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ENG304_Componentes_do_Trafego_ A_Via (3)

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Aula 2 
COMPONENTES DOS SISTEMAS DE TRÁFEGO�
A Engenharia de Tráfego define três elementos componentes dos sistemas: o usuário, o veículo e a via.
 �
A Via
A via será entendida aqui como o espaço destinado à circulação. O conjunto estruturado de vias que servem a uma determinada região é conhecido como sistema viário e tem como funções básicas assegurar mobilidade e acessibilidade ao usuário. Os conceitos de mobilidade e acessibilidade são objetos de inúmeras discussões, que fogem ao escopo deste curso, mas é importante estabelecer as noções que serão aqui utilizadas.
Para os objetivos desta disciplina, mobilidade está associada à idéia de facilidade de deslocamentos, seja em número de veículos em movimento, seja em termos das velocidades por eles praticadas. Acessibilidade, por sua vez, traduz a proximidade entre os componentes do sistema viário e as origens e destinos dos deslocamentos.
Classificação 
Os sistemas viários em geral podem ser classificados segundo diversos critérios, como por exemplo:
quanto ao ambiente: urbano e rural;
quanto à esfera administrativa: federal, estadual e municipal;
classificação físico-operacional: expressa, fluxo ininterrupto e fluxo interrompido.
Classificação quanto à proximidade de Aglomerados Populacional
Urbanas: são aquelas que estão localizadas próximas às grande cidades.
Distância Cidade1 a Cidade 2 <= 10km
População da Cidade 1 ou 2 > 200.000habitantes
Rurais – rodovias rurais, estradas rurais, estradas vicinais.
Classificação quanto à Jurisdição
Federais
Código de duas letras (BR) – centena/sigla do Estado onde está implantada. Exemplo: BR – 101/BA
Normatização da centena
Dígito 0 – Rodovias Radiais – origem em Brasília, em qualquer direção, para liga-las às Capitais Estaduais ou pontos periféricos importantes do país.
Exemplo: BR – 030 – Brasília – Fortaleza;
 BR – 020 Brasília - Salvador
Dígito 1 – Rodovias Longitudinais –direção predominantemente Norte/Sul, a partir do litoral atlântico, extensão > 200km – vias de ligação nacional.
Exemplo: BR – 101/BA 
Dígito 2 – Rodovias Transversais – direção predominantemente Este/Oeste, extensão > 200km – vias de ligação entre dois ou mais Estados.
Exemplo: BR – 242/ BA
Dígito 3 – Rodovias Diagonais –direção predominantemente Nordeste/Sudoeste, extensão > 200km – vias de ligação entre dois ou mais Estados.
Exemplo: BR – 330/BA
	 BR – 324/BA
Dígito 4 – Rodovias de Ligação – menor extensão,.tem como objetivo ligar as anteriores entre si
Exemplo: BR – 410/BA
	 BR – 415/BA
Dígito 5 – Rodovias de Acesso – designam acessos.
Exemplo: BR – 510/BA
	 
Estaduais – Não existe normatização única.
Municipais – Não existe normatização única.
Esta classificação que mais interessa ao planejamento de tráfego é a chamada classificação funcional, que determina a hierarquia do sistema viário. As categorias funcionais costumam ter ligeiras variações de acordo com o sistema de classificação.
Em termos gerais, as categorias funcionais são as seguintes:
Sistema estrutural
sistema arterial
sistema coletor
sistema local
A hierarquização nestas três categorias costuma ser insuficiente para classificar os sistemas viários. A complexidade destes normalmente exige a subdivisão das categorias.
Segunda a AASHTO (1990), os sistemas arteriais são subdivididos em sistema arterial principal e sistema arterial secundário. Ainda assim, as situações reais exigem maior detalhamento.
Ainda segundo a AASHTO, nos ambientes rurais os sistemas coletores abrangem um faixa mais ampla de características e funções das vias, dando lugar ao surgimento das categorias: sistema coletor principal e sistema coletor secundário. Já nos ambientes urbanos, a complexidade maior diz respeito aos sistemas arteriais, que são subdivididos em sistema arterial principal, sistema arterial secundário e sistema arterial terciário. Naturalmente, as situações específicas determinam o grau de subdivisão necessário na classificação funcional dos sistemas viários.
Classificação quanto a Função que desempenham na Malha Viária
Funções: Mobilidade x Acessibilidade
Vias de Trânsito Rápido – aquelas caracterizadas por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível.
Função ( Mobilidade
Vias Arteriais – aquelas caracterizadas por interseções em nível, geralmente controladas por semáforos, com acessibilidade direta aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade, com travessia de pedestres em nível.
 Subdivisão: Principais, Primárias e Secundárias.
 Função: Mobilidade
 ( Altos volumes de tráfego
 ( Ligam centros de grande densidade populacional
 ( Facilitam o tráfego de passagem e desencorajam o tráfego de acesso.
Vias Coletoras – aquelas destinadas a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar e sair das vias de trânsito rápido ou das vias arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade.
Subdivisão: Primárias e Secundárias
Função: Mobilidade + Acessibilidade
Fornecem acesso às vias arteriais e às comunidades locais.
Vias Locais – aquelas caracterizadas por interseções em nível não semaforizadas, destinadas apenas ao acesso local ou áreas restritas. Não devem permitir o tráfego de passagem.
Função: Acessibilidade
Em seus artigos 60 e 61 o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). adota a classificação e respectivos limites de velocidade constantes da tabela 4.
Tabela 4 – Limites de velocidade segundo o Código de Trânsito Brasileiro
	Área urbana
	Área rural
	Categoria
	Velocidade
máxima (km/h)
	Categoria
	Veículo
	Velocidade
máxima (km/h)
	Via de Trânsito
Rápido
	80
	
Rodovia
	Automóveis e
camionetas
	110
	Via Arterial
	60
	
	Demais
veículos
	90
	
Via Coletora
	
40
	
	
	80
	Via Local
	30
	Estrada
	Todos
	60
Classificação Técnica
Considerações Gerais
1. Operacional
Volume de Tráfego (do 100 ano após a abertura da estrada ao trafego);
Composição do Tráfego;
Categoria funcional.
2. Fator Econômico
Custo de Construção = f(relevo):plano, ondulado, montanhoso.
3. Política de Transportes ou de Desenvolvimento Nacional
Decisões Políticas
“Rodovias Pioneiras” ( colonização e Integração de áreas de baixa densidade demográfica, objetivando o seu desenvolvimento.
Classes de Projeto
Classe IA – Pista dupla; controle parcial de acesso. Sua necessidade decorrerá quando os volumes de tráfego causarem Níveis de Serviço inferiores ao Nível de Serviço “C”.
Classe IB – Pista simples: rodovia de elevado padrão
Limite inferior: 200 veículos horários bidirecionais ou volume médio diário bidirecional = 1.400 veículos;
Limite superior: volume horário tal que o Nível de Serviço seja igual ou superior ao Nível de Serviço “C”.
Classe II – Pista simples;
Limite inferior: volume médio diário bidirecional de 700 veículos horários;
Limite superior: volume médio diário bidirecional de 1.400 veículos horários.
Classe III – Pista simples;
Limite inferior: volume médio diário bidirecional de 300 veículos horários;
Limite superior: volume médio diário bidirecional de 700 veículos horários.
Classe IV – Pista simples: suportando volumes médio diário bidirecional inferiores à 300 veículos.
Tabela 5 – Relação Geral ente Classes de Projeto e Classificação Funcional
	Classificação Funcional
	Classificação Técnica
	Sistema Arterial
	Classe Mínima de Projeto
	Sistema Arterial Principal
Sistema Arterial Primário
Sistema Arterial Secundário
	Classe 0 e I
Classe II
Classe III
	Sistema Coletor
Sistema Coletor Primário
Sistema Coletor Secundário
	
Classe I (todas)
	Sistema Local 
	Classe IV
 Bibliografia
AASHTO. A Policy on GeometricDesign of Highways and Streets. American
Association of State Highway and Transportation Officials. EUA, 1990.
DENATRAN. Manual de Segurança de Trânsito. Tomo I - Acidentologia.
Departamento Nacional de Trânsito. Brasil, 1984.
FONTES, E. S. – Apostila do Curso de e Extensão em Engenharia e Segurança de Tráfego,UFBA. 2000.
PIGNATARO, L. J. Traffic Engineering Theory and Practice. Prentice-Hall. EUA,
1973.
SILVA, P.C.M..APOSTILA: Engenharia de Tráfego: Elementos dos Sistemas de Tráfego, UNB.2001.
SILVA, P.C.M..APOSTILA: Engenharia de Tráfego: Teoria do Fluxo de Tráfego, UNB.2001.
TRANSPORTATION RESEARCH BOARD. Highway Capacity Manual. TRB, Nacional Research Council, Washington, DC., 2000.
�
Anexo: Classificação Técnica
	
CLASSE DE PROJETO
	CARACTERÍSTICAS
	CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA
	RELEVO DA REGIÃO
Velocidade Diretriz (km/h)
	
0
	Visa Expressa (Controle Total de Acesso)
	Decisão Administrativa
	Plano
	Ondulado
	Montanhoso
	
	
	
	120
	100
	80
	
I
	
A
	Pista Dupla (Controle Parcial de Acesso)
	Quando os volumes de tráfego previsto para a Classe IB apresentarem Nível de Serviço abaixo de C e D
	
100
	
80
	
60
	
	B
	Pista Simples (Controle Parcial de Acesso)
	Volume Horário de Projeto (VHP> 200)
Volume Médio Diário (VMD >1400)
	
100
	
80
	
60
	II
	Pista Simples
	1400>VMD >700
	100
	70
	50
	III
	Pista Simples
	700>VMD >300
	80
	60
	40
	IV
	A
	Pista Simples
	300>VMD >50
	70
	50
	35
	
	B
	Pista Simples
	VMD > 50
	
	
	
Veículo
Via
Usuários (Motoristas, Pedestres)
Ambiente 
� Este aula tem por base na apostila Engenharia de Tráfego – Elementos dos Sistemas de Tráfego do Prof. Paulo César Marques da Silva da Universidade de Brasília e a das Notas de Aula do Curso de Extensão em Engenharia de Segurança de Tráfego do Prof. Élio Santana Fontes da Universidade Federal da Bahia.

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