuela é suspensa de novo por incompatibilidade com regras do Mercosul.
Mercosul entra em vigor em 31/12/1994
Alíquota TEC Mercosul começa a valer a partir do dia seguinte.
MEC média de 11% (Altíssima) e TEC máxima de 20% válida para produtos importados vindos fora do Mercosul
Mercosul dia a OMC que sua consolidação tarifária será de no máximo 35%, ou seja, mentindo para a OMC, pois na verdade era 20%
TEC máxima internamento fixada em 20%, mas Mercosul diz a OMC que é 35%
Mercosul tem uma quantidade gigantesca de exceções a TEC, dependendo de cada produto de cada pais. Sendo, portanto, um “QUEIJO-suíço” muitas perfurações
O Mercosul passa a ter então um sistema de “bitributação”, quando um produto estrangeiro entra primeiro em qualquer país do Mercosul, paga a TEC, mas quando esseproduto importado atravessa para outro país, recebe mais uma tarifa.
2010: Aprovado o Código Aduaneiro do Mercosul (quinze anos depois da criação)
Tentar acabar com a Bitributação, pois o Mercosul é considerado ainda uma união aduaneira imperfeita
Perfil do Mercosul:
Anos 90: perfil comercialista
Argentina: Presidente Ménem (1989-1999)
Aproximação com os EUA, política externa do “realismo periférico” (Carlos Escudé)
Associação com os EUA, já que esse está no controle do Sistema Internacional
Política externa alinhada fortemente aos EUA (relaciones carnales), EUA em primeiro plano
Brasil fina renegado a segundo plano
Argentina queria fazer parte da ALCA, Brasil não queria (ruídos na relação)
Estabelecimento na Argentina do “Planto Carvalho”, paridade peso e dólar (estabelecido na constituição)
Moeda Argentina totalmente vinculada a política monetária norte-americana; 
1 peso= 1 dólar
Argentina envia tropas para o Iraque, em apoio aos EUA. Em troca, pede para entrar na OTAN, mas é barrada. Isso gera um desgaste nas relações Brasil-Argentina por desconfiança brasileira quanto aos interesses argentinos.
Crises: 
1994: México depende dos EUA
1996: Rússia, depende da Europa
1997/1998: Tigres asiáticos dependem do Japão 
Ou seja, vinculação grande a uma potência econômica, países que cresceram muito em período curto.
Por causa dessas crises em mercados dependentes, investidores em todo o mundo com medo, começam a retirar investimentos dos países do Mercosul.
Crise especulativa inicia-se em torno de 1998
Para sustentar a paridade do dólar na década de 1990, Brasil e Argentina “queimavam” divisas para manter suas moedas valorizadas.
1999: Brasil promove a “Maxidesvalorização” e para de queimar divisas internacionais
US$ 1 (inicial), R$ 1,20 -> 1,80, desvalorização do real frente ao dólar, mais competitividade.
Argentina não tem como fazer mais isso por causa do Plano Carvalho estar na Constituição, não tem mais reservar internacionais, pois as queimou para manter sua moeda valorizada.
Argentina passa por uma crise econômica grave e se torna uma crise politica entre anos 1990 e 2000;
Isso leva a crise do Mercosul
01/1999: Maxidevalorização do Real; competição Brasil e Argentina
Protecionismo contra o Brasil: têxteis, Argentina não respeita a TEC
Sistema de soluções de controvérsias não eficaz, Brasil recorre a OMC.
OMC decide contra Argentina, Arg retira os impostos dos têxteis e aumenta taxa nos calçados e por assim em diante: açúcar, papel, linha branca, tarifa 0 para maquinários
2001: Argentina declara moratória, sem condição de pagar suas dívidas.
Brasil passa a oferecer ajuda para recuperação da Argentina, já que o Brasil tem maior credibilidade.
FMI não queria dar empréstimo a Argentina, então Brasil manda representantes junto a delegação argentina para tentar ajudar.
Argentina ao declarar moratória, se endivida com vários países
2003: assume a presidência no Brasil: Lula e na Argentina Néston Kirchner
A função do Mercosul era o comércio, mas em 2001 e 2002 isso não estava funcionando.
Não havia comunicação política entre Brasil e Argentina praticamente
Foco também na integração social
União Aduaneira com traços de Mercado Comum
“Lastro de Permanência”
Ampliações – Membros plenos: Venezuela, Bolívia, Equador pedem para entrar no Mercosul
Membros associados: Todos os outros 8 países da América do Sul têm vinculação ao Mercosul
Membros Observadores: México e Nova Zelândia, se mantem informados sobre o que acontece
2005: criação do FOCEM
Fundo de convergência Estrutural do Mercosul
Brasil e Argentina juntaram fundos para melhorar a infraestrutura no Paraguai e Uruguai, países pequenos.
70% financiado pelo Brasil, 27% pela Argentina
Parlasul:
Eleições diretas para representante do Mercosul (até hoje não aconteceu)
Exceções as regras comerciais do Mercosul
Automoveis e açúcar, Brasil e Argentina tapam entre si, ambos produzem e vendem entre si.
Fim da “onda rosa” na américa do Sul:
Retomada do perfil comercialista da integração, sem viés necessariamente político
Maevi na Argentina e Temer no Brasil
Integrações Latino-Almericanas II
América do Sul e México:
1960: ALALC
1980: ALADI
1994: NAFTA
FHC: infraestrutura
1996: Gasbol
Gasoduto Brasil – Bolívia
1999: EUA lançam o Plano Colômbia, de combate ao tráfico de drogas
2000: 1ª cúpula de presidentes da América do Sul, em Brasília
Iniciativa para integração da infraestrutura regional Sul-Americana (IIRSA)
IIRSA: divide a América do Sul em 10 eixos de integração e desenvolvimento (EID’s)
Brasil-Chile, Brasil-Peru-Bolívia, escudo das guianas, Andino.
Transporte, energia e telecomunicações
2002: 2ª cúpula da América do Sul, em Guayaquil (Equador)
Criação de um banco de fomento para todos os 12 países da América do Sul, somente para a América do Sul (promessa)
Ex: Banco do Sul (não tem dinheiro), processo decisório ineficiente
2004: 3ª cúpula da América do Sul em Cuzco
Lançamento do Projeto da comunidade Sul-Americana das Nações (CASA)
4 pilares da CASA: concentração política, integração comercial, integração física, integração energética
2 grupos: (como veem o funcionamento da CASA)
Aprofundamento da integração: Brasil, Argentina, Bolívia, Venezuela, Equador...
Quadro de cooperação: Chile, Paraguai, Colômbia e Peru
Não consegue se chegar a um consenso, não se cria a CASA
2005: 1ª cúpula da CASA (Brasília)
Impasse, CASA ainda não existe
2006: 2ª cúpula da CASA (Cochabamba)
Não se consegue chegar a um resultado
Hugo Chávez propõe o uso da UNASUL para isso e que deixe de utilizar a CASA que nunca funciona.
2007: 1ª cúpula Energética da América do Sul 
Cria-se o conselho energético da América do Sul.
Projeto passará a ser da UNASUL
2008: 1ª cúpula da UNASUL
Cria-se estatuto da UNASUL.
Integrações latino europeias
Na década de 90 começa um foco com integração física. 
IIRSA (2000)
CASA (2004) é substituída pela UNASUL(12 estados).
O problema da CASA era que um grupo entendia que era importante aprofundar muito a integração enquanto outro grupo entendia que era importante um projeto mais liberal. 
Entendendo que o contexto é o mesmo da CASA, então qual a diferença? 
5/2008: primeira cúpula da UNASUL
Em Brasília é criado o estatuto 
É uma integração muito pouco aprofundada nesse primeiro momento. 
Liderados pela Venezuela, como ficam os estados que queriam um aprofundamento? 
O estatuto virá acompanhado pelos conselhos temáticos
Em 2007 foi criado um conselho energético da América do Sul, esse é p primeiro conselho temático da UNASUL.
Depois são criados os conselhos de defesa e de saúde.
A decisão desses conselhos deve ser unânime, mas da independência a cada tema. 
O conselho de ciência e tecnologia, educação, cultura, economia, justiça transnacional e um sobre o “problema mundial das drogas” também são criados. 
Esse referente às drogas dialoga sobre saúde pública além do segurança em si.
O conselho sul-americano de infraestrutura e planejamento (cosiplan) foi um dos que mais recebeu atenção. A IIRSA mesmo sendo de 2000, está vinculada a esse projeto da Cosiplan. 
O conselho eleitoral é criado para um certo controle sobre as eleições na região. 
O Neston kirchner assume como secretário geral e morre 6 meses depois. Então até 2014 a UNASUL não tem secretário geral. 
Em 2017 acaba o mandato do então secretário Ernesto Sanfer, e posterior a isso o Brasil e outros estados saíram da Unasul por falta de consenso. 
Após o surto de governos de direita na América do Sul, a integração na região diminui drasticamente, inclusive a unasul está na berlinda pela situação do continente. 
12/2008: primeira cúpula da América latina e Caribe. (CALC)
Aconteceu na costa do Sauípe na Bahia. 
Nesse momento, o México e o Caribe também participam e por isso se a américa latina se torna mais relevante para voltar a ter mais atenção pelo ponto de vista do Brasil. 
CELAC:
Em 2011 é criada a CELAC, comunidade dos estados latino americanos e caribenhos. 
33 países fazem parteda CELAC. 
Eles finalizam a CELAC, por simples falta de interesse.

Continue navegando